29 de novembro de 2014



A    G U I R L A N D A   

OU   C O R O A      D O   A D V E N T O  

            Queremos revelar a todos o belo significado da guirlanda, também chamada de coroa do advento.  A guirlanda  é esta coroa de ramos verdes, com fitas vermelhas, com quatro velas. É usada  nas quatro semanas do advento. Ou seja, nas quatro semanas que antecedem o Natal. São as quatro semanas de preparação para o Natal de Jesus.
            A coroa do advento é feita de ramos verdes. Se possível, de ramos verdes naturais. A cor verde simboliza a esperança. Os ramos verdes simbolizam e exprimem a esperança e a expectativa da vinda  de Jesus, no Natal. Simbolizam, também, toda nossa grande esperança de, um dia, podermos chegar à salvação definitiva, junto de Deus, no céu.
            A guirlanda, ou coroa, é entrelaçada com fitas vermelhas. O vermelho é a cor do coração e do amor. As fitas vermelhas simbolizam o amor de Deus para conosco. Simbolizam o amor de Deus que envolve nossas vidas. Significam o amor de Deus que se manifestou no envio de Jesus, como nosso Salvador. Significam, ainda, nossa resposta ao amor a Deus. Resposta que se expressa, de forma mais forte, na aceitação mais consciente e profunda de Jesus.  
            Na guirlanda são colocadas quatro velas. Elas representam as quatro semanas de espera e preparação para a vinda de Jesus. Por isso, cada domingo -- cada semana -- se acende uma vela. Isto é: no primeiro domingo -- e durante a semana -- acende-se a 1ª vela. No segundo domingo -- e durante a semana -- acendem-se a  1ª e a 2ª.  No terceiro domingo -- e durante a semana - a lª, a 2ª e a 3ª velas. E no último  domingo -- e durante a semana -- as quatro velas. Dessa forma, após quatro semanas, as quatro velas estarão acesas, como sinal de que Jesus, a grande luz que brilhou nas trevas, está próximo.  Em nossas casas, as velas podem ficar  acesas durante as orações familiares, ou durante algum tempo, enquanto as pessoas estão em casa, por exemplo, almoçando ou jantando.
            A guirlanda, ou coroa, pode ser colocada nas igreja ou capelas, em nossas salas, ou nas portas das casas. Ela tem por finalidade nos lembrar, cada dia,  a cada momento, que o Natal de Jesus está chegando, e que devemos nos preparar para  sua festa, e sua nova vinda.
            Tenho certeza de que vocês perceberam toda a beleza do significado da guirlanda, ou coroa de advento.  Como estamos iniciando o tempo de preparação para o Natal de Jesus, faz muito sentido criar e usar esse lindo símbolo natalino em suas casas. Não deixem de colocá-lo.

                             Nosso   Advento

             Estamos iniciando um novo ano litúrgico. Seu início se dá com o primeiro domingo do Advento. O Advento é um período de quatro semanas que antecedem e preparam para o Santo Natal.  
            Advento é uma palavra que vem do verbo latino: advenire, que se traduz por “vir para perto,  chegar bem junto de”. Na linguagem cristã católica, advento é o tempo que precede a grande festa do Natal. São as quatro semanas preparatórias para o natalício de Jesus Cristo.
            O significado da palavra  é muito sugestivo. Advento é a atitude, é a decisão de alguém vir para perto de nós. Ou também, de nós achegarmo-nos bem perto de alguém.
            Quem é aquele que quer chegar bem perto de nós?  Que quer tempo, bastante tempo, para ir chegando pertinho de nós? E por que quer vir para junto de nós, nas quatro semanas do advento? Quem é aquele de quem nós queremos nos aproximar mais, para junto de quem nós desejamos ir, durante o tempo do advento?
Parece-me que se trata de alguém que muito nos ama, já que ele tem um tempo marcado e longo para vir. Tenho a sensação que se trata de um personagem muito significativo, pois a proposta do tempo de aproximação é longa. Quem é que vem para junto de nós?... Para junto de quem nós queremos ir, no Advento?
O personagem não poderia ser mais maravilhoso: Jesus ressuscitado. Sim, Jesus vivo, nosso Salvador pessoal, Senhor de nossa  vida,  nosso  Mestre divino, nosso amigo mais incondicional. É Ele quem quer vir para junto de nós, no Advento. Mas sei também que nós iremos ao seu encontro, para estarmos junto dEle.
Este encontro, desejado por ambos, preparado carinhosamente por nós, esperado ansiosamente por ambos, transformar-se-á em Natal! Esse encontro fará acontecer o Natal! Trará o Natal para dentro do nosso coração! Nós seremos Natal!...  Jesus vivo terá chegado e envolvido nossa vida com Seu amor salvador, com Sua palavra de vida, com Sua presença tão honrosa e transformadora.
O tempo do advento é para isto: para esperar ansiosamente aquele que vem para perto, para dentro de nós. Nesta espera, nós nos preparamos em espírito, mente e corpo para o grande encontro com Jesus.
O tempo do Advento é, também, para nós caminharmos ao Seu encontro, como quem não consegue ficar esperando... Nesta caminhada, queremos preparar o nosso coração para acolher com muito carinho aquele que vem.
Este encontro entre nós e Jesus, encontro que se chama Natal, Natal do coração, Natal de verdade, Natal celestial, deixará rastros maravilhosos de graças e luzes, de sabedoria de vida e de felicidade.

Advento: Jesus vem vindo!. Vamos ao Seu encontro! 

28 de novembro de 2014

 A FIDELIDADE

O nome “fidelidade” tem ligação com fé. Do latim, “fides” e “fidélitas”. Também esse fruto é “descendente” do amor-caridade. Quando um coração se sente muito amado por Deus-Trindade e pelos irmãos, e corresponde a esse amor decididamente, ele se torna rigorosamente fiel. Porque tem compromissos de amor com Eles, não quer decepcionar e nem ofender, não cumprindo todos os compromissos assumidos com Eles, e por isso, naturalmente se torna fiel.
            A Fidelidade é uma qualidade que o Espírito Santo molda em nosso coração de cristãos, que nos faz fiéis em todos os compromissos, as promessas e os deveres para com Deus e o próximo. Este fruto nos leva a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos.
            A fidelidade nos leva a sermos honestos e fiéis nos dízimos, nas ofertas, na observância do domingo; nos deveres matrimoniais, familiares e sociais; nos relacionamentos com os amigos e associados; no pagamento das dívidas; no dar ao próximo aquilo que lhe pertence.

