DEZ VIRTUDES CRISTÃS
A VIRTUDE DA CASTIDADE
A castidade é uma virtude. Toda virtude é uma qualidade ou hábito bom, estável. As virtudes, portanto, não são atos ou hábitos passageiros, ou até mesmo atos momentâneos. As virtudes são permanentes e, a semelhança de outras qualidades que não são dadas naturalmente, devem ser adquiridas durante algum tempo e não se perdem com facilidade.
A virtude da castidade é uma energia presente no psiquismo humano que comanda com equilíbrio todas as manifestações da sexualidade, sejam pensamentos, desejos, fantasias, emoções ou atos ligados à sexualidade.
Por causa da desordem introduzida pelo pecado original no coração humano, 1º pelo obscurecimento da inteligência que não mais compreende o significado da sexualidade, 2º pelo enfraquecimento da vontade que não mais tem poder sobre as forças instintivas da sexualidade, esta se manifesta de diversas formas, nas quais a busca do prazer venéreo ou sexual passa a dominar a pessoa.
A virtude da castidade é a energia criada no psiquismo do ser humano que “põe a desordem da sexualidade em ordem”, ou seja, imprime a direção correta do uso da sexualidade de acordo com a ordem moral e o estado de vida das pessoas: solteiros, casados, viúvos.
A virtude da castidade é uma conquista vigorosa, às vezes penosa, por causa do grande poder do impulso (do instinto) sexual inconsciente. Este impulso impulsiona vigorosamente a pessoa para a busca do prazer erótico. Por sua vez, a virtude da castidade domestica esse impulso e estabelece a direção correta para o uso da sexualidade.
A conquista da virtude da castidade passa: 1º por um conhecimento da função procriadora da sexualidade humana, 2º por um conhecimento da sexualidade dentro do plano divino da procriação, o que leva, 3º. ao reconhecimento da importância, da grandeza e da santidade da sexualidade, 4º da decisão alegre e gratificada de realizar os atos de castidade, e repeti-los até chegar a criar o vigor da castidade.
Toda virtude é um hábito bom. O hábito é formado por ‘atos’ repetidos com freqüência. Assim, a repetição de atos de castidade criam o hábito bom da castidade, a que chamamos de virtude da castidade.
Suponhamos que um jovem tenha tomado conhecimento do sentido da sexualidade, de sua importância, grandeza e santidade, bem como de sua finalidade dentro do plano da procriação, e por tudo isto se põe a conquistar a castidade. Toda vez que aparece um pensamento erótico, ele põe em ordem essa desordem, substitui o pensamento erótico por algo bom. Quando surge uma fantasia, ou um desejo eróticos, ele prontamente põe em ordem essa desordem, orientando o seu psiquismo para algo bom e nobre. Quando surge uma sugestão para uma ação erótica: masturbação, relação sexual, pornografia de internet, ele reage e dá a orientação correta para esses desejos. Dessa forma, por esses atos de castidade repetidos, ele vai formando a energia da castidade, a qual cresce sempre mais pelos atos frequentemente repetidos. Ele os repete por uma escolha pessoal, por uma decisão de vontade. Portanto, esse “colocar em ordem a desordem” por uma decisão livre e assumida, não é frustrante e nem bloqueadora.
A virtude da castidade faz parte da virtude cardeal da temperança, que tende a moderar as paixões e os apetites da sensibilidade humana, em nosso caso, da sexualidade humana. A temperança é a virtude que direciona os prazeres da comida, da bebida e da sexualidade. A castidade é o aspecto, ou parte da temperança, que se refere aos prazeres da sexualidade.
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