30 de setembro de 2014
Servir ao
Senhor
Servi
ao Senhor com respeito
e exultai
em sua presença;
prestai-lhe
homenagem com tremor, (Sl 2, 11a)
Deus, por ser o Ser supremo, que é o
Pai que criou o infinito universo; O Filho que resgatou toda a humanidade por
sua paixão e morte de cruz; o Espírito Santo que é o santificador de todos os
Anjos e Santos, sim, Deus merece ser servido com todo respeito, com todo o
Santo Temor. Servir ao Senhor Deus só pode ser feito com respeito e Santo
Temor, pois sua divindade supera todas as pessoas e todas as coisas.
Servimos ao Senhor com respeito quando o adoramos,
quando o louvamos, quando o exaltamos, quando o bendizemos, quando lhe
agradecemos por todos os dons, quando o amamos sobre todas as coisas e o
colocamos em primeiro lugar em nossas vidas. Servimos ao Senhor com respeito
quando obedecemos aos seus mandamentos, aos seus conselhos e suas orientações
de vida. Servimos ao Senhor com respeito quando amamos os nossos irmãos porque
eles são filhos de Deus, e colaboramos para que as vontades divinas se
concretizem na vida dos irmãos.
Poder servir ao Senhor com respeito
inunda o nosso coração de exultação, que nos leva a exultar em sua presença
santa e divina. Então Lhe prestamos homenagens com tremor pois o reconhecemos
como Deus excelso, único e verdadeiro, cuja grandeza e santidade nos leva ao
tremor e temor, por amor.
Oração:
Senhor, Deus excelso, três vezes
santo, dai-nos um coração que se alegre por poder servir-Vos com respeito e
alegria. Deus eterno e imortal, dai-nos a graça de sempre servir-Vos com
submissão humilde e feliz. Que servir-Vos seja uma fonte de alegria para toda a
minha vida, a fim de que um dia possa glorificar-Vos na glória celeste, onde estais
rodeado de Anjos e Santos que Vos servem sem cessar.
29 de setembro de 2014
A
FELICIDADE
QUE VEM DE DEUS (Salmo 1)
Feliz aquele que se
compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia
e noite. Ele é como a árvore
plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época
própria, sua folhagem não murchará jamais.Tudo o que empreende,
prospera.
(Sl. 1,2-3)
O Espírito Santo que inspirou este
salmo declara que é feliz aquele coração que tem prazer em servir ao Senhor
Deus em sua vida e por meio de sua vida, e que
medita a sua lei dia e noite.
Servimos ao Senhor de todo coração
quando cremos em sua existência, em sua Trindade Santa, O adoramos com as
declarações de nossas palavras que se tornam orações, O reconhecemos
pessoalmente como. Deus único e verdadeiro. E porque O adoramos como Deus
verdadeiro, alimentamos um profundo respeito por Sua divindade. Essa abertura
para o Senhor Deus Uno e Trino nos leva a uma amizade com Ele, a “meditar sua
lei dia e noite”, a fim de levá-la ao coração e torná-la vida em nossa vida.
Então servimos ao Senhor com a nossa vida. E essa vida se torna santa pela
comunhão de amor com Deus.
O Espírito Santo inspirou essa
comparação que revela o que ocorre com aquele que se compraz em servir ao
Senhor e medita sua lei.” Ele é como a
árvore plantada na margem das águas correntes. dá fruto na época própria, sua
folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera”.Essa
comparação revela que esse coração será sempre vigoroso em seu amor, produzirá
boas obras em toda oportunidade que tiver, sua vida de amor não sofrerá crises.
E toda realização de amor que empreender será abençoada e terá prosperidade.
Oração:
Divino
Espírito Santo Vos agradecemos por essas palavras que inspirastes ao salmista e
por todos os frutos que já produziu. Dai-me a alegria e o gozo de servir ao meu
Deus, segundo suas leis divinas, a fim de que minha vida seja um hino de
adoração e louvor ao meu Deus Trindade, e que eu possa produzir muitos frutos
de boas obras em favor dos meus irmãos.Amém.
26 de setembro de 2014
6.
ROGAR A DEUS
PELOS VIVOS E MORTOS.
Podermos orar a Deus em favor dos outros é uma graça e um privilégio
imenso, que nos é concedido por Deus. Todos temos muitas necessidades de
diversos tipos: problemas de saúde física, psíquica e espiritual, problemas
familiares de tantas modalidades, problemas conjugais, problemas de desemprego
e de pobreza material, problemas de fé e religião, enfim, são tantas as necessidades.
Deus mesmo, na sua bondade, poder e misericórdia, deseja que nós, como
filhos confiantes, lhe peçamos socorro, ajuda e favorecimentos. É verdade que Deus conhece
todas as nossas necessidades, mas Ele deseja que nós nos aproximemos dEle com a
certeza e a confiança de que ele quer e pode nos auxiliar.
