30 de novembro de 2016

ADORAÇÃO E ORAÇÃO DE LOUVOR


            A adoração é o reconhecimento e a proclamação da divindade do Deus único, uno e trino. É reconhecer que Deus é Deus, e proclamar a sua divindade. Pela adoração, olhamos para Deus e reconhecemos a sua verdadeira identidade, aquilo que Ele é. E dizemos: Ele é Deus!!
            Quando adoramos a Deus, vamos descobrindo sempre mais a sua absoluta perfeição, e todas as perfeições divinas dos seus atributos, qualidades e virtudes. Descobrimos que Deus é santo, e que a sua santidade é divina, isto é, absoluta, perfeita, incomparável. Descobrimos que Ele é onisciente, onipotente, bondoso, misericordioso, justo, fiel, onipresente, belo, eterno, imutável, criativo, amoroso, com mais todas as qualidades e virtudes que possam existir. Mas descobrimos com alegria que todas elas são divinas, isto é, em grau absoluto, incomparável e divino.
            É então que naturalmente nasce no coração a oração de louvor. Diante das maravilhas dos atributos, das qualidades e das virtudes divinas, brota no coração o impulso de louvar a Deus por tudo aquilo que Ele é, por aquilo que Ele fez no universo e na humanidade, e por tudo aquilo que Ele nos fez.
            Louvar é elogiar, é fazer elogios. A oração de louvor é aquela pela qual nós elogiamos ao Deus único, uno e trino, por aquilo que Ele é, e por todas as suas perfeições. Nós vamos recordando uma determinada qualidade em Deus e por nossas próprias palavras vamos tecendo elogios.
            A oração de louvor brota naturalmente da adoração. Quando adoramos somos naturalmente induzidos ao louvor de Deus, pois a adoração revela a grandeza divina. Ao mesmo tempo, quando louvamos a Deus por algum atributo, qualidade ou virtude, nós estaremos adorando.
            Quando a adoração é realizada em grupo ou comunidade, onde as pessoas oram espontaneamente, a louvação surge naturalmente nas orações, em forma de oração falada ou cantada. É o louvor em adoração.
            O melhor louvor em adoração é aquele que louva, antes de tudo, por aquilo que Deus é, ou seja, por sua divindade e por suas qualidades, virtudes e atributos.
Podemos também louvar a Deus por tudo aquilo que Ele fez, ou seja, por todas as suas obras criadas no universo. Porque reconhecemos que essas obras todas são criações de Deus, o louvor por elas se torna adoração.
Podemos também louvar a Deus por tudo aquilo que Ele nos fez e continua nos fazendo. Porque são obras divinas, esse louvor se torna adoração.

A oração de louvor, por ser muito simples, pois consiste em fazer elogios por qualidades ou obras magníficas realizadas por Deus, ela facilita e enriquece a adoração que realizamos diante do Deus único, Uno e Trino.

26 de novembro de 2016

Músicas Natalinas

24 de novembro de 2016

ADORAÇÃO E VIDA CRISTÃ

        A adoração consiste no reconhecimento e na proclamação da divindade de Deus. É reconhecer e proclamar que Deus é Deus, é o único e, portanto, o verdadeiro. O ato da adoração brota do coração iluminado pela fé e se dirige para Deus. Movido pela adoração, o coração humano se dirige para Deus professando sua fé, sua aceitação da divindade, sua entrega confiante, sua sujeição, e se manifesta por meio de louvores, de ações de graças, de proclamações e exaltações da divindade.
            A adoração realiza uma comunicação profunda entre o coração humano e o Deus que é adorado. Essa comunicação se torna a fonte principal da vida cristã. Porque crê em Deus, porque o adora, porque o aceita e a Ele se rende, o coração humano passa a fazer dos mandamentos divinos, dos Seus conselhos e das Suas palavras as normas de vida cristã.
            Pela fé e pela adoração, o coração do cristão reconhece o profundo amor de Deus que o criou, que o salva e que o santifica, e reconhece com clareza que os ensinamentos divinos são todos movidos pelo amor que Deus tem para com o ser humano. E este, então, com zelo e alegria procura pautar sua vida de acordo com a vontade divina manifesta por Suas palavras. Dessa forma o cristão passa a viver a sua vida pessoal, familiar, comunitária,  social e religiosa de acordo com os divinos ensinamentos.
            Movido pelo espírito de adoração, o cristão vai formando seu modo de pensar, de falar, de desejar, de querer, de agir ou de não agir, bem como seu modo de viver, conforme a Palavra de Deus. Dessa forma vai edificando sua interioridade, sua personalidade, seu caráter e todas as suas relações sociais, constituindo a autenticidade de sua vida cristã.
            Essa vida cristã edificada sobre a Palavra de Deus e vivida pessoalmente por convicção, propicia uma vida matrimonial também edificada sobre os ensinamentos divinos. A vida cristã pessoal se une à vida cristã do consorte, o que gera uma família cristã que vive como tal. Esta se torna, aliás, a garantia de que os filhos que completam a família terão um lar exemplar de vida cristã, crescerão assimilando na atmosfera do lar, a verdadeira hierarquia dos valores cristão. Serão pais cristãos a formar filhos cristãos.
            Nessa escola de vida cristã, os pais como mestres, e os filhos como discípulos, formam-se para a vida comunitária e social, sabendo sempre sobrepor os valores cristãos aos contravalores que o mundo apresenta. Esses pais e filhos serão “uma luz que brilha na trevas” pelo exemplo de vida, pelo testemunho de suas palavras e pela coerência de seus atos.

