27 de maio de 2014

Santidade
Santo é todo aquele que mantém uma profunda amizade com Deus, alimentada por constantes relacionamentos de amor, cuja vida é vivida profundamente conforme os ensinamentos divinos, tanto na vida pessoal, como matrimonial, familiar, profissional, eclesial e social.
Por ser vivida segundo os ensinamentos divinos, a vida do santo afasta-se sempre mais de todo pecado, sente horror a ele pois ofende o Deus amado, quebra a amizade com Ele e faz desaparecer a paz interior gerada pela presença divina. O santo trabalha sem cansaços para purificar sempre mais seu coração de todo pecado, para torná-lo sempre mais sensível ao amor de Deus. Ao mesmo tempo, o santo se empenha com o mesmo afinco para embelezar seu coração com as virtudes teológicas, cristãs e humanas.
Enquanto o santo se empenha por erradicar todo pecado e revestir-se das virtudes, Deus, pela ação do Espírito Santo, o auxilia poderosamente nessas duas tarefas, e mais do que isto, desenvolve nele os sete dons infusos (Is 11.2), desabrocha nele os nove frutos de santidade (Gl 5,22) e lhe concede os carismas para realizar suas obras em favor dos irmãos.
A santidade deveria ser um estado de vida normal a todo batizado na Trindade, ou seja, a todo aquele que é mergulhado pelo sacramento do Batismo no amor criador do Pai, no amor salvador de Jesus Cristo, e no amor santificador do Espírito Santo. Viver em “estado de graça divina”, isto é, viver numa natural amizade com a Trindade, deveria ser comum e natural a todo batizado. Tenho usado o verbo no tempo “condicional”: deveria... pois infelizmente grande parte dos batizados não vive em santidade, não vive em estado de graça divina. Volto a dizer: viver em estado de graça deveria ser normal, comum, a todo batizado.
São Paulo, em suas cartas dirigidas às comunidades cristãs, chama muitíssimas vezes os cristãos batizados de “santos”. Basta conferir...

Chamados à Santidade
Todos os seres humanos somos criados à imagem e semelhança de Deus. Somos todos chamados ao Batismo para sermos adotados como filhos de Deus. Somos todos chamados à salvação na vida presente e para a vida eterna, pela participação na paixão, morte e ressurreição de Jesus. Somos todos chamados à santidade para vivermos santamente nesta vida, e depois da morte participarmos das glórias de Deus no Céu. Esse é o “caminho normal” indicado por Deus Pai, mediante Jesus Cristo, na ação do Espírito Santo. Para todos aqueles que não chegam a conhecer este “caminho” de salvação e santidade, por certo Deus tem outros “atalhos” para salvar e santificar multidões.
A vida de santidade é um chamado para todos, em qualquer estado de vida. Os bispos, os padres, os religiosos e as religiosas consagrados, os leigos consagrados, são todos chamados a viver em santidade em seu estado de vida e na sua missão. Os casados são chamados a viver em santidade no matrimônio e na vida familiar. Os viúvos, os separados, os divorciados, são todos chamados a viver em santidade nessa sua realidade de vida. Os noivos e namorados também são chamados a viver este estado de vida de forma santa e impecável, para poderem formar uma família santa. Os jovens e adolescentes são igualmente chamados a viver uma vida santa, quer pessoal, quer familiar, nos estudos, no trabalho, em sua vida social.
Todos esses apontados acima são chamados a viver e a testemunhar sua vida de santidade em sua profissão, em seus negócios, em sua vida social, em qualquer lugar.
Uma profunda amizade com Deus, cultivada por relacionamentos religiosos diários, pautando o modo de viver, de pensar, de querer e de agir segundo os ensinamentos divinos, leva a erradicar todo pecado e a buscar a beleza das virtudes. Eis o “estado de graça santificante”! Eis a santidade!



1 Comentários:

Anonymous yanese disse...

Excelente

31 de maio de 2014 às 22:33  

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