Jesus mesmo nos estimulou dizendo: “Pedi e recebereis, buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-a. Que pede recebe. Quem busca, acha. A quem
bate, abrir-se-a”.
Além de podermos pedir em favor das pessoas vivas, podemos orar pelos
falecidos que porventura estejam no purgatório, a fim de que sejam purificados,
perdoados e possam entrar na posse da vida eterna.
Tanto pelo vivos como pelos falecidos podemos orar de muitas formas. Uma
forma, porém, muito privilegiada é oferecermos Santas Missas e Comunhões em
favor daqueles por quem oramos. A Santa Missa tem um poder todo especial, pois
nela se tornam presentes o Corpo e o Sangue de Jesus, com todos os sofrimentos
da morte de cruz, que oferecemos ao Pai, por meio do sacerdote e com o
sacerdote celebrante. Nada de mais precioso diante do Pai do que o sacrifício
de seu Filho Jesus, oferecido em cada Santa Missa.
Orar pelo vivos e falecidos
também é uma obra de misericórdia que merece a promessa de Jesus: “Bem aventurados os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia”. Além de alcançarmos graças e bênçãos para os
vivos e falecidos, nós alcançamos a misericórdia divina para nós mesmos.
Oração
Divino Espírito Santo que sois o Mestre da Oração fervorosa, dai-me o
Dom da Piedade para que eu saiba, goste e queira orar sempre mais pelas pessoas
vivas e pelas falecidas. São tantas as nossas necessidades espirituais,
psicológicas, físicas, familiares e materiais. Diante delas, que meu coração
saiba elevar-se com fé profunda, com toda confiança filial, diante do Pai e de
Jesus, nosso Senhor, para alcançar toda sorte de graças e bênçãos para aqueles
em favor de quem eu venha a orar. Amém.
25 de setembro de 2014
6. SOFRER COM PACIÊNCIA
AS FRAQUEZAS DO
PRÓXIMO.
Todos nascemos, trazendo dentro de nós as conseqüências do pecado
original: o orgulho, o egoísmo, a inveja, a vaidade, a preguiça, a gula, a
sensualidade, a agressividade e tantas outras.
Nós mesmos constatamos, até com tristeza, a presença dessas forças do
mal, presentes em nós, presentes nos membros de nossas famílias e em todas as
pessoas que conhecemos. Não encontramos ninguém perfeito. Mesmo pessoas muito
boas, tem o seu lado doloroso e frágil.
Diante dessa realidade precisamos lutar para não permitir que nossas
fraquezas ofendam, injuriem as pessoas, façamos-lhe mal. Precisamos, também,
nos munir de cuidados para não nos deixarmos ferir, ofender pelos que erram
contra nós.
A proposta dessa obra de misericórdia é de procurarmos sofrer com
paciência as fraquezas do próximo. As esposas terem paciência diante de seus
maridos, e os maridos terem paciência com as esposas. Os pais, com seus filhos,
e os filhos com seus pais. Os irmãos e parentes com seus familiares, e estes
com eles. Enfim, usar de paciência com todos os que erram.
Também essa obra de misericórdia espiritual não é tão fácil de ser
cumprida. Nem sempre conseguimos manter a paciência. Mas ela é muito benéfica
para a nossa paz na convivência com as pessoas. Também esta obra merece a
promessa de Jesus que diz: “Bem
aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Alcançar de
Deus a misericórdia diante de nossos pecados e erros é uma graça
extraordinária.
Oração
Divino Espírito Santo, que produzis
no coração aberto para Vós o fruto tão importante da paciência, concedei-me um
coração paciente no meu relacionamento com os meus familiares, parentes, amigos
e desconhecidos, enfim, todos os que agem de forma incorreta ou má. Dai-me a
capacidade de manter uma atenção pronta a permanecer-me paciente em face das
fraquezas do próximo. Que eu saiba calar quando for útil, que eu saiba me
conter quando a ocasião for necessária, que eu saiba minimizar os erros para me
conter em estado de paciência quando as fraquezas humanas aparecerem nos meus
relacionamentos. Amém.
24 de setembro de 2014
5. PERDOAR AS INJURIAS.
Vivemos
num mundo onde há uma presença do bem do mal, dos bons e dos maus. Nós mesmos
sofremos pela presença de forças do mal dentro de nós, que muitas vezes nos
levam a fazer o mal que não queremos e a não fazer o bem que gostaríamos de
fazer.
Infelizmente pode
ocorrer que em algum momento de nossa vida soframos injustiças, ingratidões,
ofensas, calúnias e injúrias. Estas atitudes ferem o nosso coração, e essas
feridas emocionais produzem emoções de raivas, de mágoas, de ódios, de
ressentimentos e até de vinganças.
Essas emoções de desamor
são muito prejudiciais à nossa vida pessoal. Causam males ao nosso psíquico, ao
nosso emocional, e até à nossa saúde física.