            A fidelidade nos torna fiéis conosco mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão dos valores espirituais, familiares, morais, sociais e comunitários. “Os que permanecerem fiéis até a morte receberão a Coroa da Vida”.

27 de novembro de 2014

 BONDADE
            O fruto da bondade é filho natural do fruto do amor-caridade. Aquele que se sente muito amado por Deus e pelos irmãos, e os ama deveras, sempre será uma pessoa bondosa. Será bondosa, porque experimenta pessoalmente a bondade de Deus em sua vida a ponto de poder exclamar:”Como Deus é bom para mim”! “Como Deus é bom para todos”! “Quanto bem Ele me faz”! “Quanto bem Ele nos faz”! Por essa experiência da bondade de Deus, seu coração se abre para querer ser um pouco como Deus é para ela. Esse desejo de ser bom é satisfeito pela ação do Espírito Santo que “infunde” um pouco da bondade de Deus no coração humano. Este cresce em sua capacidade de ser bom e de fazer sempre e só o bem, porque é o Espírito Santo que está produzindo o fruto da bondade neste coração.
            Bondoso é todo aquele que sempre e só faz o bem, e faz aquilo que é bom. A bondade é o modo como tratamos as outras pessoas, querendo-lhes sempre todo o bem.  A bondade  faz o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que só faz o bem é porque tem um bom coração.
            Quem possui o fruto da bondade naturalmente transborda por suas palavras, por seus atos, por sua vida, a bondade de seu coração. Ele não é apenas bom para com aqueles que são bons ou que lhe demonstram sua bondade. É bom para todos. Faz o bem a todos. Mesmo àqueles que lhe fazem mal. Aliás, Jesus ensinou isso quando disse em Mateus 5,44 “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e caluniam”.
.           O fruto da bondade é reconhecido pela gratuidade. A pessoa bondosa faz sempre e só o bem, gratuitamente, sem buscar ou esperar recompensas. A bondade gera uma necessidade deveras interessante no coração da pessoa: a necessidade de fazer o bem. Há uma inclinação interior ao bem. Isto é obra do Espírito Santo.
            Lemos em Lucas 6,33 as palavras de Jesus que nos mostram essa gratuidade: “E se fazeis o bem aos que vos fazem o bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores”. E em Lucas 6,35 “Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom também para com os ingratos e maus”.


26 de novembro de 2014

A  PAZ
            A verdadeira paz é gerada pelo Espírito Santo no coração humano rendido ao Ele e unido a Ele. “A paz não é ausência de guerra, mas é presença do amor”(Pe. Zezinho). É verdade. A paz gerada pelo Espírito Santo nasce do fruto do amor para com o Pai, com Jesus, com Espírito e com os irmãos. Quando vivemos intensamente esses amores, saborearemos a verdadeira paz. A paz jorra no coração quando estamos “de bem” com o Deus-Trindade, com os irmãos e conosco mesmos.
            A Paz é uma presença de serenidade, de calma e de força, de tranquilidade e de quietude interiores, produzidas pelo Espírito Santo. Jesus nos prometeu a sua paz. Ele disse: "Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). Jesus comunica a sua paz pela ação do Espírito Santo.
            Porque experimentamos que somos muito amados por Deus-Trindade,  e porque nós nos sentimos amando-O, recebemos com toda confiança as revelações divinas a respeito da transcendência de nossas vidas. Ficamos em paz diante da ideia da idade avançada e das enfermidades, pois sabemos que Deus nos ama e cuida de nós. Ficamos em paz diante da verdade de que um dia deveremos prestar contas de nossas ações, pois confiamos e amamos a misericórdia divina. Ficamos em paz diante da morte, pois temos certeza de que ela é uma passagem para uma outra vida muito melhor do que esta, vivida na terra. Ficamos em paz diante da vida futura, pois pelas luzes do Espírito sabemos que estamos na graça divina e podemos morrer em paz.
            Podemos temporariamente perder a paz de espírito por causa dos nossos pecados graves, mas o Espírito Santo nos questiona, nos ilumina, gera uma “saudade de Deus”, provoca arrependimento e nos leva à confissão a fim de voltarmos ao amor de Deus e dos irmãos, e desta forma voltarmos à paz no coração.


25 de novembro de 2014

A ALEGRIA – O Gozo 
            A verdadeira alegria do coração humano é também fruto do Espírito Santo. Esta alegria profunda, agradável, feliz, gratificante, na verdade, nasce do fruto do amor-caridade. Aquele que “experimenta” pessoalmente e vive a maravilha do amor do Pai, de Jesus ressuscitado, do Espírito Santo e dos irmãos, só pode sentir muita alegria profunda, baseada nesse amor. É uma alegria recheada de felicidade. É muito profunda e duradoura. Saber-se amado gratuita e incondicionalmente pelo Pai, por Jesus, pelo Espírito Santo e pelos irmãos, gera essa alegria espiritual profunda que deixa o coração realmente satisfeito. 
            A alegria e o gozo  gerados pelo Espírito Santo são caracterizados por aquelas emoções interiores, por aquela alegria interior, e por aquela satisfação espiritual profunda que Ele derrama no coração e na alma. A pessoa sente uma alegria, um gozo inexplicáveis. Não há palavras humanas que possam descrever a alegria e o gozo que provêm do Espírito Santo.
            A alegria produzida pelo Espírito é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto de viver, a "satisfação no Senhor", independente das circunstâncias. “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos”. A pessoa pode ter momentos de tristeza, mas ela não substitui a alegria do Espírito. Mesmo durante as mais duras provações, podemos continuar experimentando a alegria no espírito.


