29 de abril de 2016

CREIO NA VIDA ETERNA


Em nossa profissão de fé católica nós proclamamos que “cremos na vida eterna”. A notícia e a verdade da vida eterna é a grande novidade que nos foi confirmada e aprofundada por Jesus. Nós não fomos criados para acabar num cemitério ou num crematório. Fomos criados para, depois de um tempo de vida terrena, passarmos para uma outra vida, a vida eterna.
A certeza da vida eterna, que nos foi dada por Jesus, é uma realidade que pode, e deveria envolver toda a nossa vida.
Deus Pai criou o ser humano para fazê-lo participante de sua felicidade eterna. Se não tivesse havido o pecado original de Adão e Eva, nós viveríamos aqui na terra uma alegria e uma felicidade semelhantes ao Céu. Não haveria morte. Seríamos transformados para podermos viver uma vida eterna, junto de Deus.
Por causa do pecado, o Pai nos mandou o seu Filho, Salvador, para nos ensinar o caminho da vida terna feliz, para nos ensinar a viver na terra de forma a conquistarmos a vida eterna feliz. Jesus morreu para nos salvar para a vida eterna e ressuscitou para nos garantir uma futura ressurreição para a vida eterna feliz.
Todo o trabalho realizado pela Igreja de Jesus tem como finalidade conduzir-nos de tal modo em nossa vida de cada dia a ponto de merecermos a vida eterna feliz. Toda nossa vida cristã, toda nossa prática religiosa, tem como finalidade conquistar a vida eterna. Essa conquista é definitivamente muito importante, a ponto de Jesus dizer:”Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma”?(Mt. 16,26) Aqui na terra vivemos pouco tempo. A outra vida será eterna. Isto é, sem fim.
É Preciso lembrar que a vida eterna poderá ser feliz ou infeliz. Depende da forma como vivemos aqui. Se logo após a morte, no julgamento personalizado, formos aprovados por termos vivido uma vida honrada, digna, vivida na fé e na caridade, uma vida santa, receberemos a felicidade eterna no Céu. Se alguém é reprovado por causa de uma má vida, receberá uma a infelicidade eterna.
A vida eterna feliz é conquistada por uma vida de fé no Deus Uno e Trino. Iluminados por essa fé, acolhermos Jesus ressuscitado como Salvador Pessoal, Senhor de nossa vida, nosso Mestre, e acolhermos seus mandamentos, conselhos e ensinamentos, procurando vivê-los no normal de nossa vida, criando, assim, um estilo de vida, um modo de viver, segundo Jesus Cristo.
Todo empenho, todo esforço, toda luta, mas também toda alegria e felicidade de viver uma vida cristã autêntica, tem como finalidade conquistar a vida terna feliz. Como cristãos, vivemos em função da vida eterna. Nossa pátria definitiva é o Céu. É para lá que deve estar voltado o nosso olhar e o nosso coração.
A vida eterna feliz é vivida na presença e na comunhão com Deus. Essa presença e comunhão geram a felicidade plena, definitiva, a que chamamos de Céu. Ali encontraremos o Pai que nos criou, o Filho Jesus que nos salvou e o Espírito Santo que nos santificou. Ali encontraremos e conheceremos pessoalmente a Virgem Mãe de Jesus e nossa. Ali conheceremos todos os Santos e Santas. E teremos a alegria de conhecer pessoalmente aqueles Santos e Santas de quem somos devotos agora.
Na vida eterna, no Céu, encontraremos os nossos familiares que se salvaram: nossos pais, o marido, a esposa, os filhos, nossos avós e todos os familiares salvos. Ali viveremos com eles, não mais com as fraquezas humanas que nos dificultavam viver de forma melhor aqui, mas viveremos em plena harmonia e acolhida, em pleno amor. A vida de amor, ali, será perfeita, com todos.