O remédio para curar
essas feridas emocionais se chama perdão. Quando nós nos decidimos perdoar, e
de fato perdoamos de coração, e repetimos esse perdão dentro de nós mesmos mais
vezes, conseguimos vencer aqueles sentimentos tão negativos de raivas, mágoas,
ressentimentos, ódios e vinganças. Curar essas feridas é uma bênção para nós.
Perdoar essas injúrias e
ofensas se constitui numa excelente obra de misericórdia que, Aliás, além de
nos fazer um grande bem, recebemos a promessa de Jesus que diz: “Bem aventurados os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia”. Além de fazermos um bem importante para nós
mesmos, nos tornamos merecedores da misericórdia divina.
Oração:
Divino
Espírito Santo, amor eterno, fogo divino que queimais o pecado, cauterizais as
feridas espirituais e psicológicas, dai-me a sabedoria de sempre querer perdoar
as injúrias recebidas, a fim de curar as minhas feridas e eliminar os
sentimentos de mágoas, raivas, ódios ou vinganças presentes em meu coração.
Convencei o meu coração para que ele queira perdoar todas as injúrias.
Convencei-o a fim de que, perdoando, fique curado de todas as feridas
emocionais, seja mais sadio, alegre e feliz. Amém.
23 de setembro de 2014
CONSOLAR OS TRISTES
Uma
obra de misericórdia espiritual que podemos realizar muitas vezes é consolar os
tristes. São inúmeras, incontáveis, as causas das tristezas das pessoas. Desde
as tristezas mais profundas pela morte de uma mãe, de um pai, de uma esposa, de
um marido, de um filho, de um familiar ou amigo, até a tristeza de um
adultério, de uma traição no amor de noivo ou namorado, até as ingratidões e
decepções que pessoas em quem confiávamos, até todas as inúmeras causas emocionais
das depressões.
Esta
obra de misericórdia é sempre muito bem recebida pelas pessoas tristes. Mesmo
que sejam pessoas desconhecidas. Quem vai consolar deve sempre demonstrar a sua
boa vontade, o seu desejo de auxiliar. O triste deve perceber nas nossas
palavras o nosso desejo de solidariedade, de compreensão e de caridade. Para
consolar, jamais falar de exemplos de desgraças maiores ou piores, de
sofrimentos mais agudos. É preciso usar palavras animadoras que possam
confortar e consolar. Muitas vezes, em determinadas situação, nem são
necessárias palavras. Bastam gestos.
Se estivermos atentos, encontraremos
ao nosso lado muitas pessoas tristes, que tem a alma amargurada, decepcionada,
desiludida e deprimida. Como faz bem uma boa palavra nestas ocasiões. Não
percamos oportunidades de reanimar aqueles que, perto de nós, trazem um coração
entristecido.
Sendo
também essa uma obra de misericórdia, ela recebe a recompensa de Jesus que diz:
“Bem aventurados os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia”.
Por
serem muitas as oportunidades de encontrarmos pessoas tristes, façamos este bem
àqueles que sofrem em suas tristezas.
Oração
Divino
Espírito Santo, alegria de Deus, que comunicais o fruto da alegria aos corações
que de Vós se aproximam, dai-me palavras inspiradas pela Vossa sabedoria para
que eu possa consolar aqueles corações que carregam a grossa sombra da tristeza
e da dor no coração. Ensinai-me a consolar os tristes. Ensinai-me a reerguer os
abatidos pelas ingratidões e injustiças sofridas. Que eu aproveite toda ocasião
para consolar e reanimar os corações entristecidos.
Amém.
22 de setembro de 2014
3 CORRIGIR OS QUE ERRAM
Uma
obra de misericórdia espiritual, sem dúvida importante, mas delicada e, às
vezes, difícil e espinhosa é corrigir os que erram. Quem nunca errou? Quem está
isento de errar? Quanto menos conseguirmos errar, tanto melhor.
Nem sempre gostamos de ser corrigidos. O orgulho presente em todo
coração humano é a causa de não gostarmos de ser corrigidos, e é, também, a
causa de que os outros não gostem de ser corrigidos por nós. Às vezes, a
omissão diante de uma correção a fazer pode levar alguém a cometer erros graves
que comprometem a sua vida ou a de outros.
Essa correção, que é obra de
misericórdia espiritual, deve sempre ser feita com o objetivo de auxiliar a
pessoa, de tirá-la de um mau caminho, de hábitos errados, de vícios, enfim,
daquilo que a pessoa está fazendo, desejando, pensando ou falando que não seja
bom para ela e, eventualmente, para os demais.
Essa correção sempre deve ser feita
na hora certa, com as palavras corretas, com sentimentos de bem querer, de modo
que a pessoa corrigida percebe o bem que lhe queremos.
Corrigir os que erram, com amor e
com vontade de ajudá-los, é uma excelente obra de bondade e de caridade.
Quantos erros são evitados graças a essas correções. Sendo uma obra de
misericórdia, também essa alcança a promessa de Jesus que disse: “Bem aventurados os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia”. Não nos omitamos de corrigir quando se trata de
ajudar alguma pessoa. Mesmo que seja espinhoso.