            O espírito de adoração induz sempre, e com fidelidade, a uma vida cristã autêntica e exemplar. 

19 de novembro de 2016

FÉ E ADORAÇÃO


            A fé cristã é uma graça divina que ilumina todo o espírito e o coração do ser humano, dando-lhe a capacidade de ter a certeza absoluta da existência de Deus, da existência do Deus Trindade, e do amor que esse Deus tem para com o ser humano, procurando salvá-lo.
            A fé é a porta sempre aberta que permite entrar em comunhão com Deus, e com Ele manter uma amizade, um relacionamento real e existencial, e que por esse relacionamento, o ser humano é salvo e santificado pela ação divina.
            O coração humano,  iluminado pela fé, como que consegue ver a Deus de forma mística mas real, e consegue descobrir e perceber todas as perfeições desse Deus que enxerga pela fé.
            Pela fé evoluída pela graça e fundamentada sobre a Palavra, a pessoa percebe de forma convincente que Deus existe, que Ele é Uno e Trino, que Ele é eterno, onipotente, omnisciente, omnipresente, santíssimo, misericordioso, fiel, justo, perfeitíssimo.              Essa visão de Deus pela iluminação da fé leva o coração humano a se dirigir a Deus, a aceitá-Lo, a dar-Lhe uma resposta coerente com a grandeza da divindade, por meio da adoração. Ao enxergar Deus pela fé, o coração humano O adora. Esse clima espiritual de adoração que brota de dentro do coração que vê a Deus pela fé, suscita todas as outras manifestação. A adoração se abre como: aceitação crescente de Deus, rendição à sua divindade, acolhimento da vontade divina, oração de louvor, de glorificação, de exaltação, de ação de graças, de reconciliação, de intercessão, de libertação, de cura, de súplica, de confiança.
            Enquanto a adoração nasce da fé no Deus verdadeiro, e quanto mais profunda for a fé, maior será a adoração. E por sua vez a adoração solidifica a fé, a torna sempre mais segura e forte, pois pela adoração há a melhor comunicação com a Divindade. Quanto mais Deus se torna conhecido e fascinante, maior será a necessidade real de adorá-Lo e de abrir o leque da adoração em forma de diversidade de direções da oração.
            A fé é como um holofote que projeta a sua luz sobre o Deus Trindade. Quanto mais luminosa for essa luz, mais se percebe as belezas divinas. Diante das belezas divinas, nasce o desejo de adorá-Lo, e esse desejo suscita a adoração sob todas as suas formas.

            A fé, portanto, suscita a adoração. A adoração, por sua vez, desenvolve a fé. Esta, pode crescer permanentemente, ao longo de toda a nossa vida, pois Deus é de uma perfeição inesgotável. Quando mais cresce a fé, mais perfeita se torna a adoração.

