28 de novembro de 2011

A ARVORE DE NATAL

.Foi apenas no século dezenove que surgiu a árvore do Natal. É, portanto, um símbolo ainda novo. A fim de man-ter seu simbolismo original, essa árvore deve ser da família dos “pinus”, ou seja, dos pinheiros.
O pinheirinho é um símbolo de Jesus vivo, celebrado no Natal, exatamente porque é uma árvore que está sempre "verde e viva". Mesmo no inverno frio, quando a neve o cobre de branco, ele não seca, não perde sua vitalidade, nem sua cor verde, nem sua vivacidade, nem sua beleza. Parece até ficar ainda mais vivo e lindo, quando está coberto de neve.
O pinheirinho do Natal é, por isso, um símbolo muito apropriado para a pessoa de Jesus. Ele simboliza Jesus vivo, ressuscitado, sempre presente no meio de nós, vigoro-so, bondoso, poderoso, em qualquer circunstância de nossa vida. De fato, mesmo em nossos “invernos” pessoais, mes-mo no meio de nossas crises, misérias e pecados, Jesus se conserva sempre muito vivo e presente, sempre pronto a comunicar a todos sua vida, sua graça, seu perdão, sua cura, seus favores, suas bênçãos.
Jesus está sempre à nossa disposição. Podemos contar sempre com ele, em qualquer situação, por mais difícil que seja. Já que Jesus está vivo, e sempre presente, não devemos perder o ânimo, não devemos nos sentir sós, mesmo nas situações mais difíceis.
Aliás, a árvore do Natal sempre deve ser de cor verde. Nunca de outras cores como: vermelho, dourado etc. Pois o verde, nessa árvore, é sinal de vida e de vitalidade.
O verde é, também, a cor da esperança. O verde do pinheiro significa que nós depositamos toda nossa esperan-ça e certeza na pessoa de Jesus Cristo, celebrado no Natal. Confiamos nele porque nos ama. Porque tem poder de nos socorrer.
O pinheirinho do Natal, portanto, é um símbolo muito lindo de Jesus vivo. Quem monta a árvore de Natal afirma que deseja celebrar, acolher e ter Jesus. Afirma que está se preparando para recebê-lo com o coração em festa. Ao olharmos para a árvore de Natal devemos nos lembrar sem-pre de Jesus, nosso Salvador.

22 de novembro de 2011

COROA DO ADVENTO

A guirlanda ou coroa do Advento é uma coroa, portanto redonda, confeccionada com ramos verdes, entrelaçados por fitas vermelhas, com quatro velas, cada qual de uma cor, podendo também serem todas de cor igual, talvez da cor da cera natural de abelhas.
A guirlanda é usada nas quatro semanas do Advento, ou seja, nas quatro semanas que antecedem o Natal, tempo de preparação e espera de Jesus.
A coroa do Advento tem por finalidade nos lembrar a cada momento que o Natal está chegando, e que devemos nos preparar para a vinda de Jesus Cristo. As quatro velas são sucessivamente acesas, em cada domingo. Isto é, no 1º domingo acende-se a 1ª vela. No segundo domingo a-cende-se a 1ª e a 2ª. No 3º domingo, a lª, a 2ª e a 3ª velas. E no último, as quatro velas. Desta maneira, após quatro semanas, as quatro velas estarão acesas como sinal de que Jesus está para chegar, e o Natal vem trazer a grande luz que é o próprio filho de Deus, Jesus Cristo.
A coroa deve ser de cor verde, ou seja, os ramos que a formam devem ser verdes, e se possível, naturais. O verde recorda nossa esperança de encontrar Jesus no Natal. Sim-boliza, ainda, nossa grande esperança cristã de chegar um dia no Céu, junto de Deus, dos Anjos e Santos.
A guirlanda é entrelaçada por fitas vermelhas. Elas simbolizam o amor de Deus que nos envolve todos os dias de nossa vida. Simbolizam, ainda, o amor do Pai celeste que nos enviou seu Filho, Jesus, para ser o nosso salvador, como também, a nossa resposta de amor ao Pai e a Jesus, a quem desejamos receber no Natal.
A guirlanda é sempre colocada ao lado do altar, nas igrejas e capelas. Mas pode ser colocada nas casas, num lugar bem visível, para lembrar a todos a chegada de Jesus no Natal. Encontramos também pequenas coroas afixadas na porta de entrada das casas ou apartamentos. Neste caso, não têm as velas.