Oração
19 de setembro de 2014
1 ENSINAR OS IGNORANTES
O
termo “ignorante” significa, aqui, a pessoa que tem falta de conhecimento. Em
se tratando da obra de misericórdia, a ignorância se refere principalmente ao
desconhecimento daquilo que a pessoa precisaria saber para viver bem, para
fazer o bem, para se relacionar bem com Deus, com a família e com todas as
pessoas.
Por
falta de conhecimento das verdades de fé e de religião, alguém não se
relaciona, não respeita, não cultua a Deus, e até pode ofendê-lo pelas ações
contra os mandamentos divinos. Levar alguém a conhecer a Deus, a sentir-se
amado por Ele, a amá-Lo, a adorá-lo e cultuá-lo é uma obra de valor
inestimável. O conhecimento mais importante para uma pessoa humana é conhecer,
amar, se deixar amar, cultuar e servir a Deus por uma vida santa.
Muitas
vezes, as crises de casais e de famílias se originam pela falta de
conhecimentos sérios e sadios a respeito dos comportamentos que devem orientar
os cônjuges na sua vida matrimonial. Ensiná-los, orientá-los, aconselhá-los é
ajudá-los a viverem melhor a vida conjugal, familiar, bem como a serem mais
felizes.
Cabe
também dentro do sentido dessa obra de misericórdia espiritual, ensinar alguém
gratuitamente a exercer uma profissão, a fim de que o ensinado possa trabalhar
e ganhar o pão com “o suor de seu rosto”.
Por
ser obra de misericórdia, realizada com esse espírito de caridade, também esta
recebe a promessa de Jesus: “Bem
aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Alcançar
misericórdia de Deus é uma recompensa preciosa. Animemo-nos a ensinar algo a
alguma pessoa ignorante.
Oração:
Divino
Espírito Santo, Deus de infinita sabedoria, iluminai-me com o Dom da Sabedoria
para que eu saiba ensinar o caminho do amor a Deus, à família e ao próximo,
àqueles que por ignorância acabam agindo mal e vivendo mal.
Dai-me
a coragem e a alegria de saber ensinar aquelas pessoas que, por falta de uma
formação melhor, ignoram a Deus, ignoram seus mandamentos e ensinamentos, como
também àqueles que por ignorância não vivem bem sua vida matrimonial, familiar
e social. Ensinai-me a ensinar. Amém.
18 de setembro de 2014
1 DAR BONS CONSELHOS
Todos
nós vivemos a nossa vida em meio a este mundo, e participando da sociedade que
vive em nosso ambiente de vida. Encontramos sempre muitas pessoas de bem, que
vivem bem, que fazem o bem, que contribuem para o bem da sociedade e das
comunidades. Infelizmente encontramos, também, pessoas que vivem mal e fazem o
mal aos seus semelhantes. As vezes o mal é “justificado” como se fosse um bem,
e enganadas, as pessoas acabam realizando o mal como se fosse um bem
Muitas
vezes, muitas pessoas, se encontram diante de uma encruzilhada e não sabem para
onde ir, como pensar, o que fazer. Precisam de alguém com sabedoria para
ajudá-las a encontrar o caminho correto.
Aqui
entra esta obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos. Dar bons
conselhos é ajudar as pessoas a escolherem o bem, o verdadeiro e o justo, a
pensarem corretamente para se decidirem por caminhos bons, a agirem de forma
correta e boa.
Bons
conselhos podem ser dados ao cônjuge, aos filhos, aos pais, aos familiares, aos
namorados, aos amigos, a pessoas que se sentem desorientados em situações
difíceis de suas vidas, enfim, a qualquer pessoa que esteja necessitada de
optar pelo verdadeiro, pelo justo, pelo bom.
É
enorme o bem que podemos fazer por meio desta obra de caridade: dar bons
conselhos. Mas às vezes é preciso ter coragem de fazê-lo. Mais. Às vezes é
obrigação fazê-lo.
Sendo
o aconselhar uma obra de misericórdia, ela tem a seu favor a promessa de Jesus:
“Bem aventurados os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor, pode ser uma
animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia espiritual.
Oração:
Divino
Espírito Santo, conselheiro e mestre de nossas vidas, doador do Dom do
Conselho, eu Vos peço que em meu caminhar sempre me ilumineis e me favoreçais a
fim de que eu saiba escolher o que é bom, justo, correto e verdadeiro. Dai-me o
Dom do Conselho para que eu saiba aconselhar as pessoas necessitadas de
orientações em suas encruzilhadas. Que eu não omita dizer palavras de bem que
possam ajudar as pessoas em suas escolhas para o bem. Amém.
16 de setembro de 2014
7.
ENTERRAR OS MORTOS
Esta obra de misericórdia consiste em favorecer e participar do
sepultamento dos mortos. Em se tratando do sepultamento de pessoas da família,
de pessoas amigas ou conhecidas, costumamos participar de sepultamentos, como
que por uma obrigação de verdadeiro amor. Por si só essa participação já é uma
obra de misericórdia. Melhor ainda quando imprimimos à essa ação, um sentido
cristão, com espírito eivado de convicção na vida eterna.