24 de novembro de 2014

A Adoração
 dos 
Reis Magos

Tendo Jesus nascido em Belém de Judá, eis que magos vieram do oriente a Jerusalém. Perguntaram: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos sua estrela no oriente e viemos adorá-lo”. (...) E eis que a estrela que tinham visto no oriente os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o Menino, e ali parou. A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. Entrando  na casa, encontraram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra.. (Mt 2, 1-2. 9b-12)
            Os três presentes oferecidos pelos Reis Magos são profundamente proféticos e inspiradores. O ouro é um metal precioso tradicionalmente oferecido aos reis. Ao oferecer o ouro, os Magos reconhecem e proclamam a “realeza do Menino, Jesus Cristo Rei”. O incenso é religiosamente usado como sinal do reconhecimento da divindade e simboliza a adoração. Ao oferecer o presente do incenso, os Magos misteriosa, profética e maravilhosamente reconhecem a divindade do Menino. Reconhecem, proclamam e exaltam a divindade de Jesus Cristo, filho de Deus Pai, Deus como o Pai e o Espírito Santo. A mirra é uma resina que, ressequida e pulverizada, era usada como anestésico nas dores incômodas. Ao oferecerem a mirra, os Magos reconhecem e profetizam que esse Menino é humano e irá ter sua cota de sofrimentos e dores. Profetizam que Ele, um dia, sofreria todas as torturas da paixão e morte de cruz.
            Nesta festa da Epifania não podemos deixar de oferecer esses mesmos presentes, com um simbolismo particular. O “ouro” que podemos oferecer a Jesus é o nosso amor incondicional de discípulos e amigos, amor manifesto por uma vida digna, honesta e santa, cheia de profunda fé e culto ao Deus vivo, recheada de amor em forma de boas obras realizadas pelos irmãos. O “incenso” que devemos oferecer é o nosso desejo e decisão de prestar a Jesus Cristo nosso culto religioso, reconhecendo-o sempre mais profundamente como nosso Deus e Senhor. Culto esse, manifesto de forma permanente e perseverante na participação de todas as formas cultuais que se realizam na Igreja, de forma especial, na celebração e recepção dos sacramentos. A “mirra” que desejamos oferecer nesta Epifania é a oferta humilde, mas paciente, conformada e assumida dos sofrimentos que a vida humana e pessoal nos apresenta. Unimos nossos sofrimentos aos de Jesus Cristo, para que sejam fonte de conversão e santificação para nós e para os nossos familiares e irmãos de caminhada.
O ouro é o símbolo do amor, o incenso é da adoração e a mirra é do sofrimento acolhido na paciência. Percebamos que esses três presentes devem percorrer todo o curso de nossa vida. O amor, a adoração e o sofrimento assumido devem ser expressões permanentes do nosso relacionamento com Jesus ressuscitado. São os presentes que podemos oferecer todos os dias, até o fim de nossos dias terrenos.


23 de novembro de 2014

ADORAÇÃO 
DA 
SANTÍSSIMA TRINDADE
            
Adorar a Santíssima Trindade é estabelecer um contato, uma comunhão com Ela, e professar e proclamar o reconhecimento de Sua divindade. Deus é Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada pessoa divina é Deus, e portanto merece e lhe é devida a adoração. Ao mesmo tempo, sendo a Trindade um Deus só, Ela merece ser adorada, reconhecida como Deus, como o Deus verdadeiro.
Como podemos dirigir a nossa adoração a cada uma das Pessoas da Trindade em particular, podemos, também dirigi-la à três Pessoas ao mesmo tempo. Com o olhar do coração voltado para as três Pessoas, lhes dirigimos a nossa adoração, a nossa proclamação de Sua divindade. E a partir de então, sentindo-nos na presença da Trindade, que é Deus, nós proclamamos as suas glórias, os seus louvores, as suas honras e as suas dignidades.
Nas palavras de nossa adoração podemos iniciar, proclamando a grandeza da Trindade em seus atributos divinos. Podemos glorificar e louvar porque a Trindade é o Deus Único, Uno e Trino, e verdadeiro. Podemos glorificar proclamando a eternidade divina, ou seja, que a Trindade é o Deus eterno, que sempre existiu e jamais deixará de existir. Proclamamos que a Trindade é o Deus imortal, cuja existência misteriosa existirá para sempre. Proclamamos que a Trindade é onipresente, exatamente por ser Deus, está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Professamos que a Trindade é onipotente, ou seja, tem todo poder para realizar o que for de sua vontade. Louvamos e bendizemos à trindade por sua divina misericórdia. Professamos que a Trindade é onisciente ou seja, tudo sabe, conhece todas as coisas. Dessa forma, percorrendo todos os atributos, qualidades e virtudes divinas, as atribuímos às três pessoas, ao mesmo tempo. Esta é a adoração realizada, olhando para a Trindade, por aquilo que ela é em Si mesma.
Podemos adorar a Trindade a partir de suas obras na criação, na redenção e na santificação. A criação é obra da Trindade: o Pai criador criou todas as coisas por meio de Sua Palavra que é o Filho. O Filho criou todas as coisas pelo poder do seu Espírito Criador. Então podemos percorrer todas as maravilhas da criação, e por causa delas, adoramos, louvamos e bendizemos a Trindade Santa. A criação nos oferece assunto para muita adoração, glorificação, louvar e ação de graças à Trindade.
A redenção e salvação da humanidade é obra da Trindade Santa. O Pai determinou a realização da salvação da humanidade, por meio do seu Filho. Este, em obediência à vontade do Pai abraçou a causa da salvação, a realizou por meio de sua vida, paixão, morte e ressurreição, e prossegue nessa obra por meio de sua ação na Igreja. O Espírito Santo colaborou decisivamente na obra de Jesus, e Ele é o agente continuador da redenção, na caminhada da história. Ao mesmo tempo o Espírito Santo, pelos méritos de Jesus, e por vontade do Pai, realiza a santificação do povo de Deus.
A Santíssima Trindade merece toda adoração, todos os dias, em todos os séculos, até a eternidade.

