28 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS DEZ MANDAMENTOS


Quinto Mandamento: 
“Não matar”
A vida é o dom supremo ofertado por Deus ao ser humano. Considere-se com atenção que a vida humana é eterna. Ela tem início no útero materno, é vivida por um período no planeta terra, mas depois se projeta na eternidade. Portanto, quem a recebeu deve valorizá-la como um dom maior. Ao mesmo tempo, tem todo o direito de ser respeitado no que tange à sua existência.
Eis o espírito, a mística deste mandamento: amar e valorizar o dom da vida que se recebeu, e aquela que é vivida por todo ser humano, desde sua concepção até a eternidade.

Este mandamento de amor à vida inclui: valorizar a vida, cuidar da saúde, curar enfermidades, realizar tratamentos necessários etc. Exclui: suicídio, homicídio, aborto, eutanásia etc. Exclui tortura física, moral, psicológica e espiritual; exclui mutilações, maus tratos, violências, quer físicas, quer psicológicas e morais.

Quinto Mandamento:
Diz Deus na Bíblia: Não matarás. 
Não prejudicarás o teu próximo. 
Não causarás prejuízos à tua vida e saúde.
  1. Você procurou, desejou ou apressou a morte de alguém? Causou prejuízos à saúde de alguém? Causou ferimentos em alguém, por imprudência ou por culpa? Você quis ferir ou maltratar alguém, ou tentou fazê-lo?
  2. Você alimenta ódios, raivas, mágoas para com alguém? Desejou vingar-se? Você rogoui pragas em alguém? Desejou mal a alguém?
  3. Você provocou  inimizade entre outras pessoas?
  4. Você se recusou  a falar com alguém de sua família?
  5. Você se alegrou com a desgraça alheia? Teve ciúmes ou inveja de alguém?
  6. Você provocoui ou tentou provocar um aborto?  Aconselhou ou obrigou alguém a praticar aborto?
  7. Você prejudicou a sua saúde de alguma forma, por excesso de álcool, de droga, por excesso de trabalho, de comida?
  8. Você consentiu em pensamentos de suicídio, desejou suicidar-me ou tentar suicidar-me?
  9. Você se embriagou mais vezes, ou usou drogas ilícitas?
  10. Você guarda raivas, mágoas de si mesmo? Não se ama e não cuida de si mesmo?
  11. Você é egoísta e com isso escraviza as pessoas na sua família? Cria problemas em casa, não aceitando dialogar, querendo ser sempre o dono da verdade?
  12. Você é orgulhoso? Considera-se sempre melhor do que os outros? Pelo seu orgulho, você humilha as pessoas em sua família? Tem feito as pessoas sofrerem por causa do seu orgulho?
  13. Você é  um invejoso, uma invejosa? – Você é dominado pela inveja? Por causa da inveja, você fica criticando a todos e a tudo? Você não é capaz de ver algo de bom nos outros?
  14. Você é vaidoso? Vaidosa? – Sua vaidade o torna ridículo e desagradável para as pessoas? Você não é capaz de ver a sua  inveja?
  15. Você é uma pessoa preguiçosa? Tem preguiça para tudo? Até para as obrigações mais importantes? Até para aquilo que é bom para você?

27 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS DEZ MANDAMENTOS

Quarto: “Honrar Pai e mãe”
Deus nos criou por amor e para o amor. O ser humano só se realiza se conseguir realizar-se no amor. Deus criou a família e a unifica pelos os laços de sangue para que seja um “ninho de amor”, aliás, imprescindível para a felicidade e a realização humana. Eis o ponto de partida para entender este mandamento: o amor profundo entre pais e filhos para formar uma família que seja um ninho de amor.
Quando há amor permanentemente cultivado entre os pais, eles o transbordam para os filhos. Filhos bem amados, amam e retribuem com amor. Esse amor leva os filhos a amarem, honrarem, cuidarem, defenderem e promoverem seus Pais.

Quarto Mandamento:
Diz Deus na Bíblia: Honra o teu pai e a tua mãe.
Pecados contra os pais

  1. Você desobedeceu a seus pais em coisas importantes? Faltou-lhes ao respeito, dando-lhes tristezas profundas? Fez seus pais chorar de tristeza? Causou-lhes profundas contrariedades?
  2. Você guarda raivas de seus pais? Chamou palavrões contra seus pais? Desejou a sua morte? Causou brigas entre meus pais?
  3.  Você se descuidou de ajudar seus pais nas suas necessidades? Foi ingrato para com eles? Foi irresponsável com os bens de seus pais? Você reconhece o amor que seus pais tem por você? Agradece a Deus por seus pais?
  4. Você teve vergonha de seus pais por causa de sua falta de instrução? Por serem pobres? Pela sua velhice?

26 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS DEZ MANDAMENTOS


Terceiro: “Guardar – observar 
e celebrar – o Domingo 
e os Dias Santos”.
Qual a mística deste mandamento? Por amor paterno, Deus nos prescreve este mandamento para mantermos, crescermos e amadurecermos sempre mais nosso relacionamento com ele, e neste relacionamento, mantermo-nos em nosso processo perene de salvação e santidade. Celebrar o domingo, participar da santa Missa ou de outras celebrações, celebrar santamente os sacramentos, dedicar-se a acolher mais a palavra de Deus é uma necessidade e garantia de se poder manter no amor de Deus, de crescer e amadurecer nas virtudes cristãs e nas boas obras.
Aquele que deixa de santificar o Domingo, que se ausenta da santa Missa dominical e dos sacramentos, aos poucos vai se distanciar de Deus, e vai perder o “bem supremo” com tudo quanto ele traz ao coração e à vida. Quando alguém se distancia e se esvazia de Deus, de seus mandamentos e de seus conselhos, passará a se encher das coisas mundanas, a acolher as paixões e vícios, a entrar por atalhos que levam ao pecado, à falta da bênção divina, e pior, ao caminho da condenação. É por isso, aliás, que Deus nos quer manter perto de si: para nos abençoar e conduzir pelo caminho do bem.


O descanso dominical também está na ótica do amor. A saúde é um grande dom de Deus. Descansar no Domingo é preservar e cultivar a saúde. É por isto que o Pai nos ordena o descanso dominical.

25 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS DEZ MANDAMENTOS

Segundo: “Não tomar
 – não pronunciar – 
o santo nome de Deus, em vão”.
Porque o nosso Deus é santíssimo, seu nome também é santíssimo. A mística deste mandamento é o amor para com Deus. Por amor, por devoção, por afeto e carinho, por gratidão para com ele, que aliás nos ama com amor divino, devemos alimentar em nossos corações um grande respeito para com seu santo nome. Este mandamento nos ensina a não abusar do nome santo de Deus, a não usá-lo inconvenientemente, a não blasfemar contra Deus, a não jurar falsamente, a não desafiar a Deus.
Aquele que tem a Deus como bem supremo, como o “amor mais amado”, com certeza terá um grande carinho, respeito e veneração pelo seu santo nome.



