30 de janeiro de 2015

Nono Mandamento: 
“Não desejar a mulher – 
o marido - do próximo”
"Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração" ( Mt 5,28). “Não desejar a mulher – o marido - do próximo”(Ex 20,17)
            A mística deste mandamento está – como em todos os outros – no amor. O amor só quer e só faz o bem. Jamais o amor admite destruir um matrimônio, um lar, uma família, pela sedução e conquista da mulher ou do marido do próximo, que é irmão. Porque a “carne é fraca”, o Pai celeste propõe este mandamento como um indicativo especial para que haja todo cuidado sobre as possíveis tentações que possam surgir no coração, em relação à mulher ou ao marido de outro casal. Quantos lares desfeitos, quantos sofrimentos familiares, quantos filhos, esposas ou maridos traumatizados, por causa da queda nesta tentação. É por grande amor para com as famílias, para com os casais e para com seus filhos que Deus dá este mandamento.
             A cobiça da mulher ou do marido do casal próximo pode ser uma tentação de momento, porque os desejos carnais estão sempre presentes nas pessoas de ambos os sexos. Quando a pessoa tentada de cobiça cultiva a castidade, ela reage de imediato contra a tentação e consegue guardar a castidade dos desejos. A cobiça do marido ou da esposa do próximo se torna fato consumado quando o tentado não é casto, não tem um firme amor para com o seu cônjuge, ou é uma pessoa que tem fraqueza moral ou hábitos adulterinos, e encontra alguém que também não tem continência, e por isso, quando dois querem, o adultério acontece.
             O nono mandamento adverte contra a cobiça ou concupiscência carnal.   A luta contra a cobiça carnal passa pela purificação do coração e a prática da temperança. A pureza do coração nos permitirá ver a Deus e nos permite desde já ver todas as coisas segundo Deus.   A purificação do coração exige a oração, a prática da castidade, a pureza da intenção e do olhar. A pureza do coração exige o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor preserva a intimidade da pessoa.


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