O ADVENTO

Advento é uma palavra que vem do verbo latino: advenire, que se traduz por “vir para perto de, chegar bem junto de”. Na linguagem cristã católica, advento é o tempo que precede a grande festa do Natal. São as quatro semanas preparatórias para o natalício de Jesus Cristo.
O significado da palavra é muito sugestivo. Advento é a atitude, é a decisão de alguém vir para perto de você. Ou também, de você se achegar bem perto de alguém.
Quem é aquele que quer chegar bem perto de você? Que quer tempo, bastante tempo para ir chegando pertinho de você? E por que quer vir para junto de você, nas quatro semanas do advento?
Quem é aquele de quem você quer aproximar-se mais, junto de quem você deseja ir durante o tempo do advento?
Parece-me que se trata de alguém que muito ama você, já que ele tem um tempo marcado e longo para vir. Tenho a sensação que se trata de um personagem muito significativo, pois a proposta do tempo de aproximação é longa. Quem é que vem para junto de você?... Para junto de quem você irá, no advento?
O personagem não poderia ser mais maravilhoso: Jesus ressuscitado. Sim, Jesus vivo, seu salvador pessoal, senhor de sua vida, seu mestre divino, seu amigo mais incondicional. É Ele quem quer vir para junto de você, no advento. Mas sei também que você irá ao seu encontro, para estar junto dele.
Este encontro de vocês dois, desejado pelos dois, preparado carinhosamente por vocês, esperado ansiosamente pelos dois, transformar-se-á em Natal! Fará acontecer Natal! Trará o Natal para dentro do seu coração! Você será Natal!... Jesus vivo terá chegado e envolvido sua vida com seu amor salvador, com sua palavra de vida, com sua presença tão honrosa e transformadora.
Tempo de advento é para isto: para esperar ansiosamente aquele que vem para perto, para dentro de você. Nesta espera, preparar-se em espírito, mente e corpo para o grande encontro com Jesus.
Tempo de advento é para você caminhar ao seu encontro, como quem não consegue ficar esperando... Nesta caminhada, preparar seu coração para acolher com muito carinho aquele que vem.
Este encontro entre você e Jesus, encontro que se chama Natal, Natal do coração, Natal de verdade, Natal celestial, deixará rastros maravilhosos de graças e luzes, de sabedoria de vida jovem e de felicidade.
Advento: Jesus vem vindo. Vamos ao seu encontro!

10 de novembro de 2011

JESUS CRISTO, REI DOS CORAÇÕES

No dia 20 deste mês de novembro celebramos solenemente em toda a Igreja Católica a solenidade de Jesus Cristo, Rei do universo, Rei dos corações. Esta solenidade encerra todo o percusrso do ano eclesial de 2.011, para, em seguida, iniciarmos o novo ano litúrgico de 2.012, com o primeiro domingo do Advento. A festa da realeza de Jesus Cristo coroa também todas as festividades dedicadas a Ele, durante o transcurso de um ano: o Natal, a Epifania, a Ressurreição, a Ascensão, a Transfiguração, Corpus Christi e Coração de Jesus.
Jesus Cristo é rei. Sua realeza no planeta Terra, sua realeza na humanidade foi-lhe dada por Deus Pai, porque Jesus, ao aceitar vir para salvar a humanidade de seus pecados e males, reconciliá-la com Deus, e salvá-la para a vida definitiva da glória dos céus, Ele sacrificou na cruz aquilo que de mais precioso possuía: sua vida. Foi pelo dom de sua vida para a salvação da humanidade que Jesus adquiriu o direito de ser rei, de orientar a vida das pessoas, de julgar a todos os seres humanos, de dar o Céu aos aprovados pelas obras boas de suas vidas, e de condenar os que forem reprovados por suas más ações.
Jesus Cristo tinha consciência de seu direito de realeza. Embora não reclamasse seus direitos de realeza durante a sua vida, quando chegou o momento de dizer a verdade, Ele foi muito claro. Perguntado pelo governador Pôncio Pilatos se Ele era rei, Jesus foi categórico em sua resposta.- És tu o rei dos judeus? - Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei (Jo 18, 35-37).

