DEZ VIRTUDES CRISTÃS
A VIRTUDE DA PACIÊNCIA
CONTINUAÇÃO
Diz-se que dentre as muitas virtudes, a mais difícil de desenvolver é a paciência, mas uma vez desenvolvida, esta traz inúmeros benefícios. É possível exercitar a paciência em diversas áreas, como por exemplo: no trânsito, na fila do banco, na convivência familiar, no trabalho, nos estudos, etc. Uma pessoa paciente sabe que é preciso praticá-la muito até alcançar um objetivo final desejado.
A paciência é uma energia para resistir e vencer. Aquele que sabe fazer uso da paciência, sabe também fazer uso da razão. Estão mais próximos de alcançar a vitória os que melhor utilizam a paciência do que a audácia. A paciência deve ser cultivada com arte e inteligência. Graças a ela, adquirimos capacidade de compreensão, de tolerância e de sabedoria para viver bem conosco e com os outros. Saber esperar pelo "momento" é uma virtude.
Ser paciente não significa sobrecarregar-se de sofrimento interno, nem estar vulnerável ou ser permissivo com relação às condições externas. Ter paciência não é ser uma vítima passiva da desorganização alheia. Não é útil, por exemplo, ter paciência em uma situação em que se esteja sendo explorado.
Ter paciência é a força interior de não se deixar levar pela negatividade. Ter paciência é escolher manter a clareza emocional quando o outro já a perdeu. Neste sentido, ter paciência é decidir manter sua mente limpa, livre da contaminação da raiva e do apego.
No entanto, não basta termos uma intenção clara quanto a nossas escolhas, é preciso desenvolver a força interior para sustentá-las. Neste sentido, não basta compreender racionalmente o que é ter paciência, é preciso cultivá-la interiormente.
Não existe virtude prática que seja tão necessária na vida cristã como a paciência. Não há dúvidas. Esta virtude faz com que a alma suporte tranqüilamente os incômodos e os sofrimentos da vida Quem não tem problemas e tribulações na vida? Quem pode fugir dos incômodos? Quem pode fugir ao peso cotidiano de provas e contrastes? Por isso "é necessário ter paciência para cumprir a vontade de Deus e conseguir os bens da promessa". (Hb 10,36). Paciência em casa e fora dela; no trabalho e no colégio; com patrões e empregados. Quantas ocasiões aparecem todos os dias.
Jesus disse que com a paciência salvaríamos nossas almas (Lc 21,19) E mais, com a paciência se conquistam e salvam até as almas dos outros, porque o homem paciente vale mais do que o homem forte e quem domina o caráter vale mais do que "um conquistador de cidades" (Prov 16,32). S. Paulo recomendava aos Efésios de "comportarem-se com toda a humildade, mansidão e paciência, suportando-se uns aos outros com amor" (Ef 4,2).
O primeiro dote da caridade é a paciência! ( I Cor 13,4). A maior caridade traz consigo a maior paciência. Por isso Maria, Mãe do amor, é exemplar perfeitíssimo e fonte da nossa paciência. Ela viveu com a alma transpassada por uma espada (Lc 2,35) Olhemos este fato e aprendamos saber aceitar com paciência heróica até um punhal enfiado no coração. Ela foi a Virgem oferente não só no templo, mas também, e sobretudo, no calvário. Apeguemo-nos a Ela para atingirmos a energia do amor paciente e oferente nas tribulações da vida e da morte.
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