30 de julho de 2009

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE


Estive ali nesta cidade por três semanas em missão religiosa. O nome da cidade é um marco da história do Brasil. Ali, no monte da Tabocas, ocorreu uma batalha decisiva entre brasileiros+portugueses+índios e os invasores holandeses. A vitória brasileira ocorreu no dia de Santo Antão, afamado monge católico. A fé dos combatentes atribuiu a vitória à ajuda do Santo. Por isso, a vila de então recebeu o nome de Vitória de Santo Antão.
Minha missão religiosa foi profundamente gratificante. Não houve um dia sequer, dos vinde e um dias vividos ali, que eu não tivesse colhido alegrias e gratificações no meu ministério.
Celebrar a Santa Missa e pregar a Palavra de Deus, cada dia, no Colégio Nossa Senhora da Graça, com a presença das irmãs Damas da Instrução Cristã, com a capela cheia de fiéis piedosos, e com a animação de músicos e cantores excelentes, foi uma bênção e um avivamento espiritual diário e compensador.
Pregar um pequeno e suave retiro de cinco dias para o grupo das imãs idosas do colégio, percebendo nelas o silêncio religioso profundo, a piedade religiosa entranhada, a abertura de participar da oração espontânea nas adorações a Jesus presente na Eucaristia, foi outra missão realizada com muito carinho e com gratificação. Eu amo essas irmãs!
Uma noite de pregação para cento e vinte ministros da Eucaristia, celebrar a Santa Missa de encerramento para o Encontro de Casais com Cristo, (ECC) com a chance de pregar sobre a importância do amor afetivo na vida dos casais e das famílias, foram outras duas atividades muito gratificantes.
A missão mais densa foi o Seminário: “Coração Pleno de Amor: Vida Sadia”. Iniciou-se na sexta-feira e se estendeu até domingo à tarde. Uma participação exemplar, atenta, piedosa e cantante de mais de setecentas pessoas. Pregações sobre o “amor efetivo e afetivo”, para o qual fomos criados, e que é a fonte da verdadeira realização humana; sobre os obstáculos à vida de amor pessoal e familiar; sobre como curar as “feridas causadas pelo desamor”; a importância de curar o coração para se poder amar; o treinamento com dinâmicas dramatizadas para curar o coração ferido; a adoração a Jesus na Eucaristia com momentos fortes de intercessão; as três celebrações eucarísticas intensamente participadas, formaram o programa do seminário.
Os frutos do seminário deverão ser produzidos por muito tempo, pois a tônica de participação foi “convencer os participantes” a realizarem em suas vidas o que foi ensinado. “Passar a pomada de Jesus nas feridas, muitas vezes, até que as dores das mágoas, das raivas, dos ódios, das vinganças, das tristezas, dos ressentimentos desapareçam, as feridas fiquem curadas, e a paz do coração se torne uma presença constante”.
Realizar uma missão sacerdotal como essa é o que satisfaz plenamente meu coração, e o que dá a verdadeira gratificação pelo trabalho realizada.
A acolhida, a amizade e o carinho demonstrado por esse povo tão afetuoso, tão alegre, cheio de fé cristã e tão agradecido pelos mínimos favores recebidos, faz que não se sinta vontade de deixá-los, e faz com que a saudade comece a se fazer sentir antes mesmo de se sair de sua convivência.

FOTOS DO SEMINÁRIO DE VITÓRIA





























































































21 de julho de 2009

Santa Maria Madalena - 22 de julho




Neste 22 de julho, o calendário litúrgico celebra Santa Maria Madalena.
Era originária de uma cidadezinha chamada Mágdala, próspera pela atividade da pesca, no tempo de Jesus. Aliás, daí vem seu “sobrenome” Madalena.
Pelos relatos evangélicos sabemos que Ela foi uma discípula fiel, perseverante, dedicada e generosa de Jesus Cristo. E por isso foi privilegiada com acontecimentos essenciais da vida e missão de Jesus.
O início de sua amizade, admiração e gratidão profunda por Jesus deve-se ao fa-to narrado por São Lucas, no qual Jesus a liberta da escravidão de sete espíritos maus. Diz o texto bíblico: “Os doze estavam com Ele, como também algumas mulheres que tinham sido libertadas de espíritos malignos e curadas de suas enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios, Joana, mulher de Cuza, Suza-na, e muitas outras que O assistiam com suas posses.” (Lc 8, 2-4)
Encontramos Maria Madalena aos pés da cruz de Jesus, no Calvário, corajosa e sofredora por ver seu mestre crucificado, e amparando Nossa Senhora e a São João que também ali estavam. Relata São João: Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas e Maria Madalena (Jo. 19, 25).
A encontramos, também, na manhã da ressurreição, indo ao sepulcro de madru-gada, quando Jesus ressuscitado lhe apareceu e com ela conversou, dando-lhe a missão de ir testemunhar aos apóstolos que Ele, Jesus, estava vivo, ressuscitado. (Cf. Jo. 20, 1-18)
Ali estão três momentos profundamente significativos da vida de Maria Madale-na: experimentando o poder divino de Jesus, libertando-a de sete demônios; junto à cruz da morte do Redentor; e sendo a primeira a ver o Ressuscitado.
Infelizmente Madalena recebeu um título que não lhe é devido: de prostituta, de mulher pecadora. Não há referência bíblica alguma que possa indiciar Madalena como sendo a prostituta. A referência bíblica citada acima deixa claro que ela era “a posses-sa”.
A mulher conhecida como “pecadora na cidade”, como a prostituta, não tem nome nos evangelhos. Ela aparecer apenas em Lucas 7, 37 (Cf. Lc 7, 36-50) com essa referência: “Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que Jesus estava na casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume, e estando a Seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lagrimas banhavam os pés do Senhor, e ela os enxugava com seus cabelos, beijava-os, e os ungia com perfumes”. Esta é a “prostitu-ta, que aliás não tem nome no evangelho, que só aparece em Lc. 7, e nunca mais é cita-da em outro lugar. Esta, com toda certeza, não é Maria Madalena.
Prestamos nossa admiração e devoção a Santa Maria de Mágdala, por sua ami-zade profunda com Jesus. Quem os dera sabermos e podermos ser discípulos fiéis de Jesus como ela o foi.

