27 de abril de 2011

É PÁSCOA!

É Páscoa, Senhor Jesus!
Festa da Tua Páscoa!

A cristandade inteira
celebra a Tua ressurreição!
Unidos a todos os homens
que creem em Ti,
e esperam ressuscitar,
viemos Te saudar.

Parabéns, Jesus,
pela Tua vitória!
Parabéns, Senhor,
pela Tua glória!

A alegria inunda
os nossos corações.
Nossa emoção é fortíssima!
Estamos todos muito felizes,
Muito orgulhosos, muito alegres,
Por causa de Ti,
da Tua ressurreição.

Estamos felizes, também,
Senhor Jesus,
porque Tua vitória
é nossa, também!
Tua glória será nossa!

Tua ressurreição
é a garantia,
a certeza,
a prova irrefutável
de que nós vamos ressuscitar.

Por isto, Senhor,
nesta noite santa, gloriosa,
noite de decisão, de vitória,
queremos Te saudar
com muito amor.

Feliz Páscoa, Senhor!
Parabéns, Jesus!

Dê a todos os homens
uma feliz ressurreição!

HINO PASCAL

Cristãos,
cantem louvores vibrantes,
à vítima pascal!
O Cordeiro remiu as ovelhas!
O Cristo, inocente,
reconciliou os pecadores
com o Pai!

A morte e a vida
travaram duelo tremendo!
O Rei da vida
que estava morto,
agora, REINA VIVO!!!

Dize-nos, Maria!
No caminho, o que havia?
- Vi o sepulcro de Cristo!
Ele vive!
Vi a sua glória!
Glória de ressuscitado!
Vi as testemunhas celestes!
Vi o sudário e as vestes!
Cristo, minha esperança,
RESSUSCITOU!

Temos certeza de que Cristo
ressuscitou dentre os mortos!

Tu, ó Rei vitorioso,
recebe o nosso louvor!

(Liturgia)

NÃO VEJO! CREIO!

Não vejo! Creio!

Existem dois tipos de olhos:
Os olhos do corpo,
Os olhos do espírito.
Com os olhos do corpo, eu vejo.
Com os olhos do espírito, eu creu

Os olhos do corpo
Viram Jesus!
Não creram!
Os olhos do espírito
Crêem em Jesus!
Não o vêem!

Jesus ressuscitado
Não pode ser visto!
Precisa ser CRIDO!

EU CREIO!

Senhor Jesus, eu creio!
Eu creio, Senhor Jesus,
que estás vivo! Ressuscitaste!
Eu creio que, ressuscitado,
és invisível, glorioso, imortal!

Eu creio, Senhor Jesus,
que estás conosco, todos os dias,
com uma presença ainda maior,
mais perfeita e penetrante.
Eu creio na tua ressurreição.
Na tua nova vida, maravilhosa.

Eu creio, não porque eu vi.
não porque me apareceste.
Nem porque me mostraste
o lado aberto, as mãos feridas.
Eu creio, Senhor ressuscitado,
não porque os apóstolos te viram,
comeram contigo, após a ressurreição.
Eu creio, Jesus, não porque outros,
apóstolos, discípulos, mulheres o disseram.

Eu creio, Senhor. somente, puramente,
sinceramente, inteiramente,
PORQUE TU O DISSESTE.

Outros poderiam enganar-se,
enganar-me.
Pelos outros, eu estaria
sempre inseguro.
Mas, porque tu, meu Senhor, o disseste,
EU CREIO!!!
E porque eu creio,
eu te vejo,
te sinto,
te ouço,
te percebo.

Obrigado, Senhor Jesus,
porque disseste:
"EU RESSUSCITAREI!"
Pela tua palavra, Senhor,
EU CREIO!
* * *
Não é preciso
ver para crer.
Mas é preciso
crer para ver
Jesus.

14 de abril de 2011

CÍRIO LINDO!

Círio lindo!

Sábado de aleluia.
Noite calma, fresca,
um pouco escura.

Igreja grande,
adornada,
atmosfera festiva.

Muita gente. Gente feliz!
Silêncio respeitoso,
devoto,
como se a alguém dormindo,
não se quisesse acordar.

