31 de outubro de 2013
A REVELAÇÃO
DA TRINDADE
O mistério da Santíssima Trindade só
pôde ser conhecido porque Deus mesmo se revelou. Foi Ele quem nos contou esse
incrível segredo da existência do Deus Uno e Trino.
A invocação de Deus como Pai é
conhecida em muitas religiões. A divindade é considerada, muitas vezes, como
pai dos deuses e dos homens. Em Israel, Deus é chamado do Pai, enquanto criador
do mundo. Deus é chamado de Pai, mais ainda, em razão da aliança que Deus fez
com seu povo.
Ao designar Deus com o nome de Pai,
a linguagem da fé designa dois aspectos: 1º Que Deus é a origem de tudo e a autoridade
transcendente, e 2º que a bondade e o amor de Deus para com todos os seus
filhos são divinos.
No entanto, Deus não é apenas Pai
enquanto é o Criador, ou porque adotou os batizados como filhos seus, mas antes
de tudo, e de forma verdadeira, Ele é Pai por ter gerado, na eternidade, o seu
Filho único. Deus é Pai desde toda a eternidade, pois Ele gerou o Filho na
eternidade. Mesmo se não houvesse seres humanos na Terra, Deus seria Pai por
ter gerado o Filho eterno. “Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém
conhece o Pai senão o Filho,e a quem o Filho quiser revelar.(Mt 11,27)
Foi o Pai quem nos revelou que Jesus
é o seu Filho eterno. No Batismo de Jesus, no Jordão, do alto dos céus, o Pai
exclamou: Este é o meu Filho muito amado no qual ponho toda a minha afeição(Lc. 3,22) E
no Monte Tabor o Pai também falou do meio da nuvem e disse” Este é o meu Filho muito amado no qual
ponho toda a minha afeição, escutai-o”(Mt 17,5)
Foi o Filho, Jesus, quem revelou o
Pai. Já aos 12 anos, no templo de Jerusalém, Jesus disse à sua mãe:”Não sabíeis que devo ocupar-me com as
coisas de meu Pai?”. Depois, em suas pregações, o Filho Jesus
falou muitíssimas vezes de seu Pai. O Filho Jesus era um apaixonado por seu
Pai. Em Mateus, Jesus fala 70
vezes do Pai. Em Marcos Jesus fala 22 vezes do Pai. Em Lucas, Jesus fala 62
vezes do Pai. E em João, Jesus fala 118 vezes do Pai. Vemos, pois, toda a
revelação a respeito do Pai eterno nos quatro Evangelhos.
Foi o Filho Jesus quem nos revelou o
Espírito Santo. Diversas vezes, nos Evangelhos, Jesus nos fala sobre o Espírito
Santo. Em Mateus 28,19 Jesus deu a ordem: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo” . Em Marcos 3,29 Jesus declarou: “Mas todo o que tiver blasfemado contra
o Espírito Santo jamais terá perdão” Em Marcos 13,11
Jesus garantiu. “Quando
vos levarem para vos entregar, não premediteis no que haveis de dizer, mas
dizei o que vos for inspirado naquela hora; porque não sois vós que falais, mas
sim o Espírito Santo”. Em Lucas 11,13 Jesus disse: “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar
boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celestial dará o Espírito
Santo aos que lho pedirem. Em João 14,26 Jesus disse: “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. Em João 20,22,
Depois dessas
palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo”.
O Espírito Santo, por sua vez,
sempre revela o amor do Pai e a salvação de Jesus. Em Romanos 5,5 está escrito:
“E a esperança não
engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo que nos foi dado. Em 1 Coríntios, 12,3 Está escrito: “Por isso, eu vos declaro: ninguém, falando sob a ação divina, pode
dizer: Jesus seja maldito e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, senão sob a
ação do Espírito Santo”.
Portanto, todo o mistério Trinitário
foi uma maravilhosa revelação do próprio nosso Bom Deus. E nós, pela fé, cremos
firmemente neste mistério grandioso e glorioso.
30 de outubro de 2013
O DEUS
TRINDADE
Pela “porta da fé” saímos do mundo
material e penetramos no mundo sobrenatural onde vive o Deus em quem cremos, e
com quem vivem os Anjos e todos os Santos, salvos pela redenção de Jesus e
santificados pelo Espírito Santo.
O Deus a quem conhecemos pela fé é
um Deus Uno e Trino. Um só Deus verdadeiro, que vive em três Pessoas: o Pai, o
Filho e o Espírito Santo.
Nós não poderíamos jamais saber que
o nosso Deus é Trindade, se Ele mesmo não se tivesse revelado, se Ele não nos
contasse esse segredo maravilhoso de sua Trindade.
Nos escritos bíblicos do Antigo
Testamento não encontramos alguma revelação explícita da Trindade com os nomes
das Pessoas divinas. Possuímos apenas alguns indícios da Trindade, como aquele
do início do Gênesis: “Façamos
o homem à nossa imagem e semelhança”(Gn 1,26) O verbo “façamos” é um
plural que indica mais pessoas na mesma ação. Essa expressão é interpretada
como sendo uma ação da Trindade.
Quem nos revelou a Trindade foi
Jesus. Ele falou inúmeras vezes do Pai, falou dEle mesmo como sendo o Filho, e falou
do Espírito Santo.
Na
primeira frase saída dos lábios de Jesus, escrita nos Evangelhos, Ele fala do seu Pai.
No episódio da perda de Jesus e do seu reencontro no templo, Ele disse à sua
mãe: “Não sabíeis que
devo ocupar-me das coisas de meu Pai”?(Lc 2,49)
Nos evangelhos há inúmeras citações
que falam do Pai e do Espírito Santo. Em Mateus encontramos 70 citações do nome
Pai e 5 vezes do nome do Espírito Santo. Em Marcos, são 22 as citações do Pai e
4 vezes do Espírito Santo. Em Lucas 62 citações do Pai e 14 do Espírito Santo.
Em João 118 citações do Pai e 3 do Espírito Santo.
No Batismo de Jesus aparecem as três
pessoas: o Filho é batizado, o Espírito Santo desceu em forma de pomba, e o Pai
fala do alto dos céus: “Este é o meu Filho muito amado”.
