26 de dezembro de 2014

27 de dezembro
S. João  Apóstolo e Evangelista

João, filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, de profissão pescador, originário de Betsaida, como Pedro e André, ocupa  um lugar de primeiro plano no elenco dos apóstolos. O autor do quarto Evangelho e do Apocalipse, será classificado pelo Sinédrio como indouto e inculto. No entanto, o leitor mesmo que leia superficialmente os seus escritos percebe não só o arrojo do pensamento, mas também a capacidade de revestir com criativas imagens literárias os sublimes pensamentos de Deus. A voz do juiz divino é como o rugido de muitas águas.
João é sempre o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. É a águia que desde o primeiro bater das asas se eleva às vertiginosas alturas do mistério trinitário: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus."
Ele está entre os mais íntimos de Jesus, e nas horas mais solenes de sua vida, João está perto. Está a seu lado na hora da ceia, como durante processo de condenação, e é o único entre os apóstolos, que assiste à sua morte junto com nossa Senhora. Mas contrariamente a tudo o que possam fazer pensar as representações da arte, João não era um homem fantasioso e delicado. Bastaria o apelido humorista que o Mestre impôs a ele e a seu irmão Tiago: "Filhos do trovão" para nos indicar um temperamento vivaz e impulsivo, alheio a compromissos e hesitações, até aparecendo intolerante e cáustico.
No seu Evangelho designa a si mesmo simplesmente como "o discípulo a quem Jesus amava." Também se não nos é dado indagar sobre o segredo desta inefável amizade, podemos adivinhar uma certa  analogia entre a alma do Filho do homem e a do filho do trovão,pois Jesus veio à terra não só trazer a paz mas também o fogo. Após a  ressurreição, João está quase constantemente ao lado de Pedro. Paulo, na epístola aos gálatas, fala de Pedro, Tiago e João como colunas da Igreja.  
No Apocalipse, João diz que foi perseguido e degredado para a ilha de Patmos "por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo." Conforme uma tradição unânime, ele viveu em Êfeso em companhia de Nossa Senhora e sob o imperador Domiciano foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, daí saindo ileso e todavia com a glória de ter dado testemunho. Depois do exílio de Patmos tornou definitivamente a Êíeso, onde exortava continuamente os fiéis ao amor fraterno, como resulta das suas três cartas, acolhidas entre os textos sagrados, como também o Apocalipse e o Evangelho.
Morreu carregado de anos em Éfeso durante o império de Trajano
(98-117) e ai foi sepultado. 

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial