MÁGOAS DO TIO FALECIDO
“Papai tinha uma empresa em sociedade com um tio, irmão mais velho dele. Por diversos anos a empresa funcionou muito bem, cresceu e deu bons lucros. Tanto meu tio como papai, graças à empresa, construíram boas residências, compraram apartamento na praia, enfim, puderam dar às nossas famílias um muito bom nível de vida.
Após quase vinte anos, papai percebeu que as coisas começaram a tomar rumos estranhos. Enquanto os lucros caíam cada vez mais e a empresa entrou em dificuldades, meu tio enriquecia mais e mais. Para encurtar a história: a empresa faliu, porque devia demais aos fornecedores. Para pagá-los judicialmente, papai teve que vender quase tudo. Só sobrou a casa e um carro. No entanto, meu tio está por cima. Papai descobriu tarde demais que, em vez de pagar os fornecedores, meu tio desviava e aplicava o dinheiro em bancos, em nome de fantasmas. Papai sofreu e sofre muito com tudo o que ocorreu.
Meu tio recentemente teve um câncer no fígado e morreu. Sabe, eu tenho muita mágoa dele e de toda sua família. Pior. Ás vezes me surpreendo sentindo como uma satisfação vingativa por ele ter morrido. Sinto-me muito mal ao perceber isso. Tais sentimentos não me fazem bem. Nem resolvem qualquer problema.”
O desamor entre familiares
Há muitos casos semelhantes de pessoas revoltadas e magoadas por causa de problemas familiares surgidos com fraudes materiais, nas divisões de heranças ou por outras razões semelhantes. As vítimas passam a sofrer duplamente. Sofrem com o problema como tal, e sofrem suas conseqüências, ou seja, sentimentos dolorosos de ódios, raivas, ressentimentos, sentimentos de vingança etc. Mais. Por causa desses sentimentos de desamor surgem, depois, problemas de depressão, desequilíbrios emocionais e tantos outros problemas de saúde física.
Ocorrendo o problema, o que se deve fazer é buscar e aplicar soluções. Principalmente quanto às conseqüências humanas, emocionais. No caso do nosso jovem, com certeza nada poderá recuperar materialmente. Mais importante do que recuperar bens materiais, porém, é curar o coração ferido, curar os sentimentos feridos, curar o íntimo do jovem.
Para conseguir a cura dos corações feridos é preciso trabalhar em duas áreas interiores. Primeira: “eliminar toda a rejeição ao fato ocorrido”, pois o íntimo, o coração não acolhe, não aceita, não quer admitir o que aconteceu, ou seja: a trapaça, a perda dos bens, a queda do nível de vida, e que tudo tenha sido causado pelo próprio tio. Pelo fato de não aceitar, o coração “rejeita” aqueles fatos. Cria-se, portanto, uma rejeição psicológica e emocional. Essa
rejeição torna-se uma força viva, poderosa, ativa, que mantém acesa a chama do desamor, das emoções feridas, como o ódio, a raiva, a mágoa, a vingança, a tristeza e outros. É preciso, pois, desalojar o processo de rejeição, substituindo-o por um processo inverso de “aceitação”. É preciso internalizar uma aceitação de tudo o que ocorreu, e da realidade tal qual é.
É preciso entender que “aceitar” não é justificar, nem aprovar, nem pôr panos quentes, ou afirmar que foi justo, legal e bom o que ocorreu. Não. Esta aceitação necessária para a cura das emoções consiste em acolher o problema como um fato histórico ocorrido e irreversível. Aconteceu? Sim. Aconteceu. É um fato. Não dá para fazer o tempo retornar e evitar o que aconteceu. É preciso, pois, aceitar a realidade histórica dos fatos para eliminar a rejeição e chegar à cura emocional.
