A VIRTUDE DA FIDELIDADE
O nome
“fidelidade” tem ligação com fé. Do latim, “fídes” e “fidélitas”, que se traduzem
por fé e fidelidade. Também essa virtude é “descendente” do amor-caridade.
Quando um coração se sente muito amado pelo Deus-Trindade e pelos irmãos, e
corresponde a esse amor decididamente, ele se torna rigorosamente fiel para com
eles. Porque tem compromissos de amor com Eles, não quer decepcionar e nem
ofender, não cumprindo todos os compromissos assumidos com Eles, e por isso,
naturalmente se torna fiel.
A Fidelidade é
uma virtude que o Espírito Santo molda em nosso coração de cristãos,
que nos faz fiéis em todos os compromissos, nas promessas e nos deveres
para com Deus, para com o próximo e para conosco mesmos. Esta virtude nos leva
a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos.
A fidelidade nos
leva a sermos honestos e fiéis nos dízimos, nas ofertas, na observância do
domingo; nos deveres matrimoniais, familiares e sociais; nos relacionamentos
com os amigos e associados; no pagamento das dívidas; no dar ao próximo aquilo
que lhe pertence.
A fidelidade nos
torna fiéis conosco mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão
dos valores espirituais, familiares, morais, sociais e comunitários. “Os que permanecerem fiéis até
a morte receberão a Coroa da Vida”.
Somos
fiéis quando mantemos a palavra dada. Também somos considerados fiéis se
cumprimos com nossas obrigações e compromissos – na hora em que devem ser
cumpridos - apesar das eventuais dificuldades.
Somos
fiéis quando mantemos os compromissos de toda a vida estabelecidos com Deus,
com o conjugue, com os amigos e com aqueles que dependem de nós, como clientes,
empregados, e outros.
A
virtude da fidelidade se conquista com
sua prática cotidiana, no cumprimento fiel do pequeno dever de cada dia, como
levantar cedo todos os dias, fazer a ginástica nos dias determinados, cumprir
com os deveres de casa, quer profissionais quer familiares, sem adiamentos.
Pelo
exercício da fidelidade nas pequenas coisas cotidianas acabamos desenvolvendo a
virtude da fidelidade nas coisas que custam mais. Quem já não experimentou a
boa sensação de que uma atividade que inicialmente nos custava, aos poucos, à
medida que a cumprimos fielmente, ela vai se tornando cada vez mais fácil a
ponto de nos admirarmos que isso pudesse nos custar tanto?
Os
sentimentos e os estados de ânimo do homem são mutáveis, e sobre eles não se
pode construir uma vida de fidelidade. A virtude da fidelidade é conquistada
pela prática de obras reais de amor, o
qual apesar dos sacrifícios, adquire a firmeza do amor verdadeiro. Sem amor,
aparecem logo as infidelidades nos compromissos assumidos.
A
fidelidade nos compromissos por toda uma vida é possível por meio da fidelidade
nas pequenas coisas, e por recomeçar
toda vez que saímos um pouco do caminho.
É
porque se crê na importância de um determinado valor, como por exemplo o valor
da família, do matrimônio, da amizade, que a fidelidade adquire o seu valor
ativo. Através da fidelidade transcendemos nossas limitações. A fidelidade é
uma vitória sobre as dificuldades internas e externas, é uma perenização do que
vale a pena no tempo.
Não
podemos ser fiéis ao ideal de família, mudando de esposa quando nos convém, nem
podemos nos dizer defensores da família, se estamos vivendo situações
contrárias, como, por exemplo, ser amante de um homem casado. Por isso a
fidelidade não pode ser coisa de momento ou apenas de discurso, mas é uma prática
duradoura e dever ser tão profunda a ponto de mover o nosso modo de ser.
A virtude
da fidelidade é construída na vida cotidiana pela repetição de pequenos atos e
fidelidade. Se nos deixarmos levar pelos caprichos, pelas inconstâncias, ou pelas
pequenas infidelidades, inviabilizamos um projeto pessoal, não só porque as
circunstâncias variáveis do instante acabam por nos escravizar, como também porque
o tempo não volta para refazermos nossa reputação de outra forma.
Somos
fiéis quando mantemos a palavra dada. Se cumprimos com nossas obrigações e
compromissos apesar das eventuais dificuldades então temos a virtude da
fidelidade. Somos fiéis quando mantemos os compromissos assumidos, aqueles
estabelecidos por Deus, aqueles referentes ao nosso cônjuge, os de amizade, e
todos aqueles compromissos referentes à nossa vida profissional, como
compromissos de qualidade para com os clientes, de honestidade e justiça para
com os empregados, etc. A fidelidade é uma virtude que dá muita dignidade à
nossa pessoa e à nossa vida em sociedade.
Quando
aderimos a uma causa nobre e lutamos por ela, é ela que nutre a nossa
fidelidade. Por isso, o amor verdadeiro, grande, não pode ser dedicado a
ninharias, porque logo desistimos. Onde o amor é pequeno, a fidelidade é curta,
o tempo se torna longo, e os sacrifícios,, mesmo pequenos, se tornam
insuportáveis. É preciso estar unido a Deus, o próprio amor, fonte de todo bem,
para mantermos a fidelidade.
Se
formos infiéis nos pormenores da vida, certamente seremos infiéis nas grandes
coisas. Quem é fiel nas pequenas coisas, o será também nas grandes. (Jesus
Cristo).
1 Comentários:
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