21 de novembro de 2014

ADORAÇÃO A JESUS CRISTO
          
Aos católicos praticantes, a adoração a Jesus Cristo é muito bem conhecida, principalmente a adoração a Jesus sacramentado, exposto visivelmente sobre o altar. 
Para que esse ato de culto, tão comum, seja uma verdadeira adoração, é preciso que os adoradores, antes de tudo, se deem conta que estão diante de Jesus Cristo, que é Deus. O que torna esse ato de culto uma verdadeira adoração é o reconhecimento e a proclamação da divindade de Jesus. Proclamar publicamente que Jesus é Deus, que Ele é Deus como o Pai e como o Espírito Santo, que como Deus merece toda glorificação, engrandecimento, exaltação, acolhimento e obediência. É preciso que o adorador se sinta diante de um Deus, diante do Deus verdadeiro a quem deseja adorar.
Criada esta consciência e atmosfera, todas as demais manifestações de louvor, de ação de graças, de engrandecimento, de exaltação, de submissão, de acolhimento, de pedido de perdão, bem como os cantos, as orações espontâneas, as leituras bíblicas, todas essas atitudes tornam-se manifestações de adoração, porque dirigidas Àquele que é Deus, filho de Deus Pai.
A adoração a Jesus sacramentado é um momento privilegiado de amadurecimento e crescimento da fé nEle. Por tudo aquilo que declaramos na adoração, vamos ressoando as verdades de nossa fé, o que faz com que nós nos solidifiquemos sempre mais sobre as verdades de nossa fé.
A adoração a Jesus sacramentado faz crescer o nosso amor para com Ele. Por tudo aquilo que meditamos sobre a Pessoa e as qualidades do Senhor Jesus, por todas as Suas obras que recordamos e, por elas, nós O exaltamos, fazemos crescer nossa admiração e encantamento por Jesus, crescemos em nosso amor pessoal para com Ele. O crescimento no amor de Jesus, nos leva a procurarmos com mais empenho o aperfeiçoamento de nossa resposta de amor, e a busca da santidade.
A adoração produz em nós o desejo de viver com mais radicalidade a nossa vida cristã, na obediência à Palavra de Deus e aos mandamentos divinos.
Outro fruto da adoração é o estímulo que recebemos na busca da conversão maior para o amor de Deus e dos irmãos. Esse estímulo nos induz a abandonar todo pecado, de modo especial a criarmos horror a todo pecado mortal, já que ele rompe as relações de amizade com Deus. Passo seguinte, somos induzidos a eliminar de nossos corações todas as tendências que chamam para o pecado: orgulho, egoísmo, inveja, vaidade, preguiça, gula, ira, ódio, ressentimento, sensualidades, consumismos, avareza e tantas outras.
O contato com Jesus na adoração nos estimula a um crescimento permanente em nossa vida interior, e a partir dela, em todos os nossos relacionamentos.
É preciso dizer que a adoração a Jesus Cristo, pode ser realizada também sem uma exposição solene ou simples de Jesus Eucarístico, ou diante do sacrário fechado. Podemos adorar Jesus em nossa casa, em nossa sala, ou em outro ambiente nobre onde haja possibilidades de se realizar uma oração piedosa.

20 de novembro de 2014

ADORAÇÃO  AO  ESPÍRITO  SANTO
            
Talvez nunca tenhamos feito meia hora, ou apenas quinze minutos de adoração ao Espírito Santo. Não aprendemos a fazê-la. Em nossas comunidades católicas não se fazem adorações ao Espírito Santo. Talvez se façam momentos breves de oração, invocando o Espírito Santo. Apenas isso.
Porque o Espírito Santo é Deus como o Pai e como o Filho Jesus, a nossa primeira atitude diante dEle deve ser de adoração. Adorá-lo porque Ele é Deus. Glorificá-lo e bendizê-lo porque Ele é Deus. Aceitá-lo como Deus. Rendermo-nos a Ele como ao nosso Deus. Amá-lo como se deve amar um Deus. Ter por Ele todo respeito como se deve respeitar a Deus.
Onde encontramos o Espírito Santo a fim de podermos adorá-lo? Como Deus, Ele é omnipresente ou seja, esta presente em todos os espaços, em todos os lugares. Podemos adorá-lo numa igreja, numa capela, no oratório de nossa casa, em algum lugar aconchegante na natureza, num jardim. Mas de modo privilegiado nós o encontramos e podemos adorá-lo em nosso coração.
O Espírito Santo mora em nosso coração, desde o dia do nosso batismo. Se tivemos a graça de nunca cometer um pecado mortal, Ele sempre esteve presente em nós. Como seria importante conscientizarmo-nos dessa verdade: “o Espírito mora em meu coração”. 
Diz a Escritura: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?* Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós.* (1Cor 3,16-17). Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? (1 Co 6,19)
Para fazer essa adoração, precisamos entrar em nosso ser mais íntimo, que chamamos de “coração”, para colocarmo-nos diante dEle, para fazermos comunhão com Ele, e então adorá-Lo. Declaramos inicialmente que O reconhecemos como Deus, O proclamamos, O adoramos, nos rendemos a Ele, como ao nosso Deus. Diante de sua Pessoa divina nós o glorificamos como membro da Trindade, como nosso santificador pessoal. O glorificamos por sua obra na Igreja, no Papa e pelo Papa, nos bispos, nos padres e por meio deles no povo de Deus. Nós o adoramos e glorificamos por sua obra realizada em Jesus, na Virgem Maria, em todos os Santos que estão no céu, no coração de todos os fiéis católicos. O adoramos e bendizemos por suas bênçãos e obras realizadas em nossa vida pessoal, em nossas famílias, em nossas comunidades.
A adoração ao Espírito Santo nos leva a conhecê-lo sempre mais e melhor, e faz crescer nossa amizade para com Ele. Quanto mais nós nos habituarmos a adorá-lo, mais ele agirá em nossa vida, e poderemos experimentar a sua ação em nossas vidas.

