DEUS É PAI E É MÃE
Em nossa vida familiar, o amor do
nosso pai é metade do amor de que necessitamos. Outra metade é o amor da mãe.
Faltando uma dessas duas metades, cria-se uma carência, um vazio no coração e
uma deficiência na personalidade.
O Pai eterno, pelo Espírito Santo,
inspirou palavras que revelam seu amor de pai e de mãe. Por exemplo: em Isaías
43, 1-4, o Pai age com a firmeza e a prontidão de um pai: ““E agora, eis o que diz o Senhor, aquele que
te criou, Jacó, e te formou, Israel: Nada temas, pois eu te resgato, eu te
chamo pelo nome, és meu. Se tiveres de atravessar a água, estarei contigo. E os
rios não te submergirão; se caminhares pelo fogo, não te queimarás, e a chama
não te consumirá. Pois eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu
salvador. Dou o Egito por teu resgate, a Etiópia e Sabá em compensação.* Porque
és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti,
entrego nações em troca de ti. Fica, tranqüilo, pois estou contigo, (Is 43,
1-5) Percebe-se
claramente no texto um comportamento paterno.
No texto de Isaías 49, 14-16, o
próprio Pai se compara a um amor materno:
“O filho (Sião) dizia: O Senhor
abandonou-me, o Senhor esqueceu-me. Pode uma mulher esquecer-se do filho que
amamenta? Pode uma mãe não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo
que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas
mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas.*
A imagem de uma mãe amamentando um
filho proclama a maravilha do amor materno que concebeu, gerou, deu à luz,
cuida com desvelo, o amamenta com seu próprio leite. O Pai celeste pergunta: “Pode uma mulher esquecer-se do filho
que amamenta? Pode uma mãe não ter ternura pelo fruto de suas entranhas?” Impossível !
Impossível!, Pois bem, diante desse impossível o Pai declara: “Pois mesmo
que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas
mãos, tenho sempre sob os olhos tuas faces”.
O Pai, ao comparar o Seu amor com o
amor de uma mãe, chega a admitir que uma mãe pode esquecer o filho, mas Ele não
esquecerá jamais.
O amor materno é profundamente
afetivo, cuidadoso, amoroso, delicado, íntimo, até preocupado, previdente e
providente, cheio de ternura e mansidão. Esse amor é uma necessidade premente
na formação da personalidade de um filho.
O
amor do Pai eterno para conosco, seus filhos de criação e adotivos, se reveste das
mesmas qualidades do amor de uma mãe zelosa em amor. O amor do Pai eterno
também é afetivo, pois quando nós descobrimos o Seu amor e nós nos sentimos
amados, somos envolvidos também nas nossas emoções e afetos. Como o da mãe, o
amor do Pai também é cuidadoso e providente no dia a dia de nossa vida. Como o
de uma mãe, o amor do Pai também é delicado e íntimo. Ele nos acolhe como somos
para nos transformar naquilo que é melhor para nós. Como o da mãe, o amor do
Pai eterno também é previdente e muito providente. Cada dia Ele providencia só
bons momentos e boas coisas para nós. Como o de uma mãe, o amor do Pai celeste
também é muito cuidadoso, cheio de ternura e mansidão. Enfim, o amor do Pai
eterno é semelhante e muito mais completo e perfeito do que o amor de nossa
mãe.
Sim, o Pai celeste nos ama com um
amor divino, à semelhança da combinação do amor de um pai e de uma mãe. Podemos
dizer: Deus Pai é pai e é mãe! E nós podemos perceber e experimentar todo esse
amor divino.
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