13 de julho de 2009

O AMOR DO PAI ME ENVOLVE



Deus Pai é meu pai. Não apenas porque me criou. Fosse só por isso já seria uma bênção extraordinária, pois extraordinário é o dom de minha vida. Sem o dom da vida, eu nada poderia ser, nem obter, nem experimentar, nem receber. Sem o dom da vida eu simplesmente “não” seria. Criando-me, Deus Pai tornou-se meu criador.
Muito mais do que me criar por amor, Deus Pai, por outro ato de amor, tornou-se meu pai, adotando-me como filho. Ele não queria apenas uma criatura humana a mais, queria um filho: eu. Ele não queria ser apenas meu criador, mas sim, meu pai.
Pelo santo batismo, o Pai adotou-me oficialmente, publicamente, como seu filho. Não fui eu que quis ser adotado. A iniciativa foi dEle. Por amor para comigo. Ele me quis como seu filho, para me amar como um Deus sabe amar. Para me amar como sou. Incondicionalmente. gratuitamente.
Que maravilha ser adotado, como filho, por Deus... Ser adotado por um rei, por um governador, por um presidente de nação, poderia parecer um grande privilégio. Mas eu fui adotado por um Deus, por Deus Pai celeste. Como filho adotado, participo da partilha de toda sua herança. O que é do Pai é também meu. Pois sou filho dEle.
Como é grande esse mistério... Mas é grande também a responsabilidade de viver de forma tal que minha vida honre o coração do Pai, o glorifique, lhE dê alegrias.
“Pai meu, que estais no céu, e me olhais com amor de Pai, iluminai meu coração a fim de que reconheça a grandeza de vosso amor que me adotou, e para que eu viva de forma coerente com minha dignidade de ser Vosso filho. Amém”

11 de julho de 2009

O CORAÇÃO TEM SEDE DE DEUS





Quando o coração humano descobre o amor de Deus e experimenta a ventura de sentir-se muito amado por Ele, o coração se volta para o Amante e passa a sentir um profundo anseio de comunhão íntima com Ele. A descoberta do grande amor de Deus abre um diálogo precioso entre a criatura e o Criador. O coração humano é induzido a rever a própria história para detectar, ali, todas as muitas provas do amor de Deus. À medida que as descobertas ocorrem, crescem a admiração e a gratidão, cresce o desejo de corresponder a esse amor. O coração cresce em sua sede do amor de Deus. Ao mesmo tempo, deseja voltar-se sempre mais para o Amado, para agradá-lo com as expressões de seu amor. A comunhão cresce. O coração se sente sempre mais amado, com diárias provas de amor do seu Amante. E a “sede Deus” torna-se uma presença constante. Então, a alma envolta no amor de Deus gosta de repetir preces ao seu Deus, como esta do salmista:

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de Vós,
A minha carne também vos deseja,
Como terra sedenta e sem água!

Venho assim contemplar-Vos no templo,
Para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
E por isso meus lábios Vos louvam

Quero, pois, vos louvar pela vida
E elevar para Vós minhas mãos!
A minh’alma será saciada
Como em grande banquete de festa:
Cantará a alegria em meus lábios,
Ao cantar para Vós meu louvor.

Penso em Vós, no meu leito, de noite,
Nas vigílias suspiro por Vós!
Para mim fostes sempre um socorro.
De vossas asas à sombra eu exulto!
Minha alma se agarra em Vós;
Com poder vossa mão me sustenta.

