O BOM PASTOR E OS BONS PASTORES
“Eu sou o bom Pastor. Eu conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem a mim, assim como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só Pastor” (Jo 10,14-16).
No tempo da vida pública de Jesus, o trabalho com rebanhos de ovelhas era muito comum. A forma de muitos pais sustentarem suas famílias era ter um rebanho de ovelhas para vender os animais ou a lã. Pastorear um rebanho era uma arte. Levar as ovelhas para as pastagens, depois para beber água na fonte, exigia trabalho cuidadoso. Cuidar das ovelhas recém-nascidas, das doentes, das magrinhas, exigia conhecimento e dedicação. O pastor, dono das ovelhas, criava “laços de amor” para com elas, as conhecia e chamava pelo nome, e as pastoreava com dedicação. O pastor conhecia “o modo de ser” das ovelhas, e elas conheciam o “comportamento diário” do seu pastor.
Por causa dessa ”sabedoria do pastoreio”, tão conhecida por aquele povo, é que Jesus usou a comparação do “bom pastor”. Os seus ouvintes entendiam em profundidade todas as expressões usadas por Jesus. Muito mais do nós as entendemos hoje. A não ser que leiamos algo sobre “o caráter e o comportamento natural das ovelhas” e a “sabedoria de pastorear”. Aliás, é muito interessante ler, estudar e conhecer a “índole própria das ovelhas”.
Baseado nesta sabedoria, Jesus se autodefine como “bom Pastor”... que dá sua vida por elas... que as conhece profundamente... que é conhecido por elas.
Jesus é pastor de pessoas.
É preciso agora transpor nossa atenção “das ovelhas-animais” para as “ovelhas-pessoas humanas”. Jesus se referiu a “ovelhas-pessoas”. Ele é o bom Pastor de pessoas... Ele dá sua vida por essas pessoas... Ele as conhece profundamente... E elas o conhecem...
Este pastoreio de Jesus já aconteceu nos três anos em que esteve no meio do povo, anunciando e fazendo o Reino acontecer. Jesus pastoreou, isto é, conduziu aquele povo a quem Ele procurava, ou por quem era muito procurado. Jesus pastoreou, ensinando o as multidões de muitas maneiras sobre as verdades maravilhosas que trouxe da parte do Pai, curando seus enfermos, libertando seus cativos das forças do mal, orientando-as para viverem os mandamentos divinos, chamando-as a viver a fidelidade e a santidade do matrimônio e da família, exortando-as a cuidar dos seus órfãos, enfermos e viúvas, enfim, alimentando as suas mentes e os seus corações. Jesus era um Mestre de vida para aquelas populações.
Por causa da sabedoria de uma pregação nova e maravilhosa, acompanhada de milagres e sinais encantadores, o povo de Israel corria à procura do “bom Pastor”. Certo dia, ao ver uma multidão que chegava à sua procura, o Mestre exclamou: “Tenho compaixão deste povo, porque são como ovelhas sem pastor”. Ovelhas sem pastor ficam totalmente perdidas, desorientadas, se perdem, ferem-se, morrem... Pessoas humanas, sem “o bom Pastor”, também ficam “perdidas e desorientadas, se ferem e morrem por dentro”, na caminhada desta vida terrena. Jesus continua tendo “compaixão”, porque há muita gente sem o bom Pastor.
Jesus continua a pastorear
Jesus ressuscitado continua a pastorear. Nos 1968 anos desde sua Ascensão, Ele nunca deixou de conduzir, de pastorear o seu povo remido com seu sangue. Por sua presença na Eucaristia, de onde fala diariamente a centenas de milhares de pessoas que o recebem na Comunhão, ou o visitam nos sacrários, Jesus as pastoreia de forma maravilhosa. Pela palavra do seu Evangelho vivo, lido, meditado, acolhido e vivenciado todos os dias por milhões de corações, Jesus continua a orientá-los, a pastoreá-los segundo a necessidade de cada um.
De forma particular, Jesus continua a pastorear, a dirigir os corações, por meio da ação secreta e íntima, mas ao mesmo tempo vigorosa, salvífica, santificante, iluminadora e transformadora do Espírito Santo. É muito surpreendente, e ao mesmo tempo extraordinariamente grande e abrangente, a forma como Jesus tem pastoreado sua Igreja por meio da ação do Espírito Santo, em todos os tempos.