27 de abril de 2016

CREIO NA RESSURREIÇÃO DA CARNE


Em nossa profissão de fé católica, nós proclamamos que cremos firmemente na “ressurreição da carne”. O termo “carne” significa “corpo humano”, o nosso corpo mortal. Essa verdade de fé diz que, depois de nossa morte, quando nossa alma tiver deixado o nosso corpo mortal e tiver voltado para Deus, o nosso corpo haverá de ressuscitar, para que ele também participe da glória eterna.
            A verdade sobre a ressurreição dos corpos foi sendo revelada, desde o Antigo Testamento. O povo da antiga aliança depositava sua fé e sua esperança na ressurreição dos mortos. Em Macabeus encontramos viva essa esperança. “O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma vida eterna, a nós que morremos por sua lei (2Mc 7,9) É desejável passar pela mão dos homens, tendo da parte de Deus a esperança de ser um dia ressuscitado por Ele” (2Mc 7,14)
            Os fariseus, a seita religiosa que existia antes de Jesus e no tempo de Jesus, professava firmemente a crença na ressurreição dos mortos.
            No Novo Testamento essa verdade aflora a cada momento, de forma particular nas cartas de São Paulo. A fé na ressurreição se baseia na fé em Deus, que não é “o Deus dos mortos, mas dos vivos.(Mc 12,27) Jesus liga a verdade da ressurreição à sua própria vida: “Eu sou a ressurreição e a vida”(Jo 11,25) É Jesus mesmo quem no último dia há de ressuscitar os que tiverem crido nele, e tiverem comido o seu corpo e bebido do seu sangue.(Jo 6, 54) A esperança crista da ressurreição está toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como Ele, com Ele e por Ele.
            Que é ressuscitar? Na morte que é separação da alma e do corpo, o corpo do ser humano cai na corrupção, ao passo que a alma vai ao encontro com Deus, ficando na espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus, na sua onipotência restituirá  definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-as às nossas almas, pela virtude da ressurreição de Jesus.(CIC 997)
            De que maneira? Jesus ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede minhas mãos e os meus pés: sou Eu!( Lc 24,39) Mas Ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nEle, todos ressuscitarão com o mesmo corpo que tem agora, porém este corpo será transfigurado em corpo de glória.(1Cor 15,44)  Este “como” ultrapassa a nossa imaginação e o nosso entendimento, sendo acessível somente pela fé.
            Quando ocorrerá essa ressurreição? No “último dia”(Jo 6, 39-40... no fim do mundo”(LG 48) Quando será esse “último dia”... esse fim do mundo? Definitivamente não o sabemos. “Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. (1Tes 4,16)
            “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, (O Espírito do Pai...) aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos (o Pai...) dará vida também aos vossos corpos mortais, mediante o Espírito que habita em vós. (Rm 8,11)
            Na ressurreição de Lázaro, ocorreu entre Marta e Jesus, este diálogo: Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!  Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressurgirá. Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? (Jo 11, 21-26)

            A nossa esperança de ressurreição repousa em Jesus ressuscitado.

21 de abril de 2016

CREIO DA REMISSÃO DOS PECADOS

            Em nossa profissão de fé católica, nós declaramos que cremos na “remissão dos pecados”. Isto é, declaramos que nós sabemos e cremos que os pecados podem ser perdoados por Deus.
            O perdão dos pecados é uma necessidade premente e absolutamente necessária porque todos somos pecadores, uns mais outros menos. Diz São João que se alguém diz não ter pecado é um mentiroso. “Se dizemos que não temos pecado enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. (1 Jo, 1,8)
            Deus Pai enviou seu Filho Jesus ao mundo, como Salvador, exatamente para alcançarmos a possibilidade do perdão dos pecados, para sermos salvos e santificados. O próprio nome “Jesus” significa “salvador”. Ele se torna Salvador à medida que nos perdoa dos nossos pecados.
            São João nos confirma essa verdade quando nos diz: Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. Ele é a expiação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram perdoados pelo Seu nome. Se, porém, andamos na luz como Ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado (1Jo 1,9. 2,2. 2,12.1,7)
            Percebemos nesta passagem 1º como Deus quer perdoar os nossos pecados, 2º como Jesus, por sua morte e ressurreição nos alcançou a possibilidade do perdão, 3º se reconhecemos nossos pecados e pedirmos perdão, seremos perdoados.
            Nossos pecados podem ser perdoados pelo sacramento da Confissão. Jesus instituiu esse sacramento no Domingo da Páscoa, quando, aparecendo aos Apóstolos, soprou sobre eles e disse: “recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados”. (Jo 20,23)
            Pela Confissão podem ser perdoados todos os pecados. Os pecados mortais devem ser obrigatoriamente levados à confissão sacramental. Como os pecados mortais, graves, ofendem gravemente a Deus e rompem o estado de graça, é necessária a Confissão tanto para uma reconciliação com Deus, bem como para uma reconciliação com o povo de Deus, a Igreja.
            Os pecados veniais podem ser perdoados pela Confissão, mas também de outras maneiras como: 1º por um ato penitencial bem feito no início da Santa Missa 2º por uma santa Comunhão muito bem realizada e piedosa, na qual manifestamos ao Senhor nosso pesar por nossos pecados cometidos. 3º por um ato penitencial piedoso, realizado em oração pessoal 4º pela piedosa e contrita participação de uma confissão comunitária. 5º por boas obras de caridade realizadas com a finalidade de receber o perdão dos pecados veniais.
            O perdão de Deus é uma necessidade para toda a nossa vida terrena. A fraqueza humana nos acompanha como uma sombra, e nos leva sempre a cometer novos pecados. A virtude da humildade nos deve também acompanhar sempre, a fim de reconhecermos os nossos pecados, pedirmos perdão, a fim de sermos perdoados. Até no purgatório há a necessidade do perdão divino, a fim de que os pecados levados, e as penas devidas pelos pecados sejam perdoadas.

            Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós!.

14 de abril de 2016

CREIO NA COMUNHÃO DOS SANTOS


Em nossa profissão de fé católica nós declaramos que cremos na “Comunhão dos Santos”. Que é esta Comunhão dos Santos? Evidentemente não se trata aqui de “comunhão eucarística”. O termo comunhão significa, aqui, comunicação de graças espirituais entre todos os batizados em nome da Trindade.
A Comunhão dos Santos é a comunicação espiritual que acontece entre todos os membros da Igreja. É a própria Igreja, enquanto contemplada em todos os seus membros, e na comunicação espiritual entre todos.
“Uma vez que todos os que creem em Cristo, formam um só corpo (espiritual) os bens de uns são comunicados aos outros. É assim que cremos que existe uma comunicação de bens (espirituais) na Igreja. O membro mais importante é Jesus Cristo, que é a cabeça desse corpo. Assim, a riqueza de Cristo é comunicada a todos os que são batizados e vivem unidos pela graça a Ele. Essa comunicação das riquezas de Jesus é realizada por meio dos Sacramentos da Igreja. Como a Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum”. (CIC n.947)
Como num corpo humano, onde há uma cabeça e muitos membros e todos os membros participam igualmente da vida do corpo, e quando um sofre, todo o corpo padece, e quando um membro é beneficiado, o corpo todo é beneficiado, assim é com o Corpo de Cristo, pela comunhão dos Santo.
Em primeiro lugar, a Comunhão dos Santos se refere à participação de todos os batizados nas riquezas espirituais da Igreja: da mesma fé na Trindade, dos sacramentos, e em especial da Eucaristia; da Palavra de Deus, das riquezas espirituais da liturgia e dos sacramentais.
Em segundo lugar, a Comunhão dos Santos se refere à comunicação espiritual que existe entre os membros da Igreja que estão militando na terra, com os membros que se encontram na purificação do purgatório, e com os Santos que se encontram nos céus. Essa comunicação se refere aos bens espirituais, às graças vividas por cada um dos membros da Igreja.
A Igreja militante somos nós que militamos, caminhados, ainda neste mundo. Nós podemos e devemos viver nossa vida de fé, de esperança de caridade e de culto para sermos remidos dos nossos pecados, para realizarmos boas obras e vivermos uma vida cristã santa. De nossa parte, podemos auxiliar e socorrer os nossos irmãos que se encontram no purgatório, para lhes alcançar o perdão e a purificação de que necessitam para entrarem no céu.
A Igreja padecente são os que se encontram nos sofrimentos do purgatório. Eles podem receber ajuda espiritual para serem purificados e para entrarem nos céus: 1º pela intercessão dos Santos que estão com Deus, no céu, e 2º pela nossa intercessão, nossas orações, e boas obras realizadas em favor deles,
A Igreja triunfante são todos os Santos que se encontram nos céus. Eles podem socorrer as almas do purgatório e podem também interceder por nós, que ainda militamos nesta terra.