24 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS DEZ MANDAMENTOS


Primeiro: “Amar a Deus 
sobre todas as coisas”.

Deus precisa estar em primeiro lugar. Porque ele é amor infinito e nos ama com amor eterno, personalizado, misericordioso, gratuito e incondicional, deve ocupar o primeiro lugar em nosso coração, em nossa vida. Porque ele é o maior tesouro, a maior riqueza e a fonte de todas as bênçãos para nossas vidas, merece e precisa ser o primeiro entre todos os valores, precisa ocupar o primeiro lugar. Quando damos a Deus o “seu lugar”, “o altar principal”, colocaremos todos os outros valores no seu devido lugar. E substituiremos os não-valores por valores preciosos.
Para colocá-lo em primeiro lugar, para amá-lo com toda vibração do coração, e para tê-lo como a maior riqueza, é preciso “sentir-se amado por ele”, é preciso perceber todas as provas de amor que Deus Pai, que o Filho-Jesus e que o Espírito Santo já nos deram e nos dão a cada dia. É a vivência de uma amizade profunda e cultivada com o Deus-Trindade, é um amor entranhado e experimentado para com ele que nos levam a colocar “Deus em primeiro lugar”.
Ao colocarmos Deus em seu devido lugar, isto é, em primeiro lugar, todas as outras pessoas e coisas passarão a ocupar o seu respectivo lugar na verdadeira escala de valores. Aliás, só quando colocamos a Deus em primeiro lugar é que encontraremos a melhor forma de amar, de valorizar e de servir às pessoas humanas, e de usar de forma correta e sábia toda a criação divina.
Quando Deus ocupa o seu devido lugar em nossos corações e em nossas vidas, viveremos a verdadeira fé, sentiremos a força da esperança, e saberemos o significado da caridade, bem como de tudo quanto ela é capaz de realizar em relação a Deus e aos irmãos. Mais. A adoração, o louvor, a glorificação, a ação de graças, a rendição, a busca do perdão divino, enfim, todas as formas de oração brotarão do coração, naturalmente, como de uma fonte.

Quando vivemos no amor supremo de Deus, sentiremos horror a todo tipo de idolatria, superstição, magia, adivinhação, irreligião, enfim, a tudo o que queira ocupar o lugar de Deus em nossas vidas. Sentiremos horror a todo pecado, pois ele ofende a Deus, o bem supremo. Amar a Deus sobre todas as coisas: eis a fonte de todas as bênçãos.

23 de fevereiro de 2014

A MÍSTICA DOS 

DEZ MANDAMENTOS



Os dez mandamentos dados por Deus ao ser humano, e a cada um de nós em particular, são um sinal luminoso do seu grande amor para conosco. Um bom pai, porque ama seus filhos e os quer sadios, felizes, bons, honestos, trabalhadores e realizados, procura ensiná-los, dar-lhes bons conselhos e sábias orientações de vida. Assim também, porque nos ama, e quer sempre o nosso bem, nosso Pai celeste nos dá dez grandes ensinamentos em forma de mandamentos. Eles são grandes provas do amor do Pai para conosco.
O Catecismo da igreja católica ocupa 114 páginas para apresentar a doutrina dos dez mandamentos. Vale a pena estudá-los, a fim de beber de sua riqueza e fazê-los fonte de vida cristã. Detenho-me neste reflexão sobre o “espírito”, a “mística” dos mandamentos.
Uso a palavra “mística” no sentido de “espírito”, de “ótica espiritual”, de “objetivo íntimo”, de “finalidade última”. A mística, o espírito, a ótica, o objetivo, a finalidade dos dez mandamentos está no amor, encontra-se no grande amor de Deus, Uno e Trino, para com o ser humano. Deus, que o criou à sua imagem e semelhança e que o ama com amor eterno, quer orientá-lo pelos caminhos da verdade, do bem e da felicidade. Deus o faz também por meio dos dez mandamentos.
Quando um bom pai ensina, dá conselhos, exorta, chama atenção, e até dá ordens ao filho, sempre o faz por amor e para o bem do mesmo. É por infinito amor para conosco, seus filhos, que o Pai celeste nos dá os dez mandamentos. São diretivas de amor para o nosso bem maior. São setas indicativas do caminho verdadeiro para nossa vida. Quem vive esses mandamentos vive a verdadeira hierarquia de valores, caminha na verdade, faz sempre e só o bem, é mais feliz e sadio, granjeia o respeito, a estima e a admiração de seus irmãos. E sobretudo, tem a garantia do bem-querer e da bênção do Pai celeste, exatamente por ser-lhe obediente.

21 de fevereiro de 2014

RECEBER AMOR, 

PARA APRENDER A AMAR


Fazendo uma comparação teórica, em números, poderíamos dizer que, ao ser concebida e gerada, bem como até aos dois ou três anos, a criança tem 100% de necessidade de receber amor e 0% de dar amor. Aos seis, sete, oito anos, a criança tem 90% de necessidade de receber amor, e apenas 10% de necessidade de corresponder ao amor recebido. À altura dos catorze, quinze anos, o adolescente tem 70% de necessidade de receber amor, mas já possui 30% de necessidade de corresponder ao amor recebido. Poderíamos dizer que, lá pelos 22, 25 anos de idade, se o jovem recebeu muito amor, poderá ter chegado aos 50% de necessidade de receber e 50% de necessidade de dar amor. Aqui está a linha divisória entre a imaturidade e a maturidade do coração. É a passagem para a maior necessidade de dar amor, do que de recebê-lo. Quando a pessoa humana passa a sentir mais necessidade de amar do que de ser amada, ela chegou a entrar na maturidade afetiva. Maturidade esta que deve prosseguir pela vida afora, até chegar, talvez, a ter 90% de necessidade de dar amor, e apenas 10% de necessidade de recebê-lo.
É preciso esclarecer que a maturidade do coração não chega naturalmente com a idade. Ela acontece pela quantidade de amor recebido e oferecido ao longo da vida. Existem pessoas que nunca chegam à maturidade do amor, mesmo que cheguem aos 90 anos. Não amadurecem, porque não receberam bastante amor, nem na infância, nem na meninice, nem na adolescência, nem na juventude e nem no matrimônio.
Usando uma comparação, eu diria que a maturidade do coração se assemelha à alimentação do corpo. Por exemplo. Se uma criança é mal alimentada desde os primeiros meses, e a má alimentação prossegue nos primeiros anos, na adolescência e na juventude, ela se torna uma pessoa mal nutrida e raquítica. No amor pode ocorrer exatamente o mesmo processo. Quando uma criança não recebe tanto amor quanto deveria receber, e a falta de amor se prolongar pela vida afora, a pessoa fica raquítica no coração. Pode ficar imatura, e pior ainda, pode se tornar uma pessoa portadora de profundas carências afetivas.
Reafirmo que é por esse jogo de amor, por esse diálogo de amor que consiste em dar e receber amor dos pais, dos irmãos, na família, na comunidade, que o coração amadurece, que a pessoa chega à maturidade, e passa a sentir a realização do seu coração.

