23 de fevereiro de 2012

JOVEM, VOLTA PARA MIM!

A juventude é um tempo de muitas buscas e procuras. Busca de preencher o grande vazio que sempre se manifesta em seu coração; procura de realização no amor intersexual; busca de estudos que possibilitem um bom emprego; a procura, já, de um trabalho que lhe possibilite algum ganho; enfim, busca de realização pessoal.
Naquela busca que é a mais intensa: a do preenchimento do grande vazio do coração, que outra coisa não é senão a busca da felicidade, muitos jovens enveredam por caminhos onde ela não se encontra. Mais. Andam por caminhos inversos que aumentam o vazio e, por conseqüência, a insatisfação, a crise pessoal, familiar e social. São os caminhos da droga, do alcoolismo, da libertinagem sexual, quando não da marginalidade.
É verdade, aliás, que há jovens, e felizmente não poucos, que têm a sorte e a bênção de concretizar as suas buscas por caminhos verdadeiros, pelos caminhos do bem, do estudo sério, do trabalho honesto, da fé e da vivência religiosa.
Tanto para estes como para aqueles, a quaresma é um tempo de forte apelo para a conversão. Converter-se é “voltar-se progressivamente para o amor de Deus e para o amor ao próximo”.

DEUS CHAMA À CONVERSÃO

Como um pai que só quer o bem dos filhos, Deus chama: “Convertei-vos! Renunciai a todas as vossas faltas! Que não haja mais em vós o mal que vos faça cair. Repeli para longe de vós todas as vossas culpas, para criardes em vós um coração novo e um novo espírito”. (Ez 18, 30b-31)
Eis a finalidade da conversão: “ter um coração novo e um novo espírito” a fim de viver num relacionamento de profundo amor a Deus e ao próximo. Este próximo é o pai, a mãe, os irmãos, o namorado, os amigos e colegas todos, todas as pessoas que passam pelo caminho de nossa vida.
Os jovens que já têm amizade com Deus Pai, com Jesus e com o Espírito Santo, são convocados nesta quaresma a crescerem ainda mais, muito mais, em sua vida de amor a Deus e ao próximo.
Para aqueles, porém, que ainda não tiveram um encontro marcante com Jesus, e em Jesus com a Trindade, o Deus Amor tem um chamado todo especial: “Converte-te ao Senhor, abandona os teus pecados! Volta para o Senhor! (Cf. Eclo 17,21-23) Mais: “Volta ao Senhor teu Deus, porque foi teu pecado que te fez cair. Volta ao teu Senhor” (Cf Os 14,1-2)
Diz ainda: “Desde o tempo de vossos pais vos apartastes de meus mandamentos, e não os guardastes. Voltai a mim e eu me voltarei para vós”. (Mal 2,7)
Por que o nosso Deus Amor chama mais uma vez o jovem para que a Ele se volte de todo coração? É porque Ele o ama! É porque ninguém como Jesus para poder preencher o vazio do coração jovem! É porque na amizade com Jesus, o jovem encontra o verdadeiro caminho para sua realização e felicidade.

CHAMADO À CONVERSÃO: UM ATO DE AMOR



Deus chama à conversão, porque ama, e quer ver o jovem num caminho sadio, onde possa realizar-se plenamente.
Os jovens que já vivem em amizade com Jesus, a conversão significa menos deixar o erro, o pecado, a maldade, a futilidade, pois vivendo com Jesus, naturalmente ele aprendeu do mestre que todo pecado é um atraso de vida. Conversão significa mais “realizar progresso”, “melhorar a qualidade” em sua vida com Deus, consigo mesmo, com a família, no amor e no trabalho.
Para os jovens que não tiveram ainda a graça da conversão inicial, isto é, que não tiveram um encontro pessoal com Jesus, a conversão quaresmal está na linha de Ezequiel: “Renunciai a todas as vossas faltas! Que não haja mais em vós o mal que vos faça cair. Repeli para longe de vós todas as vossas culpas”, como também na profecia do Eclesiástico: “abandona os teus pecados”. Ou de Oséias: “Volta ao Senhor teu Deus, porque foi teu pecado que te fez cair.
Sabemos, porém, que o jovem só consegue deixar o caminho errado quando encontra o verdadeiro. O caminho é Jesus.
Em Deus, no amor do Pai celeste, na amizade salvadora de Jesus, e na luz santificadora do Espírito Santo é que o jovem encontra o verdadeiro caminho para viver uma vida digna, sábia, realizada e realizadora. É no amor de Deus que o jovem encontra a verdadeira hierarquia de valores para sua vida íntima, para seu relacionamento intersexual, para preparar um futuro familiar saudável, enfim, para viver com sabedoria.
Jovem, Deus o ama muito! Ele deseja manter uma amizade profunda com você, exatamente porque isto é ótimo para você! Com Deus, a vida tem muito sentido.