A Comunhão dos Santos é, pois, toda essa comunicação de bens espirituais que ocorre entre a Igreja militante, a Igreja padecente e a Igreja triunfante. Porque somos todos membros dessa única família de Deus, que é a Igreja, Deus Providente dispôs que nós possamos nos entre-ajudar, para que todos, um dia, estejamos unidos na casa do Pai, nos Céus.

8 de abril de 2016

CREIO NA SANTA IGREJA CATÓLICA


            Em nossa profissão de fé católica nós proclamamos que cremos na “Santa Igreja Católica”. Cremos nela por ter sido instituída por Jesus Cristo, para continuar a Sua obra de salvação da humanidade.
            Podemos dizer que a Igreja foi concebida no “coração” do Pai eterno, quando Ele se decidiu salvar a humanidade por meio de Seu Filho, enviando-O como Salvador. Jesus veio, se encarnou no seio da Virgem, anunciou a Boa Nova da Salvação, entregou-se até a morte de cruz para resgatar a humanidade e reconciliá-la com Deus.
            Ao chamar os 12 Apóstolos, ao evangelizá-los, bem como ao evangelizar muitos discípulos, Jesus lançou as raízes de Sua Igreja, estabeleceu os seus “fundamentos humanos”: os Apóstolos. Terminada a Sua missão, Jesus derramou copiosamente o Espírito Santo em Pentecostes, inaugurando e santificando a sua Igreja.
            A missão de Jesus foi a de salvar a humanidade e reconduzi-la para Deus. Jesus estabeleceu a Sua Igreja como a “continuadora de sua missão” no mundo. Para que ela pudesse realizar essa continuação, Jesus lhe deixou todos os meios necessários. Primeiro, a Sua própria presença ressuscitada na Eucaristia, nos sacramentos, nos Evangelhos, na comunidade reunida. Jesus lhe deixou o Pai eterno, com todas as suas providências divinas. Deixou-lhe o Espírito Santo, como a fonte da vida sobrenatural, o poder de ação da Igreja, o Seu Santificador.
            Nós cremos que Jesus enriqueceu a Sua Igreja com a hierarquia, responsabilizada de continuar a Sua obra, através dos séculos, na humanidade. Enriqueceu-a com os sete sacramentos, fontes de graças de salvação e santificação para sempre. Enriqueceu-a com toda a pregação, com as ações e os seus  milagres, por meio dos Santos Evangelhos, inspirados pelo Espírito Santo, para que pudessem ser luz e verdade para orientação dos corações nos caminhos de salvação e santidade.
            Nós professamos que esta Igreja fundada por Jesus é una, santa, católica e apostólica. 1º Ela é una porque Jesus é seu único fundador, porque ela é o único caminho normal estabelecido por Deus para a Salvação. 2º Ela é santa porque Jesus é santo e porque ela é animada pelo Espírito Santo, e sua missão é levar à santidade todos os seus membros. Embora seus filhos sejam santos e pecadores, por ela, os pecadores são chamados à conversão e à santidade. 3º Ela é católica, no sentido de ser universal, destinada a toda a humanidade, pois Deus quer salvar a tosos. 4º Ela é Apostólica, porque Jesus a inaugurou estabelecendo-a sobre os 12 Apóstolos, e a confiou aos sucessores dos Apóstolos. Mais. A Igreja é sempre instruída sobre a doutrina revelada, transmitida pelos Apóstolos.
            Nossa Igreja é constituída por três fases de vida. 1º Ela é “militante”, constituída por todos os seus membros terrenos, que militam a caminho da vida eterna. 2º Ela é “padecente”, constituída por todos os membros que se encontram no purgatório. 3º Ela é “triunfante” constituída por todos os seus membros que já alcançaram a glorificação celeste. Todos esses que se encontram nas três fases constituem a Igreja de Jesus Cristo.
              Nós cremos na Igreja Católica. Cremos que ela é a Igreja de Jesus Cristo. Cremos que Jesus a estabeleceu como o Seu caminho para a nossa salvação. Cremos que, vivendo sob as suas orientações, nós vivemos o estilo de vida que Deus quer de nós. E vivendo esse estilo de vida cristã ensinado por Jesus e transmitido pela Igreja, nós alcançaremos a salvação eterna, que é o grande propósito e o grande sonho de Deus Pai eterno.


