AS BEM-AVENTURANÇAS
Bem-aventurados os que promovem a paz,
porque serão chamados
filhos de Deus (v. 9)
Alguém tem
paz, vive em paz, quando está de bem com Deus, consigo mesmo e com todos os
demais. A paz não é ausência de guerra contra Deus, contra si mesmo e contra o
próximo, mas é presença de amor. Presença de amor para com Deus, presença de
amor para consigo mesmo e presença de amor para com o próximo. É o amor para
com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo que gera a verdadeira paz. Essa paz baseada
no amor torna o “pacífico” um filho de
Deus. E por isso ele se sente bem-aventurado, se sente feliz.
Deus é amor divino, perfeitíssimo,
imenso, irretocável, dentro da própria Trindade, entre as três Pessoas divinas,
como também em relação ao ser humano. Por isso é o Deus da paz. Sim, é o Deus
da paz baseada no amor, dinamizada pelo amor, e tornada presente no coração de
Deus e dos seres humanos .
Deus mesmo é o primeiro construtor
da paz entre os seres humanos porque lhes ensina todos os caminhos do amor, o
qual se manifesta como perdão, compaixão e misericórdia. Ele ensina e ordena
que os seres humanos se amem, e no amor vivam suas vidas e suas ações
recíprocas. Este amor é fonte de paz entre os corações.
Aqueles que vivem na verdadeira paz,
também se tornam construtores, propagadores, fazedores da paz com Deus e com o
próximo.
Quem trabalha para alcançar a paz entre os homens atua
como Deus, porque Deus é o Deus da paz (Rm 15,33; 16,20). A promoção da paz,
(do Shalom) é fruto da misericórdia e da pureza de coração. Depois da
ressurreição, Jesus saudou os discípulos dizendo:: “A paz esteja com vocês” (Jo
20, 19.21.26). A paz que propõe o Evangelho é a dignidade da vida em todos os
sentidos. Não se trata de uma paz meramente pessoal, egoísta, mas que se manifesta
também a nível social. Podemos parecer promotores da paz e do evangelho”, mas às
vezes vivemos num clima de guerra, de violência, de injustiça, em nosso
ambiente de vida.
Importante também é o ser humano estar e viver em paz
consigo mesmo. É de dentro de um coração em guerra consigo mesmo, que guarda
auto condenações, remorsos do seu passado doloroso, raivas e ressentimentos de
si mesmo que nascem muitas “guerrinhas” na família, no trabalho, na convivência
social. Para que este coração reencontre a paz consigo e com o próximo é
preciso que ele se perdoe a si mesmo, profundamente, por todos os seus erros e
desacertos praticados. Só depois de se perdoar vigorosamente é que ele será capas de viver em paz com os outros e ser um
construtor da paz na família e na comunidade dos seres humanos.
Contraditoriamente a nossa sociedade atual apregoa:
"felizes os que não têm medo de lutar contra os outros, pois só assim
podem ser pessoas de sucesso". Esses promovem a guerra... Provavelmente
não estão em paz consigo mesmos. O suas
convicções são realmente egoístas e interesseiros. Estes não são jamais
promotores do bem comum e da paz entre os seres humanos.
É bela a recompensa dos pacíficos e dos promotores da paz:
serão chamados filhos de Deus. Filhos do Deus da paz.
1 Comentários:
Excelente
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