SOLENIDADE DE CRISTO REI
JESUS CRISTO
REI
O ano litúrgico da Igreja é coroado
com a solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo. Esta solenidade ocorre no
último domingo do tempo comum, antes de se iniciar o tempo do Advento. É neste
fim de semana que celebramos a grande festa de Cristo Rei.
Quando se fala num personagem que é
rei, logo vem à nossa mente a imagem de um homem muito rico e poderoso, que
vive em grandes e suntuosos palácios, que sempre está cercado por muitas
pessoas importantes, que se regala de freqüentes festas e banquetes, que é a
pessoa mais importante de um país, que é governado por ele.
Ao falarmos de Jesus Cristo, rei do
universo, poderíamos nos imaginar algo semelhante aos reis terrenos. Aliás, nós
temos pinturas afamadas, quadros lindos e santinhos que retratam Jesus sentado
num trono, com coroa de rei, com um cetro real em sua mãos.
Essas imagens de Cristo Rei são
reais mas também simbólicas. Primeiro, são reais porque de fato Jesus Cristo é
rei, não de um país e de um povo, mas da humanidade e do universo todo.
Perguntado pelo governador Pôncio Pilatos se Ele era rei, Jesus foi categórico
em sua resposta. Pilatos perguntou: És tu
o rei dos judeus? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu
reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu
não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é deste mundo. Perguntou-lhe
então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei (Jo 18,
35-37). Jesus é rei, e por ter dado sua vida até a morte de cruz pela redenção
da humanidade, Ele conquistou o “direito
de soberania e de julgamento” sobre ela. Ele a julgará no fim dos tempos,
aprovando os bons e reprovando os que fizeram o mal.
Em segundo lugar, aquelas imagens de
Jesus num trono, com coroa e cetro de rei, são, acima de tudo, simbólicas, pois
Jesus não é um rei terreno. Na resposta a Pilatos acima referida, Jesus deixa
claro: “Eu sou rei, mas o meu reino não é deste mundo”. Portanto, Jesus é rei,
mas de outra ordem e realidade.
O Reino de Deus – O Reino dos
Céus
Nas suas pregações que temos nos
Evangelhos, Jesus se empenha muito para fazer com que os seus ouvintes
compreendessem com clareza o que é o Reino de Deus ou o Reino dos Céus. Ele
usou muitas parábolas e comparações, tiradas da natureza, da vida, do trabalho,
dos usos e costumes do seu povo, a fim de explicar as realidades do Reino. Ele
falou: do semeador e da semente, do joio no trigo, do grão de mostarda, do
fermento na massa, do tesouro escondido no campo, da pérola preciosa, da rede
lançada ao mar, e de muitas outras.
Para Jesus era importante que as
pessoas entendessem muito bem aquilo do qual Ele estava falando, quando se
referia ao “Reino de Deus”, ao “Reino dos Céus”. Ainda mais que aquele povo
estava esperando um rei terreno, muito poderoso, que expulsasse os dominadores
romanos, dando a liberdade a seu povo, a seu país.
Jesus veio para junto de nós, na
humanidade, exatamente para “inaugurar”, para “iniciar” o reino de Deus entre
nós. Jesus veio como “Salvador” para nos “tirar do reino de satanás”, que é o
“reino das trevas, do pecado”, onde ele – satanás – reina. Tirando-nos daquele
reino de condenação, Jesus nos “introduz no reino da luz”, “no reino de Deus”,
onde Ele – Jesus – reina para a glória de Deus Pai e do no Espírito Santo.
O Rei reina
O Rei reina
As palavras “rei, reinar, reger”
vêm de “rex, regere”, da língua latina.
Rei, em seu sentido original, é aquele homem, chefe de um país e de um povo,
que procura “reger, dirigir, orientar, dar a direção correta” a todas as
coisas, para o bem, para a felicidade e a realização de seus subordinados. Os
reis terrenos quase sempre fizeram o contrário: subjugaram, dominaram e
exploraram os seus povos em bem pessoal próprio.
O pecado original, com suas
conseqüências no coração de todo ser humano, e por causa dele, a presença de
todos os pecados pessoais, familiares e sociais, criaram uma “desordem
generalizada” nas pessoas, nas famílias, na sociedade e no mundo. Criou-se o
“reino das trevas”, da confusão, da mentira, da falsidade, dos vícios, do pecado.
Por meio de toda a sabedoria divina
que encontramos nos ensinamentos evangélicos, Jesus veio para nos ensinar a
“dirigir, a orientar, a organizar” a nossa vida no melhor relacionamento com o
Deus verdadeiro, por meio da religião cristã; a “dirigir, a orientar, a
organizar” a nossa vida pessoal de acordo com a melhor hierarquia de valores
para o nosso bem; a “dirigir, a orientar, a organizar” a nossa vida familiar, a
nossa vida de comunidade e de sociedade.
O tema continua na página abaixo
1 Comentários:
Um profundo ensinamento
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