A ordem de Jesus para o Batismo foi:
“Batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Nestas palavras estão
citadas as duas verdades: “Em nome”, e não “nos nomes”. Portanto em nome do
Deus uno, que é Pai, é Filho e é Espírito Santo.
A Trindade é um mistério glorioso e
grandioso. Tão misterioso e grandioso que não podemos abrangê-lo com nossa
pequena inteligência. Diante desse mistério, declaramos: “Eu creio! Eu creio
porque Ele mesmo assim se revelou!”
Um Deus em três pessoas. O Pai é
Deus. O Filho é Deus. O Espírito Santo é Deus. Não três deuses, mas um só. O
Pai “gerou” o Filho, na eternidade. Do amor divino do Pai pelo Filho, e do amor
divino do Filho pelo Pai “procede” o Espírito Santo. Conhecemos e aceitamos,
nos maravilhamos e adoramos este mistério, iluminados pela luz da fé.
O mistério da Santíssima Trindade é
o mistério central da fé e da vida cristã. É a fonte de todos os outros
mistérios da fé. É a luz que nos ilumina para crermos em todas as outras
verdades.
Não podemos compreender esse
mistério com nossas pequenas capacidades humanas. Mas podemos compreendê-lo com
o coração. Quando, pela fé, cremos na Trindade, e passamos a adorar, louvar,
glorificar ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, a realidade da Trindade se
torna uma “experiência” luminosa que convence o coração.
29 de outubro de 2013
O NOME
DE DEUS
Quando professamos a fé católica,
sempre iniciamos dizendo; “Creio em Deus”. O nome “Deus” designa para nós que
cremos, o único Deus verdadeiro.
Ao
seu povo de Israel, Deus revelou-se, dando a conhecer o seu nome. O nome
exprime a essência, a identidade da pessoa e o sentido de sua vida.
Deus tem um nome. Revelar o próprio
nome é dar-se a conhecer aos outros, é abrir-se a si mesmo tornando-se acessível,
capaz de ser conhecido e chamado pessoalmente.
Deus revelou-se progressivamente.
Foi a Moisés que Ele revelou o nome pelo qual queria ser invocado. Deus chamou
Moisés do meio da sarça e lhe disse: “Eu
sou o Deus de teus pais, o Deus de Abrasão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacó” (Ex
3,6) Moisés disse a Deus: “Quando eu for
para junto dos israelitas e lhes disser que o Deus de seus pais me enviou a
eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome?” Deus
respondeu a Moisés: “EU SOU AQUELE QUE É”.
E ajuntou: “Eis como responderás aos
israelitas: O EU SOU envia-me junto de vós.
Deus
disse ainda a Moisés: “Assim falarás aos
israelitas: É JAVÉ, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e
o Deus de Jacó, quem me envia junto de vós. Este é o meu nome para sempre, e é
assim que me chamarão de geração em geração”. (Ex. 3,13-15)
A Moisés que pediu para ver a sua
glória, Deus respondeu: “Farei passar
diante de ti toda a minha beleza, e diante de ti pronunciarei o nome de Iahweh
(Ex.33,18) E o Senhor passa diante de Moisés e proclama: Iahweh, Iahweh, Deus
de ternura e de piedade, lento para a cólera e rico em amor e fidelidade.(Ex
34,5-6).
Por respeito
à santidade de Deus, o povo não pronunciava o nome de Deus. Nas Escrituras, o
nome de Deus foi substituído pelo título de “Senhor” = “Adonai” = “Kyrios”.
Na revelação que Deus fez de si
mesmo, encontramos muitos dos seus atributos divinos: eterno, imenso, imutável,
incompreensível, todo-poderoso, inefável, fiel, compassivo, santíssimo, terno,
piedoso, lento na cólera, amoroso, verdadeiro, justo. Imortal, bondoso, benevolente,
confiável, constante, misericordioso.
Deus é eterno: não teve começo e não terá fim. Deus é imenso: não pode ser medido em sua grandeza, também por se tratar
de um espírito perfeitíssimo. Deus é Imutável:
que permanece sempre o mesmo. Nele não há mudanças. Ele é incompreensível: não pode ser compreendido por ser um mistério
insondável. Ele é todo poderoso:
para Ele tudo é possível. Ele é inefável:
sua Pessoa é de uma doçura divina. Ele é fiel:
Sua fidelidade é divina, portanto, absolutamente fiel. Ele é compassivo: pleno de compaixão para com
o ser humano pecador. Ele é santíssimo:
tem uma santidade em grau divino, incomparável. Deus é terno: movido por uma ternura divina, incomparável. Ele é piedoso: sua manifestação é divinamente
paterna. Lento na cólera: porque é
misericordioso, é lento, demorado para corrigir e punir. Deus é amoroso: Ele é o próprio amor. Deus é verdadeiro: Ele é a própria verdade. Deus
é justo: sua justiça é absoluta,
porque é Deus. Ele é Imortal: nunca
terá fim. Ele é bondoso: sua bondade
é divina, portanto perfeitíssima. Ele é benevolente:
Ele só quer e só pode querer o bem, por ser Deus. Ele é confiável: porque é imutável e fiel. Ele é constante: sua constância é divina, portanto perfeitíssima. Deus é misericordioso: sua misericórdia é sem
limites.
Todos esses atributos nós os
encontramos nas revelações que Deus fez de si mesmo, especialmente por meio de
Jesus Cristo.
28 de outubro de 2013
EU CREIO
EM DEUS
A fé religiosa é aquela energia
espiritual e aquela iluminação do psiquismo que possibilita crer em Deus. Pela
fé descobrimos e encontramos, acolhemos e amamos a Deus e a tudo o que lhe diz
respeito e lhe pertence. Pela fé, nós nos sentimos amados por Deus, pois
descobrimos todas as suas manifestações de amor para conosco, no dia a dia de
nossa vida. Pela fé, fazemos comunhão de amor com Deus, criamos um
relacionamento que exprimimos pelas diversas formas do nosso culto, de nossa
devoção. Vivendo a fé, encontramos Aquele que preenche o vazio de nosso
coração, satisfaz nossos anseios de felicidade.
