30 de agosto de 2013

AS VIRTUDES

A  VIRTUDE DA BONDADE

            A bondade é a virtude daquele que só ‘pensa’ o bem, ‘deseja’ o bem, ‘fala’ o bem, ‘faz’ o bem e ‘vive’ o bem. Essa bondade é uma força interior, na personalidade, que induz a pessoa a sempre ‘pensar’ o bem, ‘desejar’ o bem, ‘falar’ o bem, ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o bem.
Bondoso é todo aquele que sempre e só faz o bem, e faz aquilo que é bom. A bondade é o modo como tratamos as outras pessoas, querendo-lhes sempre todo o bem.  A bondade  faz o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que só faz o bem é porque tem um bom coração.
            A bondade não é um dom congênito. Não nascemos com esta virtude. Ela é adquirida, 1º ou por uma educação onde as pessoas eram realmente boas e deram exemplos constantes de bondade por palavras e atos, 2º ou é adquirida por influência de uma vida religiosa vivida sobre os alicerces do amor a Deus e ao próximo, 3º ou é adquirida por uma decisão de uma pessoa que se propõe a ser boa, e procura realizar ‘atos de bondade’, repete-os frequentemente, até tornar a bondade uma virtude, isto é, uma força interior que leva espontaneamente a realizar os atos de bondade.
       Se quisermos crescer na bondade, então temos de adotar «exercícios de benevolência», buscar oportunidades concretas de demonstrar bondade. Além destes esforços, percebemos que mesmo as nossas melhores intenções falharão se nos basearmos apenas na nossa própria força. O crescimento em virtude precisa de abertura constante à ajuda de Deus.
A virtude da bondade é filha natural do amor-caridade. Aquele que se sente muito amado por Deus e pelos irmãos, e os ama deveras, sempre será uma pessoa bondosa. Será bondosa, porque experimenta pessoalmente a bondade de Deus em sua vida a ponto de poder exclamar:”Como Deus é bom para mim”! “Como Deus é bom para todos”! “Quanto bem Ele me faz”! “Quanto bem Ele nos faz”! Por essa experiência da bondade de Deus, seu coração se abre para querer ser um pouco como Deus é para ela. Esse desejo de ser bom é satisfeito pela ação do Espírito Santo que “infunde” um pouco da bondade de Deus no coração humano. Este cresce em sua capacidade de ser bom e de fazer sempre e só o bem, porque é o Espírito Santo que está produzindo o fruto da bondade neste coração.
        A bondade é uma qualidade pessoal que permite que um indivíduo seja sensível às necessidades dos outros e que trabalhe pessoalmente para atender a essas necessidades. É mais do que apenas ser simpático e agradável.
       Se nossa bondade for real será reflexo de Deus. Só Deus é bom, podemos por nossa bondade e virtudes refletir a bondade de Deus. A pessoa realmente boa nos ajuda a sermos bons, sinceros, trabalhadores, pacientes, a ter mais fé, a ter mais virtudes, a estar mais presentes nas dificuldades.
            Qualquer investigação da bondade leva-nos logo a descobrir que, mais do que uma simples emoção, ou uma ação espontânea, ou um conceito abstrato ou uma ideia filosófica, a bondade é uma virtude. A virtude (em latim virtus, «força de caráter») é uma qualidade do intelecto e do caráter que permite e faz com que uma pessoa viva uma vida digna e eticamente boa, e a ‘pensar’ o bem, a ‘desejar’ o bem, a ‘falar’ o bem, a ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o bem.
Quem possui a virtude da bondade naturalmente transborda por suas palavras, por seus atos, por sua vida, a bondade de seu coração. Ele não é apenas bom para com aqueles que são bons ou que lhe demonstram sua bondade. É bom para todos. Faz o bem a todos. Mesmo àqueles que lhe fazem mal. Aliás, Jesus ensinou isso quando disse em Mateus 5,44 “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e caluniam”.
.           A virtude da bondade é reconhecida pela gratuidade. A pessoa bondosa faz sempre e só o bem, gratuitamente, sem buscar ou esperar recompensas. A bondade gera uma necessidade deveras interessante no coração da pessoa: a necessidade de fazer o bem. Há uma inclinação interior ao bem. Isto é obra do Espírito Santo.
            Lemos em Lucas 6, 33 as palavras de Jesus que nos mostram essa gratuidade: “E se fazeis o bem aos que vos fazem o bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores”. E em Lucas 6,35 “Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom também para com os ingratos e maus”.
A pessoa boa nos faz olhar para cima, para coisas mais nobres e boas. Nos ajuda a sair do nosso olhar egoísta, nos ajuda a sermos pessoas melhores. A pessoa boa tem virtudes reais e por isso eleva o nível das pessoas à sua volta com um modo de ser  mais humano. A pessoa boa perdoa. Tira por menos as dificuldades do convívio devidos às diferenças de caráter, oferece um entendimento misericordioso perdoando rapidamente modos de ser desagradáveis e defeitos dos demais. A pessoa boa faz acreditar na verdade, leva os demais para Deus. Nela existe uma harmonia de pensamento e ação. Há uma harmonia entre interior e exterior. É uma pessoa de uma peça só.  A pessoa boa tem as suas fraquezas mas não é dominada por elas e mantém o esforço permanente de melhorar e combater seus defeitos.  A pessoa boa tem sempre o coração aberto: para os demais, para os diferentes modos de ser, para as diferentes expressões culturais, para continuar aprendendo.  A pessoa boa ama a todos sem que tenha que ter razões especiais para isto. A todos deseja o bem.  É muito bom ser bom!




1 Comentários:

Anonymous yanese disse...

Linda esta mensagem e verdadeira

31 de agosto de 2013 às 16:43  

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