20 de fevereiro de 2014

A CURA DAS 

CARÊNCIAS AFETIVAS



O trabalho de amadurecimento no amor e de cura das carências afetivas é particularmente muito importante. É muito importante exatamente para que a vida matrimonial possa ser vivida num clima de muito amor afetivo. Essa cura vai acontecendo à medida que marido e mulher, bem como pais e filhos, tenham hábitos afetivos, tenham muitas comunicações afetivas. Aliás, essa troca de amor em família é a melhor forma de curar carências, e de o casal chegar à maturidade do coração.
Saibam que a cura das carências afetivas só acontece por meio de muito amor afetivo dado e recebido. Eu diria, essa fome de amor só é curada por meio de pratos cheios de amor afetivo, comidos todos os dias. Quando um marido oferece muito amor afetivo para a esposa e para os filhos, e deles também recebe uma resposta de muito amor, todos eles estão se alimentando afetivamente, e com isso, as carências afetivas são curadas, e todos amadurecem sempre mais no amor. É exatamente por esse diálogo de amor, por esse jogo de dar e de receber amor é que tanto o marido como sua esposa chegam á maturidade do coração.
Se uma esposa trouxe para dentro do casamento imaturidades ou até profundas carências afetivas, a forma ideal de curar-se está exatamente em dar muito do seu amor ao marido, aos filhos, aos genros, nora e netos, e ao mesmo tempo, em se deixar amar por eles.
Estou insistindo neste aspecto de “deixar-se amar” porque, principalmente os homens, muitas vezes, não se deixam amar afetivamente. Muitos não se deixam amar afetivamente porque são tão carentes que se sentem mal, ficam sem graça, quando a esposa ou os filhos querem amá-los afetivamente. Quantas queixas tenho ouvido de jovens que dizem: "Eu nunca posso dar um abraço ou um beijo em meu pai. Ele não aceita". Quantas esposas se queixou dizendo: "Quando eu procuro fazer um carinho no meu marido, ele se afasta, e até fica irritado”. Esses homens precisam deixar-se amar por suas esposas e seus filhos. Precisam prestar atenção para essa realidade tão importante de permitir que as pessoas de suas famílias os amem afetivamente. Que esses maridos permitam que sua esposas se manifestem até prolongadamente com manifestações afetivas. Precisam se dar conta que isso é ótimo para eles. Alguém poderia dizer: “Mas eu já cheguei à maturidade e não necessito de afeto”! Se fosse verdade que essa pessoa tivesse chegado à maturidade, ela se sentiria muito feliz e gratificada por poder acolher o amor que alguém quer lhe oferecer. Quando um coração chega à maturidade do amor, torna-se muito mais sensível, tanto em dar amor, em gostar de amar, em sentir satisfação de oferecer do seu amor, como também torna-se muito sensível para acolher o amor que lhe é dado.
Se alguém do sexo masculino percebe que não se sente muito bem quando a esposa ou os filhos querem abraçá-lo, beijá-lo, deve perguntar-se: “Por que eu me sinto assim? O que é que está acontecendo comigo”? A resposta mais provável é que ele tenha muitas carências afetivas, e portanto, precisa curá-las, deixando-se amar.
Com as mulheres, esse problema é mais fácil de ser solucionado, porque elas, por própria natureza, são muito mais “coração”. Se uma esposa e mãe tem dificuldade de se deixar amar, quase sempre não é por imaturidades e carências, mas muito mais por causa de sofrimentos do desamor recebido, por causa das feridas dos seus corações, feridas abertas por seu marido ou por seus filhos. Nas mulheres, as imaturidades e as carências afetivas abrem ainda mais seus corações para acolher o amor que lhes é oferecido.
Como é importante o jogo do amor afetivo entre marido e mulher! Como é benéfico esse intercâmbio de amor! Como é saudável o diálogo permanente e constante de amor afetivo entre o casal! É essa troca de amor, é essa vida afetiva cultivada inteligentemente que dá sabor, que comunica tempero à vida matrimonial. É o amor afetivo quem engrossa cada vez mais os laços de amor entre marido e mulher. Além disso, é essa troca de amor que amadurece as imaturidades e cura as carências afetivas levando os corações dos esposos à maturidade. Quanto mais alguém amadurece, quanto mais consegue dar amor, tanto mais se desenvolve sua capacidade de amar. Quanto maior a capacidade de amar, mais o ser humano se realiza e se torna feliz.

19 de fevereiro de 2014

SÓ O AMOR FAZ

 A FELICIDADE

Só o amor faz a felicidade
Quando afirmo que fomos criados à imagem e semelhança de Deus para sermos amor, estou revelando uma afirmação filosófica, psicológica e teológica da maior importância para todo ser humano. Por que? Ora, se nós fomos criados para sermos amor, só nos realizaremos se nós nos realizarmos no amor. Estou revelando que se seu marido, sua esposa, seus filhos e familiares foram criados para serem amor, eles só se realizarão se se realizarem no amor. Todo ser humano só se realiza verdadeiramente quando se realizar no amor. É no amor que reside a fonte da plena realização da pessoa humana. Não existe outra possibilidade de o ser humano realizar-se plenamente, a não ser no e pelo amor.
Analise comigo. Encontramos pessoas que têm uma infinidade de riquezas materiais, mas que não são felizes, não são realizadas na vida, porque não se realizaram no amor. As riquezas, por si sós, não satisfazem o coração humano. Encontramos pessoas de cultura vastíssima, que têm diversos títulos universitários, mas que não são felizes porque não se realizaram no amor. A cultura, por si só, não pode gerar a felicidade do coração humano. Existem pessoas que galgam altos postos de poder, de governo, mas que são irrealizadas e infelizes porque não se realizam no amor. Existem pessoas que alcançaram grande renome e fama na sociedade, mas são infelizes, porque não se realizaram no amor.
Ao contrário, nós encontramos pessoas materialmente carentes, outras de pouquíssima cultura, outras empregadas a vida toda, outras tantas humildes e desconhecidas, mas que são felizes, até muito felizes, porque conseguiram realizar-se no amor.
Deixo claro que os bens materiais, a cultura, a liderança social e até a fama que podem contribuir para a realização e a felicidade da pessoa humana. Mas por si sós não são a fonte da verdadeira realização. Exatamente porque o coração humano não foi criado para a riqueza, nem para a cultura, nem para o poder e nem para a fama. O coração foi criado para o amor. Só o amor pode satisfazê-lo.
Essa verdade é de grande importância, inclusive, para seus filhos, gêneros, noras e netos. Se vocês quiserem que seus descendentes sejam pessoas realizadas, contentes e felizes, devem comunicar-lhes a melhor de todas as heranças: o amor. É correto e bom que vocês também lhes deixem a herança dos estudos, se possível, universitários; que os ajudem com heranças de bens materiais; que os formem para postos de lideranças sociais. Mas saibam com toda certeza que o que vai realizá-los e fazê-los felizes é o amor. Exatamente porque o ser humano foi criado para o amor, para ser amor.