No caminho da fé podemos distinguir
duas direções: 1ª “crer em quem”, ou seja, crer na pessoa de Deus. Ou 2ª crer
em quê, ou seja, crer nas verdades reveladas por Deus: a) a respeito dEle
mesmo, b) a respeito do ser humano e c) a respeito do mundo criado.
Antes de tudo, a fé religiosa se
direciona para Deus: “crer em Deus”! Ao
focalizar Deus pela luz da fé, vamos descobrindo quem Ele é, como Ele é, o que
Ele faz, o que Ele quer do ser humano.
Pelo dom da fé conhecemos que só
pode existir “um” Deus verdadeiro. Deus é único. Se disséssemos que existem
dois ou mais deuses, precisaríamos declarar alguma diferença entre eles, pois
seria impossível existirem dois ou três absolutamente iguais. Ora, alguma
diferença existente nos indicaria que um seria o mais perfeito do que os
outros. Sendo assim, o mais perfeito, o totalmente perfeito, seria o Deus
verdadeiro e os outros já não poderiam ser deus, por trazerem alguma diferença
de imperfeição.
Para ser Deus, o ser divino precisa
ter todos os atributos, todas as virtudes e todas as perfeições em grau
supremo. Num grau que só um Deus pode possuir. Portanto, Deus é o ser existente
absolutamente perfeito em todos os atributos, em todas as virtudes e em todas as qualidades.
Declarar: “eu creio em Deus” é
realizar a afirmação mais fundamental da fé. É colocar o fundamento
absolutamente mais sólido da fé. É abrir a fonte de todas as demais verdades de
fé.
“A
declaração da Unicidade de Deus – que existe um único Deus – é
inseparável da declaração de que Deus existe. Deus existe e Deus é único. Só
existe um Deus.
Ao povo do Antigo. Testamento. Deus
mesmo se revelou como único Deus. Ele declarou: “Ouve, ó Israel, O Senhor nosso Deus é o único Senhor! Portanto amarás o
Senhor, teu Deus, com todo o coração, com toda a tua alma e com toda a tua
força. (Dt. 6,4-5) “Voltai-vos para
mim e sereis salvos, todos os confins da terra, porque eu sou Deus e não há
nenhum outro! (Is 45,21)
A fé no Deus único e verdadeiro nos
conduz a crermos em sua revelação. Ele mesmo se revelou e nos contou como Ele
é. E a revelação mais surpreendente é que Ele é Trindade: é Pai, é Filho e é
Espírito Santo. Sabemos, desde então, que o Pai é nosso criador, que o Filho é
o nosso salvador, e o Espírito santo é o nosso santificador.,
Crer no Deus único e verdadeiro é
uma bênção suprema, pois Ele é a origem e a fonte de todas as respostas para
todas as questões ligadas à existência de Deus, à existência e destino do ser
humano, e ao mistério de toda a criação do universo.
27 de outubro de 2013
ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ
NO DIA 24 DE NOVEMBRO - SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - OCORRERÁ O ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ.
PARA FUNDAMENTAR AINDA MAIS A NOSSA VIDA DE FÉ, VAMOS APROFUNDAR - CADA DIA UMA - AS VERDADES FUNDAMENTAIS DE NOSSA FÉ PROCLAMADAS NO SÍMBOLO APOSTÓLICO, O CREDO.
DESSA FORMA COROAREMOS NOSSA CAMINHADA FEITA NESTE ANO DA FÉ, CELEBRAREMOS A NOSSA VIDA DE FÉ, E PROCLAMAREMOS AS VERDADES EM QUE CREMOS.
ASSIM EXPERIMENTAREMOS AS ALEGRIAS DE POSSUIRMOS A FÉ NO DEUS VERDADEIRO.
PARA
ACOMPANHAR ESSAS REFLEXÕES DIÁRIAS ACESSE O “SITE”
FAÇA
RESSOAR ESSA EVANGELIZAÇÃO COMUNICANDO AOS SEUS CONTATOS ELETRÔNICOS ESTA
OPORTUNIDADE DE APRIMORAMENTO DA FÉ.
ENCERRAMENTO DO ANO DA FÉ
EU CREIO
Em
nossa profissão de fé católica, sempre iniciamos afirmando: “creio”! Em sentido
religioso, quando alguém afirma “Eu Creio!” ele está dizendo que no seu
coração, no íntimo de seu ser, existe uma energia espiritual e uma iluminação psicológica
que lhe possibilite “crer” na existência de um ser supremo, ao qual ele dá o nome de Deus. Essa energia e
iluminação interiores são uma realidade concreta, experimentável e dinâmica,
capazes de conduzir a pessoa a se submeter e a viver sua vida de acordo com o
seu “crer no seu Deus.”
A
essa energia espiritual e a essa iluminação interiores damos o nome de fé, fé
religiosa. Pela fé se “descobre”, se “conhece”, se “aceita”, se “rende”, se
“obedece” e se “cultua” a Deus.
A
fé é como uma porta que se abre para se poder “entrar”em contato com Deus, para
se criar uma relacionamento com Deus, a fim de conhecê-lo e de manter uma
comunhão com Ele. Aquele que não tem uma fé religiosa não “vê” a Deus, o
desconhece, não crê na sua existência e nas suas manifestações.
A
fé é um dom de Deus. Isto é, aquela energia espiritual e aquela iluminação
interiores que possibilitam “crer em Deus” são doadas pelo próprio Deus. Porque
Deus quer a “comunhão de amor” com o ser humano, Ele lhe concede o dom da fé e
toma iniciativas para que a pessoa
humana O encontre, nEle creia, se sinta amada e O ame. Deus quer essa
“comunhão amorosa”, pois sabe que o ser humano busca a felicidade, e esta só se
encontra plenamente em Deus. Exclamou Santo Agostinho: “Meu coração anda irrequieto
enquanto não repousa em Ti, meu Deus”.
Pelo
dom da fé, conhecemos e cremos em Deus. Porque cremos em Deus, cremos e
aceitamos toda a maravilhosa revelação das realidades que se referem a Deus,
que revelam os segredos da vida humana, que revelam o destino eterno do ser
humano.