UM REINO FEITO DE CORAÇÕES

Jesus deixou claro que o Seu reino não é deste mundo, como são os reinos dos reis terenos que conhecemos. Não é um reino restrito a um país determinado, com um palácio e uma corte reais, com um exército, uma marinha e uma aeronáutica. O reino de Jesus está baseado sobre o destino eterno do ser humano, salvo e santificado por Ele. O reino de Jesus se encontra onde há pessoas que creem nEle, o aceitam como seu Deus, Salvador e Senhor, e que vivem de acordo com os ensinamentos dEle. O reino de Jesus Cristo Rei está presente onde haja discípulos Seus. É um reino de corações convertidos e fiéis a Ele. Sabemos que os cristãos, quer católicos, quer evangélicos, hoje se encontram em todos os paises do mundo, por isso podemos afirmar que o reino de Jesus Cristo Rei encontra-se presente em todo o planeta terra. Ao falar do reino, um dia Jesus disse: O reino de Deus está dentro de vós! Isto mesmo!
Está dentro do coração de todas as pessoas que creem e seguem Jesus Cristo por uma vida cristã sábia e santa.
O reino de Jesus está presente no coração de um marido e de sua esposa quando crêem em Jesus, e por causa dos ensinamentos dEle, vivem muito bem seu matrimônio, são fiéis no amor, e pelo amor procuram fazer feliz um ao outro; também, quando sabem se perdoar, dialogar com amor.
O reino de Jesus está presente no coração daqueles pais que creem em Jesus, e que animados pelos Seus sábios ensinamentos, educam seus filhos na fé no Deus verdadeiro, nos valores sobrenatu-rais, nos valores da família, da igreja, do trabalho, da honestidade e da verdade.
Jesus é rei no coração dos jovens que, tendo feito um encontro pessoal com Ele, tornaram-se Seus discípulos fiéis, admiradores e apóstolos, e por isso, vivem sua juventude, seu namoro, seu noi-vado, seus estudos, sua profissão, dentro dos valores cristãos ensinados por Jesus. Jesus reina nesses corações. O reino de Jesus está presente e atuante nesses corações.
Jesus reina na famílias onde pais e filhos são convertidos a Ele, vivem com alegria e ações de graças o dom de sua fé, de sua religião e de sua igreja, e por isso, impulsionados, inspirados e ungidos pelos ensinamentos de Jesus, vivem a vida familiar em clima de amor verdadeiro, amor na família, com Deus e com o próximo. Quando a família se organiza e vive de acordo com o evangelho e os ensinamentos do Mestre, ali se encontra o reino de Jesus.
Jesus é rei num colégio, quando a direção e boa parte dos professores e dos funcionários crêem nEle, porque descobriram a riqueza dos Seus ensinamentos para suas vidas, e procuram organizar todo o andamento do colégio de tal modo que os alunos aprendam os valores cristãos, e vejam neles grande sabedoria para suas vidas.
Enfim, Jesus é rei e reina, seja onde for, quando as pessoas ali creem nEle, vivem conforme seus ensinamentos em sua vida pessoal, familiar, profissional e social. E o seu reinado é uma bênção extraordinária para os seus súditos por amor.

JESUS QUER REINAR

Por que Jesus quer reinar? Porque Ele ama com um amor que salva as pessoas para a vida eterna gloriosa. Jesus quer reinar nos corações para poder: 1. Levá-las à grande bênção de crer no Deus verdadeiro e de, por isso, receber o grande amor do Pai celeste, receber o grande amor de Jesus salva-dor, e receber o amor santificidor do Espírito Santo. 2. Revelar-lhes a grandeza de suas pessoas criadas para uma vida eterna gloriosa nos céus. 3. Ensiná-las a viver de acordo com os verdadeiros valores que salvam. 4. Libertá-los, perdoá-los e curá-los de todas as consequências do pecado original, dos pecados pessoais e dos males causados pelas outras pessoas. 5. Para ensiná-los a viver como filhos de Deus e irmãos entre si, na grande família da Igreja. 6. Para santificá-los e levá-los todos para a glória dos céus, pois o seu reino não é deste mundo.
Jesus quer reinar nos coraçãos, não para o Seu bem, felicidade e glória, mas sim para a salvação, felicidade, santidade e glória dos que creem nEle, e vivem como seus discípulos. Ter Jesus como rei é uma graça extraordinária, sem igual.

JESUS CRISTO REI.

