31 de maio de 2011

SÓ O AMOR FAZ FELIZ

Todos procuram a felicidade. Todos querem ser felizes. Esta busca parece ser mais intensa na juventude. O que o jovem mais quer é ser feliz. Onde a felicidade se encontra? O que faz o coração sentir-se feliz?
No livro do Gênesis lemos que “o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus”. O que é imagem e semelhança de Deus? Para responder precisamos saber “o que Deus é”. São João nos dá a resposta: “Deus é amor”. Ora, se Deus é amor, imagem e semelhança de Deus só pode ser “amor”. Portanto, o ser humano foi criado à imagem e semelhança do “Amor-Deus” para “ser” amor. Não apenas para “ter” amor. Foi criado para ser uma personificação do amor. Diria: para ser amor em forma de gente.
Se foi criado para ser amor, o ser humano – o jovem – só encontra realização plena se se realizar no amor. Só encontra a felicidade se chegar a ser “amor adulto”.
Onde encontrar a felicidade? No amor. É a única fonte da verdadeira realização e felicidade. É a única forma de satisfazer plenamente todos os anseios do coração.
Para chegar a ser amor, o jovem precisa receber muito amor, por muitos anos: na concepção, na gestação, na infância, meninice, adolescência e juventude. Até chegar á maturidade afetiva. Em todo esse percurso, o jovem também sente necessidade de dar amor... de ama. Aliás, é neste jogo de “receber e dar amor” que ele amadurece sua capacidade de amar.
Esta maturidade do coração o leva a “gostar de amar”, a sentir necessidade de amar, a querer manifestar afetiva e efetivamente seu amor, a desejar que as pessoas se deixem amar. Neste jogo de receber e de dar amor, a felicidade acontece. O coração sente-se feliz. A pessoa se realiza.
Porque foi criado para ser amor, o coração do jovem anseia ser amado e amar, pois encontra, neste diálogo, a plenitude que tanto deseja. Mas aquele que não vive o diálogo “receber-dar”, ou “dar-receber” amor, sente um grande vazio no coração. Vazio nem sempre consciente, mas sempre compulsivo. Compulsivo, porque gera uma necessidade premente de preenchimento, uma insatisfação irrequieta, um desejo impulsivo de buscar algo que satisfaça.
Daqui surge um perigo: de querer preencher o vazio do coração com aquilo que não preenche, que não satisfaz. Então, em vez da plenitude, da satisfação, da felicidade, surge a frustração, o vazio maior, a decepção, que desemboca muitas vezes no vício, na dependência química ou sexual, na marginalidade. Em vez da felicidade sonhada, a infelicidade do coração.
Só o amor, só a vivência do amor, só o amor afetivo e efetivo colocado no diálogo diário do “dar-receber” é que realiza o coração humano, pois foi criado para o amor, para ser amor.

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