18 de fevereiro de 2014

O AMOR É A ESSÊNCIA DA VIDA


           O amor é a essência da vida.
    Quanto maior o amor, mais vida, mais vitalidade, mais realização e mais felicidade.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Ora, Deus é amor (1Jo 4,8.16). Se Deus é amor e nós fomos criados à sua imagem e semelhança, então fomos criados “para sermos amor”. Não apenas para “termos” amor, mas para “sermos” amor. Personificações do amor.
         Essa é uma verdade existencial da maior significação e importância para o ser humano, para sua realização e felicidade. Essa verdade diz que se a pessoa humana chega a “ser amor adulto”, que se chega a se realizar no amor, ela se realiza na vida, ela encontra a felicidade pessoal. Mas se o ser humano não se realiza no amor, se não chega a “ser amor adulto”, também não se realizará e não será feliz. O que realiza e faz o coração sentir-se feliz é o amor.
       O segredo da verdadeira realização humana está na vivência de um amor consciente, adulto, cultivado, oblativo para o outro e acolhedor do amor do outro, em relação a si próprio (amar-se plenamente!) em relação à família de origem e àquela constituída por matrimônio, em relação ao próximo e em relação a Deus. Aquele que chega a viver esse amor de forma amadurecida e adulta encontra a verdadeira realização pessoal. Mesmo que no caminho de sua vida encontre barreiras, dificuldades e problemas de toda sorte, ele se realiza e vive a felicidade do coração.
      O amor é a essência do coração humano. O coração se sente realizado e feliz quando ama e se sente amado.
   A faculdade humana mais importante é a do amor. Desenvolver essa faculdade é criar as melhores condições para ser realizado e feliz.
      Nas universidades, a faculdade mais importante não foi criada: um curso de quatro anos para ensinar a sabedoria divina do amor. Se muitos freqüentassem uma faculdade especializada no amor, eles se tornariam pessoas muito realizadas e felizes.
        O amor é a essência do coração humano e a fonte da felicidade.

17 de fevereiro de 2014

ROSAS PARA O ESPÍRITO SANTO


A palavra “rosário” vem de rosas. Rosário é uma corbelha, um grande buquê de rosas. O “Rosário para o Espírito Santo” é exatamente uma grande corbelha de rosas espirituais que você Lhe oferece, entregando-as uma a uma, para que seu coração possa exprimir com maior amor o desejo de agradá-Lo.
Faça esta experiência: ofereça-Lhe vinte e cinco rosas. Inicie, orando assim:
Divino Espírito Santo, permiti-me entrar em vossa presença. Estou desejoso de Vos oferecer rosas, rosas lindas, colhidas em meu coração. Trago rosas para declarar a minha adoração, o meu amor, e a minha gratidão. Aceitai-as.
Primeiro buquê: O primeiro buquê é feito de cinco rosas vermelhas, lindas! Com elas você reconhece a divindade do Espírito Santo e o adora. Entregue suas rosas, repetindo cinco vezes:
Espírito Santo, eu Vos adoro! (5 vezes) Após:
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém!
Segundo buquê: O segundo buquê é feito de cinco rosas lindas, cor de rosa. Com elas você declara o seu amor ao Divino Amigo. Repita cinco vezes:
Espírito de Amor, eu Vos amo de todo coração! (5 
vezes)
Após: Glória ao Pai, ...
Terceiro buquê: O terceiro buquê é feito de cinco rosas amarelas, lindas! Por elas você declara ao Espírito Santo quanto O admira por sua beleza e santidade divina. Declare cinco vezes:
Espírito divino, sois Santo, sois um encanto! (5 
vezes) Após: Glória ao Pai, ...
Quarto buquê: Este quarto buquê é feito de cinco rosas bran-cas. Simbolizam o seu desejo de viver um grande amor para com o Espírito Santo. Diga cinco vezes:
Santo Espírito, enchei-me do Vosso amor! (5 
vezes)
Após: Glória ao Pai, ...
Quinto buquê. O quinto buquê é feito de cinco rosas mescla-das, lindas, muito vivas! Por elas você pede ao Espírito de Deus que o faça um pouco mais santo, como Ele é Santo. Peça, dizendo:
Espírito de amor, santificai-me! (5 
vezes)
Após: Glória ao Pai, ...
Conclusão: termine sua visita despedindo-se do Espírito Santo com esta oração:
Espírito Santo, agradeço por estes preciosos momentos vividos em vossa presença. Que estas vinte e cinco rosas permaneçam vivas diante de Vós, para recordar o meu amor e minha admiração para Convosco. Ao vê-las sempre de novo, lembrai-Vos de mim, e abençoai-me. A-mém.

16 de fevereiro de 2014

DEUS   É   PAI

Deus é Pai! Mais. Deus é seu Pai!... É meu Pai!... É nosso Pai!... Eis uma verdade maravilhosa que enriquece a nossa existência e o nosso viver. É maravilhoso saber com toda verdade e certeza que o Ser supremo, que o Criador de todo o imenso universo povoado por todas as suas galáxias e incontáveis astros, seja Pai. Mais: seja seu Pai, nosso Pai. Parece inacreditável que o Criador deste nosso pequeno mas maravilhoso planeta Terra, com toda sua infinita beleza, seja Pai, seja seu Pai, nosso Pai. Com o coração maravilhado podemos dizer: “Deus Pai, que é meu Pai, é o Criador do universo! Foi meu Pai celeste quem tudo criou! Tudo é dele! Tudo lhe pertence! Como é poderoso e maravilhoso o meu Pai celeste!”