As luzes se apagam.
O templo escurece.
Os cristãos se levantam.

~ HORA DE RESSURREIÇÃO!

No mundo escuro
do pecado e da morte,
a solução é a luz
da RESSURREIÇÃO de JESUS!

No templo, repleto, escuro,
aparece um clarão diferente.
E uma voz distante,
emocionada, devota,
canta e exclama, solene:
EIS A LUZ DE JESUS!
E a multidão,
num brado incontido,
depois de tanto esperar,
aclama feliz:
OBRIGADO, SENHOR!!!
A luz de Jesus!
 A ressurreição!
 O lindo círio pascal,
que esparge o clarão!

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O CÍRIO PASCAL

Você já prestou atenção naquela vela grande, bem decorada, firmada sobre um belo e enfeitado pedestal, normalmente colocada ao lado do altar da Santa Missa durante o tempo de Páscoa? Você já percebeu como aquela grande vela traz em si uma série de sinais, letras e números? Você já se perguntou pelo significado daquela vela com todos aqueles apliques? Aquela vela se chama “círio pascal”. Tradicionalmente era confeccionada com cera pura de abelha. Em nossos dias já não se exige e nem se segue esta tradição. Seu nome “círio” vem exatamente por ser feita de cera. O círio se chama “pascal”, por que é usado e aceso em todo o tempo pascal, que vai da Vigília Pascal até o domingo de Pentecostes. Ao examinar melhor o círio pascal, você percebe de imediato uma série de aplicações que, aliás, não são apenas enfeites ou decorações. Você percebe de imediato: uma cruz; a primeira e a última letras do alfabeto grego, isto é, o “alfa” e o “ômega”; os números do ano em curso, 2.001; por fim, cinco pequenas bolas encravadas nas extremidades e no centro da cruz. Todos estes adereços têm profundo significado relativo à pessoa de Jesus Cristo ressuscitado.

