30 de agosto de 2013

AS VIRTUDES

A  VIRTUDE DA BONDADE

            A bondade é a virtude daquele que só ‘pensa’ o bem, ‘deseja’ o bem, ‘fala’ o bem, ‘faz’ o bem e ‘vive’ o bem. Essa bondade é uma força interior, na personalidade, que induz a pessoa a sempre ‘pensar’ o bem, ‘desejar’ o bem, ‘falar’ o bem, ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o bem.
Bondoso é todo aquele que sempre e só faz o bem, e faz aquilo que é bom. A bondade é o modo como tratamos as outras pessoas, querendo-lhes sempre todo o bem.  A bondade  faz o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que só faz o bem é porque tem um bom coração.
            A bondade não é um dom congênito. Não nascemos com esta virtude. Ela é adquirida, 1º ou por uma educação onde as pessoas eram realmente boas e deram exemplos constantes de bondade por palavras e atos, 2º ou é adquirida por influência de uma vida religiosa vivida sobre os alicerces do amor a Deus e ao próximo, 3º ou é adquirida por uma decisão de uma pessoa que se propõe a ser boa, e procura realizar ‘atos de bondade’, repete-os frequentemente, até tornar a bondade uma virtude, isto é, uma força interior que leva espontaneamente a realizar os atos de bondade.
       Se quisermos crescer na bondade, então temos de adotar «exercícios de benevolência», buscar oportunidades concretas de demonstrar bondade. Além destes esforços, percebemos que mesmo as nossas melhores intenções falharão se nos basearmos apenas na nossa própria força. O crescimento em virtude precisa de abertura constante à ajuda de Deus.
A virtude da bondade é filha natural do amor-caridade. Aquele que se sente muito amado por Deus e pelos irmãos, e os ama deveras, sempre será uma pessoa bondosa. Será bondosa, porque experimenta pessoalmente a bondade de Deus em sua vida a ponto de poder exclamar:”Como Deus é bom para mim”! “Como Deus é bom para todos”! “Quanto bem Ele me faz”! “Quanto bem Ele nos faz”! Por essa experiência da bondade de Deus, seu coração se abre para querer ser um pouco como Deus é para ela. Esse desejo de ser bom é satisfeito pela ação do Espírito Santo que “infunde” um pouco da bondade de Deus no coração humano. Este cresce em sua capacidade de ser bom e de fazer sempre e só o bem, porque é o Espírito Santo que está produzindo o fruto da bondade neste coração.
        A bondade é uma qualidade pessoal que permite que um indivíduo seja sensível às necessidades dos outros e que trabalhe pessoalmente para atender a essas necessidades. É mais do que apenas ser simpático e agradável.
       Se nossa bondade for real será reflexo de Deus. Só Deus é bom, podemos por nossa bondade e virtudes refletir a bondade de Deus. A pessoa realmente boa nos ajuda a sermos bons, sinceros, trabalhadores, pacientes, a ter mais fé, a ter mais virtudes, a estar mais presentes nas dificuldades.
            Qualquer investigação da bondade leva-nos logo a descobrir que, mais do que uma simples emoção, ou uma ação espontânea, ou um conceito abstrato ou uma ideia filosófica, a bondade é uma virtude. A virtude (em latim virtus, «força de caráter») é uma qualidade do intelecto e do caráter que permite e faz com que uma pessoa viva uma vida digna e eticamente boa, e a ‘pensar’ o bem, a ‘desejar’ o bem, a ‘falar’ o bem, a ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o bem.
Quem possui a virtude da bondade naturalmente transborda por suas palavras, por seus atos, por sua vida, a bondade de seu coração. Ele não é apenas bom para com aqueles que são bons ou que lhe demonstram sua bondade. É bom para todos. Faz o bem a todos. Mesmo àqueles que lhe fazem mal. Aliás, Jesus ensinou isso quando disse em Mateus 5,44 “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e caluniam”.
.           A virtude da bondade é reconhecida pela gratuidade. A pessoa bondosa faz sempre e só o bem, gratuitamente, sem buscar ou esperar recompensas. A bondade gera uma necessidade deveras interessante no coração da pessoa: a necessidade de fazer o bem. Há uma inclinação interior ao bem. Isto é obra do Espírito Santo.
            Lemos em Lucas 6, 33 as palavras de Jesus que nos mostram essa gratuidade: “E se fazeis o bem aos que vos fazem o bem, que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores”. E em Lucas 6,35 “Pelo contrário, amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom também para com os ingratos e maus”.
A pessoa boa nos faz olhar para cima, para coisas mais nobres e boas. Nos ajuda a sair do nosso olhar egoísta, nos ajuda a sermos pessoas melhores. A pessoa boa tem virtudes reais e por isso eleva o nível das pessoas à sua volta com um modo de ser  mais humano. A pessoa boa perdoa. Tira por menos as dificuldades do convívio devidos às diferenças de caráter, oferece um entendimento misericordioso perdoando rapidamente modos de ser desagradáveis e defeitos dos demais. A pessoa boa faz acreditar na verdade, leva os demais para Deus. Nela existe uma harmonia de pensamento e ação. Há uma harmonia entre interior e exterior. É uma pessoa de uma peça só.  A pessoa boa tem as suas fraquezas mas não é dominada por elas e mantém o esforço permanente de melhorar e combater seus defeitos.  A pessoa boa tem sempre o coração aberto: para os demais, para os diferentes modos de ser, para as diferentes expressões culturais, para continuar aprendendo.  A pessoa boa ama a todos sem que tenha que ter razões especiais para isto. A todos deseja o bem.  É muito bom ser bom!