19 de novembro de 2014

ADORAÇÃO  AO   PAI  ETERNO
A adoração é uma forma de culto à divindade, no qual se reconhece e se proclama que Deus é Deus, que Ele é o ser supremo, que Ele tem todas as virtudes e qualidades em grau divino, portanto, perfeitíssimas.
Adorar o Pai celeste é entrar em contato com Ele, é estabelecer uma comunhão com Ele, reconhecendo-O como Deus Pai, proclamando-O como Deus Pai, bendizendo-O por Ele ser Deus, glorificando-O por seus atributos, virtudes e qualidades divinas, declarando-O como o Deus único, verdadeiro, Uno e Trino, Pai eterno.
            O Deus de Jesus Cristo, o Deus dos cristãos, o Deus que se revelou, é Uno e Trino. É Trindade. É Pai, é Filho e é Espírito Santo. Portanto, a cada Pessoa divina, por ser Deus, se Lhe atribui o culto de adoração. O Pai deve ser adorado porque é Deus. O Filho deve ser adorado porque é Deus. O Espírito Santo deve ser adorado, porque é Deus.
            O Pai eterno merece o culto de adoração por que é o Deus que gerou o Filho na eternidade, e porque dEle procede o Espírito Santo, igualmente na eternidade
            Para adorar o Pai eterno não é preciso estar numa igreja ou numa capela, diante de Jesus Eucarístico exposto no sacramento. Essa adoração pode ser realizada em qualquer lugar nobre, onde possamos estar em oração, como: numa igreja ou capela, na sala de nossa casa, no oratório de nosso lar, num belo lugar ao ar livre em meio à natureza.
            O que faz desse culto uma verdadeira adoração é a intenção interior de entrar em comunhão espiritual com o Pai, com o desejo de reconhecê-lo como Deus, proclamá-lo como Deus Pai, aceitá-lo como Deus Pai, e rendermo-nos a Ele como ao Deus verdadeiro
.           Na adoração ao Pai eterno sempre iniciamos proclamando, glorificando, exaltando, acolhendo a sua divindade, e rendermo-nos a Ela. A partir dessa proclamação da divindade do Pai, prosseguimos proclamando que Ele é o Pai criador de todas as maravilhas que existem nos Céus, no universo e na terra. Proclamamos que Ele é o Pai criador que nos criou à sua imagem e semelhança. Louvamos, glorificamos e bendizemos pelo Seu divino amor para conosco, amor que providencia só coisas boas, todos os dias de nossa vida. Proclamamos e agradecemos porque Ele nos enviou seu Filho, Jesus, como nosso Salvador pessoal, porque nos enviou o Espírito Santo como nosso santificador. Louvamos ao Pai eterno porque, por meio de Jesus, nos deu a Igreja com toda a sua doutrina santa, com os sete sacramento, com a hierarquia, com a revelação da nossa vida eterna e da glória celeste.
            Nessa adoração ao Pai eterno, O louvamos e Lhe agradecemos por toda a riqueza de nossa família: o tesouro de nossos pais e irmãos, a bênção dos nossos avós e bisavós, a riqueza que são nossos familiares. O louvamos e agradecemos por nossa vida, nossa saúde, nossos dons espiritual, psicológicos e físicos, por nossos bens materiais.

            Todas essas glorificações, porque são dirigidas ao Pai eterno porque é Deus, se tornam a verdadeira adoração ao Pai.

18 de novembro de 2014

ADORAÇÃO
            Quando se pensa ou se fala de “adoração”, logo vem à mente a imagem de uma igreja ou capela, onde sobre o altar, Jesus está exposto no Santíssimo Sacramento, e um grupo maior ou menor de pessoas está orando, cantando, lendo textos bíblicos, enfim, orando de várias formas.
            Sim, aquilo é adoração. Por certo de muito boa qualidade e muito agradável ao Senhor Jesus. Mas adoração é muito mais do que aquilo. A adoração é uma forma de culto muito especial no seu conteúdo e no seu sentido. Adorar é entrar em contato, é estabelecer uma comunhão com Deus, reconhecendo-O como Deus, proclamando-O como Deus, bendizendo-O por Ele ser Deus, glorificando-O por seus atributos, virtudes e qualidades divinas, declarando-O como o Deus único, verdadeiro, Uno e Trino.
            A essência da adoração está no reconhecimento da divindade, na proclamação de que “Deus é Deus”! E tudo o demais que se faça naquele culto, antes de tudo é dirigido à Divindade de Deus. O adorador põem-se diante de Deus, entra em contato direto com Deus, ora, fala, canta, escuta a voz de Deus, aceita-O como seu Deus, rende-se a Ele inteiramente, acolhe sua Palavra, procura modelar sua vida de acordo com os mandamentos divinos e as vontades divinas. O objeto da adoração, portanto, é a Divindade, é o Deus verdadeiro, único, Uno e Trino.
Depois de ter entrado e de estar na verdadeira adoração pela presença e comunhão com Deus, tudo o mais que o adorador realiza se situa dentro do espírito da adoração. Ou seja, do reconhecimento da divindade. O pedido de perdão é dirigido a Deus. O louvor por todas as criaturas se dirige a Deus. A ação de graças por todos os benefícios é feita a Deus. O intercessão é dirigida a Deus. Os pedidos de cura e libertação são dirigidos a Deus. Enfim, tudo o que se faça, em última análise é dirigido a Deus. Isto é adoração.
            A adoração pode ser dirigida ao Deus Uno e Trino, único e verdadeiro, Pai e Filho e Espírito Santo. Mas pode ser dirigida a uma pessoa divina determinada. Podemos realizar uma ótima adoração dirigida ao Pai eterno. Podemos fazer uma excelente adoração ao Espírito Santo. E podemos realizar um significativa adoração ao Filho eterno.
            É muito comum e tradicional realizarmos adorações a Jesus sacramentado. Talvez nunca tenhamos feito meia hora de adoração ao Pai eterno ou ao Espírito Santo. Não fomos ensinados. Não se fazem nas nossas igrejas. É verdade que onde se encontra Jesus sacramentado encontram-se também o Pai e o Espírito Santo. E por certo, Estes se alegram com a adoração a Jesus Eucarístico. Mas, em nossa vida de culto e oração deveríamos também incluir o Pai e o Espírito Santo.
            Para realizar uma adoração ao Pai eterno e ao Espírito Santo, não precisamos ir à igreja e expor Jesus santíssimo sobre o altar. Podemos realizar essa adoração em qualquer lugar nobre, onde possamos estar tranquilos em oração.
            Assim como a adoração a Jesus sacramentado traz muitos furtos espirituais para os adoradores, igualmente a adoração ao Pai e ao Espírito trazem excelentes graças para a nossa vida cristã.

          

17 de novembro de 2014

CREIO, SENHOR, 
MAS AUMENTAI A MINHA FÉ.