Deus é Pai,
mesmo se nós não existíssemos


Hoje quero dizer-lhe, porém, que Deus é Pai, independentemente de nós, de nossa filiação. Deus seria Pai mesmo se nós não existíssemos, se não tivéssemos sido adotados por Ele. Deus seria Pai até mesmo se não existisse a humanidade no planeta Terra. Deus é Pai desde que é Deus! Sempre foi Pai, mesmo antes da criação do universo. Explico.
Jesus adolescente, com apenas doze anos, quando se separou da peregrinação que retornava de Jerusalém para Nazaré e ficou sozinho na grande cidade, ao ser encontrado por seus aflitos pais, e ao ser questionado por eles sobre seu comportamento aparentemente irresponsável, disse-lhes: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me com as coisas que são de meu Pai? (Lc 2,49) Eis a maravilhosa revelação: Deus é Pai! Ora, se Deus é Pai, deve existir um Filho. É Pai por ter gerado um Filho. Aliás, esse Filho também foi surpreendentemente revelado nas mesmas palavras do menino. Ele disse: “Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas do “meu” Pai?... Portanto Deus é Pai, e o Filho gerado é Ele mesmo.
Jesus não poderia ter afirmado outra verdade mais maravilhosa! Deus é Pai! Ele é o Filho! Portanto, antes de tudo, acima de tudo, e da forma mais apropriada, Deus Pai é Pai do Filho Eterno que, ao assumir a nossa humanidade, recebeu o nome de Jesus. Mesmo que nós não existíssemos, ou não fôssemos filhos de Deus, o Pai é Pai, por ter gerado o Filho, numa geração eterna pelo amor.

Deus é Família

O nosso Deus é amor (1Jo 4, 8 e 16). Porque é amor, Deus é família. Uma família de três Pessoas. O nosso Deus é Trindade. É Pai, é Filho e é Espírito Santo. Nós o sabemos com certeza absoluta, pois foi Ele mesmo quem assim se revelou, quem se deu a conhecer. Por nós mesmos, jamais o saberíamos. O Filho de Deus Pai, que veio ao nosso encontro assumindo uma natureza humana, e que entre nós recebeu o nome de Jesus, teve todo cuidado de nos revelar o coração, o centro, o núcleo central de nossa fé: a verdade sobre Deus. Ou seja, que Deus é Uno e Trino. Que existe um Deus só, mas em três Pessoas.
O mesmo Jesus, em toda sua vida pública fala muitas vezes “do” seu Pai, fala “com” seu Pai, e ensina-nos “como” falar com o Pai. Aliás, os evangelhos estão cheios dessa revelação de Jesus, a respeito da paternidade de Deus!
Ao ler que Deus é Pai de Jesus, e que Ele seria Pai, mesmo se nós não existíssemos, não fique triste. Não pense que você perdeu o lugar no coração de seu Pai. Ele nos adotou como filhos e nos ama com amor eterno, pois nos deu o seu Espírito, que clama: Aba-Pai. Porque nos criou com a finalidade de nos adotar, o Pai nos ama verdadeiramente como seus filhos.

14 de fevereiro de 2014

UM HOMEM DE CORAÇÃO UNIVERSAL

O coração humano é o símbolo do amor. Símbolo do amor declarado, oferecido, doado, operante. Mostrar um coração, pintado, desenhado, bordado ou pichado é fazer uma declaração de amor.
O amor “encarna-se” num coração, numa pessoa, para tornar-se operante: para ter boca para amar, para ter ouvidos para amar, para ter braços e mãos para amar, para ter emoções para amar, enfim, para ter corpo, meios, possibilidades de se manifestar em gestos concretos.
Um dia, um amor divino, um amor maravilhoso, um amor eterno, o maior amor existente “encarnou-se” num homem, tomou posse de um coração de carne, e de todo o corpo regado pelo sangue desse coração. E esse amor assumiu, envolveu, encharcou e arrebatou a vida, as palavras, as atitudes e todas as obras desse homem. E o mundo nunca mais foi o mesmo. E todos os dias não é mais o mesmo, por causa do amor desse homem.
Esse homem “movido a amor”, tudo fez e tudo faz pelo vigor do seu coração. Ele se fez gente por amor. Viveu numa família só para amar. Trabalhou sempre por amor. Conviveu com todos com amor. Teve compaixão pelos doentes e curou a muitos, sempre por amor, só por amor. Libertou os escravos do demônio e de tantas escravidões, sempre por amor. Chegou a ressuscitar mortos, só por amor. Alimentou os famintos de amor, de orientação, de verdade e de fome material, sempre e só por amor. Combateu os vícios, as maldades, as hipocrisias, as ganâncias, as explorações e todas as demais expressões do mal, sempre por amor, só por amor. Defendeu, protegeu, perdoou e promoveu pecadores, adulteras, ladrões e prostitutas, sempre por amor.
Esse homem só soube fazer uma coisa: amar! E porque amou, porque amou sem medidas, porque amou sem restrições, marcou profunda e indelevelmente a história da humanidade e a vida sobre a face da terra. Quando um homem se decide a amar, o mundo ao seu derredor se transforma, e não será mais o mesmo.
Esse homem, porém, não deixou de amar. De repente, movido por seu coração, decidiu-se ir muito mais longe do que sua terra e pátria, para fazer lugar das expressões de seu amor, o planeta terra, toda a humanidade. Seu país já não comportava o seu coração. Seu amor era grande demais para limitar-se a um povo. E esse homem, sempre e só por amor, entregou-se a um projeto divino, também projeto de amor, e morreu crucificado. Por amor. Esse gesto tornou-se expressão máxima do amor de um homem, que marcou para sempre a face da humanidade.
Porque morreu por amor, morreu para ressuscitar... O amor era tão grande, que o fez ressuscitar, para poder continuar a amar. Ressuscitou por amor! Para um amor maior. Ressuscitado, não tem mais limites! Tornou-se universal! Fez-se cidadão do mundo, habitante de todos os continentes, países, cidades e aldeias. Agora, onde haja alguém que precise de amor, esse homem ali se encontra. E seu amor continua tomando todas as expressões concretas possíveis.
Seu coração transbordante de amor, presente a cada ser humano em algum lugar da humanidade, continua a realizar suas obras de amor: ensina, anima, consola, liberta, cura, orienta, alimenta, abençoa, promove, corrige, alegra, fortalece. Tudo o que o amor é capaz de fazer, e tudo o que alguém precisa que o amor lhe faça, esse homem o faz. O faz por amor. Gratuitamente. Incondicionalmente. Pois Ele só sabe fazer uma coisa: amar! E o amor mudou um pouco seu nome. Esse homem é conhecido pelo nome de Jesus. Mas, por causa de seu amor, é também reconhecido universalmente pelo nome de “Coração de Jesus”.