28 de agosto de 2013

AS VIRTUDES

A VIRTUDE DA HUMILDADE

O nome “humildade” vem da língua Latina "humus" que significa “terra fértil”. A terra fértil acolhe as sementes, lhes comunica a energia para desabrochar, crescer, tornar-se arbusto e produzir frutos abundantes. A humildade, portanto, é um terreno fértil para produzir todas as demais virtudes humanas e cristãs. Esse terreno fértil é o “coração humilde”, ou seja, o interior do ser humano humilde.
A Humildade é a virtude que nos revela a realidade exata da nossos dons, nossas qualidades, nossas virtudes, nossas possibilidades, e ao mesmo tempo nos revela nossas fraquezas, nossa modéstia, nossa pobreza interior, nossas limitações e até nossos vícios e nossas tendências negativas. A humildade, portanto, nos dá uma radiografia exata de nossa pessoa e personalidade.
A humildade tem como fundamento necessário a verdade. 1º A verdade sobre nós mesmos, 2º a verdade sobre nós diante de Deus e 3ºa verdade sobre nós diante dos outros seres humano.
            1º Em relação a Deus, pela humilde a pessoa reconhece a grandeza de Deus,  seus direitos sobre nossa pessoa, pois fomos criados à sua imagem e semelhança, dEle recebemos o dom da vida e todos os dons naturais e sobrenaturais. Por isso a humildade nos torna agradecidos para com Deus, abertos às suas orientações e vontades, acolhedores de suas graças. Nisto, a humildade é porta aberta para a santidade. A humildade é um terreno fértil da santidade.
            2º Em relação a si mesmo, a pessoa humilde reconhece a verdade sobre a sua própria pessoa. Reconhece seus dons, suas qualidades, suas virtudes, suas possibilidades de agir bem. Sabe que tudo lhe foi doado, por isso não se vangloria, não se orgulha, não se envaidece. Pela humildade a pessoa reconhece também suas fraquezas, suas limitações, suas tendências negativas, até seus vícios e pecados. Não se entristece, não cria inferioridade. Procura, isto sim, na humildade, superar as fraquezas, vencer as tendências negativas e os pecados.
3º Em relação ao próximo, a pessoa humildade reconhece e valoriza seus dons, suas qualidades, suas virtudes, suas boas ações, e sabe apreciar, elogiar e promover o outro. Mas sabe também conhecer as fraquezas, as limitações, as tendências negativas do outro, mas jamais critica, difama, humilha, acusa ou condena. Nisto, a humildade é muito misericordiosa e bondosa. A experiência das próprias fraquezas leva a ter misericórdia diante das fraquezas do outro. A pessoa humilde, sabe que os outros têm muito a lhe ensinar, e não desperdiça a graça de aprender, e de amadurecer significativamente em tudo o que faz. Quem é humilde reconhece o que tem de bom no outro, cresce com ele, valoriza-o e lhe dá a oportunidade de também ser bom. Ser humilde é saber ir até o ponto de não interferir nos outros, ser humilde é não intrometer na vida dos outros.
A verdadeira humildade é aquela pela qual o homem tem consciência e possui uma convicção do que ele é, da sua capacidade, da sua força ou da sua fraqueza, compreende a sua inferioridade, reconhece seus limites, mas não sofre. Por isso, se esforça e trabalha para ser melhor e procura constantemente seu aperfeiçoamento físico, moral e espiritual.
A humildade é sabedoria, é ser gente com os outros, é deixar-se ajudar pelos outros, é saber respeitar os demais, é dar espaço para amar e ser amado, para encontrar e ser encontrado.  Se diz que a humildade é uma virtude humilde.
Ela torna discretas as outras virtudes, e despercebidas de si mesmas.
A humildade não é depreciação de si mesmo, não é ignorância com relação ao que somos, mas ao contrário, se tem conhecimento exato do que não somos, mas também daquilo que temos de bom. A força desta virtude está na alma e não precisamos ser santos para ter humildade.
Esta consciência daquilo que somos, tanto de bom como de limitações, se adquire lentamente pelo trabalho interior, ou pode ser provocada pelo reconhecimento da existência de alguém superior a nós mesmos, por reconhecer a grandeza de Deus, o Ser Supremo, as suas forças universais com as leis que as regem. Diante dessa compreensão e reconhecimento interiores nasce a humildade, como reverência à grandeza do Criador.
             A humildade é uma virtude que atua sem ilusão, sendo guiada pela razão. Por isso, um bom conhecimento teórico da humildade favorece o aprofundamento nesta virtude. A humildade produz no interior do homem: alegria, paz e serenidade. A verdadeira humildade sempre está acompanhada de outras virtudes: caridade, misericórdia, amor, verdade e compaixão.
            Entretanto, a virtude da humildade como maturidade de ser e de existir, tem um valor e um sentido transformador e dignificante para a vida humana. Humilde é a pessoa que tem a capacidade para se relacionar sadiamente consigo, com os outros, com os bens da criação e com o Criador.
Humildade é a virtude de alguém que tem consciência do que é: de suas virtudes, habilidades e qualidades, mas igualmente de seus limites e fraquezas. Humilde é a pessoa aberta para a vida, para a transformação, para a mudança, para o crescimento, para o acolhimento dos valores e da ajuda de Deus e dos outros. Uma pessoa humilde sabe que não é dona da verdade. Ela está sempre aberta à mudança e ao crescimento. Reconhece e aceita que todos têm algo a ensinar. Não exclui ninguém. Busca conviver com todos tendo um espírito de disponibilidade para colaborar, como tem maturidade para aceitar a ajuda de qualquer pessoa independente de sua posição social, cultural, ou religiosa. É alguém grato à vida.
                Na verdade, a virtude da humildade nos leva ao verdadeiro  auto conhecimento, com nossas virtudes e limites. Nos leva também a reconhecer e aceitar o valor de cada pessoa e de sua importância no convívio social. A humildade, como virtude, é indispensável para que o próprio amor aconteça. Sem humildade não há verdadeiro amor, pois sabemos que o amor exige e supõe a comunhão, a partilha e a parceria de vida, isto é, o espírito de vida em equipe, a busca da justiça do social, a abertura de vida para o acolhimento e da entre ajuda.
Portanto, a pessoa humilde apresenta normalmente estas características: Admite que não é dona absoluta da verdade. Sabe acolher e respeitar a pessoa do outro. Está sempre aberta para aprender e mudar. Ajuda e se deixa ajudar. Ama e se deixa amar. Tem boa convivência social. Não nega suas habilidades e qualidades, como igualmente seus limites e fraquezas. É alguém amadurecido no seu ser, existir e conviver. Sabe antes de tudo reconhecer os valores do que os defeitos de cada pessoa com a qual convive. É por natureza serviçal. Particularmente é alguém agradecido por tudo o que recebeu e recebe de Deus, da vida e de todos. Alguém integrado consigo.
A pessoa verdadeiramente humilde não se considera superior, nem inferior a ninguém, pois vê em todos um universo de inteligência e de beleza. Por isso, o humilde não discrimina, nem maltrata qualquer pessoa. Para ele, ricos e pobres, inteligentes e obtusos, bons e maus são, antes de tudo, filhos de Deus.

