5 de maio de 2010

O DESCONHECIDO CORAÇÃO DA SANTA MISSA


Na quinta-feira santa, durante a santa Ceia, Jesus ofertou à sua Igreja, e portanto, a cada a um de nós, católicos, o maravilhoso dom da santa Missa. Queremos nos perguntar: “O que, de fato, Jesus queria dar à sua Igreja quando transformou o pão em seu Corpo e o vinho em seu Sangue?” Pelas próprias palavras de Jesus percebermos os seus dois grandes objetivos: 1º deixarmo-nos um sacrifício perfeitíssimo e santíssimo para oferecer ao Pai celeste, como nosso maior ato de culto; e 2º comunicar-nos a salvação merecida pelo seu sacrifício, por meio do encontro com Ele mesmo, pela da santa Comunhão eucarística.
Jesus disse: "Tomai e comei, isto é o meu ‘corpo entregue’ por vós". "Tomai e bebei, este é o sangue ‘derramado’ por vós". As expressões: “corpo entregue” (na cruz) e “sangue derramado” (na Paixão) não deixam dúvidas de que Jesus falava da realidade do sacrifício de sua vida, oferecido na cruz, ao Pai, pela salvação da humanidade. Eis o escondido “coração da santa Missa”! Aliás, muito desconhecido até pelos católicos de Missa dominical. É sobre esse ‘coração desconhecido’ que desejo escrever estas poucas linhas.
Saiba com toda certeza que a santa Missa é celebrada exatamente “para tornar presente o sacrifício que Jesus ofereceu na cruz, a fim de podermos oferecê-lo sempre de novo ao Pai, como nosso dom maior, como nosso maior ato de culto”.
Ensina-nos o Catecismo da Igreja Católica: "O sacrifício de Cristo (oferecido na cruz) e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: ‘é uma só e mesma vítima (Jesus), é o mesmo Jesus que se ofereceu a si mesmo na cruz, que se oferece, agora, na santa Missa, pelo ministério dos sacerdotes” (CIC 1367).
Diz ainda: “A Eucaristia é, portanto, “um sacrifício” porque re-presenta (torna presente) o sacrifício da cruz, porque dele é o memorial, e porque amplia seus frutos(...). Todavia,(...) Jesus quis deixar à Igreja, sua esposa muito amada, um sacrifício visível (...) em que se tornaria presente o sacrifício cruento que iria realizar uma vez por todas, na cruz; sacrifício este cuja memória haveria de perpetuar-se até o fim dos séculos” (na celebração da santa Missa). (CIC 1366)
Se você prestar atenção particular às orações que compõe a liturgia da santa Missa, perceberá de imediato a múltipla presença da palavra “sacrifício”, sempre indicando o “sacrifício de Jesus”. Penetrando com o coração nas orações da santa Missa, perceberá de imediato que se trata de uma celebração cuja finalidade primeira é tornar presente sobre o altar o sacrifício que Jesus ofereceu uma vez na cruz, a fim de podermos oferecê-lo ao Pai. E após, recebê-lo em comunhão pela santa Comunhão com Jesus vivo.
Em sua próxima participação na santa Missa, preste atenção às palavras que o sacerdote dirige aos fiéis, após oferecer o pão e o vinho ao Pai: "Orai, irmãos, para que o “nosso sacrifício” seja aceito por Deus Pai"... A comunidade aceita o pedido e responde: "Recebo o Senhor por tuas mãos “este sacrifício”... Pergunto: que sacrifício é esse...? É o sacrifício de Jesus, na cruz, que se tornará presente na hora da consagração, para que se possa ofertá-lo novamente.
As orações que se seguem à Consagração expressam claramente a entrega que se faz do sacrifício de Jesus ao Pai. Se você repassar todas as orações eucarísticas, examinando as orações feitas após a Consagração, descobrirá que sua finalidade é de “oferecer o sacrifício de Jesus ao Pai”. Depois, em nome, pelos méritos e pelo valor divino do sacrifício oferecido, elevam-se ao Pai a orações em favor da Igreja, da comunidade presente, dos falecidos etc.
Se eu lhe perguntar: “para que você sai de casa aos domingos e vai até sua Igreja”? A resposta não poderia ser outra senão: “para me reunir à comunidade na celebração da santa Missa, a fim de tornar presente sobre o altar, pelo sacerdote, o maior tesouro do mundo, que é o sacrifício de Jesus Cristo; e tornado presente, oferecê-lo ao Pai, como o maior ato de culto imaginável. Em seguida, para fazer comunhão com Jesus vivo, a fim de que os méritos infinitos do seu sacrifício novamente oferecido, cheguem à minha vida, ao meu coração.
Podemos sintetizar a santa Missa em duas expressões: “sacrifício oferecido”, “Comunhão recebida”. Todas as outras orações, leituras, cantos e ações litúrgicas que compõem o todo da celebração, existem em função da oferta do sacrifício de Jesus ao Pai, e da Comunhão com Jesus. E em Jesus, de comunhão com Deus e com os nossos irmãos.

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