Alguém poderá realizar esta obra de misericórdia, de modo mais perfeito,
indo participar de um sepultamento de quem é desconhecido, também para
confortar os aflitos pela perda do ente querido. É sempre um tempo de
sofrimentos a morte de um ente querido. Mesmo sendo desconhecido, essa presença
que se manifeste por declarações de pêsames, por palavras de conforto, sempre
faz muito bem aos enlutados.
Esta atitude de participar do enterro é uma obra de misericórdia, E para
esses, Jesus disse: “Bem aventurados os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor,
pode ser uma animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia.
Oração:
Senhor Jesus, aceitastes passar
pela experiência pessoal da morte. Em vida, estivestes junto de Lázaro, morto
há quatro dias, estivestes na casa de Jairo onde Tabita estava morta, e
encontrastes o Filho da viúva de Naím que estava sendo levado ao cemitério, e
Vós ressuscitastes aos três. Vossa ação
ilumina o nosso coração sobre a vida que existe após a morte. Dai-me, Senhor,
um coração solidário para com aqueles que sofrem com a morte de entes queridos.
Que eu saiba confortá-los com as verdades de nossa fé. Amém.
15 de setembro de 2014
6. VISITAR OS PRESOS
Esta
obra de misericórdia consiste em visitar os aprisionados em cadeias e prisões,
com a finalidade de levar-lhes conforto, ânimo, coragem, bons conselhos e
momentos de bem estar. Pode-se aproveitar essas visitas para evangelizá-los a
respeito do amor que Jesus tem para com eles, do valor que eles tem como
pessoas, e de um futuro melhor, após a pena. Pode-se aproveitar para levar-lhes
boas leituras, principalmente um livro do Novo Testamento.
Nem
sempre é fácil ou cômodo realizar essa obra de misericórdia. Mas há pessoas que
possuem um dom para isto e fazem muito bem aos presos.
Também
esta é uma importante obra de misericórdia que, por certo, para quem a faz, alcança
a misericórdia divina. Também esta obra merece as palavras de Jesus que diz: ““O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque eu estava preso e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que tu estavas preso e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade
eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração.
Senhor Jesus, Vós provastes os
sofrimento da prisão e das torturas que Vos foram impostas, na ocasião de Vossa
Paixão e Condenação. São tantos, Senhor, os presos que se encontram em nossas
prisões, quase sempre superlotadas, vivendo uma vida muitas vezes tão desumana
e sofrida. Admiro, Senhor, aquelas pessoas que vão às prisões para visitar os
presos e levar-lhes algum conforto e animação.
Concedei-me, Senhor, que alguma vez eu experimente a gratificação de
visitar os presos. E abençoai aqueles pessoas que possuem esse dom e realizam
essa obra de misericórdia. Amém.
12 de setembro de 2014
5. ASSISTIR AOS ENFERMOS
Esta obra de misericórdia consiste
em dar todo o atendimento que seja necessário a algum enfermo. seja ele pessoa da
própria família, seja de alguma família conhecida ou até uma pessoa desconhecida.
Esta assistência se refere desde os
atendimentos essenciais como vestuário, alimentação, bebida, medicação, ou internação
em hospital, bem como visitas caritativas para dar ânimo e conforto material ou
psicológico e espiritual ao enfermo.
Em se tratando de familiares
enfermos, os próprios laços de sangue levam as pessoas a cuidar da melhor forma
possível os seus enfermos. Este cuidado faz parte da justiça, do amor familiar
e da obrigação humana. Nestes casos, para que esta assistência seja reconhecida
como obra de misericórdia é necessário que o coração se revista de um espírito
de caridade que, aliás, torna ainda mais cuidadosa toda a atenção para com o
enfermo.
Pratica esta obra de misericórdia
também quem se propõe a fazer visitas a pessoas enfermos que estão em suas
casas ou em hospitais. Encontramos pessoas que realizam essas visitas com a
finalidade de animar, encorajar, confortar pessoas enfermos.
Este cuidado caridoso ao enfermo também merece a recompensa da
misericórdia divina, bem como a aprovação das palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque eu era enfermo e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que tu estavas enfermo e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade
eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração:
Senhor Jesus, vivo,
ressuscitado, concedei-me pelo Espírito Santo um coração sensível diante das
doenças e enfermidades dos irmãos. Vós visitastes e curastes a tantos. Aliás,
continuais a visitar e a curar a muitos também em nossos dias. Diante da doença
e enfermidade dos irmãos, que eu me sinta compungido e solidário, procurando
visitar, socorrer e encorajar aqueles enfermos que estão mais abandonados e
necessitados. Nem sempre é cômodo realizar essa obra, mas com a graça do
Espírito Santo, poderei praticar essa obra de misericórdia. Amém.
