VIRTUDE DA BENIGNIDADE
O nome “benignidade” vem de “bem”, “benigno”. A
benignidade é uma virtude e um fruto do Espírito que também nasce do
amor-caridade. Quando a pessoa ama a alguém, quanto maior for esse amor, maior
será o bem que deseja e quer para o amado.
Precisamos fazer uma distinção entre bondade e
benignidade. A bondade nasce do amor e realiza ações boas de toda espécie para
o amado. A benignidade nasce do amor, e faz o bem ao amado, compreendendo suas
fraquezas, minimizando seus erros, perdoando com generosidade, não guardando
mágoas por causa de suas fragilidade. A pessoa benigna procura “minimizar” o grau e a culpa dos erros, das fraquezas,
dos pecados, das misérias das pessoas. A pessoa que tem esse fruto, sempre
procura “minorar”, “minimizar”, “desculpar” e “absolver” aqueles que erram de
qualquer modo. A benignidade está associada à ideia de misericórdia, de
amabilidade, de brandura e de compaixão.
O contrário da benignidade é a facilidade de denunciar, de
julgar e de condenar com rigor exagerado aqueles que cometem algum erro. São
aqueles que de “um mosquito fazem um camelo”. São os exagerados diante dos
erros alheios. Uma pequena falta é considerada por eles como se fosse um grande
crime. Por detrás desses exageros sempre está o orgulho que aprecia humilhar,
criticar, condenar, sobrepor-se.
A pessoa que tem
benignidade faz o contrário. Movida pelo amor e pela compreensão, pela
misericórdia e pela bondade, sempre procura desculpar, explicar, minimizar e
absolver o erro e o culpado. Deus é um “Juiz Benigno”. Na liturgia nós pedimos
a Deus que seja um juiz benigno para conosco, diante dos nossos erros e
pecados. A sua misericórdia supera o juízo, nos diz a escritura.
Na base da benignidade humana está a humildade. Porque a
humildade se baseia sobre a verdade das pessoas, das ações, das fraquezas e dos
pecados, a pessoa humilde tem a necessidade de ser benigna para com o próximo. O
Orgulho é o oposto da benignidade. Os que tem temperamento colérico, se não
receberam o fruto da benignidade, pecam muito contra essa virtude, por causa do
orgulho que sempre está embutido no temperamento colérico.
Uma
das virtudes que abençoa muito o nosso relacionamento com as pessoas é a
“benignidade”, que é o comportamento de uma pessoa que está voltada apenas para
fazer o bem e querer apenas o bem de todos. E este bem querer se manifesta de
modo especial na compreensão das fragilidades das pessoas e, por isso, na
facilidade de desculpar, minimizar e perdoar.
Benignidade
é a qualidade de ser afetuoso, bondoso, serviçal, generoso, dócil e doce. É
tratar bem as pessoas, sempre! É um estado de espírito, um estilo de vida, um
sentimento íntimo bondoso, em especial para compreender e perdoar os erros das
pessoas, minimizando sua culpabilidade.
A
pessoa com esse sentimento da benignidade tem o desejo e o prazer em fazer o
bem aos outros e o faz sempre com alegria no coração. O resultado é a
felicidade multiplicada em seus relacionamentos sociais. “Não te desamparem a benignidade e a
fidelidade: ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E
acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.” (Pv.3, 3-4)
A benignidade é a irradiação da
mansidão, uma perfeita compreensão das necessidades alheias, de suas fraquezas
humanas, de suas limitações pessoais, agindo com misericórdia. É uma atitude
inspirada por Deus que nos leva a procurar o bem do nosso próximo, reerguendo-o
de suas fraquezas e necessidades morais.
A
benignidade é uma irmã gêmea da misericórdia. A palavra misericórdia vem de
‘miséria’ e ‘coração’. A misericórdia é o amor de um coração que se debruça
sobre a miséria de alguém, a fim de tirá-lo de sua miséria, de recuperá-lo de
seus pecados, vícios e fraquezas. A benignidade é o amor que leva a
misericórdia a compreender, aceitar, acolher e perdoar a pessoa que está na
miséria, não acusando-a, não julgando-a, não condenando-a, mas procurando
retirá-la do seu estado de miséria.
A
benignidade é uma das marcas da sabedoria que vem de Deus: estimula o amor,
promove a paz, engrandece o nome de Jesus, confronta o egoísmo, vence o ódio,
une as pessoas e socorre os carentes (Tiago 3:17-18). A Bíblia ensina que uma
pessoa benigna deve evitar brigas, refletir a tolerância de Jesus e exercitar a
paciência no Senhor (II Timóteo 2:24-25).
A pessoa que
possui a virtude da benignidade é afável e gentil para com seus semelhantes,
não se mostrando inflexível e amargo, julgador, acusador e condenador. Deus é a
fonte dessa qualidade, e Cristo o melhor exemplo. Ele foi uma pessoa
imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. E o seu amor o fazia
mostrar-se plenamente benigno. Foi como ele agiu com a adúltera que iria ser
apedrejada. Com sua benignidade Ele a perdoou, e com sua misericórdia a tirou
do adultério: “Vai, e não tornes a pecar”.
Essa virtude torna o fiel benigno, desejoso do bem a todos,
principalmente para os seus inimigos.
2 Comentários:
Olá, Pe. Alírio, gostei muito do seu blog, sobretudo os textos falando sobre as virtudes.Vou continuar navegando, obrigado pelos conselhos.Abraço,
antônio.
Excelente
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