Uma pessoa verdadeiramente humilde não se orgulha de seus bens, de sua riqueza, de seu patrimônio intelectual ou de sua boa aparência. E age assim porque sabe que tudo é passageiro na vida terrena. Um homem assim é sábio e, certamente, vive tranqüilo.
 A pessoa humilde é o mesmo em todas as ocasiões. Se está em situação desfavorável, conserva-se tranqüilo e não se sente inferiorizado, pois conhece suas potencialidades.
 Se vive em condições confortáveis, busca vivenciar a solidariedade, a alegria, o bom humor e a tolerância. É assim que se constrói um futuro de alegria e realização.
Jesus Cristo nos deixou lições e exemplos de humildade. Ao lavar os pés de seus discípulos quis revelar a grandeza da humildade que sabe servir até nas atitudes mais humildes. Ele também disse: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Em outra oportunidade falou: “Quem se orgulha será humilhado e quem se humilha será exaltado”.



27 de agosto de 2013

OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

 O SANTO  TEMOR  DE DEUS
         Pelo pecado das origens, perdemos a ligação com Deus e, por isto, perdemos o amor e a amizade, o bom relacionamento com Deus. Perdemos o sentido de Deus, bem como o sentido das realidades eternas, o sentido do mal e do pecado.  Por causa desta perda toda não  percebamos mais o VALOR  DE DEUS, O valor da verdade revelada, a necessidade de conquista da salvação eterna. Perdendo o seu valor, perdemos o interesse. E por isto já NÃO IMPORTA ter ou não ter Deus.  Não importa pecar ou não pecar, salvar-se ou não, pois sem o sentido do VALOR DE DEUS, não se percebe mais o sentido dos outros valores eternos.
      Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza, vem nos reconstruir por dentro, através da dom do TEMOR DE DEUS, devolvendo-nos o sentido do grande valor de Deus para a nossa vida, o valor da verdade, da salvação. E dando-nos o sentido desses valores, cria em nós, um medo (temor) de perdê-lo.
          DOM DO TEMOR DE DEUS. - Por este dom, o Espírito Santo  nos dá um Impulso firme e saudável, pelo qual criamos um Amor por Deus, e uma repugnância de PENSAR QUE PODERÍAMOS  VIR A PERDER A DEUS.
          Este temor nasce do AMOR. O amante teme perder o amado... Quem ama teme perder, ofender, afastar-se do amado.
          O Espírito Santo  nos une a Deus de tal forma, e nos dá tão forte amor, que sentimos HORROR só em pensar que poderíamos perder a Deus. O Temor de Deus nasce do amor filial para com Deus (a piedade) Por isto, o Temor de Deus impede que venhamos um dia a afastarmo-nos de Deus, o nosso bem-amado.
     O temor de Deus gera HORROR AO PECADO. “Antes morrer do que pecar” ... Antes dar a vida do que PERDER A DEUS ETERNAMENTE....
         O temor de Deus não apenas nos AFASTA DO MAL.  Ele nos IMPULSIONA para dentro do bem, firma-nos no bem. Quanto mais enraizados no bem, tanto mais difícil será voltar ao mal. Quanto maior o amor a Deus, tanto mais difícil de se chegar a perdê-lo.
Há vários tipos de temores, que não são santos.
-   Temor do sofrimento: medo desequilibrado de sofrer...horror de sofrer.
-   Temor da culpa: medo de ser acusado, medo doentio que leva à omissão.
-   Temor mundano (respeito humano) medo da opinião dos outros
-    Temor servil (Modo do castigo) Não faz o mal por medo de ser punido...
  Graus do TEMOR DE DEUS
1º Afasta-nos do mal. Pelo temor, o Espírito Santo nos leva à vitória rápida e  perfeita sobre o mal e o pecado.
2º Não apenas afasta do mal, mas leva a ADERIR a Deus com profunda reverência.

3º O temor de Deus gera a verdadeira pobreza,  o desprendimento, exatamente por levar a ADERIR a Deus com toda força. SÓ DEUS ME BASTA...