Porque
cremos em Deus, cremos em Jesus Cristo e nas verdades por Ele anunciadas.
Cremos com muita alegria que Deus é Pai, é nosso Pai e nos ama com amor divino.
Cremos com gratidão que Jesus é o nosso Salvador pessoal, Senhor de nossa vida.
Cremos no Espírito Santo como nosso santificador pessoal. Cremos que existe uma
vida eterna para a qual fomos criados e para onde nós nos dirigimos. Cremos nos
mandamentos e ensinamentos de Jesus, os quais nos orientam para viver uma vida
cristã de qualidade e até de santidade.
Se
a fé religiosa é um dom do próprio Deus, devemos pedi-la, pois Ele quer doá-la.
Se nós já recebemos esse dom, podemos pedir, dizendo: “Eu creio, meu Deus, mas
aumentai a minha fé”. Os pais devem pedi-la para seus filhos e vice-versa.
Podemos pedi-la para todas as pessoas a quem amamos e que carecem do dom da fé.
Conquistar o dom da fé para alguém é doar-lhe o maior tesouro do mundo: Deus.
Sim, Deus é a maior riqueza que alguém pode possuir.
A fé é um processo crescente
que percorre toda uma vida terrena. Ela deixará de ser necessária somente
quando entramos no céu, pois ali estaremos na “visão facial” de Deus, e o
veremos como Ele é.
O dom da fé religiosa
gera um processo dinâmico que conduz para uma “ vida de comunhão” com Deus,
manifesta por meio dos muitos atos de religião. Ao mesmo tempo gera um estilo
de vida pessoal, familiar, social e profissional baseado nos valores revelados
por Deus. A vida de fé gera necessariamente a vida cristã. A vida cristã é uma garantia
de sabedoria tal que garante a vida eterna.
26 de outubro de 2013
25 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados
os que são perseguidos
por causa da
justiça,
porque deles é o reino dos céus
Temos aqui o eco da primeira bem-aventurança... Ambas tem a mesma recompensa; “Porque deles é o reino dos céus”. Quem são os perseguidos? A explicação que Jesus dá, em seguida, responde a qualquer dúvida: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus (v. 11-12).
Percebemos nas palavras de Jesus que os perseguidos apontados são os Seus discípulos missionários. E por que são perseguidos? Por causa da justiça. Ou seja, por causa da justiça pela qual dão a Deus o que a Deus pertence: a adoração, a ação de graças, a louvação, o respeito, o santo temor, a obediência, a submissão, enfim, a prática religiosa e o trabalho de evangelização.
Lembro que justiça tem dois sentidos: 1. É sinônimo de santidade e 2. Se refere à justiça social. Neste primeiro sentido estão incluídos todos aqueles que são discípulos missionários de Jesus, que gastam suas vidas para levar o santo nome de Jesus e o seu Evangelho de libertação e salvação para todos os povos. São muitos os sacerdotes, religiosas e leigos que dão a vida nas missões para implantar o Reino de Deus entre os pagãos. E ocorre até com certa freqüência, que estes são expulsos do país onde trabalham, são maltratados e até martirizados. A eles Jesus afirma: “Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim”. Quando isto acontece, Jesus lhes dá como recompensa duas bênçãos: 1º Porque deles é o reino dos céus. 2º Grande será a sua recompensa nos céus.
No outro sentido de Justiça, da justiça social, a perseguição, às vezes, acontece também contra aqueles que querem promover a justiça social, ou seja, a saúde para todos, o emprego para todos, a educação para todos, as oportunidades de trabalho para todos, o conforto para todos. Esses que trabalham para a expansão da justiça social naturalmente pertencem ao reino dos céus e por isso são felizes, são bem aventurados, apesar dos sofrimentos.
A todos, tanto os que lutam para a implantação do cristianismo, como aqueles que lutam pela justiça social, e que por isso são perseguidos, a eles Jesus primeiro afirma que “deles é o reino dos céus”, mas acrescenta muito mais: “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus (v. 11-12).
Como pode Jesus dizer aos perseguidos: “Alegrai-vos e exultai”? É possível alguém se alegrar quando é perseguido, maltratado, expulso, posto na prisão ou até martirizado? É possível, sim, por causa da recompensa que recebem por causa da perseguição sofrida: “Deles é o reino dos céus e grande será a sua recompensa nos céus”.
24 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados
os que promovem a paz,
porque serão chamados
filhos de Deus
Alguém tem paz, vive em paz, quando está de bem com Deus, consigo mesmo e com todos os demais. A paz não é ausência de guerra contra Deus, contra si mesmo e contra o próximo, mas é presença de amor. Presença de amor para com Deus, presença de amor para consigo mesmo e presença de amor para com o próximo. É o amor para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo que gera a verdadeira paz. Essa paz baseada no amor torna o “pacífico” um filho de Deus. E por isso ele se sente bem-aventurado, se sente feliz.
Deus é amor divino, perfeitíssimo, imenso, irretocável, dentro da própria Trindade, entre as três Pessoas divinas, como também em relação ao ser humano. Por isso é o Deus da paz. Sim, é o Deus da paz baseada no amor, dinamizada pelo amor, e tornada presente no coração de Deus e dos seres humanos .
Deus mesmo é o primeiro construtor da paz entre os seres humanos porque lhes ensina todos os caminhos do amor, o qual se manifesta como perdão, compaixão e misericórdia. Ele ensina e ordena que os seres humanos se amem, e no amor vivam suas vidas e suas ações recíprocas. Este amor é fonte de paz entre os corações.
Aqueles que vivem na verdadeira paz, também se tornam construtores, propagadores, fazedores da paz com Deus e com o próximo.
Quem trabalha para alcançar a paz entre os homens atua como Deus, porque Deus é o Deus da paz (Rm 15,33; 16,20). A promoção da paz, (do Shalom) é fruto da misericórdia e da pureza de coração. Depois da ressurreição, Jesus saudou os discípulos dizendo:: “A paz esteja com vocês” (Jo 20, 19.21.26). A paz que propõe o Evangelho é a dignidade da vida em todos os sentidos. Não se trata de uma paz meramente pessoal, egoísta, mas que se manifesta também a nível social. Podemos parecer promotores da paz e do evangelho”, mas às vezes vivemos num clima de guerra, de violência, de injustiça, em nosso ambiente de vida.
