Amizade
e Santidade
Por meio da amizade e do relacionamento com o Deus vivo, o ser humano descobre
progressivamente quão grande é o amor dEle, quão operante é esse amor, e como
sempre esteve presente em sua vida, desde a concepção. Por esta descoberta e
constatação, o ser humano se sente amado, motiva-se para amá-lo, sente-se
amando a Deus, e neste jogo de amor com Ele, cresce a amizade e se dinamiza o
relacionamento.
O ser humano vai descobrindo as belezas de Deus, encanta-se sempre mais com
Ele. Descobre e vivencia os atributos, as qualidades e as virtudes divinas. E o
coração humano canta com alegria indizível: quão grande és Tu, meu Deus! Quão
amoroso! Quão poderoso! Quão misericordioso! Quão surpreendente és Tu, meu
Deus!
O coração humano descobre que Deus só quer o seu bem, e o bem mais perfeito.
Por isso, descobre progressivamente que a sua palavra bíblica, seus
mandamentos, seus conselhos, suas orientações, suas chamadas de atenção são
todas unicamente para o bem e a felicidade dele. Então o coração humano,
cativado por Deus, adere sempre mais a Ele, acolhe e vivencia com seriedade e
profundidade crescente as orientações divinas, e passa a vivê-las no dia a dia
de sua vida. Vive-as com amor e por amor. Vive-as como o melhor caminho a
seguir em sua vida pessoal, familiar, profissional e social. Este coração passa
a amoldar-se voluntaria e empenhativamente aos ensinamentos divinos. E Deus,
com sua presença e suas graças, auxilia-o a conseguir amoldar-se a eles. Assim
vai se formado o Santo...
Santidade
Santo é todo aquele que mantém uma profunda amizade com Deus, alimentada por
constantes relacionamentos de amor, cuja vida é vivida profundamente conforme
os ensinamentos divinos, tanto na vida pessoal, como matrimonial, familiar,
profissional, eclesial e social.
Por ser vivida segundo os ensinamentos divinos, a vida do santo afasta-se
sempre mais de todo pecado, sente horror a ele pois ofende o Deus amado, quebra
a amizade com Ele e faz desaparecer a paz interior gerada pela presença divina.
O santo trabalha sem cansaços para purificar sempre mais seu coração de todo
pecado, para torná-lo sempre mais sensível ao amor de Deus. Ao mesmo tempo, o
santo se empenha com o mesmo afinco para embelezar seu coração com as virtudes
teológicas, cristãs e humanas.
Enquanto o santo se empenha por erradicar todo pecado e revestir-se das
virtudes, Deus, pela ação do Espírito Santo, o auxilia poderosamente nessas
duas tarefas, e mais do que isto, desenvolve nele os sete dons infusos (Is
11.2), desabrocha nele os nove frutos de santidade (Gl 5,22) e lhe concede os
carismas para realizar suas obras em favor dos irmãos.
A santidade deveria ser um estado de vida normal a todo batizado na Trindade,
ou seja, a todo aquele que é mergulhado pelo sacramento do Batismo no amor
criador do Pai, no amor salvador de Jesus Cristo, e no amor santificador do
Espírito Santo. Viver em “estado de graça divina”, isto é, viver numa natural
amizade com a Trindade, deveria ser comum e natural a todo batizado. Tenho
usado o verbo no tempo “condicional”: deveria... pois infelizmente grande parte
dos batizados não vive em santidade, não vive em estado de graça divina. Volto
a dizer: viver em estado de graça deveria ser normal, comum, a todo batizado.
São Paulo, em suas cartas dirigidas às comunidades cristãs, chama muitíssimas
vezes os cristãos batizados de “santos”. Basta conferir...
1 Comentários:
Exelente
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