Decidir-se a solucionar o problema
Como realizar essa terapia? Procure um lugar tranqüilo. Concentre-se. Raciocine e decida-se aceitar os fatos ocorridos para seu próprio bem e saúde. Fale consigo mesmo, diga seu nome, e afirme que você aceita, que acolhe aqueles fatos. “Eu, Fábio, aceito, acolho como parte de minha vida que papai tenha feito sociedade dom meu tio. Eu aceito. Aceito e acolho que após anos, tio Alfredo tenha começado a trapacear nos negócios. Aceito o fato de ele ter desviado tanto dinheiro. Aceito e acolho que papai jamais tenha suspeitado e ficado alerta. Eu aceito, ainda, que a empresa tenha falido. Aceito e acolho como parte de nossa vida que tenhamos perdido quase tudo. Eu aceito ...” E continua verbalizando essa aceitação em relação a todos os fatos negativos rejeitados por seu coração. Falar prolongadamente. Repetir muito as palavras: eu aceito, eu acolho, eu admito.
Segunda. Curar as feridas emocionais. O coração ficou muito ferido pelos acontecimentos. Para curar essas feridas, nada melhor, nada mais rápido e profundo do que a terapia do perdão. Perdoar tudo. Perdoar profundamente. Perdoar repetidas vezes. Esse perdão não beneficia o tio. Beneficia, sim, a quem perdoa. Pergunto: Quem está ferido? Quem está sofrendo? Conservar o sofrimento resolve algum problema? A solução, pois é perdoar. Ao perdoar, o coração fica curado, as emoções dolorosas são sanadas, e todas as suas seqüelas emocionais ou físicas são eliminadas.
O perdão que cura
Como fazê-lo? Logo após a terapia da aceitação, trazer pela imaginação a pessoa que causou o problema e, conversando com ela, como se estivesse fisicamente presente, perdoá-la de tudo o que aconteceu. Fato por fato. Ofensa por ofensa. Prejuízo por prejuízo. Detalhadamente. “Tio Alfredo, eu o perdôo de todo coração pela sua fraqueza de personalidade, e por um dia ter planejado prejudicar papai e nossa família. Eu o perdôo. Perdôo-o por todo desvio de dinheiro... Pela trapaça com fantasmas... Eu o perdôo por ter criado a crise financeira da empresa... Perdôo-o por ter levado papai a perder quase tudo o que possuía...” Desta forma, se possível falando em voz audível, vai perdoando de tudo quanto ocorreu.
Para que o coração fique plenamente curado e a pessoa possa sentir-me normal, sadia, com todo o problema superado, é preciso repetir esses dois passos: a aceitação e o perdão, por diversas vezes. Muitas vezes. Até sentir-se bem. Até sentir-se curado.
Após quase vinte anos, papai percebeu que as coisas começaram a tomar rumos estranhos. Enquanto os lucros caíam cada vez mais e a empresa entrou em dificuldades, meu tio enriquecia mais e mais. Para encurtar a história: a empresa faliu, porque devia demais aos fornecedores. Para pagá-los judicialmente, papai teve que vender quase tudo. Só sobrou a casa e um carro. No entanto, meu tio está por cima. Papai descobriu tarde demais que, em vez de pagar os fornecedores, meu tio desviava e aplicava o dinheiro em bancos, em nome de fantasmas. Papai sofreu e sofre muito com tudo o que ocorreu.
Meu tio recentemente teve um câncer no fígado e morreu. Sabe, eu tenho muita mágoa dele e de toda sua família. Pior. Ás vezes me surpreendo sentindo como uma satisfação vingativa por ele ter morrido. Sinto-me muito mal ao perceber isso. Tais sentimentos não me fazem bem. Nem resolvem qualquer problema.”
O desamor entre familiares
Há muitos casos semelhantes de pessoas revoltadas e magoadas por causa de problemas familiares surgidos com fraudes materiais, nas divisões de heranças ou por outras razões semelhantes. As vítimas passam a sofrer duplamente. Sofrem com o problema como tal, e sofrem suas conseqüências, ou seja, sentimentos dolorosos de ódios, raivas, ressentimentos, sentimentos de vingança etc. Mais. Por causa desses sentimentos de desamor surgem, depois, problemas de depressão, desequilíbrios emocionais e tantos outros problemas de saúde física.
Ocorrendo o problema, o que se deve fazer é buscar e aplicar soluções. Principalmente quanto às conseqüências humanas, emocionais. No caso do nosso jovem, com certeza nada poderá recuperar materialmente. Mais importante do que recuperar bens materiais, porém, é curar o coração ferido, curar os sentimentos feridos, curar o íntimo do jovem.