11 de setembro de 2014
3 DAR POUSADA
AOS PEREGRINOS.
Esta obra de misericórdia consiste em dar pousada para peregrinos, para
viandantes, que não tem como e onde se abrigar para passar as suas noites. Nos
tempos antigos esta era uma necessidade para não poucas pessoas, principalmente
quando a migração das pessoas ocorria para encontrar lugar de se estabelecer e de
encontrar trabalho. Hoje, esta obra de acolher pessoas peregrinas na própria
casa é algo mais difícil, a não ser nas vilas do interior, onde a simplicidade
das pessoas favorece esta acolhida.
Uma forma de praticar
essa obra é encaminhar tais viandantes para albergues mantidos pela Igreja, ou
por associações da sociedade civil ou por organizações governamentais. De todo
modo, se aparecer uma oportunidade de acomodar algum peregrino, e alguém o
fizer com espírito de caridade, estará praticando essa obra de misericórdia, e
com isso estará alcançando misericórdia e, ao mesmo tempo, estará dentro do
alcance das palavras de Jesus que diz: “O
Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu era peregrino
e vós me acolhestes. Perguntar-lhe-ão os
justos: - Senhor, quando foi que tu eras peregrino e nós de acolhemos? ...
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto
a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25,
34 e SS)
Senhor Jesus, nos três anos que vivestes em nosso meio fisicamente, muitas vezes fostes peregrino e necessitastes de que alguém Vos acolhesse. Lembro Lázaro, Marta e Maria, de Betânea, que Vos acolheram não poucas vezes. Aliás, Vós os gratificastes com a ressurreição de Lázaro. Dai-me, Senhor, um coração compassivo, para que quando surgir a necessidade de hospedar alguém, que eu não mantenha alheio e acomodado, mas faça o que estiver ao meu alcance para que o peregrino, o viandante, tenha onde passar a noite.
10 de setembro de 2014
3
VESTIR
OS NUS
Andar vestido confortável e
dignamente também é uma necessidade de todo ser humano, quer quando alguém se
encontra em seu lar, e mais ainda quando precisa estar em sociedade. Um
vestuário digno de um ser humano faz parte até para que haja um bem estar psicológico.
Esta obra de misericórdia pode ser realizada pela oferta de roupas que
sejam úteis a uma família pobre e necessitada dessa ajuda. Oferta essa, levada
diretamente para uma determinada família, ou entregue a uma obra de caridade
que oferece essa assistência. Quase sempre podemos doar roupas que já foram usadas, mas estão em bom estado e podem ser bem aproveitadas.
No armário de muitas famílias há uma quantidade de roupas guardadas que já não
são utilizadas. Muitas vezes a roupas que estão sobrando em nosso armário são
aquelas que falta para muitos pobres.
Evidentemente que, uma pessoa que quer realizar essa obra de “vestir os
nus”, pode ocasionalmente adquirir roupas novas em uma loja popular, quando há
promoções, ou adquiri-las num brechó, e destiná-las a uma determinada família.
Se um coração generoso se despertar para essa possibilidade e empenhar uma parcela de seu dinheiro para
essa obra de misericórdia, entrará no grupo daquelas pessoas a quem Jesus lhes
diz: “O Rei dirá aos que estão à direita:
- Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde
a criação do mundo, porque estava nu e me vestistes... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos nu e te vestimos?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro:
todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a
mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor Jesus, diante da
necessidade de roupas por que passam muitas pessoas e muitas famílias, dai-me a
sensibilidade de coração a fim de que eu saiba fazer alguma coisa para vestir
as pessoas carentes, cujos corpos são templos do Espírito Santo e merecem ser
vestidos com dignidade. Diante das roupas em excesso no meu armário, as quais
já não são usadas, dai-me coragem e generosidade para doá-las. Até mesmo que eu
tome iniciativas de, por vezes, adquirir roupas novas ou semi-novas, para
doá-las a famílias necessitadas. A vossa promessa que li há pouco, seja um
estímulo para que eu pratique essa boa obra.
9 de setembro de 2014
2. DAR DE BEBER
A QUEM TEM SEDE
A sede é um grito do organismo físico necessitado de líquido. A falta
desse líquido pode se tornar uma necessidade premente, em dado momento mais
intensa do que a fome. A falta de líquido tortura o corpo e constrange o
psíquico. Como a fome, a necessidade de líquido é uma urgência diária e
premente.
Esta obra de misericórdia pode ser praticada de forma imediata, quando
alguém solicita um copo de água. Ou pode ser também praticada de forma mais
generosa, doando água, por exemplo, a uma família pobre que não possui água
encanada, e que não pode comprar água de boa qualidade para consumo. Alguém
poderia doar um galão de 20 litros por semana para uma família pobre. Para
evitar algum trabalho a mais, poderia autorizar um vendedor de água a fornecer
um galão por semana a uma determinada família, pagando-se oportunamente o
custo.
