21 de março de 2010

A SECRETARIA DO PERDÃO


Em face dessas verdades e realidades a que me referi, compreendemos muito mais e melhor a necessidade, a importância e a urgência do sacramento da penitência e reconciliação, mais conhecido como “sacramento da Confissão”. Sacramento este, infelizmente hoje tão desconhecido, desvalorizado, abandonado e até menosprezado. Talvez, não apenas por causa da perda do sentido do pecado, mas também pela perda do sentido da necessidade da salvação pessoal.
Em nossos dias, mesmo no universo dos “católicos praticantes”, o “negócio da salvação eterna”, a preocupação pela salvação eterna, a conquista diária e persistente da vida eterna já não preocupam, não questionam, não angustiam, não são encarados com temor e tremor. As palavras de Jesus: “Que adianta ao ser humano ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?”, já não estremecem os corações, não causam impacto, e não geram um cuidado zeloso e uma preocupação constante. Qual a esposa e mãe que hoje se preocupa deveras, com temor e tremor, pela salvação eterna do marido e dos filhos? Qual o marido e pai que põe como negócio mais importante de sua vida a sua salvação, e a de sua esposa e filhos? Onde encontrar um casal realmente angustiado por ver seus filhos, genros, noras e netos, distantes de Deus, longe da sal-vação, caminhando nas trevas, e vivendo no caminho largo que leva à condenação?
Se todo ser humano precisa ser salvo é porque ele é pecador. Traz na sua natureza as garras do peca-do das origens, e por isso, tropeça e cai nos pecados pessoais e sociais. Todos somos pecadores. Diz a Bíblia: “Se alguém diz não ter pecado é um mentiroso!” Bem, se é um mentiroso, já está pecando por mentira, por máscara de santidade, por fingimento, por falsidade. O perdão dos pecados é uma necessidade premente e permanente. Pois até o justo peca todos os dias.
Conhecendo essa realidade da fraqueza humana e da presença diária do pecado, Jesus, o Salvador, “aquele que veio para perdoar o seu povo dos seus pecados”(Mt 1,21), não poderia ter esquecido, como de fato não esqueceu, de criar uma “secretaria especial” para tratar da conversão dos pecadores, da reconcilia-ção e do perdão dos pecados. Jesus instituiu o sacramento da Confissão.

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