Importante também é o ser humano estar e viver em paz consigo mesmo. É de dentro de um coração em guerra consigo mesmo, que guarda auto condenações, remorsos do seu passado doloroso, raivas e ressentimentos de si mesmo que nascem muitas “guerrinhas” na família, no trabalho, na convivência social. Para que este coração reencontre a paz consigo e com o próximo é preciso que ele se perdoe a si mesmo, profundamente, por todos os seus erros e desacertos praticados. Só depois de se perdoar vigorosamente é que ele será capas de viver em paz com os outros e ser um construtor da paz na família e na comunidade dos seres humanos.
Contraditoriamente a nossa sociedade atual apregoa: "felizes os que não têm medo de lutar contra os outros, pois só assim podem ser pessoas de sucesso". Esses promovem a guerra... Provavelmente não estão em paz consigo mesmos. O suas convicções são realmente egoístas e interesseiros. Estes não são jamais promotores do bem comum e da paz entre os seres humanos.
É bela a recompensa dos pacíficos e dos promotores da paz: serão chamados filhos de Deus. Filhos do Deus da paz.
23 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados
os de puro coração,
porque verão a Deus
Esta bem-aventurança se inspira no salmista que diz: “Aquele
que tem mãos inocentes e coração puro, esse receberá a benção de Javé, e do seu
Deus salvador receberá a justiça” (Sl 24,4-5).
O coração é a sede das opções profundas que marcam a vida
inteira. Ser puro de coração é ter conduta única, em perfeita sintonia com o Reino.
Mas Jesus nos alerta que “é do coração que vêm as más intenções: os crimes, os adultério,
a imoralidade, os roubos, os falsos testemunhos, as calúnias e outras coisas
erradas. Essas coisas é que tornam o homem impuro...” (Mt 15,19-20).
Se é do coração impuro, cheio de pecados e de misérias que
saem todas as ações erradas de alguém, conclui-se que coração puro é aquele que
está limpo dessas imundícies: os crimes, os adultério, a imoralidade, os
roubos, os falsos testemunhos, as calúnias e outras coisas erradas.
Puro de coração é aquele que evita todo pecado, que quando
erra se arrepende e pede perdão a Deus, até numa santa confissão. Puro de
coração é todo aquele que guarda seu psiquismo limpo de todo tipo de
pensamentos perversos, de desejos cheios
de maldade, de palavras torpes e enganosas, de ações injustas e maléficas.
A pureza de coração consiste, também, num modo de viver
com sinceridade e verdade, correção e honestidade. A pureza de coração é o
contrário da falsidade, da hipocrisia, da duplicidade, do farisaísmo. O puro de
coração é autêntico, verdadeiro, sincero, transparente. Os puros de coração tem
acesso livre diante de Deus. Por isso são bem-aventurados, são felizes, porque
verão a Deus.
Ver a Deus, já nesta vida, pelos olhos do coração, pelo
contato com Ele por meio da oração
fervorosa, pela contemplação de seus muitos atributos divinos, só pode gerar
felicidade, bem-aventurança.
Uma forma de “limpar” o coração de toda imundície do
pecado é por meio de uma santa confissão muito devota, sincera e cheia de
arrependimento. Pode ocorrer que sejamos “contaminados”, sujados, pelas
imundícies que encontramos a cada dia no nosso mundo, que são veiculadas todos
os dias pelos meios de comunicação pagãos. Então precisamos realizar uma oração
de libertação dessas forças do mal que se infiltraram dentro de nós e que
estejam poluindo o nosso coração.
E efeito dessa bem-aventuranças: ver a Deus, é o máximo
que se pode desejar. Ver a Deus para sempre na eternidade será a
bem-aventurança definitiva, será a felicidade completa que jamais poderá ser
tirada.
Vale a pena cuidar para “manter puro o coração”, e quando
entrar alguma imundície, purificá-lo sempre de novo, a fim de um dia ver a Deus
como ele é na eternidade.
22 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão
misericórdia
Misericórdia é uma palavra composta por “miséria e coração”. É olhar para a miséria do outro, do próximo, de uma pessoa, com o coração, ou seja, com amor. A misericórdia segue cinco passos. 1º Conhecer a miséria do outro. 2º Aceitar que tenha caído na miséria. 3º Compreender – ter compreensão – pela miséria da pessoa. 4º Perdoar a miséria 5º. Tirar a pessoa da miséria. O objetivo final é sempre tirar a pessoa de sua miséria.
Quais são as misérias? Todos os pecados, todos os vícios, todos os problemas que afetam a vida da família, das pessoas, de uma comunidade são as misérias de que alguém é portador. Os vícios do alcoolismo, da droga, da prostituição, do adultério, da fornicação, da mentira, da corrupção, do ódio, da vingança, dos ressentimentos, da gula, da ira, da inveja, da preguiça etc. tudo ísto é miséria!
Para tirar alguma pessoa de sua miséria é preciso seguir os cinco passos citados acima, e perseverar no empenho de conseguir o objetivo desejado.
Jesus insiste na virtude da misericórdia: “Eu quero a misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13). “Sede misericordiosos como vosso Pai dos Céus é misericordioso”(Lc 6, 36) . Então aqueles que têm o espírito de Jesus misericordioso terão a mesma atitude de Deus que é o amor, atitude de perdão, de compaixão, de compreensão, de ajuda, de partilha, de solidariedade. Como recompensa pelas ações misericordiosas, as pessoas serão felizes porque alcançarão a misericórdia. Na verdade todos temos necessidade da misericórdia de Deus, pois todos temos algumas misérias.
A misericórdia nasce da virtude teologal da caridade-amor. Aquele que é animado pelo amor, sente compaixão por ver alguém nas suas misérias e sente o desejo de libertá-lo das mesmas. É então que a virtude da misericórdia se manifesta, e esse coração se empenha para salvar alguém de suas misérias.
