17 de setembro de 2013

As virtudes cardeais
 ou morais
            Quatro virtudes tem um papel central, em torno das quais se agrupam as demais. Recebem o nome de virtudes cardeais. O nome vem do latim “cardo”, que se traduz por gonzo, dobradiça, porque em torno delas se movem todas as demais virtudes humanas.
            São elas: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.

                                                       A Prudência
            A prudência é a virtude que ilumina a razão para discernir com segurança, aquilo que é bom, justo, digno, favorável, verdadeiro, e que torna pronta a vontade para buscar decididamente esse bem, e realizá-lo com firmeza e satisfação.
            A prudência leva a distinguir com segurança entre o bem e o mal, o bom e o mau, o justo e o injusto, o certo e o errado, o que faz bem e o que prejudica. E ao mesmo tempo imprime um impulso de praticar o que é bom, justo, certo.
            “ A prudência é a regra certa da ação” escreve Santo Tomás.
            A prudência não se confunde com o medo de agir, nem com timidez pessoal, nem com duplicidade ou dissimulação.
            É a prudência que guia o juízo (julgamento) da consciência. E o homem prudente decide e ordena sua conduta seguindo esse juízo. Graças a esta virtude, aplicamos sem medo os princípios morais aos casos particulares e superamos as dúvidas sobre o bem a praticar e o mal a evitar. (CIC 1806)
Prudência é a virtude que nos ajuda a escolher. Não se trata de escolher coisas fúteis e bobas. A Prudência nos ajuda a escolher os meios adequados para realizar o bem e vencer o mal. É uma escolha muito importante e que a qualquer momento precisamos fazer.
Vou estudar ou vou brincar? Depende da hora! Se for hora de estudar, vamos estudar, se for hora de brincar, vamos brincar. É a prudência que nos ajuda a compreender essas coisas. Ela aproveita a hora propícia, o lugar acertado onde devemos estar e nos impede de tomar decisões precipitadas. O lema dela é: fazer o que é certo, na hora certa, no lugar certo. A Prudência, iluminada pela nossa fé e ajudada pela graça santificante, nos leva a escolher os atos bons que são o caminho da nossa salvação.
É sobre esta Prudência que Jesus fala no Evangelho: «Eis que vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como a serpente e simples como as pombas.» (S. Mat 10,16)
Prudência é o reto agir, o bom senso, o equilíbrio. Cuida do lado prático da vida, da ação correta e busca os meios para agir bem. Prudência é o mesmo que sabedoria, previdência, precaução. O prudente é previdente e providente. É pessoa que abandona as preocupações e abraça as soluções. Deixa as ilusões e opta pelas decisões. Rejeita as omissões e se empenha nas ocupações. O lema dos prudentes é: “Ocupação sim, preocupação não.” A prudência coloca sua atenção na preparação dos fatos e eventos e nunca na precipitação nem no amadorismo ou improvisação. Ciência sem prudência é um perigo.


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