Vale a pena ler, reler, meditar e apropriar-se de toda a riqueza espiritual desse salmo, pois ele revela uma tão grande realidade vivida por um coração que encontrou o diálogo de amor com Deus, Uno e Trino. Vale a pena decorá-lo para fazê-no nossa oração no dia a dia de nossa “fone e sede do amor de Deus”

10 de julho de 2009

SANTA PAULINA - 09 DE JULHO


Santa Paulina nasceu em Vígolo Vattaro, ao norte da Itália, aos 16 de dezembro de 1865. Ela foi a segunda filha de Antônio Visintainer e Anna Pianezzer. Foi batizada, no dia seguinte, com o nome de Amábile Lúcia Visintainer.
Em 25 de setembro de 1875, aos 9 anos de idade, vem para o Brasil, estabelecendo-se em Nova Trento, SC. Amábile cresce numa família marcada pelo trabalho na roça, por uma vida familiar solidamente cristã, e pela piedade recebida de seus pais.
Dos 15 aos 25 anos, juntamente com Virgínia Nicolodi, dedica-se à catequese das crianças, a assistência aos enfermos e o cuidado da Capela São Jorge.
Em julho de 1890, Amábile, juntamente com e Virgínia, sai da casa paterna,
para cuidar de Ângela Lúcia Viviani, que sofria de câncer em fase terminal. Elas foram morar num casebre para cuidar da enferma até, até sua morte. Este gesto de caridade de Amábile marca o início da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição.
Aos 07 de dezembro de 1895, realizou-se a Profissão Religiosa das 3 primeiras Irmãs, que assumiram novos nomes: Amábile - Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus; Virgínia - Irmã Matilde da Imaculada Conceição; Tereza - Irmã Inês de São José.
No primeiro dia de fevereiro de 1903, Madre Paulina é eleita pelas Irmãs, Superiora Geral “ad vitam”, isto é, por toda a vida da nova Congregação. Esta Congregação cresceu muito rapidamente em número de irmãs. Hoje está presente em muitos países. No Brasil, está em muitos estados.
No mesmo ano de 1903, Madre Paulina parte de Nova Trento para São Paulo, onde inicia uma instituição de assistência aos idosos negros ex-escravos e crianças órfãs, na Colina do Ipiranga.
Madre Paulina viveu com intensidade o tempo que lhe foi destinado viver “no escondimento”, provando sua santidade, assumindo a realidade e a missão que lhe foi proposta, e vivendo profundamente a intimidade com Deus, chegando a dizer: A presença de Deus me é tão intima que me parece impossível perdê-la e esta presença proporciona à minha alma uma alegria que não posso explicar.
Em 1918, é chamada pela Superiora Geral, Madre Vicência para residir na Casa Madre, no Ipiranga, São Paulo, para servir de fonte à historiadora da Congregação e ser luz e orientação para as Irmãzinhas. Neste mesmo local, morre aos 09 de julho de 1942.
Aos 18 de outubro de 1991, o Papa João Paulo II, proclama bem aventurada, a Madre Paulina, em solene celebração realizada em Florianópolis, SC.
Foi canonizada aos de maio de 2002, em Roma, por João Paulo II. A razão expressa de sua santificação foi sua heróica vida cristã, a quem se pode prestar culto em toda a Igreja.
Santa Paulina, rogai por nós!

7 de julho de 2009

DOIS PRIVILÉGIOS DO ESCAPULÁRIO


A devoção de Simão Stock a Nossa Senhora, levou-o a pedir graças especiais em favor de seus monges e daqueles que usassem devidamente o Escapulário. Foi atendido. Alcançou dois maravilhosos privilégios.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
Simão Stock pedia a Nossa Senhora manifestações de graças especiais para todos os Carmelitas, tanto para a perseverança e salvação eterna, quanto para a santificação dos membros da ordem. Maria atendeu.
Das palvras de Nossa Senhora do Carmo deduzimos dois privilégios, tanto para os carmelitas, quanto para os que tiverem uma devoção entrenhada a Nossa Senhora, e que usarem o escapulário.
Primeiro privilégio: “Libertação da condenação do inferno”. O escapulário é “penhor (que significa: garantia) de privilégio” alcançado por Nossa Senhora do Carmo, e estendido, agora, a todos os que lhe são devotos e portam o escapulário. A estes, a Virgem Mãe garante que estarão livres do castigo do inferno. Que maravilha!
Segundo privilégio: Libertação do purgatório no primeiro sábado após a morte do devoto.
Este privilégio, baseado no sufrágio dos fiéis falecidos, garante que Nossa Senhora, com sua força de intercessão junto à Trindade Santa, e pelo méritos de seu Filho Jesus Cristo, retirará do sofrimento do purgatório e levará para o céu, já no primeiro sábado após a morte, o seu devoto que porta o escapulário em vida. Vale a pena cumprir a nossa parte para sermos merecedores desses dois maravilhosos