22 de fevereiro de 2012

SAÚDE PARA TODOS


Todos os anos, durante a quaresma, a Igreja no Brasil realiza a Campanha da Fraternidade. Tem como finalidade anunciar, questionar, sugerir, denunciar, sobre alguma realidade de interesse, não apenas da Igreja, mas de toda a população brasileira. Para a próxima quaresma o tema é: “Fraternidade e saúde pública”. E o lema é: “Que a saúde se difunda sobre a terra”.
            A respeito da saúde pública no Brasil, informados pelos meios de comunicação, todos sabemos que deixa muitíssimo a desejar, desde as maiores cidades, até as pequenas vilas do interior de todos os estados. Faltam hospitais por toda parte. Os que existem estão sempre superlotados. Deixa muitíssimo a desejar o atendimento da rede pública de saúde. Todos conhecemos essa realidade. Um atendimento de qualidade é privilégio de poucos, dos ricos. Bem. Sobre tudo isto vão sair programas de TV, artigos em jornais e revistas, encontros, palestras e celebrações. Por isso, vou procurar um outro caminho que não seja repetitivo e que possa trazer alguma boa informação aos leitores de nossa Revista.
            O ser humano deveria poder ter saúde integral: física, psicológica, emocional e espiritual. Infelizmente, por causa de sua natureza humana sujeita a possibilidades de doenças e enfermidades, pode contrair doenças  e ter problemas físicos,  psicológicos, emocionais e espirituais.
            Os problemas emocionais, maiores ou menores, afetam de alguma maneira grande parte da população. São problemas que se tornam doenças, causadas por toda forma de relacionamentos dolorosos de desamor. As pessoas vivem carregando em seu emocional: mágoas, raivas, ódios, iras, vinganças e ressentimentos, tristezas e rejeições, depressões e isolamentos, por terem sido feridas, maltratadas, injuriadas, caluniadas, enganadas e traídas. Estes sentimentos emocionais dolorosos tornam as pessoas tristes, impacientes, agressivos, depressivos e infelizes. Ao mesmo tempo, tais emoções feridas acabam agredindo o físico, gerando problemas de saúde física, como podem também agredir o espírito, gerando doenças espirituais.
            Neste campo da saúde emocional, são pouquíssimos os brasileiros que tem acesso a profissionais da área, a fim de poderem curar os problemas emocionais para poderem viver com melhor qualidade de vida psicológica e física. Porque a maioria dos nossos leitores são católicos, podemos indicar uma “terapia” maravilhosa ensinada pelo divino psicólogo, Jesus Cristo. Trata-se da “terapia do perdão”, “terapia do perdoar 70X7. Porque as “feridas” emocionais são sempre causadas pelo desamor de pessoas que agridem,  o perdão dado e repetido mais vezes, age como “uma pomada nas feridas”, e em pouco tempo essas feridas vão sendo curadas, e os sentimentos de mágoas, raivas, ódios, iras, vinganças e ressentimentos, tristezas e rejeições, depressões e isolamentos vão desaparecendo.
            A vantagem é que essa terapia de Jesus não precisa de um profissional, não custa dinheiro e pode ser realizada todos os dias, como também sempre que ocorrerem novas feridas. Indico ao leitor o livrinho: Oração de Amorização: a Cura do Coração. Ele já levou a cura das emoções a muitos milhares de corações feridos. Nesta quaresma poderíamos dedicar um tempo para curar todas as feridas que nos foram feitas desde a nossa meninice. Seria uma bênção fazê-lo, para chegarmos à Páscoa, curados e felizes, ressuscitados com Jesus.

