27 de julho de 2016

1. DAR DE COMER A QUEM TEM FOME


A  fome é um sofrimento que oprime uma pessoa, tanto no seu físico como no seu psíquico. Costuma-se dizer que “a fome não espera pelo depois”. O alimento é uma necessidade diária. A fome é uma manifestação igualmente diária. Passar fome por um dia já é um sofrimento. Passar fome todos os dias é uma tortura física e psicológica que abate profundamente o faminto. Pior é que há muitos milhões de pessoas que sofrem de fome a vida toda. Muitos morrem de fome.
Essa obra de misericórdia pode ser facilmente praticada, pois os pobres e famintos estão por toda parte. Satisfazer de imediato a um pedinte de comida já é uma obra de caridade generosa e meritória. Providenciar alimento duradouro para uma família pobre, por meio de oferta mais abundante, por meio de cesta básica, é obra maior. Trabalhar numa obra social paroquial, ou numa associação beneficente, que atende às necessidades imediatas dos pobres, e organiza uma estrutura de assistência duradoura, é outra forma de praticar esta obra, desde que haja o espírito de misericórdia e caridade.
Se as donas de casa de classe média e rica descobrissem essa bênção, e quando fossem fazer a compra da semana ou do mês se lembrassem de adquirir uma parte a mais para “alimentar” os famintos que estão ao seu alcance, ou para encaminhar tais alimentos para uma entidade que presta essas assistências, quantas bênçãos receberiam para suas vidas e suas famílias.
Não se pode esquecer o que Jesus falou sobre isso. Ele disse que, no fim do mundo, acontecerá que  “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer... ; Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss) 

Oração:
 Senhor Jesus, dai-me um coração sensível e generoso para com os irmãos que passam fome, que sofrem por causa da fome. Como é doloroso e deprimente estar com fome, e não ter o que comer, e não ter a quem recorrer para receber algum alimento que possa sedar a fome. Diante dessa realidade tão dolorosa, dai-me um coração generoso para que, mais do que até agora, eu me decida a realizar essa obra de misericórdia. Tanto mais que considerais como dado a Vós o alimento que damos aos famintos. Amém.



16 de julho de 2016

OBRAS DE MISEIRCÓRDIA


Introdução
             As obras de misericórdia são ações concretas realizadas em favor dos irmãos necessitados, feitas com espírito de caridade e de bondade. Tais obras nascem de um coração generoso, impulsionado pelo desejo de fazer aquela boa obra de forma gratuita e humilde.
            O destinatário dessas obras é qualquer pessoa que tenha aquela necessidade particular, à qual podemos socorrer de alguma forma. Não importa quem seja a pessoa. Importa que ela seja necessitada e que nós estejamos atentos para socorrer com um espírito de caridade.
            O mérito espiritual dessas obras está no espírito de caridade generoso e gratuito. Podemos aplicar aqui as palavras de Jesus, quando se refere à esmola: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”. Portanto, essas 14 obras de misericórdia devem ser realizadas com plena gratuidade, sem buscar qualquer recompensa, elogio ou aplauso.
            São chamadas “obras de misericórdia” porque elas devem nascer de um coração revestido de um espírito misericordioso. A palavra misericórdia nasce de “miséria e coração”. A misericórdia é o espírito e a atitude de um coração que se debruça sobre a miséria alheia, com a finalidade de tirá-lo da mesma. Por miséria podemos entender toda necessidade de libertação, de ajuda, de cura, de salvação, na qual está envolvida uma pessoa. Principalmente todo pecado.
            A recompensa para quem age com  misericórdia, para quem pratica essas obras de misericórdia é determinada pelo próprio Jesus, quando afirmou: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt 5, 7) O que de mais precioso se poderia receber como recompensa, do que alcançar misericórdia divina em nossa condição de pecadores? Precisamos durante a vida toda da misericórdia divina, pois pela vida toda incidimos em pecados.
            Porque são obras de misericórdia, e porque quem as pratica alcança misericórdia, podemos afirmar que por meio delas podemos alcançar: 1. o perdão de nossos pecados veniais, 2. podemos alcançar o perdão das penas temporais devidas pelos nossos pecados, penas essas que deveríamos pagar no purgatório, 3. podemos aplicar essas obras em sufrágio das almas do purgatório.
            As obras de misericórdia são divididas em “corporais” e “espirituais”. São corporais aquelas que se destinam a necessidades corporais, e são espirituais aquelas que se destinam à alma, ao espírito das pessoas.

SETE  OBRAS DE MISERICÓIRDIA CORPORAIS
   1 Dar de comer a quem tem fome   2 Dar de beber a quem tem sede  3 Vestir os    
     nus 4 Dar pousada aos peregrinos 5 Assistir aos enfermos  6 Visitar os presos
    7.  Enterrar os mortos.
SETE  OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS

.1 Dar bons conselhos  2 Ensinar os ignorantes 3 Corrigir os que erram  4 Consolar os tristes  5 Perdoar as injurias  6. Sofrer com paciência as fraquezas do próximo         7 Rogar a Deus pelos vivos e mortos.

4 de julho de 2016

CREIO, SENHOR, MAS AUMENTAI A MINHA FÉ.



A fé é um dom de Deus que energiza e ilumina o coração de uma pessoa para que ela possa crer firmemente em Jesus ressuscitado e em todas as revelações feitas por Ele. A fé abre a porta para que se possa ter uma vida de comunhão com a Trindade e para poder entrar na Igreja e viver nela o caminho da vida cristã, a vida sacramental para alcançar a salvação.
O início do caminho da fé acontece no Santo Batismo. Nele, o Espírito Santo deposita o gérmen da fé no coração do batizando. Depois, pelo exemplo dos pais e da família, pelas catequeses na vida da igreja, pela participação na comunidade católica, aquele gérmen cresce, se desenvolve e pode chegar a uma plena maturidade.
A fé precisa ser alimentada. O primeiro lugar para alimentar a fé é a própria família. Ali, os pais devem cultivar a semente da fé, falando bem de Jesus, de Deus e de Nossa Senhora, devem introduzir os filhos na vida de oração, devem formá-los para participar da vida da Igreja.
O segundo lugar de alimento e crescimento da fé é a comunidade católica. Seja a paróquia ou outra comunidade menor, dentro da paróquia. Pela participação nas catequeses para a vida eucarística e para o Crisma, pela participação das missas dominicais, pela participação de todas as expressões religiosas realizadas na comunidade católica, a fé vai se consolidando e fortificando até chagar ao ideal de uma maturidade.

Porque a fé é um dom de Deus, doado por meio do Espírito Santo, devemos pedir ao Divino Espírito que faça crescer a nossa fé. “Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé”, deve ser um pedido repetido sempre de novo, principalmente quando lemos, estudamos ou ouvirmos falar de alguma verdade misteriosa de nossa fé. Muitas das verdades de nossa fé são misteriosas, e portanto não podemos compreendê-las integralmente. Onde termina a nossa capacidade de entender é que se inicia o verdadeiro “crer”. Então dizemos de coração: “Eu creio, não porque compreendo. Creio porque Jesus afirmou e ensinou”. Eis a pureza da fé!