Jesus Cristo Rei tem o direito de julgar a todos os seres humanos, porque Ele veio salvar a todos e deu a sua vida até à morte de cruz pela salvação de todos. Ele adquiriu esse direito, e o exercerá logo após a morte de cada ser humano. E o exercerá um dia, quando voltar para, publicamente, diante de toda a humanidade reunida, demonstrar a justiça e a misericórdia divinas exercidas na historia de cada pessoa e na própria humanidade. Jesus mesmo nos falou desse julgamento final. No texto de São Mateus, vemos claramente que Jesus fala de Si mesmo como rei, sentado em seu trono, no seu reino. Eis o texto:
Quando o Filho do Homem (Jesus Cristo Rei) voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar? Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. Voltar-se-á em seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos. Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitastes. Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos? E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer. E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna. (Mt 25, 31-46)
Esse texto é claríssimo sobre o reinado de Jesus Cristo Rei, sobre seu direito de julgar a todos, e sobre as obras que falam a favor ou contra as pessoas no julgamento.
Felizes são todos aqueles que pela fé em Jesus, pela aceitação de Jesus, pela obediência amoroas aos seus ensinamentos, pela resposta ao Seu amor salvífico, vivem como discípulos e irmãos, no reino de Jesus Cristo Rei enquanto vivem aqui, pois após essa vida terrena, têm garantida a glória no reino celeste, juntoi da Trindade, de Nossa Senhora, dos Anjos e Santos, nos céus.

9 de novembro de 2011

JOVENS MISSIONÁRIOS

O termo “missão” vem da língua latina, do verbo mítere, que se traduz por enviar. Missão é um envio. Missionário é um enviado. Missionário é um enviado por Jesus, através da Igreja, para anunciar a verdade anunciada por Ele. Como, porém, a verdade é essencialmente uma “pessoa”, a pessoa de Jesus, ser missionário é, antes e acima de tudo, anunciar Jesus ressuscitado, Salvador e Senhor. Este anúncio, aliás, se chama, hoje, evangelização. Ser missionário é ser evangelizador. E ser evangelizador é anunciar Jesus de tal forma que ele aconteça na coração das pessoas. Ou seja, que Jesus se transforme num acontecimento maravilhoso na vida das pessoas.
Perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que é evangelizar. Ela respondeu: “Evangelizar é ter Jesus no coração, e levar Jesus ao coração dos irmãos. Eis a “missão” do “missionário”: primeiro, ter Jesus no coração, e depois, levar Jesus ao coração dos irmãos. Foi o que fez Maria na visita a Isabel: porque tinha Jesus no coração (estava grávida!) levou Jesus ao coração de João Batista, Isabel e Zacarias.
Maria era jovem! Talvez uns dezoito anos. Ninguém foi missionária e evangelizadora como ela! Aliás, continua sendo. Ninguém sabe “fazer Jesus entrar no coração das pessoas como ela!
João evangelista também era jovem quando foi chamado e enviado em missão por Jesus! Que missionário! Que evangelizador! Também ele continua sua missão até hoje!
Em nossos dias, vemos a Igreja do Brasil florir com a presença de um número sempre maior de jovens que, tendo tido um encontro pessoal profundo com Jesus vivo, por ele se apaixonam de tal forma que se lançam como missionários evangelizadores a levar o mesmo Jesus ao coração de outros jovens. E para consegui-lo, usam de todos os meios legítimos, ao seu alcance. Ei-los na televisão, nos shows evangelizadores, gravando CDs de músicas religiosas, promovendo acampamentos evangelizadores para jovens, evangelizando corpo a corpo, promovendo e pregando retiros espirituais para seus colegas jovens. Com sua experiência profunda de Jesus vivo, com sua coragem de falar a verdade sem rodeios, com sua coragem de testemunhar sua conversão, com sua autenticidade de enfrentar e fazer desafios, eis os jovens, hoje, constituindo-se numa força missionária de grande poder e de resultados surpreendentes e admiráveis na Igreja.

VOCAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO

O termo ‘vocação’ vem da língua latina, e se traduz por ‘chamado’. Esse termo é usado em diversos sentidos, pois seu significado se abre como as muitas e diferentes palhetas de um belo leque.
Em sentido amplo, pode-se falar em ‘vocação para o matrimônio’, para a ‘paternidade ou para a ‘maternidade’. Estas são vocações implícitas na própria natureza criada. Pelo fato de alguém ser criado ‘homem’, em sua natureza está ‘embutido’ o chamado ao matrimônio e à paternidade. Da mesma forma, aquela que é gerada ‘mulher’ traz em si mesma a vocação ao matrimônio e à maternidade. As exceções são muito raras, e quase sempre determinadas por algum tipo de problema pessoal.
É preciso afirmar de imediato que aqueles que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada, quer masculina quer feminina, trazem, sim, em sua natureza, essa vocação ao matrimônio, à paternidade e à maternidade. Se estes todos assumem o celibato, não é por falta da vocação ao matrimônio, mas sim por uma ‘opção positiva’ diante do chamado de Jesus para uma vida celibatária. Estes todos podem afirmar: “Eu não renunciei ao matrimônio!... Eu aceitei o convite de Jesus, e optei, e escolhi livre, voluntária e positivamente viver esse tipo de vida para o qual Ele me chamou!”
Na verdade, a família é tão importante para o ser humano, que o matrimônio, a paternidade e a maternidade deveriam ser sempre assumidos “como uma vocação personalizada” do Pai celeste. O conhecimento da responsabilidade, da importância e da grandeza de formar um lar deveria ser tão profundo que induzisse os jovens a se prepararem para o matrimônio com todo cuidado, esmero e honestidade. Aliás, deveria ser exatamente com a mesma seriedade como um jovem se prepara para o sacerdócio, ou uma jovem se prepara para a vida consagrada.
Para os jovens poderem se preparar muito bem para o matrimônio, precisam possuir um conhecimento claro e profundo do “projeto divino da procriação humana”. Esse conhecimento lhes mostrará o verdadeiro significado do “masculino e do feminino”, da “genitalidade” masculina e feminina, do sentido da “mútua atração” entre o homem e a mulher, do significado do namoro, do noivado e do casamento, bem como da importância de formar um lar que seja “ninho de amor”, para a realização e felicidade do casal e dos filhos.

3 de novembro de 2011

A EXPERIÊNCIA DE SENTIR-SE FILHO - FILHA

(FAMÍLIA LUIZ E MARGARIDA- SALVADOR - BA)

Sentir-se filho ou filha, ter presente no coração a vivência profunda do amor recebido de uma mãe e de um pai, é uma das experiências mais maravilhosas e importantes para o ser humano.
Giovana Maria nasceu de mãe solteira. Com três dias foi assumida por uma tia para ser criada. Nunca conheceu sua mãe, nem seu pai. A tia, mesmo procurando cuidar dela da melhor forma, não lhe deu todo afeto, carinho e presença amorosa que Giovana precisava para amadurecer afetivamente, e superar o trauma da rejeição e ausência da mãe. Jovem, bela, inteligente, já ao final do segundo grau, um dia ela disse a amigas: “Vocês se queixam dos pais, brigam com eles por causa de coisas banais! Eu daria tudo, tudo, para ter a experiência que vocês podem ter, e que eu jamais poderei fazer: sentir-me filha... experimentar o afeto, o colo, o beijo de uma mãe e de um pai. Se vocês sentissem o vazio que eu sinto, a ausência que eu experimento, vocês não perderiam uma oportunidade sequer de curtir o amor da mãe e do pai. E vocês não ficariam se queixando deles por bobeiras...”
A experiência de ser filho ou filha, de sentir-se filho ou filha, de curtir o afeto, a presença e a amizade de um pai e de uma mãe é a experiência humana mais preciosa e edificante que pode existir. Aquilo que o coração da criança, do adolescente ou do jovem mais necessita e deseja, mais o satisfaz e torna feliz é o amor paterno e materno, é a experiência de sentir-se filho muito amado ou filha muito querida.
Jovem, descubra no porta-jóias do seu coração esta pérola preciosíssima: a experiência maravilhosa de ser e sentir-se filho muito amado ou filha muito querida. Talvez essa jóia preciosa esteja muito esquecida por você! Talvez você nem percebeu que a possui, e por isto sente-se “pobre, carente”, quando na verdade você possui o tesouro!
Jovem, valorize o grande tesouro da vida, da presença, da amizade, do diálogo, do afeto, da bondade, da beleza, da convivência com seus pais. Repito aquilo que um dia ouvi: ”Você só perceberá todo o imenso valor de seus pais quando eles vieram a faltar...” É verdade!
Sejam como forem seus pais, deixe-se amar por eles, ame-os, curta-os enquanto puder, aproprie-se do tesouro de suas vidas comunicadas a você pelo amor, valorize-os, e não perca uma única chance de fazê-los felizes. Você jamais se arrependerá do amor que tiver recebido e tiver dado a seus pais. Se você fizer este jogo do “deixar-se amar e do amar” a seus pais, seu coração irá lhe agradecer por toda vida, e até na eternidade.