O simbolismo A grande vela, o círio pascal, simboliza, recorda, faz memória da Pessoa de Jesus Cristo ressuscitado. A Cruz encravada no círio, em geral de cor vermelha, cor do sangue derramado na cruz, lembra a cruz de Jesus Cristo. Jesus veio ao planeta terra como Salvador. A fim de salvar a humanidade, para reconciliá-la com Deus, Jesus entregou-se à morte de cruz. O dom de sua vida até à morte de cruz, com o derramamento de seu sangue, foi o preço pago por Jesus para o resgate e a salvação da humanidade, bem como para a reconciliação da mesma com Deus. Jesus e cruz mantêm um vínculo indestrutível. Portanto, o círio simboliza Jesus, que traz como marca de sua missão, a cruz. Ao traçar a cruz sobre o círio, o celebrante diz: (no vertical) “Cristo, ontem e hoje, (no horizontal) princípio e fim”. As duas letras colocadas ao alto e embaixo da cruz, o alfa e o ômega, são a primeira e a última letras do alfabeto grego. Elas exprimem a realidade que Jesus é o “primeiro e o princípio”, e ao mesmo tempo, “Ele é a finalidade, o objetivo último” de todas as pessoas e coisas. Na Bíblia, no livro do Apocalipse, Jesus mesmo, por três vezes, se intitula de “alfa e ômega”. “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim (Apoc 21,13. Cf Apoc1,8 e 22,13). Jesus é o primeiro e o último, o princípio e o fim, pois tudo foi criado e existe por Ele e para Ele. Nele se resumem todas as coisas. Ao cravar as duas letras no círio o celebrante diz: “Alfa e Ômega”. O número 2.001, gravado no círio, é a afirmação que Jesus é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. O número sugere que Jesus continua vivo e salvador em todos os tempos, e que neste ano de 2001 Jesus está vivo, ressuscitado, caminha como bom Pastor no meio do seu povo para conduzi-lo pelos caminhos da verdade, na busca do Pai. Ao cravar o 2.001, o celebrante diz: (nº 2) A Ele o tempo, (nº 0) e a eternidade, (nº 0) a glória e o poder (nº 1) pelos séculos. Amém. As cinco bolinhas que são afixadas à cruz, uma ao alto, outra ao centro, outra embaixo e as outras duas nos dois braços da Cruz, simbolizam as cinco chagas de Jesus Cristo. Chagas que foram dolorosíssimas, mas que agora são gloriosíssimas. Estas bolinhas são feitas de cera e contem em si um grãozinho de incenso. O incenso é sinal expressivo da adoração. As chagas de Jesus são adoráveis, pois Ele é Deus. Ao fixar as cinco chagas, o celebrante diz: (Ao alto da cruz) Por suas santas chagas, (no centro da cruz) suas chagas gloriosas, (embaixo) o Cristo Senhor, (à esquerda) nos proteja, (à direita) e nos guarde. Amém. O celebrante acende o círio pascal. Para ter o pleno simbolismo, o círio pascal precisa estar aceso. A sua chama de fogo e luz tem um significado profundíssimo. A grande chama de fogo e luz representa exatamente a grande luz, a fortíssima iluminação da fé cristã causada pela ressurreição de Jesus. Não é por acaso que São Paulo fala: “Se Jesus não tivesse ressuscitado, vã seria a nossa fé.” Se Jesus não tivesse ressuscitado, não teríamos a prova definitiva de que Ele é o Messias, o Salvador, o Enviado do Pai. Na verdade, Jesus veio ao mundo como luz divina para iluminar os corações humanos a respeito da verdade de Deus, da verdade do ser humano e da verdade do mundo. Jesus mesmo declarou com todas as letras: “Eu sou a luz do mundo! Quem anda comigo não anda nas trevas”(Jo 8.12). Aliás, quando Jesus tinha apenas quarenta dias, o profeta, o velho Simeão, já havia declarado que o Menino era a “luz para iluminar as nações”(Lc 2,32). Repitamo-lo: o círio pascal aceso representa e revela a Pessoa de Jesus Cristo ressuscitado. Ao acender o círio com o fogo novo o celebrante declara: “A luz do Cristo que ressuscita resplandecente, dissipe as trevas do nosso coração e da nossa mente!” Comportando todos esses sinais simbólicos, a grande vela pascal é o símbolo mais significativo e revelador de Jesus Cristo ressuscitado, nosso salvador. Ao olhar com conhecimento, e ao transfigurar o círio pascal, “não dá para não ver Jesus ressuscitado”.

Preparação do Círio Pascal O círio pascal é preparado, abençoado, aceso, e conduzido para a igreja na noite santa da Vigília Pascal. A grande celebração da Vigília Pascal se inicia normalmente com a bênção do “fogo novo”, fora do recinto da igreja. A chama de fogo para acender a fogueira do “fogo novo” é tirada da pedra dura. Aliás, é interessante que isto seja dito... Em tempo passados, uma pessoa experiente tomava duas pedras duríssimas, batia uma contra a outra de raspão, a fim de produzir faíscas, e com elas conseguir o fogo necessário para acender a fogueira. Esta ação tem um significado deveras profundo. Entendamos. Jesus foi sepultado numa tumba escavada na rocha. Seu corpo foi colocado e lacrado dentro da rocha. Na manhã da ressurreição, Jesus saiu da rocha, vivo, ressuscitado, vitorioso e glorioso. Ele, Jesus ressuscitado, é o grande fogo, a grande chama de fogo, que tendo saído da rocha, brilha nas trevas do mundo, ilumina a todos aqueles que nele crêem. Eis porque se extraia o fogo da rocha, ou seja, da pedra. (Atualmente acende-se a fogueira com fósforo...) Este fogo novo (tirado da rocha...), fogo da Páscoa, fogo que queima, ilumina e aquece, recebe uma bênção especial, antes de acender o círio pascal. Jesus também recebeu a gloriosa bênção da ressurreição de seu corpo. É com uma chama do fogo novo bento, que o círio pascal é aceso. Agora, a chama que representa Jesus ressuscitado, brilha no alto do círio pascal. O círio aceso com o “fogo novo” torna-se um símbolo perfeito, maravilhoso e sugestivo da pessoa de Jesus ressuscitado.