A fé é um dom de Deus que energiza e ilumina o coração de uma pessoa para que ela possa crer firmemente em Jesus ressuscitado e em todas as revelações feitas por Ele. A fé abre a porta para que se possa ter uma vida de comunhão com a Trindade e para poder entrar na Igreja e viver nela o caminho da vida cristã, a vida sacramental para alcançar a salvação.
O início do caminho da fé acontece no Santo Batismo. Nele, o Espírito Santo deposita o gérmen da fé no coração do batizando. Depois, pelo exemplo dos pais e da família, pelas catequeses na vida da igreja, pela participação na comunidade católica, aquele gérmen cresce, se desenvolve e pode chegar a uma plena maturidade.
A fé precisa ser alimentada. O primeiro lugar para alimentar a fé é a própria família. Ali, os pais devem cultivar a semente da fé, falando bem de Jesus, de Deus e de Nossa Senhora, devem introduzir os filhos na vida de oração, devem formá-los para participar da vida da Igreja.
O segundo lugar de alimento e crescimento da fé é a comunidade católica. Seja a paróquia ou outra comunidade menor, dentro da paróquia. Pela participação nas catequeses para a vida eucarística e para o Crisma, pela participação das missas dominicais, pela participação de todas as expressões religiosas realizadas na comunidade católica, a fé vai se consolidando e fortificando até chagar ao ideal de uma maturidade.

Porque a fé é um dom de Deus, doado por meio do Espírito Santo, devemos pedir ao Divino Espírito que faça crescer a nossa fé. “Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé”, deve ser um pedido repetido sempre de novo, principalmente quando lemos, estudamos ou ouvirmos falar de alguma verdade misteriosa de nossa fé. Muitas das verdades de nossa fé são misteriosas, e portanto não podemos compreendê-las integralmente. Onde termina a nossa capacidade de entender é que se inicia o verdadeiro “crer”. Então dizemos de coração: “Eu creio, não porque compreendo. Creio porque Jesus afirmou e ensinou”. Eis a pureza da fé!

15 de novembro de 2014

A FÉ VEM DO OUVIR

A fé é uma energia espiritual e uma iluminação do nosso intelecto que nos capacitam crer em Jesus ressuscitado e em todas as verdades por Ele reveladas.  A fé é um dom, um presente de Deus. Não somos nós que a criamos, mas foi o Espírito Santo que no-la deu no dia do nosso batismo.
Para que alguém possa chegar a crer em Jesus, é preciso que dEle ouça falar, e ouça falar de tal forma que se desperte no ouvinte o desejo de conhecê-Lo, e assim nasça a fé em Jesus.
São Paulo, ao escrever aos Romanos disse: Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue?  E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)?...  Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: Senhor, quem acreditou na nossa pregação (Is 53,1)?  Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo.  (Rm 10, 13-18).
Nesse texto ressaltamos que “para ser salvo é preciso crer em Jesus. Para crer nEle é preciso ouvir falar dEle. E para ouvir falar dele é preciso que haja quem pregue” Portanto, a fé em Jesus vem do ouvir falar bem dEle”.
Por que Zaqueu quis tanto ver Jesus? Por que a prostituta foi procurar Jesus num banquete? Por que Nicodemos foi procurar Jesus à noite? Por que Jairo foi procurar Jesus para ressuscitar sua filha? Porque vários leprosos foram pedir a Jesus a cura? Por que muitos doentes foram pedir a Jesus a cura? Foi porque “ouviram falar das maravilhas feitas por Jesus, e ao ouvir, se lhes despertou a fé nEle, e por isso foram procurá-Lo e todos foram atendidos.
Além de renovar em profundidade a nossa própria fé, precisamos falar muito bem de Jesus às pessoas que ainda não creem, a fim de que recebam o dom da fé, creiam em Jesus, vivam uma vida cristã verdadeira e sejam salvos.Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Jl 3,5)


14 de novembro de 2014

A  FÉ  E  AS  OBRAS

A fé é uma energia espiritual e uma iluminação do intelecto que nos capacitam a acreditar em Jesus ressuscitado e em todas as verdades por Ele reveladas. Ela é um dom divino. Não pode ser adquirida por esforço pessoal, sem a graça de Deus.
Não se pode separar a fé das obras ou as obras da fé. Elas são causa e conseqüência. Como numa macieira, não podemos prescindir da árvore e dos frutos. A árvore foi plantada para dar frutos, sem os frutos ela de nada serve. E para termos frutos precisamos da árvore.
A fé é dada por Deus a fim de produzirmos as obras sobrenaturais. A  macieira é a fé, as maçãs são as obras. Se a fé não produz obras de vida cristã, de nada serve.
A primeira obra produzida pela fé é a crença, é o acreditar em Jesus ressuscitado e em todas as verdades por Ele reveladas. Como conseqüência natural, vem a fé em Deus Pai, no Espírito Santo, na Trindade, na existência da vida eterna, nas realidades do céu e do inferno. Essa é a obra inicial e fundamental.  Se a fé não produzir essa obra ela é morta... não existe.
. A segunda obra da fé é a geração da vida cristã com tudo o que comporta uma autêntica vida cristã. A vida de fé deve gerar uma vida cristã vivida em comunhão com a Trindade, com Nossa Senhora e com a Igreja. A fé deve iluminar e fortalecer uma vida matrimonial fiel e santa, bem como gerar uma família que seja uma “igreja doméstica”, um ninho de amor. A vida de fé deve iluminar e conduzir uma vida profissional conduzida da justiça, na honestidade, na caridade e na generosidade. Enfim, a fé deve produzir toda espécie de obras concretas de caridade, de bondade, de misericórdia, de generosidade.
No que concerne à fé e as obras, não podemos deixar de citar o texto bíblico de São Tiago. “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Assim também a fé: se não tiver obras é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Queres ver, ó homem vão, como a fé sem OBRAS é estéril? Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho  Isaac sobre o altar? Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tg 2,14-25)