SAÚDE PSICOLÓGICA


            Faço uma distinção entre emocional e psicológico, apenas como sinalização prática.
            Com certeza são milhões e milhões os brasileiros portadores de problemas psicológicos, mais ou menos graves. Esses problemas também afetam o emocional, o físico e o espiritual. São crianças, adolescentes, jovens e adultos que: a) Trazem em suas vidas o trauma da rejeição de vida. São aqueles que a mãe rejeitou em seu ventre, ficou triste e revoltada por estar grávida, desejou ou tentou provocar aborto. Essa rejeição é a mais terrível. Deixa marcas indeléveis, com consequências muito lamentáveis. b) São os que trazem em suas vidas o trauma da rejeição de sexo. Foram desejados de um sexo inverso ao seu. Também esse trauma é muito lamentável. Quantos homossexuais e lésbicas o são, por causa dessa rejeição. c) São os que trazem em suas vidas o trauma da rejeição de amor. Não receberam amor na gestação, nem após o nascimento, e por vários anos. Este trauma deixa uma sensação de vazio, de que ninguém o ama, nem o valoriza.
            Os Traumas de sexualidade também são muito presentes na população. São crianças, adolescentes, jovens e adultos que sofreram algum tipo de violência sexual. Essas violências podem induzir o paciente a dois caminhos diferentes: 1º A ter “horror” a sexo. A considerar a sexualidade como algo detestável. A não aceitar o funcionamento normal e saudável de sua sexualidade. A ter muitas dificuldades no relacionamento sexual matrimonial. Ou 2º. A desenvolver uma vida sexual compulsiva, descontrolada e até desregrada. Essas violências sofridas também podem induzir à homossexualidade e ao lesbianismo.
            Os traumas de separação matrimonial. É cada vez maior o número de casais que se separam, às vezes até bem pouco tempo após o casamento. Pior quando o casal tem filhos. Uma separação sempre deixa “feridos”: no mínimo os dois cônjuges Muitíssimas vezes a separação é traumática, agressiva, dolorosa, impregnando de ódios, raivas e ressentimentos o casal. Às vezes são “feridas” tão profundas que transtornam a vida das pessoas, principalmente da mulher. E quando há filhos, são incalculáveis os sofrimentos e os traumas deixados neles. Quase sempre esses sofrimentos geram, depois, uma corrente: passam de família para família que venha a ser constituída.

SAÚDE EMOCIONAL


As carências afetivas são outro problema muito comum na vida das pessoas. Trazem carências afetivas aquelas pessoas que não receberam muito amor na gestação, ao nascer, na infância, meninice e juventude. Não receberam muito amor da mãe, do pai, dos avós, dos irmãos, dos padrinhos, na escola, na igreja e dos amigos de todos os dias. O coração humano é irredutivelmente desejoso de amor afetivo. É o alimento mais importante na formação e no desabrochamento de sua personalidade. Por não ter recebido o amor necessário e abundante, permanece no coração emocional um vazio, uma sensação de ausência, uma falta de algo que preencha, que satisfaça e deixe feliz.
            As carências afetivas geram muitos outros problemas. As crianças carentes se comportam de uma forma agressiva, impaciente, intolerante, desejosas de querer tudo o que veem, pois inconscientemente tentam preencher o vazio de seus coraçõezinhos. Seu comportamento enerva os pais, as babás, criando ambiente tenso.
            Os adolescentes manifestam-se ainda mais rebeldes do que o normal da “aborecência”. Subconscientemente tentam preencher o vazio de amor com aquilo que não preenche: bagunças, agitações, artes maldosas, bebida, exagero na alimentação, sexo imaturo e irresponsável O vazio que sentem levam-nos a serem doentiamente irrequietos.
            Os jovens carentes, igualmente procuram preencher seu vazio com bebidas, baladas, torcidas agitadas, sexo irresponsável, aventuras perigosas etc. No namoro, tentam preencher o vazio de seu coração com manifestações explosivas de afeto e carícias, que excitam as emoções, excitam a sexualidade e leva a intimidades eróticas e a relações sexuais. Tudo como necessidade subconsciente de preencher o vazio do coração afetivo. Os casados carentes acabam muito cedo a criar um clima de difícil convivência. Ele, em vez de dar muito amor, espera receber só amor, muito amor da esposa. Se a esposa é carente, também ela espera receber só e muito amor do marido. Como nenhum dos dois tem para dar, porque são carentes, as queixas, as reclamações, as manhas, as chantagens tomam conta do lar. Aos poucos vão se ferindo, e por isso, aquela felicidade sonhada vai para o espaço. Quantos casais se separam por causa das carências afetivas e dos problemas gerados por elas.
            São muito mais numerosos do que estes poucos problemas de saúde emocional e psicológica enumerados aqui. Para solucionar esses problemas é preciso a ajuda de pessoas competentes, profissionais do psiquismo. Mas a Igreja, com suas pastorais, com os sacerdotes conselheiros, com grupos de pessoas que fazem atendimento e encaminham para os sacramentos, para grupos de oração, Ela pode auxiliar, sim, a muitas pessoas a resolverem seus problemas, a curar seus corações feridos. Que por esta Campanha da Fraternidade, a saúde física, emocional, psíquica e espiritual possa se fazer muito mais presente em nosso pais e no mundo.