10 de setembro de 2013

  VIRTUDE DA BENIGNIDADE

            O nome “benignidade” vem de “bem”, “benigno”. A benignidade é uma virtude e um fruto do Espírito que também nasce do amor-caridade. Quando a pessoa ama a alguém, quanto maior for esse amor, maior será o bem que deseja e quer para o amado.
         Precisamos fazer uma distinção entre bondade e benignidade. A bondade nasce do amor e realiza ações boas de toda espécie para o amado. A benignidade nasce do amor, e faz o bem ao amado, compreendendo suas fraquezas, minimizando seus erros, perdoando com generosidade, não guardando mágoas por causa de suas fragilidade. A pessoa benigna  procura “minimizar”  o grau e a culpa dos erros, das fraquezas, dos pecados, das misérias das pessoas. A pessoa que tem esse fruto, sempre procura “minorar”, “minimizar”, “desculpar” e “absolver” aqueles que erram de qualquer modo. A benignidade está associada à ideia de misericórdia, de amabilidade, de brandura e de compaixão.
            O contrário da benignidade é a facilidade de denunciar, de julgar e de condenar com rigor exagerado aqueles que cometem algum erro. São aqueles que de “um mosquito fazem um camelo”. São os exagerados diante dos erros alheios. Uma pequena falta é considerada por eles como se fosse um grande crime. Por detrás desses exageros sempre está o orgulho que aprecia humilhar, criticar, condenar, sobrepor-se.
             A pessoa que tem benignidade faz o contrário. Movida pelo amor e pela compreensão, pela misericórdia e pela bondade, sempre procura desculpar, explicar, minimizar e absolver o erro e o culpado. Deus é um “Juiz Benigno”. Na liturgia nós pedimos a Deus que seja um juiz benigno para conosco, diante dos nossos erros e pecados. A sua misericórdia supera o juízo, nos diz a escritura.
            Na base da benignidade humana está a humildade. Porque a humildade se baseia sobre a verdade das pessoas, das ações, das fraquezas e dos pecados, a pessoa humilde tem a necessidade de ser benigna para com o próximo. O Orgulho é o oposto da benignidade. Os que tem temperamento colérico, se não receberam o fruto da benignidade, pecam muito contra essa virtude, por causa do orgulho que sempre está embutido no temperamento colérico.
Uma das virtudes que abençoa muito o nosso relacionamento com as pessoas é a “benignidade”, que é o comportamento de uma pessoa que está voltada apenas para fazer o bem e querer apenas o bem de todos. E este bem querer se manifesta de modo especial na compreensão das fragilidades das pessoas e, por isso, na facilidade de desculpar, minimizar e perdoar.
Benignidade é a qualidade de ser afetuoso, bondoso, serviçal, generoso, dócil e doce. É tratar bem as pessoas, sempre! É um estado de espírito, um estilo de vida, um sentimento íntimo bondoso, em especial para compreender e perdoar os erros das pessoas, minimizando sua culpabilidade.
A pessoa com esse sentimento da benignidade tem o desejo e o prazer em fazer o bem aos outros e o faz sempre com alegria no coração. O resultado é a felicidade multiplicada em seus relacionamentos sociais.  “Não te desamparem a benignidade e a fidelidade: ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.” (Pv.3, 3-4)
            A benignidade é a irradiação da mansidão, uma perfeita compreensão das necessidades alheias, de suas fraquezas humanas, de suas limitações pessoais, agindo com misericórdia. É uma atitude inspirada por Deus que nos leva a procurar o bem do nosso próximo, reerguendo-o de suas fraquezas e necessidades morais.
             A benignidade é a virtude e o fruto do Espírito que desafia o nosso caráter e a nossa personalidade, porque é uma forma inabalável de amar, que ama o próximo apesar de suas fraquezas e limitações, jamais acusando-o, julgando-o ou condenando-o. Ao contrário, esse amor compreende, desculpa, minimiza o erro e perdoa por amor.
            A benignidade é uma irmã gêmea da misericórdia. A palavra misericórdia vem de ‘miséria’ e ‘coração’. A misericórdia é o amor de um coração que se debruça sobre a miséria de alguém, a fim de tirá-lo de sua miséria, de recuperá-lo de seus pecados, vícios e fraquezas. A benignidade é o amor que leva a misericórdia a compreender, aceitar, acolher e perdoar a pessoa que está na miséria, não acusando-a, não julgando-a, não condenando-a, mas procurando retirá-la do seu estado de miséria.
A benignidade é uma das marcas da sabedoria que vem de Deus: estimula o amor, promove a paz, engrandece o nome de Jesus, confronta o egoísmo, vence o ódio, une as pessoas e socorre os carentes (Tiago 3:17-18). A Bíblia ensina que uma pessoa benigna deve evitar brigas, refletir a tolerância de Jesus e exercitar a paciência no Senhor (II Timóteo 2:24-25).
            A pessoa que possui a virtude da benignidade é afável e gentil para com seus semelhantes, não se mostrando inflexível e amargo, julgador, acusador e condenador. Deus é a fonte dessa qualidade, e Cristo o melhor exemplo. Ele foi uma pessoa imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. E o seu amor o fazia mostrar-se plenamente benigno. Foi como ele agiu com a adúltera que iria ser apedrejada. Com sua benignidade Ele a perdoou, e com sua misericórdia a tirou do adultério: “Vai, e não tornes a pecar”.  Essa virtude torna o fiel benigno, desejoso do bem a todos, principalmente para os seus inimigos.


2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Olá, Pe. Alírio, gostei muito do seu blog, sobretudo os textos falando sobre as virtudes.Vou continuar navegando, obrigado pelos conselhos.Abraço,
antônio.

11 de setembro de 2013 às 11:55  
Anonymous yanese disse...

Excelente

13 de setembro de 2013 às 11:59  

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