13 de novembro de 2014

OS  HERÓIS DA FÉ 
           
            A fé é uma energia espiritual e uma iluminação da nossa mente que nos capacita crer de todo coração em Jesus ressuscitado e em todas as verdades por Ele reveladas e ensinadas pela Igreja. São Paulo nos diz: A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos, antepassados. (Hb. 11, 1-2)
            Em nossa Igreja temos milhões de heróis, desde os que viveram no Antigo Testamento, bem como aqueles que viveram e vivem em nosso tempo. Do antigo testamento, citamos aqueles que a própria Bíblia nos apresenta: Abel, Henoc, Noé, Abraão, Sara, Isac, Jacó, José, Moisés, Davi e tantos outros. Acrescentamos: Maria de Nazaré, seu esposo José, Joaquim e Ana, pais de Maria, Zacarias e Isabel. (Ler o capítulo 11 da carta aos hebreus, que fala desses heróis)
            Do Novo Testamento podemos citar os 12 Apóstolos, São Paulo, São Lucas, São Marcos e São Estêvão. Podemos citar as centenas de milhares de mártires da Igreja primitiva, e destes dois mil anos de nossa Igreja, martirizados em todos os continentes.
            Foram heróis nos nossos tempos, o Papa João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II. Ele teve uma coragem extraordinária ao convocar o Concílio. Citamos outro herói muito nosso conhecido, o Papa João Paulo II.
            Também uma heroína dos nossos tempos: Santa Madre Teresa de Calcutá. Ela é um exemplo de heroísmo que se tornou conhecido no mundo inteiro, e até o mundo dos pagãos lhe conferiu o prêmio Nobel da Paz. Suas filhas e seus filhos espirituais continuam a obra dela, todos os dias, pelo mundo afora.
            Aqui bem pertinho de nós, temos a heroína, beata Irmã Dulce dos pobres, na Bahia, que dedicou com heroísmo toda a sua vida para assistir e promover os pobres dos mais pobres. Podemos citar a jovem mártir da castidade Beata Albertina Berkenbrock e Santa Paulina
            Queremos aprofundar a nossa fé e torná-la mais vigorosa e testemunhal, à luz dos milhões de heróis de nossa mesma fé.(Hebreus 11)



12 de novembro de 2014

TUA  FÉ  TE  CUROU

            A fé é uma energia espiritual e uma iluminação da mente que capacita alguém a crer em Jesus, e por isso, a aceitar  e crer em todas as verdades por Ele reveladas.
            Encontramos nos Evangelhos várias passagens onde Jesus disse: “Tua fé te salvou... Tua fé te curou”. Precisamos compreender o que Jesus queria dizer com essas afirmações.
            Lemos em Mateus  9,20-22 “Ora, uma mulher atormentada por um fluxo de sangue, havia doze anos, aproximou-se dEle por trás e tocou-lhe a orla do manto. Dizia consigo: Se eu somente tocar na sua vestimenta, serei curada. Jesus virou-se, viu-a e disse-lhe: Tem confiança, minha filha, tua fé te salvou. E a mulher ficou curada instantaneamente”.
            Com certeza, Jesus quis lhe dizer:”Mulher, porque você acreditou que eu poderia curá-la, você veio a mim, e eu pude curá-la”. Esse é o sentido real das palavras de Jesus. Se a mulher não acreditasse em Jesus, não O procuraria e não seria curada. A fé da mulher a levou a Jesus. Jesus a curou porque ela acreditou nEle. Portanto, não é que a fé dela foi a força milagrosa que a curou. Se fosse isso, ela não precisaria ter procurado Jesus e tocá-lo. Ela ficaria curada lá na sua casa, sem Jesus.
            A fé, nesses casos, consiste em acreditar de todo coração em Jesus, no seu poder, nas suas palavras, e movido por essa convicção, procurá-lo e pedir que se manifeste. A fé leva ao encontro de Jesus, e Ele perdoa, liberta, cura e salva. Ainda hoje. O importante é crer em Jesus e ir ao seu encontro. Ele é a grande fonte de todas as graças.
            Queremos renovar-nos e revigorar-nos em nossa fé para com Jesus e para com todas as verdades que Ele nos revelou. Para isso, procuremos participar de todas as iniciativas da paróquia e da Igreja, a fim de renovarmo-nos no conhecimento da Trindade e de todas as verdades reveladas.

            

5 de novembro de 2014

OS  SÍMBOLOS 
E  AS  EXPRESSÕES  DA  FÉ
A fé é uma energia espiritual e uma luz que ilumina o intelecto, e dessa forma capacitam o coração humano a crer em Jesus Cristo e em todas as verdades por Ele reveladas e ensinadas na Igreja. A fé é um presente de Deus ao coração que a Ele se abre e o procura.
                A palavra “símbolo” deve ser entendida em dois significados. !º. Como os resumos de nossa fé católica. Chamamos de “Símbolo Apostólico” o resumo das verdades principais de nossa fé, retiradas da pregação do Santos Apóstolos. Nós o chamamos também de “CREDO”, porque se inicia com a palavra CREIO. E chamamos de “Símbolo Niceno-Constantinopolitano”, outro resumo das verdades de nossa fé católica, feito a partir da fé professada em dois concílios ecumênicos: de Niceia e de Constantinopla. Nós os proclamamos, ora um ora outro, nas santas missas dominicais.  
2º Chamamos de símbolos a certos sinais religiosos que na tradição da Igreja simbolizam a virtude da fé. Entre eles citamos: 1º O Círio Pascal, símbolo de nossa fé no Senhor ressuscitado. 2º A vela batismal entregue ao batizando, a qual significa a entrega da luz da fé em Jesus Cristo, no qual o batizando deve crer para ser salvo. 3º As velas acesas no altar da Santa Missa as quais simbolizam a fé da Igreja e do povo de Deus na presença real do sacrifício de Jesus na Eucaristia 4º As velas acesas quando da exposição de Jesus Eucarístico para a adoração. 5º As velas acesas à cabeceira do caixão de defunto no guardamento, símbolo de nossa fé na vida eterna.
                As expressões de nossa fé cristã são todas as manifestações religiosas sob forma de celebrações e orações comunitárias, são todas as práticas pessoais de manifestações religiosas, bem como todos os sinais sagrados como: crucifixos, imagens, quadros, medalhas e outros objetos religiosos. Numa palavra, expressões de nossa fé são todas aquelas manifestações pelas quais desejamos realizar um contato com Deus Pai, com o Filho e com o Espírito Santo, bem como com Nossa Senhora , com os Anjos e Santos.
                Queremos aprofundar a pureza de nossa fé cristã, pelo estudo das verdades de nossa Igreja, bem como por uma expressão mais adequada.
               