Jesus incluiu entre as oito bem aventuranças a misericórdia, Aquele que é misericordioso é bem aventurado porque alcança a misericórdia divina nas suas misérias. Para ser misericordioso é preciso possuir a virtude da misericórdia. É ela que induz a realizar os atos de misericórdia.
Como é bela a misericórdia! Como é belo o coração misericordioso! Este coração jamais faz crítica negativas, pejorativas, em relação a alguém que tem as suas misérias. Ele não acusa ninguém por causa de suas misérias. Ele não julga e nem condena as pessoas por causa de suas misérias. Ele sabe ser benigno, sabe explicar e minimizar as misérias alheias. Até mesmo porque sabe que também ele tem suas lutas contra as suas misérias, não acusa, não julga, não condena aqueles que carregam suas misérias humanas. Procura, sim, restaurá-lo e salvá-lo,
Podemos pedir ao Espírito Santo que nos conceda as graças para podermos criar a virtude da misericórdia, a fim de praticarmos essa virtude, sermos misericordiosos e alcançarmos a misericórdia divina.
Jesus insiste na necessidade da misericórdia. Então aqueles que têm o espírito de Jesus misericordioso terão a mesma atitude de Deus que é amor, é perdão, é compaixão, é compreensão, é ajuda, é partilha, é solidariedade. Como recompensa, os misericordiosos serão felizes porque alcançarão a misericórdia. Na verdade todos temos necessidade da misericórdia de Deus, pois todos temos algumas misérias.
Seremos felizes sendo misericordiosos porque a promessa de Jesus é que alcançaremos misericórdia diante de nossas misérias.
21 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados
os que têm fome e sede de
justiça,
porque serão
saciados .
A justiça deve ser compreendida em duas direções. 1ª Como sinônimo de “santidade”. 2º Como justiça nas relações humanas.
1º Todo santo é um justo, e todo justo diante de Deus é santo. Todos fomos criados por Deus à sua imagem e semelhança, para sermos um pouco como Ele é: santo. Mas Ele nos criou, e pelo santo Batismo nos adotou para sermos santos diante de seus olhos. Diz-nos São Paulo: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos.(Ef 1, 3-4)
Todo aquele que tem essa fome e sede de santidade será saciado, porque o Espírito Santo, que é o santificador, vai matar a sua fome e saciar a sua sede de santidade, mediante sua ação por meio dos Dons Infusos, dos Frutos de santidade e dos Carismas. Aquele que tem fome e sede procura resolver o seu problema. A resposta vem do próprio Deus.
Diz o salmista: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando verei a face de Deus?” (Sl 42,2-4); “Ó Deus, tu és o meu Deus, por ti madrugo. Minha alma tem sede de Ti, minha carne Te deseja com ardor” (Sl 63, 2).
Quem tem fome e sede de santidade é socorrido por Deus. Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem acredita em mim nunca mais terá sede” (Jo 6,35). A experiência de Deus e a amizade com Ele cultivada por uma vida de oração e sacramental sacia o coração humano dessa fome e sede de santidade. Saciada, a alma se sente feliz e bem-aventurada.
2º Fome e sede de justiça humana. A justiça consiste em “dar a cada um aquilo que lhe pertence, aquilo que lhe é devido. Tanto a respeito de Deus (dar a Deus aquilo que Lhe é devido) como a respeito da pessoa humana, quanto à sua dignidade, seus direitos e seus deveres.
Num mundo cheio de graves e enormes injustiças sociais que geram pobreza, miséria humana, fome, doenças graves e disseminadas, sempre há aqueles que, animados por um espírito bom lutam para que se façam leis justas e que facilitem a justiça. Tantos outros que trabalham concretamente junto a povos miseráveis a fim de educá-los na busca de seus direitos, e procuram criar organizações e ações concretas em favor desse empobrecidos e injustiçados.
Essa fome e sede de implantar a justiça, de praticar a justiça, de que se faça justiça, terá o seu saciamento, porque Deus é justo e sempre faz justiça. Esses todos que tem fome e sede de implantar a justiça vivem em paz de espírito, mesmo quando angustiados diante das enormes injustiças que ocorrem, e são felizes e bem-aventurados porque são saciados por Deus.
Os homens acreditam que Deus fará justiça aos que são oprimidos pela injustiça. A situação de “fome e sede de justiça” clamam para que cesse a injustiça atual. A justiça corresponde ao Reinado de Deus sobre tudo e sobre todos. A esperança de justiça se cumpre em Jesus Messias e Salvador, na cruz. De fato “Javé é nossa justiça” (Jr 23,6).
19 de outubro de 2013
AS BEM AVENTURANÇAS
Bem-aventurados os
mansos,
porque possuirão a terra
Que é a mansidão? Como são os mansos, para serem bem- aventurados? Mansidão é a virtude daquelas pessoas que são
interiormente tranquilas, serenas, cordatas, perdoadoras, controladas e calmas.
A mansidão do coração faz com que a pessoa não seja agressiva ou compulsiva
ofendendo, ferindo, agredindo o próximo, mas também tem a capacidade de não se
deixar ferir e ofender com facilidade. Imaginemos uma almofada fofa coberta de
veludo. Se lhe dermos um soco, ela não se ofende e nem nos machuca. Ela
permanece a mesma, fofinha como antes. Assim é o coração manso: não ofende e
nem se deixa ofender com facilidade.
Pensemos num boi manso... num cavalo
manso... num cordeiro manso. Podemos lidar com eles com facilidade e sem medo,
pois não tem reações agressivas. Assim é a pessoa mansa. Torna-se muito fácil
conviver com pessoas mansas. Até porque elas são felizes pela sua mansidão.
A mansidão tem muito a ver com
bondade e humildade. Porque o coração é bom, trata as pessoas com mansidão,
evitando por todos os meios de ofender, magoar, ferir, fazer sofrer.