Para conseguir a cura dos corações feridos é preciso trabalhar em duas áreas interiores. Primeira: “eliminar toda a rejeição ao fato ocorrido”, pois o íntimo, o coração não acolhe, não aceita, não quer admitir o que aconteceu, ou seja: a trapaça, a perda dos bens, a queda do nível de vida, e que tudo tenha sido causado pelo próprio tio. Pelo fato de não aceitar, o coração “rejeita” aqueles fatos. Cria-se, portanto, uma rejeição psicológica e emocional. Essa
rejeição torna-se uma força viva, poderosa, ativa, que mantém acesa a chama do desamor, das emoções feridas, como o ódio, a raiva, a mágoa, a vingança, a tristeza e outros. É preciso, pois, desalojar o processo de rejeição, substituindo-o por um processo inverso de “aceitação”. É preciso internalizar uma aceitação de tudo o que ocorreu, e da realidade tal qual é.
É preciso entender que “aceitar” não é justificar, nem aprovar, nem pôr panos quentes, ou afirmar que foi justo, legal e bom o que ocorreu. Não. Esta aceitação necessária para a cura das emoções consiste em acolher o problema como um fato histórico ocorrido e irreversível. Aconteceu? Sim. Aconteceu. É um fato. Não dá para fazer o tempo retornar e evitar o que aconteceu. É preciso, pois, aceitar a realidade histórica dos fatos para eliminar a rejeição e chegar à cura emocional.
Decidir-se a solucionar o problema
Como realizar essa terapia? Procure um lugar tranqüilo. Concentre-se. Raciocine e decida-se aceitar os fatos ocorridos para seu próprio bem e saúde. Fale consigo mesmo, diga seu nome, e afirme que você aceita, que acolhe aqueles fatos. “Eu, Fábio, aceito, acolho como parte de minha vida que papai tenha feito sociedade dom meu tio. Eu aceito. Aceito e acolho que após anos, tio Alfredo tenha começado a trapacear nos negócios. Aceito o fato de ele ter desviado tanto dinheiro. Aceito e acolho que papai jamais tenha suspeitado e ficado alerta. Eu aceito, ainda, que a empresa tenha falido. Aceito e acolho como parte de nossa vida que tenhamos perdido quase tudo. Eu aceito ...” E continua verbalizando essa aceitação em relação a todos os fatos negativos rejeitados por seu coração. Falar prolongadamente. Repetir muito as palavras: eu aceito, eu acolho, eu admito.
Segunda. Curar as feridas emocionais. O coração ficou muito ferido pelos acontecimentos. Para curar essas feridas, nada melhor, nada mais rápido e profundo do que a terapia do perdão. Perdoar tudo. Perdoar profundamente. Perdoar repetidas vezes. Esse perdão não beneficia o tio. Beneficia, sim, a quem perdoa. Pergunto: Quem está ferido? Quem está sofrendo? Conservar o sofrimento resolve algum problema? A solução, pois é perdoar. Ao perdoar, o coração fica curado, as emoções dolorosas são sanadas, e todas as suas seqüelas emocionais ou físicas são eliminadas.
O perdão que cura
Como fazê-lo? Logo após a terapia da aceitação, trazer pela imaginação a pessoa que causou o problema e, conversando com ela, como se estivesse fisicamente presente, perdoá-la de tudo o que aconteceu. Fato por fato. Ofensa por ofensa. Prejuízo por prejuízo. Detalhadamente. “Tio Alfredo, eu o perdôo de todo coração pela sua fraqueza de personalidade, e por um dia ter planejado prejudicar papai e nossa família. Eu o perdôo. Perdôo-o por todo desvio de dinheiro... Pela trapaça com fantasmas... Eu o perdôo por ter criado a crise financeira da empresa... Perdôo-o por ter levado papai a perder quase tudo o que possuía...” Desta forma, se possível falando em voz audível, vai perdoando de tudo quanto ocorreu.
Para que o coração fique plenamente curado e a pessoa possa sentir-me normal, sadia, com todo o problema superado, é preciso repetir esses dois passos: a aceitação e o perdão, por diversas vezes. Muitas vezes. Até sentir-se bem. Até sentir-se curado.
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