Jesus continua a dirigir, orientar e pastorear seu povo, também por meio dos seus “pastores auxiliares”, escolhidos, ungidos e encarregados de cuidar de suas ovelhas. De forma particular, são seus “pastores auxiliares”: o Papa, os bispos, os padres, os diáconos e todos os de vida religiosa consagrada. Jesus jamais deixou faltar pastores para seu povo. E todos podemos intuir todo o bem que Jesus já realizou em 1968 anos, por meio de todos os papas, bispos, padres e religiosos consagrados, que já viveram e vivem para servir, na Igreja.
Além dos pastores da hierarquia e da vida religiosa consagrada, Jesus sempre convocou e continua a convocar outros “pastores e pastoras auxiliares” para servir ao povo de Deus, em toda sorte de necessidades. São todos os leigos que trabalham nos ministérios, nas pastorais, nos serviços mais variados das comunidades, bem como todos os fiéis católicos que assumem conscientemente sua missão, onde quer que estejam. Um pai e uma mãe são “pastores auxiliares” de Jesus, de primeira importância. A família deve ser uma igreja doméstica. Ali é o lugar da primeira e da mais importante iniciação religiosa. Se todos os pais católicos assumissem decididamente um “pastoreio familiar” dedicado, perseverante, com o fito de formar “corações cristãos”, “discípulos fiéis de Jesus”, a Igreja teria outra feição. Com certeza inverter-se-iam as estatísticas. Os católicos seriam 90% praticantes e 10% não praticantes. Infelizmente é o contrário.
É preciso ser ovelha antes de ser pastor
O único, o grande, o definitivo pastor, dono de todo o rebanho, proprietário de todas as ovelhas é Jesus ressuscitado. Todos os demais “pastores auxiliares” de Jesus, precisam ser “pastores-ovelhas”. Todos: o Papa, os bispos, os padres, os diáconos, os religiosos consagrados, os leigos citados acima como “pastores auxiliares”, rigorosamente todos, precisam continuar a ser “ovelhas pastoreadas por Jesus”. Caso contrário, tornam-se “pastores mercenários” que dispersam, transviam, roubam, ou matam as ovelhas do bom Pastor (Cf. Jo 10,12).
Todos os “pastores” chamados a pastorear por meio do serviço de hierarquia, como o Papa, os bispos, os padres, os diáconos, e acrescento aqui os religiosos consagrados, precisam ser “ovelhas dóceis e inteligentes”, diária e permanentemente pastoreadas, dirigidas, orientadas, alimentadas, purificadas, iluminadas e ungidas pelo bom Pastor, Jesus ressuscitado. Se deixarem de ser “ovelhas”, se não cultivarem uma amizade profunda, incrementada todos os dias pelos encontros vivos com o bom Pastor, por meio da oração diária, da leitura e assimilação da Palavra de Deus, da piedosa celebração dos sacramentos, dos diversos exercícios espirituais e de ascese cristã, esses pastores poderão tornar-se “funcionários, ou até mercenários”. É exatamente através desses encontros diários com o bom Pastor, que eles são pastoreados. Quanto mais alguém souber “ser ovelha”, tanto melhor poderá, depois, pastorear os seus irmãos de fé e de caminhada.
Compreenda-se que a necessidade de serem pastoreados por Jesus é até maior para todos os outros “pastores” que sejam leigos. Todos os que, atendendo ao chamado do bom Pastor, colaboram de qualquer forma na comunidade católica, prestando seus serviços, precisam ser, antes de tudo, “ovelhas” dóceis, obedientes, atentas, inteligentes e zelosas em estar em sintonia permanente e profunda com Ele. É preciso cultivar uma amizade profunda com Jesus, pela oração, pela Palavra de Deus, pela celebração e recepção dos sacramentos, por uma sintonia e unidade com a hierarquia, a fim de pastorear, não segundo suas próprias idéias e opiniões, mas de acordo com o coração do bom Pastor. Mais do que a hierarquia e os religiosos, os leigos-pastores necessitam de um permanente cultivo de sua vida cristã espiritual. Muitos leigos, cheios de boa vontade, mas descuidados do cultivo de sua vida espiritual, não atentos a um processo continuado de conversão e de busca de crescimento na graça divina, tornam-se meros “funcionários”, contaminando com sua frieza e até, algumas vezes, com seu contratestemunho de vida, os participantes de suas comunidades católicas. Tornam-se frios funcionários, e até, infelizmente, mercenários.
Gostar de ser ovelha
Poder ser ovelha de Jesus ressuscitado, o bom Pastor, é uma graça maravilhosa e inestimável. Todos deveríamos nos empenhar, com toda dedicação, para deixarmo-nos dirigir em todos os caminhos e momentos de nossa vida pelo bom Pastor. Todos precisamos “gostar de ser ovelha de Jesus”.