26 de agosto de 2013

OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

D O M     D A      P I E D A D E
 O pecado das origens rompeu nosso relacionamento com Deus, nos des+ligou de Deus. Perdemos a consciência da paternidade divina a todo relacionamento de filhos para com o seu Pai.  Com isto, e por isto surgiu toda dificuldade de relacionamento com os irmãos-homens. O pecado original nos deixou uma sensação de orfandade, de solidão e de isolamentos
 Se é verdade que somos seres sociais, precisamos, por isto, de comunicarão com Deus e com os homens. Se é verdade que a caridade cristã é comunhão com Deus e com os semelhantes, também é verdade que temos muitas dificuldades no relacionamento com Deus e com os homens.
Aquela amizade=amor profundo que levaria a um relacionamento primoroso com Deus e com os irmãos foi abalada pelo pecado das origens. E quanto empenho precisamos fazer para conseguirmos re-criar uma real amizade com Deus e com os semelhantes.
Mas  o Espírito Santo vem em nosso socorro, vem reconstruir o que o pecado destruiu. Vem nos dar, pelo dom de PIEDADE, nova capacidade interior, interesse e satisfação, para recriar, com Deus e com os irmãos novos laços profundos de amor.
O DOM DA  PIEDADE:
 - Piedade não é sinônimo  de compaixão, pena, dó,  sofrimento com os outros.   
-  Não  é, também,  só, a facilidade para orar... (pessoa piedosa)
PIEDADE é aquela consciência, aquela certeza interior, aquele espírito  interior feliz, porque DEUS É PAI, ótimo Pai, meu Pai, nosso Pai, Pai de todos. E por ser  Pai de todos, vibramos com a realidade de que somos todos irmãos. E porque Deus é ótimo Pai que nos ama com amor infinito, e porque somos todos irmãos, passamos a perceber “no coração” a presença do amor experiencial a Deus e aos irmãos.
 O Espírito Santo nos dá o dom de PIEDADE como um MODO DlVlNO, no relacionamento com Deus a com os irmãos, tornando este relacionamento profundo e perfeito, tornando-o, amor comunicante.
 Em primeiro lugar, a PIEDADE estabelece, com perfeição, nossas relações com Deus: recebemos o espírito de adoção, pelo qual clamamos ABA, isto é: PAI !  Por este dom, o Espírito Santo. nos mostra e convence que Deus é Pai ... e nos faz chegar a experiência pessoal do AMOR PATERNAL DE DEUS.Pela PIEDADE o Espírito Santo. nos reconstrói e devolve aos nossos corações aquele afeto filial para com o Pai; por sentirmo-nos filhos, ocupamo-nos com amor no relacionamento com Ele.
Possuindo o dom da PIEDADE não nos fixamos nos benefícios recebidos do Pai... não há um amor-interesse. Olhamos, sim, Só COM  AMOR, sem interesse. Olhamo-lo como Ele é...para aquilo que Ele é.
O exercício desse dom nos leva a proclamar Sua honra, Sua glória, Seu amor; e nos leva a oferecer-lhe tudo o que somos e temos
Em segundo lugar, pelo dom da PIEDADE, O Espírito Santo nos leva  como por conseqüência a sentirmos interesse particular, singular, generoso, para com todos os irmãos. - Porque Deus é nosso Pai,  SOMOS TODOS IRMÃOS. A fraternidade começa aqui!

23 de agosto de 2013

DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

                      DOM  DA FORTALEZA
          O Pecado original atingiu nossa vontade e lhe tirou a decisão, a força, a perseverança e a coragem de buscar sempre e só o bem. Ficamos  fracos, ,desencorajados, indecisos e desanimados.
         O Espírito de Deus vem em nosso socorro para reconstruir-nos por dentro, através do dom de fortaleza.
         Na nossa vida cotidiana, todas as coisas nos parecem, e às vezes, são mesmo difíceis. Encontramos muitos obstáculos. Nossas fraquezas dificultam nosso progresso. No cumprimento do dever precisamos fazer tanto esforço... Outras vezes, sucumbimos com tanta facilidade. Vivemos cercados de perigos por todos os lados que provocam nossas quedas.
         Percebemos tentas tentações.  Percebemos nossas fraquezas internas. Mas o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza, e nos dá a força, a fortaleza. Aliás, a força é Ele mesmo.
          Dom da fortaleza.  Pelo dom da fortaleza, o Espírito Santo nos move de maneira tal que podemos superar todas as dificuldades, fugir de todos os perigos, e ter no coração a força divina para superar e vencer nossas fraquezas. Tudo posso naquele que me fortalece.
         Dom da fortaleza não é apenas uma força que nos é dada pelo Espírito Santo. que se manifesta, independente dEle. Não! A fortaleza é o próprio Espírito Santo como pessoa, que se torna a nossa força. Ele, dentro  de nós, passa a ser, a se  manifestar  como nossa força. Ele é a força em nós. Ele é o poderoso, o forte em nós. Nós nos tornamos fortes nEle.
         Esta força se manifesta no combate ao mal, ao pecado, à Injustiça.  Nos somos atacados pelo mal, por dentro e por fora. Só com a força do alto poderemos vencer todas estas tentações, seduções, mentiras, apelos e insinuações do maligno e do mal presente no mundo.
         Com a fortaleza desenvolvida, venceremos... Isto é, com a força do Espírito Santo colocada a nosso favor, venceremos .A coragem dos mártires, a perseverança dos Santos fundadores, a valentia dos 'mártires' vivos do nosso tempo, são o resultado do dom da fortaleza concedido pelo Espírito Santo..
        O dom da fortaleza se manifesta, também, na execução de toda sorte de bem. Muitas vezes percebamos o bem que deveríamos ou gostaríamos de fazer, mas fraquejamos, nos omitimos, nos desculpamos, fazemos fugas... 0 Espírito Santo nos dá a fortaleza para realizar o bem, com coragem, alegria e realização pessoal.
         O dom de fortaleza tem como medida a força de Deus ... é infinita, onipotente.  Pela fortaleza, Espírito Santo nos Impele a tudo aquilo que é verdadeiro e bom, com decisão e coragem. que não são nossas,  mas sim, que vem da força de Deus. O Espírito Santo nos reveste da força de Deus (Deus é minha força e o mau canto.)

Graus da FORTALEZA.
 O Espírito nos fortalece, antes de tudo, naquilo que nos é necessário para a nossa vida cristã diária. Nos fortalece para a perseverança em nossa vida espiritual e sacramental, no que seja fundamental.
 O Espírito nos fortalece, em segundo lugar, para realizar aquilo que seja útil e conveniente, quer na nossa vida cristã diária, no nosso dever a cumprir, no nosso apostolado, na nossa vida familiar, social, bem como no  trabalho.
 O Espírito Sento nos fortalece, em terceiro lugar, em todos os nossos atos mais comuns, no serviço de Deus e dos irmãos, na caminhada da vida cristã diária, em qualquer circunstância.