13 de fevereiro de 2014

O DIVINO AMIGO


Todos temos amigos. Todos gostamos de ter e cultivar amigos e amizades. Quem encontrou um amigo encontrou um tesouro. Um amigo humano é um tesouro humano. Imagine que tesouro precioso é um amigo divino. O amigo divino é o Espírito Santo.
As palavras “amigo” e “amor” têm a mesma raiz. São irmãs gêmeas. Quem ama é amigo. O amigo ama. O amor é amigo. Ora o Espírito Santo é o Deus-Amor. Portanto Ele é o Deus-Amigo, o Amigo divino.
O Espírito de Amor quer muito ser seu amigo. Quer manter uma amizade com você. Amizade real, concreta, existencial, ativa e comunicante. Tal amizade é possível, viável, importante e enriquecedora.
O Espírito Santo é uma pessoa real. Divina. Como pessoa, Ele se comunica e acolhe sua resposta. Ele fala e você pode ouvi-lo. Ele ouve quando você lhe fala. Ele inspira, protege, move, abençoa, enfim, comunica-se como amigo. Ele é capaz de fazer por você muito mais do que possa imaginar, pois Ele é Amigo divino, Ele é Deus-Amigo.
Iniciar uma amizade
É preciso que você queira essa amizade, queira tê-lo como amigo. Uma amizade sempre tem um começo. Comece sua amizade indo à sua presença, na sala de estar de seu coração, onde Ele está sempre à espera. Apresente-se e confesse seu desejo de iniciar uma amizade com Ele. Diga como você deseja que seja essa amizade. Peça-lhe que tome iniciativas diárias para cativar seu coração. Peça-lhe que o ensine a ser amigo, a comunicar-se com Ele.
Para perdurar e crescer, a amizade precisa ser cultivada. Cultive sua amizade com o Espírito Santo, reservando uns minutos, todos os dias, para ir à sua presença e comunicar-se de forma amiga, cordial.
Esta comunicação pode ser feita por alguma bela oração escrita, declara de cor, ou lida de forma cordial. Melhor, porém, será a sua comunicação espontânea e cordial, em forma de oração livre e espontânea, como uma conversa informal entre amigos. Essa comunicação pode variar entre adoração, louvor, ação de graças, entrega, acolhimento ou intercessão.

Comunicação espontânea

De amigo para amigo, você pode falar-lhe de suas alegrias e realizações; de seus problemas, dúvidas, buscas ou sofrimentos; de seus sonhos, planos ou aventuras; de suas vitórias ou insucessos. Enfim, de tudo quanto dois amigos podem e querem falar.
À medida que você crescer nessa amizade, Ele realizará uma obra maravilhosa em você. Revelar-lhe-á e fará experimentar: o amor paternal de Deus Pai, o amor salvador de Jesus ressuscitado, o amor materno e carinhoso de Maria, o amor fraterno dos irmãos de fé, a beleza, a riqueza e a importância dos sacramentos, a riqueza da Bíblia, Palavra de Deus. Ele lhe descortinará o panorama dos valores e das realidades eternas. Enfim, fará maravilhas em sua vida.
Quem não gostaria de ter um tal amigo? Quem não precisa de um amigo assim?
Este, sim, é um tesouro: o Amigo divino, o Espírito Santo, o Espírito de amor.

12 de fevereiro de 2014

Nossa Senhora do Carmo

Muitos nomes, muitos títulos, muitas imagens e quadros diferentes, muitas medalhas e muitas devoções para uma só mulher: Maria de Nazaré, a Virgem Mãe de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre.
O termo ‘Carmo’ originou-se do nome de um pequeno monte situado ao norte de Israel, chamado monte Carmelo. Este monte aparece na Bíblia, no A.T., de modo particular ligado ao profeta Elias, que ali habitou por algum tempo e onde desempenhou sua missão profética.
No século XII, um homem de nome Bertoldo, retirou-se com alguns companheiros para esse monte, onde se estabeleceu e consolidou um grupo de monges na vida monástica. Eles cultivavam e difundiam uma especial devoção a Nossa Senhora. Por habitarem ali, os monges receberam o nome de ‘Carmelitas”, e a Virgem Maria passou a receber ali o título de Nossa Senhora do monte Carmelo, ou Nossa Senhora do Carmo.

O escapulário
Simão Stock levava uma vida de eremita já há vinte anos. Ao conhecer o rigor da regra e a espiritualidade carmelita, entrou nessa ordem, e avantajou-se entre os irmãos, chegando a ser eleito superior geral, em 1245.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
O nome ‘escapulário’ foi dado àquele hábito religioso da ordem do Carmo pela própria Virgem Santa. Esse nome aliás, é tirado da palavra latina ‘scápula’, que se traduz por ‘ombro’. De fato, o hábito religioso é sustentado pelos ombros e desce para cobrir todo o corpo. Donde o nome escapulário.
Essa veste – o escapulário - deve simbolizar, sempre, uma profunda devoção e confiança em Nossa Senhora por parte da pessoa que o usa. Assim como o escapulário original – o hábito - envolve todo o corpo da pessoa, assim a proteção e a intercessão de Maria envolvem todo o ser do devoto.
De acordo com as palavras de Nossa Senhora a Simão Stock, lidas acima, o escapulário se restringia à ordem carmelita. Com o correr de muitos anos, tanto o escapulário como peça de roupa e objeto, como também as exigências espirituais para poder usá-lo, foram se alterando. No início era um hábito completo de monge. Depois passou a ser uma longa estola, larga como os ombros da pessoa, que caia para frente e para trás, da altura da pessoa, e usada sobre o hábito religioso. Em nossos dias se restringe a duas medalhas feitas de pano ou de metais, uma do Coração de Jesus e outra de Nossa Senhora do Carmo, unidas por duas cordas ou correntes que permitem que o Coração de Jesus fique sobre o peito da pessoa, e Nossa Senhora sobre as costas. Aliás, até há escapulários feitos por uma única medalha, tendo o Coração de Jesus de um lado e Nossa Senhora do Carmo no verso. Essas mudanças não alteram substancialmente o escapulário. Elas se adaptaram aos tempos e aos costumes dos povos.

Quem pode usar o escapulário
Quanto às condições de uso do escapulário, houve uma transição profunda. De inicio, segundo as palavras de Nossa Senhora: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem”, se destinada à ordem dos carmelitas. Depois estendeu-se a uma espécie de “Irmandade Carmelitana”, à qual passavam a pertencer os que solicitassem ingresso, assumissem uma devoção especial a Maria, manifesta por determinados atos de piedade, recebessem o escapulário das mãos de um bispo ou sacerdote que havia recebido autorização para impô-lo, e tivessem seu nome oficialmente inscrito na irmandade, recebendo até, algumas vezes, um diploma de ‘Irmão Associado’. Depois foi estendido a todos os que, por devoção a Nossa Senhora do Carmo, e desejosos de viver sob sua proteção, adquiram um escapulário, a ser abençoado por qualquer sacerdote, e usado como um sacramental, sempre como forma de cultivar uma particular devoção a Maria, para dela receber graças especiais.
À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus!