No tempo da vida pública de Jesus, o trabalho com rebanhos de ovelhas era muito comum. A forma de muitos pais sustentarem suas famílias era ter um rebanho de ovelhas para vender os animais ou a lã. Pastorear um rebanho era uma arte. Levar as ovelhas para as pastagens, depois para beber água na fonte, exigia trabalho cuidadoso. Cuidar das ovelhas recém-nascidas, das doentes, das magrinhas, exigia conhecimento e dedicação. O pastor, dono das ovelhas, criava “laços de amor” para com elas, as conhecia e chamava pelo nome, e as pastoreava com dedicação. O pastor conhecia “o modo de ser” das ovelhas, e elas conheciam o “comportamento diário” do seu pastor.
Por causa dessa ”sabedoria do pastoreio”, tão conhecida por aquele povo, é que Jesus usou a comparação do “bom pastor”. Os seus ouvintes entendiam em profundidade todas as expressões usadas por Jesus. Muito mais do nós as entendemos hoje. A não ser que leiamos algo sobre “o caráter e o comportamento natural das ovelhas” e a “sabedoria de pastorear”. Aliás, é muito interessante ler, estudar e conhecer a “índole própria das ovelhas”.
Baseado nesta sabedoria, Jesus se autodefine como “bom Pastor”... que dá sua vida por elas... que as conhece profundamente... que é conhecido por elas.
Jesus é pastor de pessoas.
É preciso agora transpor nossa atenção “das ovelhas-animais” para as “ovelhas-pessoas humanas”. Jesus se referiu a “ovelhas-pessoas”. Ele é o bom Pastor de pessoas... Ele dá sua vida por essas pessoas... Ele as conhece profundamente... E elas o conhecem...
Este pastoreio de Jesus já aconteceu nos três anos em que esteve no meio do povo, anunciando e fazendo o Reino acontecer. Jesus pastoreou, isto é, conduziu aquele povo a quem Ele procurava, ou por quem era muito procurado. Jesus pastoreou, ensinando o as multidões de muitas maneiras sobre as verdades maravilhosas que trouxe da parte do Pai, curando seus enfermos, libertando seus cativos das forças do mal, orientando-as para viverem os mandamentos divinos, chamando-as a viver a fidelidade e a santidade do matrimônio e da família, exortando-as a cuidar dos seus órfãos, enfermos e viúvas, enfim, alimentando as suas mentes e os seus corações. Jesus era um Mestre de vida para aquelas populações.
Por causa da sabedoria de uma pregação nova e maravilhosa, acompanhada de milagres e sinais encantadores, o povo de Israel corria à procura do “bom Pastor”. Certo dia, ao ver uma multidão que chegava à sua procura, o Mestre exclamou: “Tenho compaixão deste povo, porque são como ovelhas sem pastor”. Ovelhas sem pastor ficam totalmente perdidas, desorientadas, se perdem, ferem-se, morrem... Pessoas humanas, sem “o bom Pastor”, também ficam “perdidas e desorientadas, se ferem e morrem por dentro”, na caminhada desta vida terrena. Jesus continua tendo “compaixão”, porque há muita gente sem o bom Pastor.
Jesus continua a pastorear
Jesus ressuscitado continua a pastorear. Nos 1968 anos desde sua Ascensão, Ele nunca deixou de conduzir, de pastorear o seu povo remido com seu sangue. Por sua presença na Eucaristia, de onde fala diariamente a centenas de milhares de pessoas que o recebem na Comunhão, ou o visitam nos sacrários, Jesus as pastoreia de forma maravilhosa. Pela palavra do seu Evangelho vivo, lido, meditado, acolhido e vivenciado todos os dias por milhões de corações, Jesus continua a orientá-los, a pastoreá-los segundo a necessidade de cada um.
De forma particular, Jesus continua a pastorear, a dirigir os corações, por meio da ação secreta e íntima, mas ao mesmo tempo vigorosa, salvífica, santificante, iluminadora e transformadora do Espírito Santo. É muito surpreendente, e ao mesmo tempo extraordinariamente grande e abrangente, a forma como Jesus tem pastoreado sua Igreja por meio da ação do Espírito Santo, em todos os tempos.
Jesus continua a dirigir, orientar e pastorear seu povo, também por meio dos seus “pastores auxiliares”, escolhidos, ungidos e encarregados de cuidar de suas ovelhas. De forma particular, são seus “pastores auxiliares”: o Papa, os bispos, os padres, os diáconos e todos os de vida religiosa consagrada. Jesus jamais deixou faltar pastores para seu povo. E todos podemos intuir todo o bem que Jesus já realizou em 1968 anos, por meio de todos os papas, bispos, padres e religiosos consagrados, que já viveram e vivem para servir, na Igreja.