PADRE FLÁVIO MORELLI - 80 ANOS


“Um homem que tem coragem de gastar toda sua vida gratuitamente para servir a seu próximo merece ser conhecido com admiração.
“Nossa alma hoje engrandece o Senhor, e nosso espírito exulta de alegria, em Deus, nosso Salvador”, porque hoje, dia sete de julho, Padre Flávio Morelli celebra seus oitenta anos de vida abençoada.
Nós todos que temos a ventura de conhecê-lo, participamos vivamente das alegrias de seu coração consagrado e sacerdotal.
Padre Flávio é um abençoado e privilegiado especial do grande amor de Deus. Desde adolescente, Deus o cativou profundamente e ele se deixou cativar plenamente. Sua longa vida é uma inspirada e abençoada resposta ao chamado que recebeu do Coração de Jesus. Seu entranhado amor ao Deus Trindade e a Nossa Senhora fez dele “uma estrela de Belém” a conduzir para a fé e para a vida cristã autêntica, todas as pessoas que passaram e passam por seu camiho. Por onde passou – e foram muitas as paróquias e comunidades – Padre Flávio deixou um “rastro de luz divina” induzindo os corações a se entregarem a Deus, ao evangelho, à verdade, ao bem e à caridade para com os idosos, enfermos e necessitados. Para Padre Flávio só existe uma classe de pessoas no mundo: todos. Todos são irmãos, filhos do Pai celeste.
Com uma capacidade invulgar de cativar em profundidade a todas pessoas, Padre Flavio é para elas “uma ponte”. Ele não as retem para si. Sem deixar de ser para elas um padre-pai, as faz passar de si para Deus e para os irmãos. Ele é doação personificada.
Aos oitenta anos, Padre Flávio é um homem apaixonado pela vida, pela natureza, pelas pessoas. Esbanja energias. Comunica vida e alegria. Onde ele está, não existe tristeza, lamento, negativismo, desamor.
Religioso consagrado na Congregação dos Padres do Sagrado Cortação de Jesus, é exemplar em sua vida de oração, na vivência do espírito de seus três votos e na vida de comunidade. Sacerdote piedoso e zeloso, para ele não há dificuldades ou contratempos quando se trata de exercer seu ministério sacerdotal.
Padre Flávio mereceria um livro... e não apenas essas pobres considerações.
Parabéns, Padre Flávio! Desejamos que o Sagrado Coração de Jesus o abençoe com muitos anos de vida a mais. E que em todos esses anos, o senhor continue a ser “a estrela de Belém” e “a ponte” (pontifex...) para todos os que ainda tiverem a bênção de passar pelos caminhos de sua vida.

6 de julho de 2009

ESPIRITUALIDADE DO ESCAPULÁRIO


Anteontem, dia cinco, aprentei um breve roteiro sobre o escapulário. Hoje, prossigo.
É de suprema importância compreender o significado espiritual do escapulário. Ele não pode ser visto ou usado como um amuleto que produza efeitos mágicos. Nosso Deus não é um mago. Nem Nossa Senhora do Carmo é uma pitonisa. Simão Stock é um exemplo para os devotos de nossa senhora do Carmo.
O essencial dessa espiritualidade do escapulário é uma profunda, esclarecida e perseverante devoção a nossa Senhora, mãe de Jesus. A devoção à Virgem Mãe do Carmelo deve estar fundamentada : 1º sobre uma fé consciente e profunda na pessoa de Jesus Cristo; 2º sobre uma aceitação feliz e agradecida dos ensinamentos do Divino Mestre; 3º sobre o viver uma vida cristã autêntica e com empenho de perfeição sempre maior; 4º sobre uma participação ativa na comunidade da Igreja; 5º sobre um cultivo constante do amor a Maria, por meio de atos de piedade mariana; e 6º sobre um amor generoso para com todos os irmãos de caminhada.
O escapulário usado com piedade é um meio de manter constantemente uma lembrança carinhosa de nossa Senhora, quer sob o título de Nossa Senhora do Carmo, ou sob outro título apreciado pelo devoto. Essa lembrança constante provocada pelo escapulário deve elevar, muitas vezes, o coração do devoto até a Virgem Maria, que está no Céu, quer homenageando-a com gestos de amor, com orações de louvor e gratidão, com preces fervorosas, ou com clamores de filhos necessitados de socorro.
Essa amizade com Nossa Senhora, cultivada carinhosa e criativamente por um devoto, crescerá progressivamente e conduzirá esse filho mariano a querer viver uma vida cristã sempre mais exemplar. Aliás, é esta a maior alegria que podemos dar a nossa Senhora: vivermos como apaixonados discípulos de Jesus Cristo. O discípulo de Jesus põe Deus em primeiro lugar, em sua vida, e põe o próximo como o irmão amado, para amá-lo como Jesus nos ama. Eis aí o resumo da Bíblia: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Jesus nos ama. Essa vida de amor a Deus e ao próximo é o que mais agrada a Maria, mãe de Jesus.
Os atos de culto a Nossa Senhora do Carmo, lembrados pelo amor a Maria e pelo escapulário são todos aqueles oferecidos ou aprovados pela Igreja e pela devoção mariana. O santo rosário, o oficio de Nossa Senhora, a ladainha da Virgem Maria, todas as orações marianas aprovadas pela autoridade da Igreja, as orações espontâneas criadas pelo amor fervoroso do coração amante da Mãe celeste, jaculatórias marianas.
A freqüência e participação fervorosas na Santa Missa e Santa Comunhão, a Confissão freqüente, os atos de ascese cristã como: o jejum, as abstinências, as mortificações dos sentidos, as penitências, as piedosas peregrinações em busca da graça divina, tudo isso é muito agradável e desejado por Nossa Senhora do Carmo.
O que vale não é simplesmente portar um escapulário, mas sim viver uma espiritualidade cristã e mariana, inspirada nele. O escapulário é como um “despertador” que nos chama a lembrar de Nossa Senhora.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por nós!