13 de novembro de 2016

ADORAÇÃO À SANTÍSSIMA TRINDADE


            Adorar a Santíssima Trindade é estabelecer um contato, uma comunhão com Ela, e professar e proclamar o reconhecimento de Sua  divindade. Deus é Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Cada pessoa divina é Deus, e portanto merece e lhe é devida a adoração. Ao mesmo tempo, sendo a Trindade um Deus só, Ela merece ser adorada, reconhecida como Deus, como o Deus verdadeiro.
            Como podemos dirigir a nossa adoração a cada uma das Pessoas da Trindade em particular, podemos, também dirigi-la à três Pessoas ao mesmo tempo. Com o olhar do coração voltado para as três Pessoas, Lhes dirigimos a nossa adoração, a nossa proclamação de Sua divindade. E a partir de então, sentindo-nos na presença da Trindade, que é Deus, nós proclamamos as suas glórias, os seus louvores, as suas honras e as suas dignidades.
            Nas palavras de nossa adoração podemos iniciar, proclamando a grandeza da Trindade em seus atributos divinos. Podemos glorificar e louvar porque a Trindade é o Deus Único, Uno e Trino, e verdadeiro. Podemos glorificar proclamando a eternidade divina, ou seja, que a Trindade é o Deus eterno, que sempre existiu e jamais deixará de existir. Proclamamos que a Trindade é o Deus imortal, cuja existência misteriosa existirá para sempre. Proclamamos que a Trindade é onipresente, exatamente por ser Deus, está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Professamos que a Trindade é onipotente, ou seja, tem todo poder para realizar o que for de sua vontade. Louvamos e bendizemos à trindade por sua divina misericórdia. Professamos que a Trindade é onisciente ou seja, tudo sabe, conhece todas as coisas. Dessa forma, percorrendo todos os atributos, qualidades e virtudes divinas, as atribuímos às três pessoas, ao mesmo tempo. Esta é a adoração realizada, olhando para a Trindade, por aquilo que Ela é em Si mesma.
            Podemos adorar a Trindade a partir de suas obras na criação, na redenção e na santificação. A criação é obra da Trindade: o Pai criador criou todas as coisas por meio de Sua Palavra que é o Filho. O Filho criou todas as coisas pelo poder do seu Espírito Criador. Então podemos percorrer todas as maravilhas da criação, e por causa delas, adoramos, louvamos e bendizemos a Trindade Santa. A criação nos oferece assunto para muita adoração, glorificação, louvar e ação de graças à Trindade.
            A redenção e a salvação da humanidade é obra da Trindade Santa. O Pai determinou a realização da salvação da humanidade, por meio do seu Filho. Este, em obediência à vontade do Pai abraçou a causa da salvação, a realizou por meio de sua vida, paixão, morte e ressurreição, e prossegue nessa obra por meio de sua ação na Igreja. O Espírito Santo colaborou decisivamente na obra de Jesus, e Ele é o agente continuador da redenção, na caminhada da história. Ao mesmo tempo o Espírito Santo, pelos méritos de Jesus, e por vontade do Pai, realiza a santificação do povo de Deus.

            A Santíssima Trindade merece toda adoração, todos os dias, em todos os séculos, até a eternidade.

9 de novembro de 2016

ADORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

         

Talvez nunca tenhamos feito meia hora, ou apenas quinze minutos de adoração ao Espírito Santo. Não aprendemos a fazê-la. Em nossas comunidades católicas não se fazem adorações ao Espírito Santo. Talvez se façam momentos breves de oração, invocando o Espírito Santo. Apenas isso.
Porque o Espírito Santo é Deus como o Pai e como o Filho Jesus, a nossa primeira atitude diante dEle deve ser de adoração. Adorá-lo porque Ele é Deus. Glorificá-lo e bendizê-lo porque Ele é Deus. Aceitá-lo como Deus. Rendermo-nos a Ele como ao nosso Deus. Amá-lo como se deve amar um Deus. Ter por Ele todo respeito como se deve respeitar a Deus.
Onde encontramos o Espírito Santo a fim de podermos adorá-lo? Como Deus, Ele é omnipresente ou seja, esta presente em todos os espaços, em todos os lugares. Podemos adorá-lo numa igreja, numa capela, no oratório de nossa casa, em algum lugar aconchegante na natureza, num jardim. Mas de modo privilegiado nós o encontramos e podemos adorá-lo em nosso coração.
O Espírito Santo mora em nosso coração, desde o dia do nosso batismo. Se tivemos a graça de nunca cometer um pecado mortal, Ele sempre esteve presente em nós. Como seria importante conscientizarmo-nos dessa verdade: “o Espírito mora em meu coração”. 
Diz a Escritura: “Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?* Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado - e isto sois vós.* (1Cor 3,16-17). Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? (1 Co 6,19)
Para fazer essa adoração, precisamos entrar em nosso ser mais íntimo, que chamamos de “coração”, para colocarmo-nos diante dEle, para fazermos comunhão com Ele, e então adorá-Lo. Declaramos inicialmente que O reconhecemos como Deus, O proclamamos, O adoramos, nos rendemos a Ele, como ao nosso Deus. Diante de sua Pessoa divina nós o glorificamos como membro da Trindade, como nosso santificador pessoal. O glorificamos por sua obra na Igreja, no Papa e pelo Papa, nos bispos, nos padres e por meio deles no povo de Deus. Nós o adoramos e glorificamos por sua obra realizada em Jesus, na Virgem Maria, em todos os Santos que estão no céu, no coração de todos os fiéis católicos. O adoramos e bendizemos por suas bênçãos e obras realizadas em nossa vida pessoal, em nossas famílias, em nossas comunidades.
A adoração ao Espírito Santo nos leva a conhecê-lo sempre mais e melhor, e faz crescer nossa amizade para com Ele. Quanto mais nós nos habituarmos a adorá-lo, mais ele agirá em nossa vida, e poderemos experimentar a sua ação em nossas vidas.