11 de fevereiro de 2014

ESPIRITUALIDADE DO ESCAPULÁRIO


É de suprema importância compreender o significado espiritual do escapulário. Ele não pode ser visto ou usado como um amuleto que produza efeitos mágicos. Nosso Deus não é um mago. Nem Nossa Senhora do Carmo é uma pitonisa. Simão Stock é um exemplo para os devotos de nossa senhora do Carmo.
O essencial dessa espiritualidade do escapulário é uma profunda, esclarecida e perseverante devoção a nossa Senhora, mãe de Jesus. A devoção à Virgem Mãe do Carmelo deve estar fundamentada : 1º sobre uma fé consciente e profunda na pessoa de Jesus Cristo; 2º sobre uma aceitação feliz e agradecida dos ensinamentos do Divino Mestre; 3º sobre o viver uma vida cristã autêntica e com empenho de perfeição sempre maior; 4º sobre uma participação ativa na comunidade da Igreja; 5º sobre um cultivo constante do amor a Maria, por meio de atos de piedade mariana; e 6º sobre um amor generoso para com todos os irmãos de caminhada.
O escapulário usado com piedade é um meio de manter constantemente uma lembrança carinhosa de nossa Senhora, quer sob o título de Nossa Senhora do Carmo, ou sob outro título apreciado pelo devoto. Essa lembrança constante provocada pelo escapulário deve elevar, muitas vezes, o coração do devoto até a Virgem Maria, que está no Céu, quer homenageando-a com gestos de amor, com orações de louvor e gratidão, com preces fervorosas, ou com clamores de filhos necessitados de socorro.
Essa amizade com Nossa Senhora, cultivada carinhosa e criativamente por um devoto, crescerá progressivamente e conduzirá esse filho mariano a querer viver uma vida cristã sempre mais exemplar. Aliás, é esta a maior alegria que podemos dar a nossa Senhora: vivermos como apaixonados discípulos de Jesus Cristo. O discípulo de Jesus põe Deus em primeiro lugar, em sua vida, e põe o próximo como o irmão amado, para amá-lo como Jesus nos ama. Eis aí o resumo da Bíblia: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Jesus nos ama. Essa vida de amor a Deus e ao próximo é o que mais agrada a Maria, mãe de Jesus.
Os atos de culto a Nossa Senhora do Carmo, lembrados pelo amor a Maria e pelo escapulário são todos aqueles oferecidos ou aprovados pela Igreja e pela devoção mariana. O santo rosário, o oficio de Nossa Senhora, a ladainha da Virgem Maria, todas as orações marianas aprovadas pela autoridade da Igreja, as orações espontâneas criadas pelo amor fervoroso do coração amante da Mãe celeste, jaculatórias marianas.
A freqüência e participação fervorosas na Santa Missa e Santa Comunhão, a Confissão freqüente, os atos de ascese cristã como: o jejum, as abstinências, as mortificações dos sentidos, as penitências, as piedosas peregrinações em busca da graça divina, tudo isso é muito agradável e desejado por Nossa Senhora do Carmo.
O que vale não é simplesmente portar um escapulário, mas sim viver uma espiritualidade cristã e mariana, inspirada nele. O escapulário é como um “despertador” que nos chama a lembrar de Nossa Senhora.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por nós!

10 de fevereiro de 2014

DOIS PRIVILÉGIOS 

DO ESCAPULÁRIO


A devoção de Simão Stock a Nossa Senhora, levou-o a pedir graças especiais em favor de seus monges e daqueles que usassem devidamente o Escapulário. Foi atendido. Alcançou dois maravilhosos privilégios.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
Simão Stock pedia a Nossa Senhora manifestações de graças especiais para todos os Carmelitas, tanto para a perseverança e salvação eterna, quanto para a santificação dos membros da ordem. Maria atendeu.
Das palvras de Nossa Senhora do Carmo deduzimos dois privilégios, tanto para os carmelitas, quanto para os que tiverem uma devoção entrenhada a Nossa Senhora, e que usarem o escapulário.
Primeiro privilégio: “Libertação da condenação do inferno”. O escapulário é “penhor (que significa: garantia) de privilégio” alcançado por Nossa Senhora do Carmo, e estendido, agora, a todos os que lhe são devotos e portam o escapulário. A estes, a Virgem Mãe garante que estarão livres do castigo do inferno. Que maravilha!
Segundo privilégio: Libertação do purgatório no primeiro sábado após a morte do devoto.
Este privilégio, baseado no sufrágio dos fiéis falecidos, garante que Nossa Senhora, com sua força de intercessão junto à Trindade Santa, e pelo méritos de seu Filho Jesus Cristo, retirará do sofrimento do purgatório e levará para o céu, já no primeiro sábado após a morte, o seu devoto que porta o escapulário em vida. Vale a pena cumprir a nossa parte para sermos merecedores desses dois maravilhosos

7 de fevereiro de 2014

O CORAÇÃO HUMANO 
ANSEIA PELO AMOR DE DEUS


Quando o coração humano descobre o amor de Deus e experimenta a ventura de sentir-se muito amado por Ele, o coração se volta para o Amante e passa a sentir um profundo anseio de comunhão íntima com Ele. A descoberta do grande amor de Deus abre um diálogo precioso entre a criatura e o Criador. O coração humano é induzido a rever a própria história para detectar, ali, todas as muitas provas do amor de Deus. À medida que as descobertas ocorrem, crescem a admiração e a gratidão, cresce o desejo de corresponder a esse amor. O coração cresce em sua sede do amor de Deus. Ao mesmo tempo, deseja voltar-se sempre mais para o Amado, para agradá-lo com as expressões de seu amor. A comunhão cresce. O coração se sente sempre mais amado, com diárias provas de amor do seu Amante. E a “sede Deus” torna-se uma presença constante. Então, a alma envolta no amor de Deus gosta de repetir preces ao seu Deus, como esta do salmista: 

Sois vós, ó Senhor, o meu Deus!
Desde a aurora ansioso vos busco!
A minha alma tem sede de Vós,
A minha carne também vos deseja,
Como terra sedenta e sem água!

Venho assim contemplar-Vos no templo,
Para ver vossa glória e poder.
Vosso amor vale mais do que a vida:
E por isso meus lábios Vos louvam

Quero, pois, vos louvar pela vida
E elevar para Vós minhas mãos!
A minh’alma será saciada
Como em grande banquete de festa:
Cantará a alegria em meus lábios,
Ao cantar para Vós meu louvor.