Santa Maria Goretti - 6 de julho

Santa Maria Gorretti, ou Marieta, como a chamavam familiarmente os seus parentes, não é a única menina que preferiu sucumbir, antes que ceder às insídias de um tarado. Quase todos os dias os jornais referem-se a fatos de violências exercidas sobre meninas indefesas.
O motivo principal pelo qual a Igreja quis apresentar o exemplo desta menina de doze anos, não é só a defesa, ao extremo, de uma virtude como a pureza, mas sim, apresentar toda a sua vida exemplar, e a decidida escolha, não razão da honra humana, mas do mandamento divino. “Não! Não! Deus não quer! É pecado! gritou para o moço de 18 anos, Alexandre Serenelli. que procurava violentá-la.
A família, que mudou-se para as vizinhanças de Netuno, arranjou-se como pôde num casarão abandonado. O pai e a mãe trabalhavam na lavoura. Maria cuidava dos quatro irmãozinhos mais novos que ela.
Ela perdeu o pai quando tinha apenas dez anos. Assim, mamãe Assunta, para ganhar o necessário a vida, ficava o dia inteiro no trabalho do campo, e Maria, que não tinha tido meios de freqüentar a escola, senão um pouco, e logo teve de renunciar totalmente. Cuidava da casa e os irmãos, e quando podia, corria à longínqua igreja para aprender catecismo. Assim, aos doze anos, num domingo de maio, pôde fazer a primeira comunhão.
Ela era uma menina muito crescida pela sua idade, e por isso chamou a atenção de Alexandre Serenelli, um irrequieto jovem. Suas provocações foram energicamente desprezadas. Mas Alexandre não desistiu. Uma manhã, quando mãe Assunta partiu para o trabalho, deixando em casa só Marieta com a irmãzinha menor, após mil rejeições da parte da menina, apunhalou-a com vários golpes.
Transportada para o hospital de Netuno, morreu no dia seguinte, pronunciando palavras de perdão para o assassino: "Por amor de Jesus, eu o perdôo e quero que venha comigo para o paraíso”. Era o dia 6 de julho de 1.902. Condenado a trabalhos forçados, Alexandre Serenelli obteve perdão por sua boa conduta após 27 anos. Em 1910 ele disse ter tido uma visão da pequena mártir, e desde aquele momento sua vida mudou. A mãe Assunta e as irmãs puderam assistir, em 1950, à solenidade de canonização de Marieta, a jovem que preferiu “antes morrer do que pecar”.

5 de julho de 2009

Nossa Senhora do Carmo

Muitos nomes, muitos títulos, muitas imagens e quadros diferentes, muitas medalhas e muitas devoções para uma só mulher: Maria de Nazaré, a Virgem Mãe de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre.
O termo ‘Carmo’ originou-se do nome de um pequeno monte situado ao norte de Israel, chamado monte Carmelo. Este monte aparece na Bíblia, no A.T., de modo particular ligado ao profeta Elias, que ali habitou por algum tempo e onde desempenhou sua missão profética.
No século XII, um homem de nome Bertoldo, retirou-se com alguns companheiros para esse monte, onde se estabeleceu e consolidou um grupo de monges na vida monástica. Eles cultivavam e difundiam uma especial devoção a Nossa Senhora. Por habitarem ali, os monges receberam o nome de ‘Carmelitas”, e a Virgem Maria passou a receber ali o título de Nossa Senhora do monte Carmelo, ou Nossa Senhora do Carmo.

O escapulário
Simão Stock levava uma vida de eremita já há vinte anos. Ao conhecer o rigor da regra e a espiritualidade carmelita, entrou nessa ordem, e avantajou-se entre os irmãos, chegando a ser eleito superior geral, em 1245.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
O nome ‘escapulário’ foi dado àquele hábito religioso da ordem do Carmo pela própria Virgem Santa. Esse nome aliás, é tirado da palavra latina ‘scápula’, que se traduz por ‘ombro’. De fato, o hábito religioso é sustentado pelos ombros e desce para cobrir todo o corpo. Donde o nome escapulário.
Essa veste – o escapulário - deve simbolizar, sempre, uma profunda devoção e confiança em Nossa Senhora por parte da pessoa que o usa. Assim como o escapulário original – o hábito - envolve todo o corpo da pessoa, assim a proteção e a intercessão de Maria envolvem todo o ser do devoto.
De acordo com as palavras de Nossa Senhora a Simão Stock, lidas acima, o escapulário se restringia à ordem carmelita. Com o correr de muitos anos, tanto o escapulário como peça de roupa e objeto, como também as exigências espirituais para poder usá-lo, foram se alterando. No início era um hábito completo de monge. Depois passou a ser uma longa estola, larga como os ombros da pessoa, que caia para frente e para trás, da altura da pessoa, e usada sobre o hábito religioso. Em nossos dias se restringe a duas medalhas feitas de pano ou de metais, uma do Coração de Jesus e outra de Nossa Senhora do Carmo, unidas por duas cordas ou correntes que permitem que o Coração de Jesus fique sobre o peito da pessoa, e Nossa Senhora sobre as costas. Aliás, até há escapulários feitos por uma única medalha, tendo o Coração de Jesus de um lado e Nossa Senhora do Carmo no verso. Essas mudanças não alteram substancialmente o escapulário. Elas se adaptaram aos tempos e aos costumes dos povos.