22 de agosto de 2013

OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

D O M    D O    C O N S E L H O

         Dom Natural de PRUDÊNCIA: Em nossa inteligência há uma forma de agir, perfeitamente prática.  Para realizarmos qualquer ação, examinemos com cuidado a conveniência, a oportunidade, e a circunstâncias: É a Prudência. A prudência humana. - Por melhor que seja pela e imperfeita.
  Pelo pecado original, ficamos desnorteados, desorientados o confusos inseguros indecisos, quando aos cominhos a caminhar em nossa vida de cada dia.  Confundimos, tantas vezes, o bem com, o mal. O certo com o errado. O verdadeiro com falso. Tantas  o mal como se fosse um bem.. - E nossos tempos é tão grande a desorientação que se chega a condenar o bem e a glorificar o mal. Leis que aprovam o crime o pecado e a injustiça. O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza para reconstruir-nos por dentro, e devolver- nos a segurança interior a  certeza do correto.
         Na nossa vida de cada dia é tão complicada, as vezes, tão cheia de incertezas, dúvidas a indecisões, que precisamos de socorro do alto ... O Espírito Santo nos dá o DOM do CONSELHO e por este dom, o próprio Espírito de Deus torna-se nosso companheiro de caminhada e de peregrinação,  encaminhando-nos pelos caminhos corretos de verdade a do bem.
    O Espírito Santo. que mora nos nossos corações, como um guia, um cicerone nos guia pelos caminhos tortuosos e complicados de vida em busca da perfeição cristã fazendo-nos ver, com clareza a verdade, o bem, o que o correto e nos MOVE, impulsiona a BUSCAR, A VIVER e A PRATICAR a verdade e o bem.
      O dom do CONSELHO é a inspiração e a moção do Espírito Santo para realizarmos todos as coisas de nossa vida cristã e religiosa, com melhor perfeição. Por Exemplo,
       Na vivência dos sacramentos, talvez, estejamos em rotina, desleixados, ate, pensando, talvez que de nade servem. O Espírito Santo nos inspira e move a realizarmos uma renovação sacramental, através de estudos e reflexão, até redescobrirmos seu sentido e voltarmos a sua vivência.
      Na vivência do amor cristão, estejamos, talvez, barrados por ressentimentos, raivas, ódios ou estejamos envolvidos em amizades negativas. O Espírito Santo nos aconselha e leva ao perdão ou a romper com aquela amizade:
       Pelo dom do CONSELHO o Espírito Santo torna-se o NOSSO DIRETOR ESPIRITUAL PERMANENTE,  nosso conselheiro íntimo, nos acompanha o aconselha a cada momento, nas nossas incertezas. Porque sabe exatamente todas as coisas, porque sabe o que é CERTO e MELHOR, o Espírito Santo nos ACONSELHA e move a realizarmos cada vez mais, aquilo que é melhor.
GRAUS
1. Conselhos no necessário: Pelo auxílio do Espírito Santo através deste dom conseguimos fazer com rapidez e segurança, tudo o que seja vontade de Deus a nosso respeito, nas coisas necessárias de nossa vida cristã.  
O Espírito Santo nos ajuda a conhecer de modo rápido o seguro a vontade de Deus, e nos move a fazê-Ia ou melhor, e executá-la com alegria e felicidade no tocante ao necessário para a nossa vida cristã.
Ex. -  Orienta e move a experiência de Deus Uno e Trino. (Percebe-se nas pessoas  o crescimento e a maturação desta experiência.
     Promove a renovação e aviamento sacramental ,levando-nos a descobrir e vivenciar os sacramentos.
     Nos esclarece e move a rompermos com o pecado grave o com as seduções  do mundo.


21 de agosto de 2013

OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

 D O M    D A    C I Ê N C I A
 Pelo pecado original nossa inteligência foi obscurecida, e como resultado  nós e nos tornamos superficiais, e não mais tão capazes de penetrar no segredo, no Intimo de todas os coisas criadas, para encontrar nelas as maravilhosas capacidades e grandiosas, arte e perfeições de Deus.
O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza a quer reconstruir-nos por dentro, dando-nos o dom de ciência ou melhor, comunicando-nos  sua ciência,  isto  é, sua capacidade de penetração para encontrar o segredo íntimo das criaturas e notas os perfeições do criador.
NOME:  vem do latim: SCIRE - significa- saber, conhecer. Mas  prestemos  atenção pois 'saber' ... é como sabor...E conhecer é como do francês: con+naitre, que significa: nascer com... ser gêmeo de... conhecer como gêmeos se conhecem. Conhecer por uma experiência pessoal... vivida.
Há uma CIÊNClA  HUMANA que penetra o universo, e analisa em profundidade todos os fenômenos, segredos e leis. Faz descobertos maravilhosas. Por Exemplo: as ciências médicas...as ciências biológicas as ciências eletrônicas...
DOM INFUSO DA CIÊNCIA.  E' um dom dado pelo Espírito Sento pelo qual nos leva a descobertas maravilhosas nas coisas criadas, e por elas, a descobrir as perfeições de Deus. - Possuindo o E.S. ele nos comuna e nos contagia com este dom. E pelo dom, nos move e guia para que possamos conhecer um pouco como ele conhece, os segredos profundos de todas as coisas, para, através das criaturas, chegarmos a conhecer, admirar, a louvar ao criador.
Pelo dom de CIÊNCIA o E.S. nos faz compreender DIVINAMENTE (=como deus compreende...) as criaturas, e por meio delas, nos possamos elevar a Deus.
O dom de CIÊNCIA Não é discursivo, não é trabalho de nossa mente. Os conhecimentos nos chegam como por uma intuição dada pelo E.S. e nela, percebe-se o VÍNCULO íntimo que une todas os criaturas entre si, e suas ligações com Deus.
 Pelo dom da CIÊNCIA percebe-se que todas os criaturas são reflexos de Deus , reflexos da bondade divina, ESCADAS LUMINOSAS para subir, por elas a Deus*
Vistas com os olhos do E.S. todas as criaturas nos mostram duas fazes:
         Ia. A vaidade das coisas criadas: tudo é passageiro, efêmero e enganoso Por causa disto não nos  detemos nelas.
          2a. O vestígio divino em cada criatura de Deus. Por isto não paramos nelas, mas elas nos elevem a Deus.
VAIDADE: as criaturas são vãs, passageiras, não podem nos satisfazer plenamente em  podem nos dar a felicidade completa. As criaturas vistas em si mesmas ,seduzem, mas depois decepcionam. Pois são passageiras.
O dom de CIÊNCIA revela de modo seguro,  intuitivo, com convicção Inabalável, A VAIDADE DAS COISAS CRIADAS.
CENTELHAS DE DEUS: A CIÊNCIA mostra que as criaturas são obras do AMOR DE DEUS, revestindo-as de luz, para que possam nos FALAR e MOSTRAR Deus. São  REFLEXOS DE DEUS, são como CRISTAIS, pelos quais vemos a maravilha de Deus. Este Dom, pois, nos dá a visão profunda para vermos no fundo da criatura, as maravilhas de Deus.