2 de novembro de 2016

ADORAÇÃO A JESUS CRISTO


              Aos católicos praticantes, a adoração a Jesus Cristo é muito bem conhecida, principalmente a adoração a Jesus sacramentado, exposto visivelmente sobre o altar.
              Para que esse ato de culto, tão comum, seja uma verdadeira adoração, é preciso que os adoradores, antes de tudo, se deem conta que estão diante de Jesus Cristo, que é Deus. O que torna esse ato de culto uma verdadeira adoração é o reconhecimento e a proclamação da divindade de Jesus. Proclamar publicamente que Jesus é Deus, que Ele é Deus como o Pai e como o Espírito Santo, que como Deus merece toda glorificação, engrandecimento, exaltação, acolhimento e obediência. É preciso que o adorador se sinta diante de um Deus, diante do Deus verdadeiro a quem deseja adorar.
    Criada esta consciência e atmosfera, todas as demais manifestações de louvor, de ação de graças, de engrandecimento, de exaltação, de submissão, de acolhimento,  de pedido de perdão, bem como os cantos, as orações espontâneas, as leituras bíblicas, todas essas atitudes tornam-se manifestações de adoração, porque dirigidas Àquele que é Deus, filho de Deus Pai.
A adoração a Jesus sacramentado é um momento privilegiado de amadurecimento e crescimento da fé nEle. Por tudo aquilo que declaramos na adoração, vamos ressoando as verdades de nossa fé, o que faz com que nós nos solidifiquemos sempre mais sobre as verdades de nossa fé.
A adoração a Jesus sacramentado faz crescer o nosso amor para com Ele. Por tudo aquilo que meditamos sobre a Pessoa e as qualidades do Senhor Jesus, por todas as Suas obras que recordamos e, por elas, nós O exaltamos, fazemos crescer nossa admiração e encantamento por Jesus, crescemos em nosso amor pessoal para com Ele. O crescimento  no amor de Jesus, nos leva a procurarmos com mais empenho o aperfeiçoamento de nossa resposta de amor, e a busca da santidade.
A adoração produz em nós o desejo de viver com mais radicalidade a nossa vida cristã, na obediência à Palavra de Deus e aos mandamentos divinos.
Outro fruto da adoração é o estímulo que recebemos na busca da conversão maior para o amor de Deus e dos irmãos. Esse estímulo nos induz a abandonar todo pecado, de modo especial a criarmos horror a todo pecado mortal, já que ele rompe as relações de amizade com Deus. Passo seguinte, somos induzidos a eliminar de nossos corações todas as tendências que chamam para o pecado: orgulho, egoísmo, inveja, vaidade, preguiça, gula, ira, ódio, ressentimento, sensualidades, consumismos, avareza e tantas outras.
O contato com Jesus na adoração nos estimula a um crescimento permanente em nossa vida interior, e a partir dela, em todos os nossos relacionamentos.
É preciso dizer que a adoração a Jesus Cristo, pode ser realizada também sem uma exposição solene ou simples de Jesus Eucarístico, ou diante do sacrário fechado. Podemos adorar Jesus em nossa casa, em nossa sala, ou em outro ambiente nobre onde haja possibilidades de se realizar uma oração piedosa.