Quem pode usar o escapulário
Quanto às condições de uso do escapulário, houve uma transição profunda. De inicio, segundo as palavras de Nossa Senhora: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem”, se destinada à ordem dos carmelitas. Depois estendeu-se a uma espécie de “Irmandade Carmelitana”, à qual passavam a pertencer os que solicitassem ingresso, assumissem uma devoção especial a Maria, manifesta por determinados atos de piedade, recebessem o escapulário das mãos de um bispo ou sacerdote que havia recebido autorização para impô-lo, e tivessem seu nome oficialmente inscrito na irmandade, recebendo até, algumas vezes, um diploma de ‘Irmão Associado’. Depois foi estendido a todos os que, por devoção a Nossa Senhora do Carmo, e desejosos de viver sob sua proteção, adquiram um escapulário, a ser abençoado por qualquer sacerdote, e usado como um sacramental, sempre como forma de cultivar uma particular devoção a Maria, para dela receber graças especiais.
À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus!

3 de julho de 2009

O DIVINO AMIGO




Todos temos amigos. Todos gostamos de ter e cultivar amigos e amizades. Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro. Um amigo humano é um tesouro humano. Imagine que tesouro precioso é um amigo divino. O amigo divino é o Espírito Santo.
As palavras “amigo” e “amor” têm a mesma raiz. São irmãs gêmeas. Quem ama é amigo. O amigo ama. O amor é amigo. Ora o Espírito Santo é o Deus-Amor. Portanto Ele é o Deus-Amigo, o Amigo divino.
O Espírito de Amor quer muito ser seu amigo. Quer manter uma amizade com você. Amizade real, concreta, existencial, ativa e comunicante. Tal amizade é possível, viável, importante e enriquecedora.
O Espírito Santo é uma pessoa real. Divina. Como pessoa, Ele se comunica e acolhe sua resposta. Ele fala e você pode ouvi-lo. Ele ouve quando você lhe fala. Ele inspira, protege, move, abençoa, enfim, comunica-se como amigo. Ele é capaz de fazer por você muito mais do que possa imaginar, pois Ele é Amigo divino, Ele é Deus-Amigo.
Iniciar uma amizade

É preciso que você queira essa amizade, queira tê-lo como amigo. Uma amizade sempre tem um começo. Comece sua amizade indo à sua presença, na sala de estar de seu coração, onde Ele está sempre à espera. Apresente-se e confesse seu desejo de iniciar uma amizade com Ele. Diga como você deseja que seja essa amizade. Peça-lhe que tome iniciativas diárias para cativar seu coração. Peça-lhe que o ensine a ser amigo, a comunicar-se com Ele.
Para perdurar e crescer, a amizade precisa ser cultivada. Cultive sua amizade com o Espírito Santo, reservando uns minutos, todos os dias, para ir à sua presença e comunicar-se de forma amiga, cordial.
Esta comunicação pode ser feita por alguma bela oração escrita, declara de cor, ou lida de forma cordial. Melhor, porém, será a sua comunicação espontânea e cordial, em forma de oração livre e espontânea, como uma conversa informal entre amigos. Essa comunicação pode variar entre adoração, louvor, ação de graças, entrega, acolhimento ou intercessão.

Comunicação espontânea

De amigo para amigo, você pode falar-lhe de suas alegrias e realizações; de seus problemas, dúvidas, buscas ou sofrimentos; de seus sonhos, planos ou aventuras; de suas vitórias ou insucessos. Enfim, de tudo quanto dois amigos podem e querem falar.
À medida que você crescer nessa amizade, Ele realizará uma obra maravilhosa em você. Revelar-lhe-á e fará experimentar: o amor paternal de Deus Pai, o amor salvador de Jesus ressuscitado, o amor materno e carinhoso de Maria, o amor fraterno dos irmãos de fé, a beleza, a riqueza e a importância dos sacramentos, a riqueza da Bíblia, Palavra de Deus. Ele lhe descortinará o panorama dos valores e das realidades eternas. Enfim, fará maravilhas em sua vida.
Quem não gostaria de ter um tal amigo? Quem não precisa de um amigo assim?
Este, sim, é um tesouro: o Amigo divino, o Espírito Santo, o Espírito de amor.