CONSEQÜÊNCIAS DESTE DOM

Desprendimento perfeito das coisas criadas.
Gozo da perfeita liberdade em relação às criaturas.
Alegria perfeita da pobreza de espírito.

 

 


20 de agosto de 2013

OS DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

DOM DO  ENTENDIMENTO
 O pecado original obscureceu nossa mente, principalmente quanto a penetração e compreensão mais profunda das verdades e realidades espirituais.  Sabemos por experiência pessoal, quanto precisamos estudar, refletir, meditar, sobre as verdades para podermos compreendê-las, e assim mesmo ficamos tanto na superfície, as esquecemos e se conseguimos aprofundá-las, alguma vez, voltamos à tona, com muita facilidade.
 O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza, vem nos reconstruir, por dentro através do dom do Entendimento, para que, com seu auxílio, possamos penetrar nas verdades e conhecê-Ias, um pouco, como Ele as conhece.
 * DOM DO Entendimento (ou inteligência)
Nome: vem do latim: in+téndere, que significa: tender para... dentro ... querer penetrar para dentro. (inteligência: vem do latim: intus+ legere, que significa, ler por dentro... )
 * O dom do ENTENDIMENTO é a comunicação que o E.S. nos faz, de sua capacidade de penetrar e conhecer A FUNDO, pela qual, ENTENDEMOS e PENETRAMOS  nas verdades sobrenaturais CONHECENDO-AS a fundo, no Intimo e profundo.
 * Dom do ENTENDIMENTO é a capacidade dada pelo E.S. à nossa mente para penetrar, entender, saborear a Deus a suas realidades pessoais e na sua criação
 *  Pelo ENTENDIMENTO conseguimos penetrar profundamente nas verdades da fé olhando-as e saboreando-as por dentro, no profundo.
 *  Porque estamos unidos a Deus, pelo E.S. que é amor, e nos comunica o amor,                passamos a penetrar nas verdades, por uma capacidade que nos é comunicada, transmitida pelo próprio E.S.
 * Porque estamos unidos a Deus, por uma ação provocada pelo E.S. numa união de amor, o VEMOS e CONHECEMOS por uma doce experiência  pessoal.  Conhecemos, não apenas com a 'cabeça', mas sim com o 'coração". (Só se conhece bem, quando se conhece com o coração.  Porque estamos unidos a Deus em amor, 0 E.S.      nos MOVE para penetrarmos nas profundezas daquele a quem estamos unidos,      e a conhecermos suas realidades o verdades.
 *  O dom do Entendimento faz distinguir o verdadeiro, do falso; o divino do mundano; o correto do errado.
 *  E.S. por este dom, nos faz penetrar no intimo das verdades sobrenaturais, e nos comunica um conhecimento VlVO, ÍNTIMO, EXPERIENCIAL, das coisas espirituais. Faz-nos descobrir o OCULTO nas verdades. Faz-nos chegar ao 'mistério', isto é: a conhecermos tudo aquilo que pode ser conhecido e tudo aquilo que precisamos conhecer, no oculto.
 Por exemplo:
 *Na Eucaristia nos faz descobrir cada vez mais a PRESENÇA REAL...
* Na Bíblia, nos faz encontrar a verdade da PALAVRA DE DEUS.
* Nas figuras e parábolas nos faz compreender as realidades e verdades:
        Sacrifício de Abraão - pré-figura o Sacrifício de Jesus.
Moisés - Pré-fígura o grande Pastor do Povo: Jesus Cristo.
A serpente de bronze - pré-fígura o crucificado. Etc.
A parábola do grão de fermento figura a vida em graça que se desenvolve..
A parábola de ovelha perdida  figura o pecador buscado pelo Bom Pastor.
 * Mostra o invisível no visível: mostra o criador, nas CRIATURAS. Mostra Jesus Cristo no sinal do pão.