O discípulo de Jesus que é cheio do
Espírito abrigará também esse fruto em seu coração. Dois exemplos: Vemos na
vida de São Pedro essa diferença. Primeiro, o Pedro impulsivo e até violento
antes do Pentecostes, e depois o Pedro amável e submisso quando ficou cheio do
Espírito Santo. Moisés, antes de ter uma
experiência íntima com Deus, agia de forma brusca e violenta, chegando a matar
um egípcio. Depois que conheceu a Deus tornou-se o homem mais manso de toda a
terra (num. 12:3). Pela convivência com Jesus ressuscitado, vamos
descobrindo sua mansidão que tanto nos cativa, e depois seguimos o seu pedido:
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
Os mansos são bem
aventurados porque seu estado de mansidão conquista a amizade e a convivência
das pessoas que vivem ao seu derredor. Os mansos são muito amados por todos, e
é neste sentido que possuirão a terra, isto é, conquistam a amizade das pessoas
que vivem ao seu derredor. É muito bom conviver com pessoas mansas. Sua
mansidão nos questiona quando nós agimos sem mansidão. Sua mansidão nos
surpreende quando pensaríamos que elas iriam se irar, iriam perder o controle,
iriam retrucar, mas elas permanecem calmas e tranquilas. Sua tranqüilidade às
vezes irrita os coléricos que são compulsivos e esperariam uma boa oportunidade
para discutir, debater, confrontar.
A mansidão não é congênita. Ela não
é natural em nenhum temperamento. É preciso construí-la por meio de 1º.uma
apreciação de sua beleza e importância, 2º de uma decisão de querer buscá-la, 3º
de pedi-la ao Espírito Santo, 4º de exercitar-se conscientemente, 5º de repetir
os atos de mansidão sempre que houver oportunidade.
Nem sempre é fácil e rápido
conquistar a bem-aventurança da mansidão. No entanto, conquistada, além de
facilitar o relacionamento com as pessoas, ela auxilia muito a manter um bom
estado psicológico, o que afasta diversos problemas de saúde mental e física.
A mansidão tem muito a ver com
bondade e humildade. Porque o coração é bom, trata as pessoas com mansidão,
evitando por todos os meios de ofender, magoar, ferir, fazer sofrer.
18 de outubro de 2013
AS BEM-AVENTURANÇAS
Bem-aventurados os aflitos
(os que choram)
porque serão consolados
Qual é a
aflição que recebe o consolo, e por isso torna a pessoa bem-aventurada, feliz?
– É a aflição que nasce da pequenez e da pobreza interior do ser humano. Quando
uma pessoa entra na realidade de sua vida pessoal, pode tomar conhecimento de
suas qualidades, virtudes, dons naturais e espirituais, o que lhe causa
alegrias e satisfações. Mas também pode tomar conhecimento de suas fraquezas,
defeitos, problemas, vícios e pecados. Esta constatação lhe traz preocupações e
aflições. É sobre estas aflições reconhecidas que a pessoa recebe as
consolações da presença de Deus e da graça divina. Deus os consola.
Muitos estão
aflitos porque querem amar a Deus e encontram dificuldades. Estes são
consolados porque Deus se aproxima deles e os faz experimentar o seu amor, o
qual torna a pessoa feliz. Deus pode preencher plenamente o coração humano,
consolando-o e tornando-o feliz, be-aventurado.
Outros estão
aflitos porque caem com facilidade em pecado. Lamentam suas quedas, desejam
sair delas, mas recaem sempre de novo por causa de sua fraqueza interior. Estes
são consolados pela graça divina que lhes traz a fortaleza para superar a
fraqueza e o perdão dos seus pecados. Com isto são consolados e se tornam
felizes, bem-aventurados.
Outros estão
aflitos diante da morte iminente. A realidade da aproximação da morte lhes causa
medos e muitas aflições. Estes são consolados pela palavra de Deus que lhes
garante uma vida futura, e isto lhes traz consolo e os faz felizes e
bem-aventurados.
Outros estão
aflitos diante das grandes dúvidas existenciais: de onde vim? Quem sou eu? Para
onde vou? Seus espíritos buscam respostas, as quais não são respondidas pelos
conhecimentos humanos. Muitos tem grandes aflições diante dessas questões
existenciais. Estes são consolados por Deus, que pela Palavra Bíblica lhes dá
uma resposta plena e se tornam felizes.
Muitos outros
estão aflitos por muitas outras tribulações que a vida familiar, o trabalho, a
prática da religião apresentam. Deus os consola por meio de sua graça, ou por
meio de suas mediações humanas,
sacramentais ou espirituais.
Todos os que
se acham em aflições mas estão perto de Deus e buscam nele seu consolo, são
efetivamente consolados, e essa consolação gera neles paz de espírito e até
bem-aventuraça
São Paulo nos
diz: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que
nos consola em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que
nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em
qualquer angústia! Se, pois, somos atribulados, é para nossa consolação e
salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação,, a qual se efetua em
vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. (2Cor
1,3-6)
17 de outubro de 2013
AS BEM-AVENTURANÇAS
Bem-aventurados
os pobres em espírito,
porque deles
é o Reino
dos Céus
Pobre de espírito é toda pessoa desapegada, desprendida
dos bens materiais, que tem uma hierarquia correta de valores, segundo o
Evangelho de Jesus, usando dos bens materiais apenas como meios necessários
para uma sobrevivência digna, bem como para realizar obras de caridade. Existem
ricos de bens que são pobres de espírito, porque são desapegados. Existem
pobres de bens materiais que são ricos porque são gananciosos, invejosos dos
bens alheios e apegados ao nada que possuem.
Frequentemente tentou-se atenuar a força dessa expressão,
como se os pobres em espírito fossem pessoas “humildes”, independentemente de
sua condição social. A palavra pobre recorda os ‘anawim’ do Antigo Testamento e
da época de Jesus: são os que depositaram sua confiança em Deus, enquanto
última instância, porque a sociedade lhes negava justiça.
“O pobre é a pessoa
honrada, piedosa, espiritualizada, justa, praticante da justiça, ajustada
diante de Deus, aberta a Deus e por isso feliz”. O reino do céu é deles porque,
vivendo assim, eles possuem a Deus, o qual preenche todos os anseios de
felicidade do coração humano.
Mas, por outro
lado, o mundo diz: "felizes os que têm dinheiro e sabem usá-lo para
comprar influências, comodidade, poder, segurança e bem-estar". Onde está
a verdadeira felicidade? Quem é, realmente, feliz? Jesus afirma que felizes,
bem-aventurados são aqueles que são pobres de espírito, porque seus corações
repousam em Deus, que é capaz de preencher todo desejo de felicidade do coração
humano..