Introdução do círio na Igreja Terminada a preparação do círio pascal, como foi descrita, inicia-se a procissão para introduzi-lo solenemente na igreja. Ao iniciar-se a procissão do círio pascal, apagam-se todas as luzes da igreja para deixar o ambiente completamente escuro. Eis o significado: a Igreja toda às escuras simboliza o mundo em trevas, o mundo sem Deus, sem Jesus, sem o Evangelho. Nesta escuridão do mundo sem Deus brilhou e brilha uma única luz verdadeira, a luz de Jesus ressuscitado, simbolizada pela luz do círio pascal. É exatamente para exprimir essa realidade que o celebrante (ou o diácono) leva o círio pascal aceso para dentro da igreja escura, a fim de iluminá-la. No início do corredor, ao fundo da igreja, o círio aceso é elevado e apresentado aos fiéis reunidos, através do anúncio do cantor: “Eis a luz de Cristo!” Ao ouvirem o anúncio solene, os fiéis voltam-se para o círio, ajoelham-se e cantam: “Demos graças a Deus” Todos permanecem por uns instantes ajoelhados, adorando Jesus Cristo ressuscitado, simbolizado no círio. Ato seguido, os ministros que auxiliam na celebração acendem, no círio, as suas velas pessoais, para significar que crêem, aceitam, e querem viver na luz de Jesus. O sacerdote prossegue até o centro da igreja, faz novo anúncio, ao qual os fiéis respondem com o mesmo canto e a mesma atitude de adoração. Agora todos os presentes são convidados a acenderem suas velas pessoais na chama do círio ou nas chamas que já saíram do círio pascal para significar que a fé em Jesus ressuscitado se alastra, vai tomando conta do ambiente e penetra em cada coração para iluminar suas vidas. Aos poucos, à luz das velas, a igreja, antes escura, vai se iluminando. À medida que a luz avança, as trevas se dissipam. À medida que Jesus é anunciado e aceito, as trevas do mundo desaparecem dos corações, das famílias e da sociedade. Por fim, em frente ao altar, o sacerdote faz o terceiro anúncio, ao qual os fiéis também correspondem como nas duas vezes anteriores. Acendem-se, então, todas as luzes elétricas da igreja. O sacerdote coloca o círio num pedestal ao lado do altar e o incensa para significar a adoração que os fiéis presentes prestam ao Ressuscitado. Logo a seguir, o cantor escolhido canta ou declama com a máxima solenidade possível o grande anúncio da ressurreição de Jesus: o “Exultet”. (Exulte de alegria...) O círio pascal permanece ao lado do altar para ser aceso em todas as santas Missas e outras celebrações importantes durante todo o período pascal. Isto é, desde a Vigília Pascal até a festa de Pentecostes. Ao participar da Vigília Pascal nesta próxima semana Santa, acompanhe-a com toda consciência, prestando toda atenção a cada passo da celebração. De maneira particular, agora você pode participar de forma mais consciente e profunda da bênção do fogo novo, da preparação e da procissão do círio pascal, bem como do solene canto que anuncia a ressurreição de Jesus.

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A Páscoa Das Ressurreições



Vivemos, mais uma vez, as alegrias da Páscoa e do tempo pascal. Celebramos o intrigante mistério da morte e da ressurreição. Tanto da morte e da ressurreição de Jesus Cristo, Filho do Deus da vida, como também o da nossa própria morte e ressurreição. Jesus ressuscitou! Nós também vamos ressuscitar! A maior notícia de todos os tempos que já foi anunciada sobre a face da terra foi esta: Jesus ressuscitou! Jesus, que havia sido preso, torturado, crucificado, morto e sepultado, ressuscitou! Venceu a morte! Ela O tinha dominado em seu corpo por algumas horas, mas depois Ele a venceu, voltou à vida, ressuscitou! Lemos em São Lucas o que o Anjo disse às mulheres que tinham ido ao túmulo, de madrugada: “Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui! Ele ressuscitou!” (Lc 24, 5-6). A ressurreição do Senhor foi e continua sendo a maior notícia já proclamada, não apenas como um acontecimento importante restrito ao próprio Jesus ressuscitado, mas por seu conteúdo revelador de verdades supremas que dizem respeito a toda a humanidade, aos nossos antepassados, às nossas famílias, e a cada um de nós.