19 de agosto de 2013

O PAPA E A POMBA


DONS INFUSOS DO ESPÍRITO SANTO

  D O M  D A   S A B E D O R I A
  O Pecado original nos desligou de Deus. Este desligamento nos levou à perde do amor de Deus: não sentir-se amado...e não amar a Deus. Com a perda do amor perdemos o "sabor, o gosto  da amizade com Deus,  bem como o sabor de todas os coisas de Deus.Por experiência pessoal, todos, sentimos em nossas vidas a realidade da perda do SABOR das coisas espirituais; e sabemos quanto esforço precisamos fazer, durante uma vida toda para adquirir esta AFEIÇÃO, este  GOSTO pelas coisas de Deus.
    O Espírito Santo, que é amor, vem em nosso socorro e com sua ação, quer reconstruir-nos, por dentro, e devolver-nos o que perdemos. Como amor que e, Ele nos quer RE+UNIR (o pecado des+uniu... ) a Deus, em nova amizade e nos dá o dom da sabedoria ... nos devolve o SABOR ESPIRITUAL, O gosto pelas coisas de Deus.
   SABEDORIA: o nome SABEDORIA vem do latim.- supere, que significa: sabor, gosto, bom paladar.
  O Espírito Ssanto que possuímos, nos une profundamente com Deus, recria nova amizade. Por este união passamos a conhecer e apreciar a Deus, e suas realidades, como Ele as conhece  e aprecia, como por uma CO-NATURALIDADE, uma união, numa experiência pessoal de amor. Como por um contágio uma transmissão Interior direta de coração a coração, o E.S. nos comunica o amor e o sabor.
    Pelo dom da SABEDORIA, conhecemos a Deus é a todas os suas realidades, por uma experiência pessoal, comunicada pelo Espírito Sento. Por este dom, Ele nos leva a conhecer a Deus, em sua bondade, mas como bondade experimentada, saboreada pessoalmente.
     O dom de SABEDORIA é o dom dado pelo E.S. para saborear, experimentar a Deus, como Ele é bom em si mesmo o em todas as suas criaturas. Provei o vede como o Senhor é bom!' -
  Tendo experimentado a Deus: pai, Filho e E.S. passamos a gostar, aprender e amar a tudo o que vem de Deus, a tudo o que pertence a Deus. (Como, quando gostamos de alguém, passamos a gostar e valorizar tudo o que lhe pertence.)
     O dom da SABEDORIA nos leva a saborear o amor de Deus, a crescer a experimentar cada vez mais o sabor do sou amor manifesto na criação.
     Pelo dom da SABEDORIA passemos a conhecer todas as coisas, por meio de uma intuição dada pelo Espírito Sento; mas este CONHECIMENTO produz uma experiência  deliciosa, saborosa, comunicada pelo E.S.
Pelo dom da SABEDORIA, passamos a experimentar e saborear a Deus e a todos os seus gostos; passamos a saborear a gostar de tudo, COMO Deus gosta e as saboreia. (Vemos com os olhos de Deus e gostamos coei o coração de Deus.)


18 de agosto de 2013

ASSUNÇÃO DE MARIA iMACULADA

ASSUNÇÃO   DA  IMACULADA   


            Neste dia, 18 de agosto, festa da Assunção, celebramos o glorioso acontecimento da elevação de Maria, mãe de Jesus, aos céus, em corpo e alma.  Diz o Vaticano II, no número 147: “Terminado o curso da via terrestre, Maria foi assunta em corpo e alma à glória celeste”. Em síntese. Ao final de sua vida terrena, certo dia, a Virgem “adormeceu”, seu corpo foi imediatamente glorificado, e Ela – completa – com seu corpo e alma – foi elevada aos céus. Seu corpo não se corrompeu. Foi transformado, glorificado, imortalizado, à semelhança do corpo ressuscitado de Jesus.
            Maria não morreu?... Uma corrente de teólogos diz que não. Aliás, eles indicam argumentos teológicos e bíblicos muito fortes. Para esses, ela teria apenas “adormecido” num sono semelhante ao da morte. Seu espírito – sua alma –  não teria deixado seu corpo. Neste estado de “dormição - adormecimento”, foi sepultada, e imediatamente transformada, glorificada e elevada, inteira, para a glória do céu. Em Jerusalém há a igreja da "dormição", local onde Maria imaculada teria adormecido
            Maria morreu?... Outra corrente de reflexão teológica diz que sim, e aponta seus argumentos. Afirmam que Maria quis seguir o mesmo caminho de seu Filho. À semelhança de Jesus,  Maria teria morrido, teria sido sepultada e imediatamente ressuscitada. Seu corpo teria sido glorificado, e Ela – inteira – teria sido elevada à glória dos céus, em corpo e alma.
            Como foi exatamente a “passagem”, a “páscoa” de Maria para o céu, por certo, só o saberemos quando estivermos com Ela, na glória.

O túmulo  de  Nossa Senhora.
            O túmulo onde a Virgem “repousou por um pouco de tempo” está em Jerusalém, na Igreja da Assunção. Um documento de alta antiguidade, chamado “Dormício Vírginis”, “A Dormição, o Adormecer da Virgem”, conhecido desde o segundo século, revela o lugar onde o corpo de Maria deveria ser colocado. Diz o documento: “Nesta manhã, tomai convosco a senhora Maria e andai para fora de Jerusalém, pelo caminho que conduz à cabeceira do vale, além do monte das Oliveiras. Ali existem três grutas: uma larga, externa; depois outra, dentro dessa; e uma pequena câmara interna, com um banco elevado, de argila, na parte leste. Colocai a Bendita sobre aquele banco”. Alguns atribuem esse documento ao Apóstolo São Tiago, bispo de Jerusalém.
            Essa tumba era venerada pela comunidade judeu-cristã deste os primórdios da Igreja, como sendo, de fato, o túmulo de Nossa Senhora. No século V, a “câmara” onde foi colocado o corpo de Nossa Senhora foi separada e isolada do conjunto das duas outras salas anteriores, e em torno, e sobre ela, foi construída uma igreja, como se pode ver atualmente. Essa igreja foi dedicada à Assunção de Maria. (Cf. Guida di terra Santa, pg 104, ano 1973)

A igreja da Assunção, em Jerusalém
            No lugar do túmulo de Nossa Senhora foi construída a igreja da Assunção. A construção passou por várias modificações, inclusive por destruições feitas por Saladino (1187) e reconstruções realizadas pelos cruzados, e mais tarde, pelos frades franciscanos. Atualmente, se desce por uma longa escadaria até o corpo da igreja subterrânea, onde se encontra a tumba, “onde a Imaculada dormiu seu breve sono”. Desde 1757, quando os frades franciscanos foram expulsos do local e lhes foi tirado o direito de cuidar do local, à comunidade católica sobra a possibilidade de ali prestar um culto público e comunitário, de forma oficial, apenas três vezes por ano, dentre as quais, o dia 15 de agosto, quando se celebra a Assunção de Maria. (Cf. Guida di terra Santa, pg 104, ano 1973)