UM HOMEM DE CORAÇÃO UNIVERSAL



O coração humano é o símbolo do amor. Símbolo do amor declarado, oferecido, doado, operante. Mostrar um coração, pintado, desenhado, bordado ou pichado é fazer uma declaração de amor.
O amor “encarna-se” num coração, numa pessoa, para tornar-se operante: para ter boca para amar, para ter ouvidos para amar, para ter braços e mãos para amar, para ter emoções para amar, enfim, para ter corpo, meios, possibilidades de se manifestar em gestos concretos.
Um dia, um amor divino, um amor maravilhoso, um amor eterno, o maior amor existente “encarnou-se” num homem, tomou posse de um coração de carne, e de todo o corpo regado pelo sangue desse coração. E esse amor assumiu, envolveu, encharcou e arrebatou a vida, as palavras, as atitudes e todas as obras desse homem. E o mundo nunca mais foi o mesmo. E todos os dias não é mais o mesmo, por causa do amor desse homem.
Esse homem “movido a amor”, tudo fez e tudo faz pelo vigor do seu coração. Ele se fez gente por amor. Viveu numa família só para amar. Trabalhou sempre por amor. Conviveu com todos com amor. Teve compaixão pelos doentes e curou a muitos, sempre por amor, só por amor. Libertou os escravos do demônio e de tantas escravidões, sempre por amor. Chegou a ressuscitar mortos, só por amor. Alimentou os famintos de amor, de orientação, de verdade e de fome material, sempre e só por amor. Combateu os vícios, as maldades, as hipocrisias, as ganâncias, as explorações e todas as demais expressões do mal, sempre por amor, só por amor. Defendeu, protegeu, perdoou e promoveu pecadores, adulteras, ladrões e prostitutas, sempre por amor.
Esse homem só soube fazer uma coisa: amar! E porque amou, porque amou sem medidas, porque amou sem restrições, marcou profunda e indelevelmente a história da humanidade e a vida sobre a face da terra. Quando um homem se decide a amar, o mundo ao seu derredor se transforma, e não será mais o mesmo.
Esse homem, porém, não deixou de amar. De repente, movido por seu coração, decidiu-se ir muito mais longe do que sua terra e pátria, para fazer lugar das expressões de seu amor, o planeta terra, toda a humanidade. Seu país já não comportava o seu coração. Seu amor era grande demais para limitar-se a um povo. E esse homem, sempre e só por amor, entregou-se a um projeto divino, também projeto de amor, e morreu crucificado. Por amor. Esse gesto tornou-se expressão máxima do amor de um homem, que marcou para sempre a face da humanidade.
Porque morreu por amor, morreu para ressuscitar... O amor era tão grande, que o fez ressuscitar, para poder continuar a amar. Ressuscitou por amor! Para um amor maior. Ressuscitado, não tem mais limites! Tornou-se universal! Fez-se cidadão do mundo, habitante de todos os continentes, países, cidades e aldeias. Agora, onde haja alguém que precise de amor, esse homem ali se encontra. E seu amor continua tomando todas as expressões concretas possíveis.
Seu coração transbordante de amor, presente a cada ser humano em algum lugar da humanidade, continua a realizar suas obras de amor: ensina, anima, consola, liberta, cura, orienta, alimenta, abençoa, promove, corrige, alegra, fortalece. Tudo o que o amor é capaz de fazer, e tudo o que alguém precisa que o amor lhe faça, esse homem o faz. O faz por amor. Gratuitamente. Incondicionalmente. Pois Ele só sabe fazer uma coisa: amar! E o amor mudou um pouco seu nome. Esse homem é conhecido pelo nome de Jesus. Mas, por causa de seu amor, é também reconhecido universalmente pelo nome de “Coração de Jesus”.

DEUS É PAI

Deus é Pai! Mais. Deus é seu Pai!... É meu Pai!... É nosso Pai!... Eis uma verdade maravilhosa que enriquece a nossa existência e o nosso viver. É maravilhoso saber com toda verdade e certeza que o Ser supremo, que o Criador de todo o imenso universo povoado por todas as suas galáxias e incontáveis astros, seja Pai. Mais: seja seu Pai, nosso Pai. Parece inacreditável que o Criador deste nosso pequeno mas maravilhoso planeta Terra, com toda sua infinita beleza, seja Pai, seja seu Pai, nosso Pai. Com o coração maravilhado podemos dizer: “Deus Pai, que é meu Pai, é o Criador do universo! Foi meu Pai celeste quem tudo criou! Tudo é dele! Tudo lhe pertence! Como é poderoso e maravilhoso o meu Pai celeste!”