Além dos pastores da hierarquia e da vida religiosa consagrada, Jesus sempre convocou e continua a convocar outros “pastores e pastoras auxiliares” para servir ao povo de Deus, em toda sorte de necessidades. São todos os leigos que trabalham nos ministérios, nas pastorais, nos serviços mais variados das comunidades, bem como todos os fiéis católicos que assumem conscientemente sua missão, onde quer que estejam. Um pai e uma mãe são “pastores auxiliares” de Jesus, de primeira importância. A família deve ser uma igreja doméstica. Ali é o lugar da primeira e da mais importante iniciação religiosa. Se todos os pais católicos assumissem decididamente um “pastoreio familiar” dedicado, perseverante, com o fito de formar “corações cristãos”, “discípulos fiéis de Jesus”, a Igreja teria outra feição. Com certeza inverter-se-iam as estatísticas. Os católicos seriam 90% praticantes e 10% não praticantes. Infelizmente é o contrário.
É preciso ser ovelha antes de ser pastor
O único, o grande, o definitivo pastor, dono de todo o rebanho, proprietário de todas as ovelhas é Jesus ressuscitado. Todos os demais “pastores auxiliares” de Jesus, precisam ser “pastores-ovelhas”. Todos: o Papa, os bispos, os padres, os diáconos, os religiosos consagrados, os leigos citados acima como “pastores auxiliares”, rigorosamente todos, precisam continuar a ser “ovelhas pastoreadas por Jesus”. Caso contrário, tornam-se “pastores mercenários” que dispersam, transviam, roubam, ou matam as ovelhas do bom Pastor (Cf. Jo 10,12).
Todos os “pastores” chamados a pastorear por meio do serviço de hierarquia, como o Papa, os bispos, os padres, os diáconos, e acrescento aqui os religiosos consagrados, precisam ser “ovelhas dóceis e inteligentes”, diária e permanentemente pastoreadas, dirigidas, orientadas, alimentadas, purificadas, iluminadas e ungidas pelo bom Pastor, Jesus ressuscitado. Se deixarem de ser “ovelhas”, se não cultivarem uma amizade profunda, incrementada todos os dias pelos encontros vivos com o bom Pastor, por meio da oração diária, da leitura e assimilação da Palavra de Deus, da piedosa celebração dos sacramentos, dos diversos exercícios espirituais e de ascese cristã, esses pastores poderão tornar-se “funcionários, ou até mercenários”. É exatamente através desses encontros diários com o bom Pastor, que eles são pastoreados. Quanto mais alguém souber “ser ovelha”, tanto melhor poderá, depois, pastorear os seus irmãos de fé e de caminhada.
Compreenda-se que a necessidade de serem pastoreados por Jesus é até maior para todos os outros “pastores” que sejam leigos. Todos os que, atendendo ao chamado do bom Pastor, colaboram de qualquer forma na comunidade católica, prestando seus serviços, precisam ser, antes de tudo, “ovelhas” dóceis, obedientes, atentas, inteligentes e zelosas em estar em sintonia permanente e profunda com Ele. É preciso cultivar uma amizade profunda com Jesus, pela oração, pela Palavra de Deus, pela celebração e recepção dos sacramentos, por uma sintonia e unidade com a hierarquia, a fim de pastorear, não segundo suas próprias idéias e opiniões, mas de acordo com o coração do bom Pastor. Mais do que a hierarquia e os religiosos, os leigos-pastores necessitam de um permanente cultivo de sua vida cristã espiritual. Muitos leigos, cheios de boa vontade, mas descuidados do cultivo de sua vida espiritual, não atentos a um processo continuado de conversão e de busca de crescimento na graça divina, tornam-se meros “funcionários”, contaminando com sua frieza e até, algumas vezes, com seu contratestemunho de vida, os participantes de suas comunidades católicas. Tornam-se frios funcionários, e até, infelizmente, mercenários.
Gostar de ser ovelha
Poder ser ovelha de Jesus ressuscitado, o bom Pastor, é uma graça maravilhosa e inestimável. Todos deveríamos nos empenhar, com toda dedicação, para deixarmo-nos dirigir em todos os caminhos e momentos de nossa vida pelo bom Pastor. Todos precisamos “gostar de ser ovelha de Jesus”.
Marcadores: ESPIRITUALIDADE
1 Comentários:
Muito bom o artigo!
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