               


4 de novembro de 2014

A FÉ, CERTEZA DAS COISAS
 QUE NÃO SE VÊEM
     A fé é uma energia espiritual e uma iluminação interior que nos capacitam a crer com toda certeza em Jesus Cristo, e em tudo o que Ele revelou. Porque cremos que Jesus é verdadeiro, cremos no Pai, no Espírito Santo, na vida eterna, na existência do céu e do inferno, e em todas as outras verdades que Jesus nos revelou. Cremos porque Ele disse! E pronto!
Porque Deus é espírito puríssimo, e porque nós também temos um espírito, e sabemos que no espírito não há matéria, concluímos que existem realidades materiais e realidades espirituais. Essas são reveladas de forma especial e segura pela fé.
São Paulo nos diz: A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos, antepassados.(Hb. 11, 1-2)
Pela fé, cremos firmemente na existência e no amor do Pai, do Filho que é Jesus, e do Espírito Santo. Porque cremos em Deus, cremos em todos os lindos segredos que Ele nos revelou. Por isso cremos em muitas realidades que não vemos, porque Ele no-las revelou. Não vemos o nosso espírito, mas cremos e sabemos que ele existe e que nos anima e mantém vivos, e que continuará vivo após a nossa morte. Não vemos Jesus ressuscitado na Eucaristia ou na comunidade reunida, mas cremos e sabemos que Ele ali está. Não vemos o céu e o inferno, mas cremos e sabemos que eles existem, porque Jesus no-los revelou. Não vemos os nossos falecidos que já partiram para a eternidade, mas cremos e sabemos que eles existem, que eles vivem numa outra dimensão, na vida eterna que se inicia com a morte.
Pela fé no Deus Uno e Trino, nós podemos ter certeza absoluta a respeito de todas as realidades que não vemos, as quais nos foram reveladas pela bondosa misericórdia do Deus, que nos ama com amor eterno e quer dar-nos um dia a vida eterna junto de Si, na glória dos céus.
Queremos aprofundar e solidificar ainda muito mais nossa vida de fé, a fim de vivermos uma vida santa e cheia de boas obras, para um dia alcançarmos o convívio do Pai, do Filho e do Espírito Santo na glória celeste.
           


            

3 de novembro de 2014

A FÉ, DOM CARISMÁTICO.

            A fé é uma energia espiritual e uma iluminação do psiquismo que nos possibilitam crer firmemente no Pai, no Filho e no Espírito Santo. E por crermos nEles, acreditamos com segurança em tudo o que Eles revelaram. A fé é um presente de Deus ao coração humano. E que presente!...
            A fé tem três faces: ela é uma virtude teologal, ela é um fruto do Espírito Santo, e ela é um Carisma concedido pelo Espírito de Amor.
            Como fé carismática ela é um impulso momentâneo e forte, causado pelo Espírito Santo, a fim de dar uma certeza interior a respeito de algum acontecimento que acaba de acontecer, ou que irá acontecer. Exemplo: “São Pedro disse ao paralítico: levanta-te e anda...” O paralítico ficou curado mas não se levantou. Pedro recebeu a certeza (a fé carismática) de que o paralítico estava curado. Por isso o tomou pela mão e o fez se levantar, curado. Outro exemplo: Jesus andando sobre as águas do mar da Galileia. Pedro gritou para Jesus: “Manda que eu caminhe sobre as águas!” Jesus gritou: Pedro, vem!. Pedro recebeu a fé carismática e andou sobre as águas, sem afundar, por sessenta, setenta metros. Afundou quando duvidou!
            Essa fé carismática é dada muitas vezes aos que oram para a cura das pessoas, quer de doenças físicas, quer psíquicas, quer espirituais. O Espírito Santo ilumina e concede uma certeza daquilo que se deve fazer ou daquilo que já se fez, que já aconteceu.
            Muitos daqueles que realizam o ministério de orar pelas pessoas, e que recebem os carismas de ciência, de cura interior, de libertação, quase sempre recebem também o carisma da fé carismática.
            A fé carismática se faz presente quando um coração convive com o Espírito Santo, e por Ele se deixa purificar, conduzir, inspirar e mover.
            Neste Ano da Fé, queremos nos renovar em todos os aspectos de nossa fé cristã, caminhando com a Igreja, na nossa paróquia ou na comunidade.
           

                

2 de novembro de 2014

A FÉ É UMA VIRTUDE TEOLOGAL
            A fé é uma energia no espírito e uma iluminação no psíquico, pelas quais é-nos dada a capacidade de crer em Jesus Cristo, e por crermos com toda segurança em Jesus, cremos e aceitamos como verdadeiras todas as revelações que Ele nos fez e faz.
            A fé, juntamente com a esperança e a caridade, formam o conjunto das chamadas virtudes teologais. Chamam-se teologias porque se referem diretamente ao relacionamento do ser humano com Deus. Pela fé, cremos em Deus. Pela esperança, esperamos o cumprimento das promessas divinas a respeito da vida eterna. Pela caridade, somos amados e amamos a Deus e a tudo o que pertence a Deus, principalmente os irmãos.
            Pela fé teologal cremos que Deus Pai nos criou, nos adotou como filhos e filhas, tem um plano de amor eterno para cada um de nós, nos ama como a filhos únicos, tem um amor gratuito e incondicional para conosco, sabemos que nos criou para uma vida eterna, junto dEle, nos céus, para vivermos a felicidade que jamais terá fim.
            Pela fé teologal cremos em Jesus Cristo, como Deus e Filho Unigênito de Deus Pai, que é a Palavra eterna do Pai que criou todas as coisas; que se encarnou no seio da Virgem Mãe, viveu conosco por 33 anos, nos revelou os segredos que estavam escondidos nos céus, morreu e ressuscitou para a nossa salvação, voltou para os céus, mas continua conosco na Eucaristia, na Sua palavra e na comunidade dos irmãos.
            Pela fé teologal, cremos no Divino Espírito Santo, que é Deus como o Pai e o Filho, que forma com Eles a Trindade Santa, que desceu sobre Jesus e sobre a Igreja, da qual Ele é a alma vivificante; que Ele mora em nossos corações e veio habitar em nós para nos santificar.

            Queremos aprofundar essa fé teologal a fim de podemos viver muito melhor a nossa vida cristã em comunhão com a Trindade.