Autenticidade de Jesus Ao ressuscitar o corpo de Jesus, pelo poder do Espírito Santo, o Pai celeste quis nos dar a certeza absoluta de que Jesus de Nazaré é o Seu Filho, é o Messias prometido e enviado, é o Salvador da humanidade. O Pai celeste, pela ressurreição, colocou sobre Jesus um “selo de autenticidade, de garantia” absoluta e definitiva, de que Ele era o Seu Filho, enviado como redentor, salvador e comunicador do Espírito Santo. A ressurreição de Jesus tornou-se o fundamento inabalável de toda a fé do cristianismo, de cada cristão, e de nossa própria fé pessoal. São Paulo declara com toda firmeza: “Se Cristo não ressuscitou, é inútil a vossa fé, e ainda estais em vossos pecados” (1 Co 15,17). Nossa fé em Jesus não nos daria qualquer segurança, seria inútil, não poderíamos nos basear nEle, e seria até perigoso crer nas verdades reveladas por Ele, e viver uma vida toda de acordo com seus ensinamentos, se Ele não tivesse cumprido sua palavra de que “Ele seria morto, sim, mas que iria ressuscitar”. Portanto, se Ele não tivesse ressuscitado, teria mentido para nós. E se tivesse nos enganado e mentido em coisa tão importante, como haveríamos de crer nEle, em tantas outras revelações que nos fez? Tudo seria muito duvidoso e inseguro. “Mas não! Jesus ressuscitou, como primícias dos que morreram”, proclama Paulo (1Cor 15,20). Portanto, podemos crer nEle! Podemos basear nossa vida cristã com absoluta segurança na Pessoa e nos ensinamentos do ressuscitado.