Melhor ainda quando alguém pode agir socialmente conseguindo água
encanada para uma determinada rua de favela, ou de bairro desprovido da mesma.
Também aqui valem
as palavras do próprio Jesus que se identificou com os sedentos, quando disse: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque tive sede e me destes de beber... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos com sede e te demos de beber?,... Responderá o Rei: - Em
verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e
ss)
Oração:
Senhor Jesus, sensibilizai meu coração diante dos irmãos que sofrem pela
falta de água para o consumo diário necessário. Se sofrer de fome é uma
tortura, sofrimento igual, às vezes maior, é não possuir água para um momento
de sede, ou para o uso doméstico diário. Senhor, percebo que posso fazer algo
para levar água às pessoas e às famílias que carecem desse elemento tão vital e
importante. Ainda mais que Vós considerais como dada a Vós a água que damos a
quem dela necessite. Amém.
8 de setembro de 2014
1.
DAR DE COMER
A QUEM TEM FOME
A fome é um sofrimento que oprime
uma pessoa, tanto no seu físico como no seu psíquico. Costuma-se dizer que “a
fome não espera pelo depois”. O alimento é uma necessidade diária. A fome é uma
manifestação igualmente diária. Passar fome por um dia já é um sofrimento.
Passar fome todos os dias é uma tortura física e psicológica que abate
profundamente o faminto. Pior é que há muitos milhões de pessoas que sofrem de
fome a vida toda. Muitos morrem de fome.
Essa obra de misericórdia pode ser facilmente praticada, pois os pobres
e famintos estão por toda parte. Satisfazer de imediato a um pedinte de comida
já é uma obra de caridade generosa e meritória. Providenciar alimento duradouro
para uma família pobre, por meio de oferta mais abundante, por meio de cesta básica,
é obra maior. Trabalhar numa obra social paroquial, ou numa associação
beneficente, que atende às necessidades imediatas dos pobres, e organiza uma
estrutura de assistência duradoura, é outra forma de praticar esta obra, desde
que haja o espírito de misericórdia e caridade.
Se as donas de casa de classe média e rica descobrissem essa bênção, e
quando fossem fazer a compra da semana ou do mês se lembrassem de adquirir uma
parte a mais para “alimentar” os famintos que estão ao seu alcance, ou para
encaminhar tais alimentos para uma entidade que presta essas assistência,
quantas bênçãos receberiam para suas vidas e suas famílias.
Não se pode esquecer
o que Jesus falou sobre isso. Ele disse que, no fim do mundo, acontecerá
que “O
Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me
destes de comer... ; Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te
vimos com fome e te demos de comer?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos
declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor
Jesus, dai-me um coração sensível e generoso para com os irmãos que passam
fome, que sofrem por causa da fome. Como é doloroso e deprimente estar com
fome, e não ter o que comer, e não ter a quem recorrer para receber algum
alimento que possa sedar a fome. Diante dessa realidade tão dolorosa, dai-me um
coração generoso para que, mais do que até agora, eu me decida a realizar essa
obra de misericórdia. Tanto mais que considerais como dado a Vós o alimento que
damos aos famintos. Amém.
4 de setembro de 2014
OBRAS DE
MISERICÓRDIA
Introdução
As obras de misericórdia são ações
concretas realizadas em favor dos irmãos necessitados, feitas com espírito de
caridade e de bondade. Tais obras nascem de um coração generoso, impulsionado
pelo desejo de fazer aquela boa obra de forma gratuita e humilde.
O destinatário dessas obras é
qualquer pessoa que tenha aquela necessidade particular, à qual podemos
socorrer de alguma forma. Não importa quem seja a pessoa. Importa que ela seja
necessitada e que nós estejamos atentos para socorrer com um espírito de
caridade.
O mérito espiritual dessas obras
está no espírito de caridade generoso e gratuito. Podemos aplicar aqui as
palavras de Jesus, quando se refere à esmola: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua
mão direita”. Portanto, essas 14 obras de misericórdia devem ser realizadas
com plena gratuidade, sem buscar qualquer recompensa, elogio ou aplauso.
São chamadas “obras de misericórdia”
porque elas devem nascer de um coração revestido de um espírito misericordioso.
A palavra misericórdia nasce de “miséria e coração”. A misericórdia é o
espírito e a atitude de um coração que se debruça sobre a miséria alheia, com a
finalidade de tirá-lo da mesma. Por miséria podemos entender toda necessidade
de libertação, de ajuda, de cura, de salvação, na qual está envolvida uma
pessoa. Principalmente todo pecado.
A recompensa para quem age com misericórdia, para quem pratica essas obras
de misericórdia é determinada pelo próprio Jesus, quando afirmou: “Felizes os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt 5, 7) O que de mais precioso
se poderia receber como recompensa, do que alcançar misericórdia divina em
nossa condição de pecadores? Precisamos durante a vida toda da misericórdia
divina, pois pela vida toda incidimos em pecados.