A Assunção na Bíblia
            Não encontramos textos bíblicos “explícitos” que relatem a verdade da Assunção de Maria aos céus, em corpo e alma. Os estudiosos do assunto, contudo, dão fortes razões para explicar o fato de os escritores sagrados do Novo Testamento não relatarem esse acontecimento.
            Esses mesmos mariólogos, em suas reflexões teológicas, apontam para alguns textos bíblicos onde vêem “implicitamente” a presença da verdade da Assunção, ou seja, da ressurreição e glorificação imediata da Virgem, após sua “dormição”. Eis alguns textos. 1. No proto-evangelho: Gn 3,15.  2. Na saudação do Arcanjo a Maria: Lc 1,28  3. Salmo 131, 8.  4. Salmo 44, 10.  5. Apoc 12, 1.
            A algum possível leitor que não aceita essa verdade porque não há textos bíblicos explícitos que falem a palavra “Assunção”, e nem relatem claramente o fato ocorrido com Maria, precisamos lembrar que nós, católicos, temos duas fontes principais da revelação: a Bíblia e a Tradição. É bom recordar que os Evangelhos, antes de serem escritos como os temos hoje, também eram “tradição”. Eram falados, contados, pregados, escritos por partes. A Tradição é muito forte na transmissão do acontecimento da Assunção, deste os inícios do cristianismo. Ela é, para nós, fonte segura da verdade sobre a Assunção da Virgem.

A voz da Tradição
            O conhecimento da verdade da Assunção, a aceitação feliz e agradecida desse fato, as narrativas orais feitas de geração para geração, os escritos apócrifos descritivos, o culto junto à tumba da Virgem, toda essa tradição foi ininterrupta na Igreja, desde os tempos apostólicos.
            A literatura do povo fiel daqueles dias longínquos afirma de forma mais explícita a Assunção corpórea de Maria. Os escritos apócrifos, tão numerosos e difundidos nas línguas orientais, relatam com abundância de pormenores a Assunção de Maria. Se neles há piedosas considerações feitas por fantasias estimuladas pela fé e amor para com Maria, em sua substância encontra-se o relato do pensamento e das crenças dos cristãos daqueles tempos, sobre a verdade da Assunção da Imaculada.
            O cuidado para com o lugar do túmulo de Maria, a construção da igreja sobre o túmulo, as disputas contra os hereges pela posse do local, as várias reconstruções da igreja, aliás em séculos tão distantes, mostram desde os tempos apostólicos a forte convicção e certeza dos cristãos quanto à Assunção da mãe de Jesus. Essa tradição torna-se uma muito forte prova da veracidade do acontecimento da Assunção de Maria.
           
A festa e o dogma
            A festa da Assunção já foi instituída nos longínquos anos trezentos, e logo aparece como uma festa de uso universal e comum, não somente entre os cristãos, mas também entre antiqüíssimas igrejas nacionais, como a dos armênios e dos etíopes.
            A partir do século V, a Assunção de Maria já se encontra afirmada em muitos documentos. No século VII a doutrina e a festa da Assunção se difundem por todo orbe católico.
            No Concílio Ecumênico Vaticano I, mais de duzentos bispos solicitaram ao Papa a declaração do dogma da Assunção de Maria aos céus em corpo e alma. Mas essa verdade só foi declarada como “verdade de fé”, como Dogma de fé, em primeiro de novembro de 1950, pelo Papa Pio XII.
            Com a declaração do dogma, a Igreja nos garante a certeza de que, de fato, a Virgem Maria foi elevada aos céus em corpo e alma, e está na gloria, junto da Trindade.
            “Maria, assunta aos céus, tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel e a honra do nosso povo”!


16 de agosto de 2013

O PAPA E A POMBA


AS BEM-AVENTURANÇAS


Bem-aventurados os que são perseguidos 
por causa da justiça, 
porque deles é o reino dos céus (v.10).
Temos aqui o eco da primeira bem-aventurança... Ambas tem a mesma recompensa; “Porque deles é o reino dos céus”. Quem são os perseguidos?  A explicação que Jesus dá, em seguida, responde a qualquer dúvida: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus (v. 11-12).
Percebemos nas palavras de Jesus que os perseguidos apontados são os Seus discípulos missionários. E por que são perseguidos? Por causa da justiça. Ou seja, por causa da justiça pela qual dão a Deus o que a Deus pertence: a adoração, a ação de graças, a louvação, o respeito, o santo temor, a obediência, a submissão, enfim, a prática religiosa e o trabalho de evangelização.
Lembro que justiça tem dois sentidos: 1. É sinônimo de santidade e 2. Se refere à justiça social. Neste primeiro sentido estão incluídos todos aqueles que são discípulos missionários de Jesus, que gastam suas vidas para levar o santo nome de Jesus e o seu Evangelho de libertação e salvação para todos os povos. São muitos os sacerdotes, religiosas e leigos que dão a vida nas missões para implantar o Reino de Deus entre os pagãos. E ocorre até com certa freqüência, que estes são expulsos do país onde trabalham, são maltratados e até martirizados. A eles Jesus afirma: Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim”. Quando isto acontece, Jesus lhes dá como recompensa duas bênçãos: 1º Porque deles é o reino dos céus. 2º Grande será a sua recompensa nos céus.
No outro sentido de Justiça, da justiça social,  a perseguição, às vezes, acontece também contra aqueles que querem promover a justiça social, ou seja, a saúde para todos, o emprego para todos, a educação para todos, as oportunidades de trabalho para todos, o conforto para todos. Esses que trabalham para a expansão da justiça social naturalmente pertencem ao reino dos céus e por isso são felizes, são bem aventurados, apesar dos sofrimentos.
A todos, tanto os que lutam para a implantação do cristianismo, como aqueles que lutam pela justiça social, e que por isso são perseguidos, a eles Jesus primeiro afirma que “deles é o reino dos céus”, mas acrescenta muito mais: “Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus (v. 11-12).
 Como pode Jesus dizer aos perseguidos: “Alegrai-vos e exultai”? É possível alguém se alegrar quando é perseguido, maltratado, expulso, posto na prisão ou até martirizado? É possível, sim, por causa da recompensa que recebem por causa da perseguição sofrida: “Deles é o reino dos céus e grande será a sua recompensa nos céus”.