As nossas ressurreições Jesus já realizou sua definitiva ressurreição. Agora é nossa vez de, como seus discípulos, fazermos acontecer as nossas ressurreições, até chegarmos à definitiva, para entrarmos na vida eterna. Jesus morreu para ressuscitar. Nós também morreremos para podermos ressuscitar. Mas enquanto estamos vivos nesta terra, precisamos “morrer todos os dias” para “ressuscitar um pouco mais a cada dia”. Precisamos “morrer e estar mortos, isto é, não mais existirmos para a prática das obras más, das obras mortas”, a fim de podermos “estar vivos” para uma vida nova, e para realizar as obras de santidade. Nós mesmos precisamos comandar o processo das “mortes e ressurreições” a serem realizadas em nossa vida. Se percebermos em nós a “morte” do orgulho que nos leva a viver e agir de forma autoritária, sobranceira, escravizadora, humilhadora dos outros, na família, no trabalho ou na comunidade, nossa decisão deverá ser: “fazê-lo morrer”, extirpá-lo, erradicá-lo, a fim de “fazermos ressuscitar” em nós a humildade, a bondade, a concórdia e a paz com todos. Se o fizermos, então teremos realizado uma “passagem”, fizemos acontecer uma páscoa. Se percebermos em nosso coração a “morte” da presença de ressentimentos, raivas, mágoas, vinganças e ódios, precisamos nos decidir a “fazer morrer” todo esse desamor, a fim de “ressuscitarmos” para uma vida de perdão, de misericórdia, de reconciliação e de amor para com aqueles que nos ofenderam. Então realizamos uma “passagem”. Aconteceu em nós mais uma páscoa. Se percebermos a presença da “morte”, isto é, de algum tipo de dependência e escravidão a qualquer forma de erotismo como: revistas pornográficas, sites eróticos, filmes e DVDs eróticos, adultério, prostituição, homossexualidade etc. precisamos nos decidir a “fazer morrer” todas essas tendências e vícios, custe o que custar, a fim de “fazermos ressuscitar” uma vida pessoal de castidade, de valorização cristã da sexualidade e da genitalidade, uma vida limpa e casta como convém a alguém que é templo do Espírito Santo. Se o conseguirmos, fizemos acontecer mais uma páscoa. Se nos surpreendermos com a presença do egoísmo, dos interesses egocêntricos, das ganâncias, das vaidades, da gula desenfreada, da escravidão das modas e do consumismo, precisamos nos decidir a “crucificar e fazer morrer” essas fraquezas viciosas para “fazermos ressuscitar” em nós um coração livre e feliz por ter derrotado esses males e estar vivendo vida nova. Se o fizermos, então teremos feito uma “passagem de vida nova”, uma Páscoa. Dessa forma, ao encontrarmos em nós qualquer tipo de vício, de pecado, de tendências pecaminosas, de escravidões interiores, de impiedades ou de outras formas de males, precisamos nos decidir a “crucificar e a fazer morrer” todas essas fontes de mal, a fim de “ressuscitarmos” em nós, uma vida renovada e santa. A nossa caminhada de quaresma, com todos os exercícios de penitências, com todas as práticas sacramentais e de piedade, tiveram como finalidade “crucificar e fazer morrer” todo pecado e todas as tendências más e vícios pecaminosos, a fim de que pudéssemos “ressuscitar, na Páscoa, como renovadas criaturas”. Aliás, toda vez que realizarmos essas duas “passagens”, estaremos valorizando a paixão, morte e ressurreição do próprio Jesus. O desabrochar da vida A ressurreição de Jesus é a garantia de que a nossa vida humana, passageira, peregrina, feliz, mas também sofrida, “desabrochará” numa outra forma de vida: eterna e definitiva. E se, por nossa fé no Ressuscitado, e ensinados por Ele, vivermos tão bem nossa vida cristã, e fizermos sempre o bem a todos, a ponto de sermos “aprovados” na “prestação de contas” de nossa vida terrena, a nossa vida futura será vivida na glória da presença de Deus, de Nossa Senhora, dos Anjos e Santos. Será uma vida absolutamente feliz, realizadora, irreversível, plena de gozo eterno, onde não haverá mais desamor, doença, dor, sofrimentos psicológicos, emocionais, espirituais, físicos, familiares e sociais. “Deus será tudo em todos”. A posse de Deus será a causa de toda felicidade do coração. Por sua vez, a certeza de que essa felicidade plena, perfeita, completa é definitiva, gera uma segurança que produz um “céu no coração”. A ressurreição de Jesus é a certeza de que nossa vida cristã terrena desabrochará plenamente na vida eterna nos céus.

Páscoa, vida e esperança A ressurreição de Jesus nos dá plena certeza de que existe vida após a morte, de que existe a vida eterna. A certeza de nossa vida eterna feliz gera a “esperança cristã” da vinda do dia de “possuirmos o que esperamos”. Ao mesmo tempo, a “esperança feliz do céu” torna-se uma fonte perene de força extraordinária para vivermos nossa vida cristã diária, em união com a Trindade, obedientes a Jesus e aos seus ensinamentos, caminhando com a Igreja, na prática das virtudes, na realização do bem, e vencendo as tentações do inimigo, da carne e do mundo. A “esperança-certeza” do Céu sempre foi a força extraordinária de todos os mártires para enfrentar os tormentos cruéis do martírio. Eis a sua convicção: “Agora vou sofrer o martírio e vou morrer. Mas logo, logo, estarei com Deus, na felicidade suprema do Céu!” Aliás, a “esperança do Céu” também sempre foi a força invencível secreta de todos os grandes missionários, de todos os Santos que gastaram suas vidas em favor dos pequenos, pobres e enfermos. Muitos cristãos suportaram com paciência e em paz profunda suas doenças dolorosíssimas e prolongadas, fortalecidos pela esperança do Céu. Outros chegavam a pedir a Deus “que os levasse desta vida terrena”, pois ansiavam profundamente chegar à vida eterna nos Céus. “Por que continuar neste vale de lágrimas, se posso passar a viver nas planícies floridas e deliciosas dos Céus?” Pela Páscoa de Jesus temos a certeza de nossa páscoa pessoal. Essa, gera a esperança do céu que, por sua vez, faz desabrochar uma vida cristã santa, que terá como recompensa uma vida eterna feliz, a ser vivida na casa do Pai, para sempre.