Deus é Pai,
mesmo se nós não existíssemos

Hoje quero dizer-lhe, porém, que Deus é Pai, independentemente de nós, de nossa filiação. Deus seria Pai mesmo se nós não existíssemos, se não tivéssemos sido adotados por Ele. Deus seria Pai até mesmo se não existisse a humanidade no planeta Terra. Deus é Pai desde que é Deus! Sempre foi Pai, mesmo antes da criação do universo. Explico.
Jesus adolescente, com apenas doze anos, quando se separou da peregrinação que retornava de Jerusalém para Nazaré e ficou sozinho na grande cidade, ao ser encontrado por seus aflitos pais, e ao ser questionado por eles sobre seu comportamento aparentemente irresponsável, disse-lhes: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me com as coisas que são de meu Pai? (Lc 2,49) Eis a maravilhosa revelação: Deus é Pai! Ora, se Deus é Pai, deve existir um Filho. É Pai por ter gerado um Filho. Aliás, esse Filho também foi surpreendentemente revelado nas mesmas palavras do menino. Ele disse: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do “meu” Pai?... Portanto Deus é Pai, e o Filho gerado é Ele mesmo.
Jesus não poderia ter afirmado outra verdade mais maravilhosa! Deus é Pai! Ele é o Filho! Portanto, antes de tudo, acima de tudo, e da forma mais apropriada, Deus Pai é Pai do Filho Eterno que, ao assumir a nossa humanidade, recebeu o nome de Jesus. Mesmo que nós não existíssemos, ou não fôssemos filhos de Deus, o Pai é Pai, por ter gerado o Filho, numa geração eterna pelo amor.

Deus é Família

O nosso Deus é amor (1Jo 4, 8 e 16). Porque é amor, Deus é família. Uma família de três Pessoas. O nosso Deus é Trindade. É Pai, é Filho e é Espírito Santo. Nós o sabemos com certeza absoluta, pois foi Ele mesmo quem assim se revelou, quem se deu a conhecer. Por nós mesmos, jamais o saberíamos. O Filho de Deus Pai, que veio ao nosso encontro assumindo uma natureza humana, e que entre nós recebeu o nome de Jesus, teve todo cuidado de nos revelar o coração, o centro, o núcleo central de nossa fé: a verdade sobre Deus. Ou seja, que Deus é Uno e Trino. Que existe um Deus só, mas em três Pessoas.
O mesmo Jesus, em toda sua vida pública fala muitas vezes “do” seu Pai, fala “com” seu Pai, e ensina-nos “como” falar com o Pai. Aliás, os evangelhos estão cheios dessa revelação de Jesus, a respeito da paternidade de Deus!
Ao ler que Deus é Pai de Jesus, e que Ele seria Pai, mesmo se nós não existíssemos, não fique triste. Não pense que você perdeu o lugar no coração de seu Pai. Ele nos adotou como filhos e nos ama com amor eterno, pois nos deu o seu Espírito, que clama: Aba-Pai. Porque nos criou com a finalidade de nos adotar, o Pai nos ama verdadeiramente como seus filhos.

2 de julho de 2009

Biografia


Nasci em Botuverá (SC), no seio de uma familia numerosa e profundamente cristã, aos 24 de março de 1938. Fui batizado no dia 17 de abril e crismado no dia 1º de outubro de 1939.

Sou o quarto filho de uma familia de nove irmãos, cinco homens e quatro mulheres. Vivi minha meninice em ambiente familiar, escolar e paroquial impregnado de viva fé e de vivência cristã. Essa realidade favoreceu uma fundamentação religiosa desde muito cedo, e auxiliou muito na vida seminarística. Fiz três anos de escola primária em minha terra.

Entrei no seminário com treze anos incompletos. Fiz meus estudos subsequentes: ginasial, colegial, filosofia e teologia na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos) à qual me filiei com meus primeiros votos religiosos em 02 de fevereiro de 1959.

Fui ordenado sacerdote em 28 de junho de 1964, na cidade de Brusque, pelas mãos de Dom Joaquim Domingues de Oliveira, então arcebispo de Florianópolis.

Trrabalhei por três anos no seminário de Corupá- SC, como professor e formador. Dediquei nove anos à pastoral paroquial. Desde 1977 dediquei-me à pregação de retiros espirituais para leigos, religiosos, sacerdotes, seminaristas e vocacionados.Tendo encontrado grande riqueza espiritual para a minha vida crista, con¬sagrada, sacerdotal e apost61ica, na Renovasção Carismatica, preguei muitos retiros, nessa espiritualidade, por todo 0 Brasil e no exterior.

Desejoso de expandir ainda mais meu ministério sacerdotal, empenhei-me em escrever e publicar obras de cunho espiritual, de auto ajuda, de orientação para jovens, e de foramação para os participantes da Renovação Carismática. Tenho 25 livros publicados no Brasil, e diversos títulos publicados na Itália, na Hungria, em Portugal, na Colômbia e na Argentina.

Além dos livros, tenho escrito muitos artigos para as revistas Brasil Cristão, e Ir ao Povo, bem como para pequenas revistas e jornais. Com o mesmo desejo de evangelizar, fiz programas de TV na Século 21 por um ano e meio, bem como programas de rádio. Problemas de saúde e necessidade de tratamento levaram-se a deixar a TV e o Rádio.

Com o mesmo desejo de levar “boas notícias” a muitos corações, entro na Internet com meu blog.

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