Porque são obras de misericórdia, e
porque quem as pratica alcança misericórdia, podemos afirmar que por meio delas
podemos alcançar: 1. o perdão de nossos pecados veniais, 2. podemos alcançar o
perdão das penas temporais devidas pelos nossos pecados, penas essas que
deveríamos pagar no purgatório, 3. podemos aplicar essas obras em sufrágio das
almas do purgatório.
As obras de misericórdia são
divididas em “corporais” e “espirituais”. São corporais aquelas que se destinam
a necessidades corporais, e são espirituais aquelas que se destinam à alma, ao
espírito das pessoas.
SETE
OBRAS DE MISERICÓIRDIA CORPORAIS
1 Dar de comer a quem tem fome 2
Dar de beber a quem tem sede 3 Vestir os nus 4 Dar pousada aos peregrinos 5 Assistir aos enfermos 6 Visitar os presos. 7. Enterrar os mortos.
SETE
OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS
.1 Dar bons conselhos 2 Ensinar os ignorantes 3 Corrigir os que
erram 4 Consolar os tristes 5 Perdoar as injurias 6. Sofrer com paciência as fraquezas do
próximo 7 Rogar a Deus pelos
vivos e mortos.
3 de setembro de 2014
A VIRTUDE DA MISERICÓRDIA
Uma virtude é uma força que vem do espírito e do psiquismo de uma pessoa, que a leva a praticar com facilidade os atos próprios dessa virtude. Por exemplo: quem possui a virtude da mansidão, pela energia que vem de dentro da pessoa mansa a leva a praticar os atos de mansidão. Dessa mesma forma, a virtude da misericórdia é uma força interior que leva a pessoa a praticar os atos de misericórdia. Toda virtude é um hábito bom. Esse hábito é criado pela repetição dos atos dessa virtude. Por sua vez, o hábito produz os atos da virtude. E ao mesmo tempo, a repetição dos atos solidifica sempre mais o hábito ou a virtude da mansidão.
Misericórdia é uma palavra composta por “miséria e coração”. É
olhar para a miséria do outro, do próximo, de uma pessoa, com o coração, ou
seja, com amor. A misericórdia segue cinco passos. 1º. Conhecer a miséria do
outro. 2º. Aceitar que tenha caído na miséria. 3º. Compreender – ter
compreensão – pela miséria da pessoa. 4º. Perdoar a miséria 5º. Tirar a pessoa da miséria. O objetivo
final é sempre tirar a pessoa de sua miséria.
Quais são as misérias? Todos os pecados, todos os vícios, todos
os problemas que afetam a vida da família, das pessoas, de uma comunidade são
as misérias de que alguém é portador. Os vícios do alcoolismo, da droga, da
prostituição, do adultério, da fornicação, da mentira, da corrupção, do ódio,
da vingança, dos ressentimentos, da gula, da ira, da inveja, da preguiça. Tudo
isso é miséria humana.
Para tirar alguma pessoa de sua miséria é preciso seguir os
cinco passos citados acima, e perseverar no empenho de conseguir o objetivo
desejado.
Jesus insiste na virtude da misericórdia: “Eu quero a misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13). “Sede misericordiosos como vosso Pai dos
Céus é misericordioso” (Lc 6,36) Então aqueles que têm o espírito de Jesus
misericordioso terão a mesma atitude de Deus que é o amor, atitude de perdão,
de compaixão, de compreensão, de ajuda, de partilha, de solidariedade. Como
recompensa pelas ações misericordiosas, as pessoas serão felizes porque
alcançarão a misericórdia. Na verdade todos temos necessidade da misericórdia
de Deus, pois todos temos algumas misérias.
A virtude da misericórdia nasce da
virtude teologal da caridade-amor. Aquele que é animado pelo amor, sente
compaixão por ver alguém nas suas misérias e sente o desejo de libertá-lo das
mesmas. É então que a virtude da misericórdia se manifesta, e esse coração se empenha
para salvar alguém de suas misérias.
Jesus
incluiu entre as oito bem aventuranças a misericórdia, Aquele que é
misericordioso é bem aventurado porque alcança a misericórdia divina nas suas
misérias. Para ser misericordioso é preciso possuir a virtude da misericórdia.
É ela que induz a realizar os atos de misericórdia.
Como
é bela a virtude da misericórdia! Como é belo o coração misericordioso! Este
coração jamais faz crítica negativas, pejorativas, em relação a alguém que tem
as suas misérias. Ele não acusa ninguém por causa de suas misérias. Ele não
julga e nem condena as pessoas por causa de suas misérias. Ele sabe ser
benigno, sabe explicar e minimizar as misérias alheias. Até mesmo porque ele
sabe que também tem suas lutas contra as suas misérias, não acusa, não julga,
não condena aqueles que carregam suas misérias humanas. Procura, sim,
restaurá-los e salvá-los,
Podemos
pedir ao Espírito Santo que nos conceda as graças para podermos criar a virtude
da misericórdia, a fim de praticarmos essa virtude, sermos misericordiosos e
alcançarmos a misericórdia divina.