Na verdade, todo ser humano tem, em sua natureza, uma
tendência a se apropriar de bens materiais, a possuir sempre mais, a buscar os
bens, custe o que custar, usando até de meios ilícitos para possuí-los. Esta é
uma das três grandes tentações encravadas no coração do ser humano: a tentação
de se apropriar dos bens materiais. As outras duas são: a tentação do poder e a
tentação do prazer.
Conhecedor dessas tentações, o demônio tentou Jesus por
esses três lados. Jesus saiu vencedor, e sua vitória é também daqueles que nele
crêem e seguem sua palavra e sua Igreja.
No mundo atual, em todos os países, desde os mais ricos
até os mais empobrecidos, a luta pela posse de bens tem gerado uma política
toda voltada para os interesses pessoais, e os interesses de grupos que
praticam uma forma de política que privilegia os corruptos, corruptores e
corrompidos.
Porque não são os bens materiais que podem satisfazer
planamente o coração humano, os possuidores de muitos bens materiais tentam
preencher o seu vazio interior buscando sempre mais possuir.
Jesus, que conhece o coração humano, e que sabe o que pode
preenchê-lo, vem com sua sabedoria e afirma: “Felizes os pobres em espírito, os
pobres de coração porque deles é o reino dos céus”. Por seu desapego dos bens
materiais, os pobres em espírito colocam os anseios de seus coração em Deus,
para o qual foram criados, e o qual pode preencher plenamente todo anseio de
felicidade.
16 de outubro de 2013
AS BEM-AVENTURANÇAS
AS BEM-AVENTURANÇAS
Um dos textos mais ricos do
Evangelho de São Mateus é o das bem-aventuranças. Por ele, Jesus traça o perfil
do ser humano ideal para o Novo Reino de Deus, a fim de que ele encontre a
verdadeira felicidade, a verdadeira bem-aventurança do coração, que tanto
almeja.
O Evangelho de São Mateus apresenta o tema do Sermão da
Montanha, e nele as Bem-Aventuranças. O Sermão da Montanha é um texto muito
conhecido dos católicos e dos cristãos (Mt. caps 5.6.7.) É o Projeto do Novo
Reino que entra em questão. Mateus apresenta no seu Evangelho o Sermão da
Montanha baseado em 5 discursos de Jesus. Mateus deseja mostrar Jesus como o
novo Moisés, que na montanha promulga a nova lei, as bem- aventuranças.
O primeiro discurso trata das oito Bem-Aventuranças . Faremos um comentário sobre cada Bem-Aventurança
apresentada pelo nosso evangelista Mateus. É bom ter presente que a primeira
bem-aventurança está em sintonia com a oitava, porque uma abre e a outra praticamente
fecha o tema. As outras – da segunda à sétima – são uma explicação dessas duas.
Bem-aventurado é sinônimo de feliz, e bem-aventurança é
sinônimo de felicidade. Bem-aventurada é aquela pessoa que goza da verdadeira
felicidade por crer em Deus, relacionar-se com Ele, adorá-Lo, glorificá-Lo,
confiar nEle e viver segundo os seus mandamentos. É uma felicidade parecida com
aquela vivida junto de Deus nos céus. Todos os que estão no Céu são bem-aventurados,
porque gozam da felicidade perfeita e imperdível.
15 de outubro de 2013
CONSAGRAÇÃO
A NOSSA SENHORA
Papa Francisco presidiu à Missa, que se concluiu com um “ato de
entrega confiante” a Nossa Senhora de Fátima.
“Beata Maria Virgem de
Fátima,
com renovada gratidão pela tua presença materna
unimos a nossa voz àquela de todas as gerações
que te chamam beata.
Celebramos em ti as grandes obras de Deus,
que jamais se cansa de prostrar-se
com misericórdia sobre a humanidade,
afligida pelo mal e ferida pelo pecado,
para curá-la e para salvá-la.
Acolhe com benevolência de Mãe
O ato de consagração
que hoje fazemos com confiança,
diante desta tua imagem tão querida a nós.
Estamos certos de que cada um de nós
é precioso aos teus olhos
e que nada é a ti estranho
de tudo aquilo que habita
em nossos corações.
Nos deixamos alcançar
pelo teu dulcíssimo olhar
e recebemos o afago consolador
do teu sorriso.
Protege a nossa vida entre os teus braços:
abençoa e reforça todo desejo de bem;
reaviva e alimenta a fé;
ampara e ilumina a esperança;
suscita e anima a caridade;
guia todos nós no caminho da santidade.
Ensina-nos o teu mesmo amor de predileção
Pelos pequenos e pelos pobres,
pelos excluídos e os sofredores,
pelos pecadores e os dispersos de coração:
reúne todos sob tua proteção
e os entrega ao teu Filho amado,
o Senhor nosso Jesus.
Amém."
com renovada gratidão pela tua presença materna
unimos a nossa voz àquela de todas as gerações
que te chamam beata.
Celebramos em ti as grandes obras de Deus,
que jamais se cansa de prostrar-se
com misericórdia sobre a humanidade,
afligida pelo mal e ferida pelo pecado,
para curá-la e para salvá-la.
Acolhe com benevolência de Mãe
O ato de consagração
que hoje fazemos com confiança,
diante desta tua imagem tão querida a nós.
Estamos certos de que cada um de nós
é precioso aos teus olhos
e que nada é a ti estranho
de tudo aquilo que habita
em nossos corações.
Nos deixamos alcançar
pelo teu dulcíssimo olhar
e recebemos o afago consolador
do teu sorriso.
Protege a nossa vida entre os teus braços:
abençoa e reforça todo desejo de bem;
reaviva e alimenta a fé;
ampara e ilumina a esperança;
suscita e anima a caridade;
guia todos nós no caminho da santidade.
Ensina-nos o teu mesmo amor de predileção
Pelos pequenos e pelos pobres,
pelos excluídos e os sofredores,
pelos pecadores e os dispersos de coração:
reúne todos sob tua proteção
e os entrega ao teu Filho amado,
o Senhor nosso Jesus.
Amém."