            

4 de abril de 2016

CREIO NO ESPÍRITO SANTO


            Em nossa profissão de fé católica nos declaramos que “cremos no Espírito Santo”. E porque cremos nEle, cremos, sabemos e experimentamos a sua presença em nossa Igreja, em nossas comunidades católicas e, de modo particular em nossas vidas cristãs.
            Sim, cremos que o Espírito Santo existe. Cremos e professamos que Ele é Deus, que é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Cremos que Ele é Deus como o Pai e como o Filho Jesus. Cremos e sabemos que Ele “procede” do amor do Pai e do Filho. Cremos que Ele “procede da troca do amor do Pai pelo Filho e do amor do Filho pelo Pai. Ele é o Amor em Deus.
            A Pessoa do Espírito Santo nos foi revelada por Jesus, em suas pregações e promessas. O nome da Pessoa do Espírito Santo aparece 5 vezes em Mateus, 4 vezes em Marcos, 14 vezes em Lucas e 3 vezes em João.
            No mistério da encarnação, o Arcanjo Gabriel afirmou tanto para Maria como para José, que a concepção do Menino seria obra do Espírito Santo. No Batismo de Jesus, o Espírito desceu em forma de pomba. Após a ressurreição, Jesus apareceu, soprou sobre os Apóstolos e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes o pecados, eles lhes serão perdoados”. Quando enviou definitivamente os Apóstolos em missão, Jesus disse: “Ide e anunciai o Evangelho da toda criatura, e batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
            Em Pentecostes, o Espírito Santo desceu em forma de chamas de fogo sobre os Apóstolos e Discípulos, fundando a Igreja de Jesus. E desde então, o Espírito Santo sempre assistiu a hierarquia da Igreja, atuando muitas vezes de forma admirável, e sempre suscitando na Igreja novas iniciativas para a purificação, conversão, santificação dos participantes da Igreja.
            Mas infelizmente o Espírito Santo ainda é muito desconhecido por parte dos católicos. Ele é o Deus desconhecido e o Amor não amado”. Isto se deve ao fato de que na Igreja não há uma boa catequese sobre Ele, não há devoções enraizadas e sérias sobre Sua Pessoa, não são feitas pregações freqüentes sobre Ele.
            Mas Ele tem uma obra magnífica a realizar no coração dos batizados. Pelo Santo Batismo Ele veio morar no coração dos batizados a fim de realizar essa obra.
            Antes de tudo, o Espírito Santo revela ao nosso coração que Deus é Pai, é nosso Pai, o qual nos ama com a filhos bem amados. O Espírito clama dentro de nós: Aba, Aba, isto é: Pai, paizinho. É por graça do Espírito Santo que podemos nos sentir filhos de Deus e experimentar o Seu amor. Se pedirmos, o Espírito Santo nos concede a graça importante do amor do Pai eterno.
            Em segundo lugar, o Espírito Santo nos revela Jesus, como Filho de Deus, como nosso Salvador, Senhor e Mestre. É Ele que nos dá a graça de crermos firmemente em Jesus, de O aceitarmos, de O amarmos, e de vivermos no Seu amor.
            Ao mesmo tempo, o Espírito Santo quer se manifestar em nossas vidas, iluminando nossos caminhos de fé e religião, ensinando-nos a fazer escolhas acertadas no caminho de nossas vidas, conduzindo-nos pelos caminhos de Jesus, até a salvação, a santificação e a posse da vida eterna.
            O Espírito Santo nos revela a riqueza da nossa devoção para com a Virgem Maria e os Santos. Ele nos dá em gérmen os sete dons infusos, produz em nossas vidas os nove frutos e nos dá os carismas para a nossa missão na Igreja, e nos revela a grandeza dos sete sacramentos.

            O segredo de o Espírito Santo realizar toda sua obra em nós está em conhecermos Sua Pessoa, criarmos uma amizade e um relacionamento com Ele, cultivados por orações frequentes.