Penso em Vós, no meu leito, de noite,
Nas vigílias suspiro por Vós!
Para mim fostes sempre um socorro.
De vossas asas à sombra eu exulto!
Minha alma se agarra em Vós;
Com poder vossa mão me sustenta.
(Salmo 62)
Vale a pena ler, reler, meditar e apropriar-se de toda a riqueza espiritual desse salmo, pois ele revela uma tão grande realidade vivida por um coração que encontrou o diálogo de amor com Deus, Uno e Trino. Vale a pena decorá-lo para fazê-no nossa oração no dia a dia de nossa “fone e sede do amor de Deus”

6 de fevereiro de 2014

O AMOR DO PAI 

ME ENVOLVE



Deus Pai é meu pai. Não apenas porque me criou. Fosse só por isso já seria uma bênção extraordinária, pois extraordinário é o dom de minha vida. Sem o dom da vida, eu nada poderia ser, nem obter, nem experimentar, nem receber. Sem o dom da vida eu simplesmente “não” seria. Criando-me, Deus Pai tornou-se meu criador.
Muito mais do que me criar por amor, Deus Pai, por outro ato de amor, tornou-se meu pai, adotando-me como filho. Ele não queria apenas uma criatura humana a mais, queria um filho: eu. Ele não queria ser apenas meu criador, mas sim, meu pai.
Pelo santo batismo, o Pai adotou-me oficialmente, publicamente, como seu filho. Não fui eu que quis ser adotado. A iniciativa foi dEle. Por amor para comigo. Ele me quis como seu filho, para me amar como um Deus sabe amar. Para me amar como sou. Incondicionalmente. gratuitamente.
Que maravilha ser adotado, como filho, por Deus... Ser adotado por um rei, por um governador, por um presidente de nação, poderia parecer um grande privilégio. Mas eu fui adotado por um Deus, por Deus Pai celeste. Como filho adotado, participo da partilha de toda sua herança. O que é do Pai é também meu. Pois sou filho dEle.
Como é grande esse mistério... Mas é grande também a responsabilidade de viver de forma tal que minha vida honre o coração do Pai, o glorifique, lhE dê alegrias.
“Pai meu, que estais no céu, e me olhais com amor de Pai, iluminai meu coração a fim de que reconheça a grandeza de vosso amor que me adotou, e para que eu viva de forma coerente com minha dignidade de ser Vosso filho. Amém”

5 de fevereiro de 2014

JA PENSOU NISSO ?



Impressiona-me muito uma realidade! Na justiça humana, quando uma pessoa comete um delito, e se comprova deveras que o delito aconteceu, quer mais ou menos grave, ela é julgada e “sempre condenada”, de acordo com a lei, não importando se a pessoa se arrepende ou não. Na justiça divina, ocorre o contrário. Sempre que o pecador reconhece o erro e se arrepende, por mais grave que seja o erro, ele é “sempre perdoado”! Sempre! Todas as vezes! Que maravilha divina! A confissão é sempre a hora do perdão! Jamais da condenação! A sentença é sempre positiva. E sempre a mesma: “Eu te perdôo!... Vai, e não peques mais!... Por que carregar culpas, erros, pecados, que poderiam nos condenar para a vida eterna, se podemos ser perdoados com tanta facilidade, e sempre? Por que não procurar sempre o perdão de Jesus na Confissão?
Já pensou também nisto? - A confissão é
“remédio... e vitamina”. Remédio para curar o pecado, as fraquezas humanas, as tendências viciosas, as conseqüências dos pecados, enfim, os males espirituais, psicológicos e emocionais, ligados aos pecados. Vitamina para fortalecer a graça santificante que puxa, induz para a santidade; para fortificar a vida cristã de cada dia, a pratica das virtudes, a realização das boas obras. Aliás, é por esta segunda razão que muitos Santos do passado e do presente celebravam a confissão toda semana, ou até mais vezes por semana. Ouvi um sacerdote dizer que o Papa se confessa com frequência. Com certeza não é por causa de pecados, mas para buscar graças divinas. Será que muitas forças do Papa não procedem dos encontros que faz com Jesus vivo, na Confissão? Estes Santos são expertos: buscam na confissão as vitaminas, as forças para vencer as dificuldades e para crescer na santidade. São mesmo bem expertos! Deveríamos também nós ficarmos assim expertos!
Já pensou também nisto? – A Confissão não é um momento de
tristeza, de fossa, de depressão, de medo. Ela é um momento de reconciliação, de paz, de alegria, de esperança e de trasbordamento de vida. Por quê? Porque acontece o perdão total, a reconciliação com Deus, consigo e com os irmãos. Porque não somos condenados, mas perdoados. Deveríamos sair da confissão pulando de alegria, sorrindo e cantando, exatamente porque fomos perdoados. Não condenados.
Já pensou em fazer uma maravilhosa confissão que seja um profundo encontro pessoal com Jesus?

4 de fevereiro de 2014

SEDENTO COMO A CORÇA


A corça é um animal que faz diariamente longas caminhadas. Não pára de andar. Nas caminhadas, sempre encontra algo para se alimentar. Mas nem sempre passa por fontes, riachos ou águas correntes para se dessedentar. Quando arde em sede, levada por sua fina intuição, ela busca firme e perseverantemente as águas de que seu corpo tanto necessita. Mesmo que tenha que caminhar longas distâncias.
A sede ardente e a busca perseverante de águas frescas por parte da corça tornaram-se um símbolo bíblico da sede de Deus e da busca da plenitude do coração humano. O salmista, experimentando o profundo anseio do seu coração por possuir a Deus, exclama: “Assim como a corça suspira pelas águas refrescantes, assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus”(Sl 41).
Todo ser humano tem sede de felicidade. Todo ser humano busca a felicidade, cuja falta lhe deixa um profundo vazio, uma ardente sede, uma sensação profunda da falta de algo que o possa preencher, satisfazer e lhe dar a plenitude tão almejada. Todos procuram satisfazer os anseios íntimos e insistentes de falta da felicidade. Todos procuram preencher o vazio existencial que causa uma sensação de que algo está faltando. Muitos procuram preencher o vazio dos seus corações, encontrar a plenitude e a felicidade nas riquezas e posses materiais. Outros, em prazeres de toda espécie e intensidade. Outros, nas glórias do poder e da fama. Outros, ainda, em outras formas de vida ou de atividades.
Todas essas tentativas são enganosas e frustrantes. Ninguém jamais conseguiu preencher o seu vazio, matar a sua sede de realização plena, alcançar a plenitude da felicidade por esses meios e caminhos. Ninguém jamais o conseguiu, exatamente porque o coração humano não foi feito para se satisfazer com essas respostas. Ele só se satisfaz, só se sente saciado, pleno e feliz se lhe oferecerem as águas refrescantes do amor daquele que o pode satisfazer, preencher e tornar plena e definitivamente feliz: Deus.
Santo Agostinho fez muitas tentativas frustradas e frustrantes de dar a felicidade que seu sequioso coração tanto ansiava, por meio de toda forma de conhecimentos, de prazeres de toda espécie, de fama e de bens materiais. Em idade adulta, depois de ter encontrado o Deus vivo, deixou-nos a sabedoria de sua experiência, numa exclamação memorável: “Ó Deus! Fizestes-nos para vós! E o nosso coração anda irrequieto (insatisfeito, infeliz, vazio, errante) enquanto não repousar em vós”! Só o Deus vivo pode preencher o vazio do coração. Só uma amizade profunda e cultivada com o Deus Trindade pode gerar a perfeita felicidade do coração, pois ele foi criado para a comunhão com Deus. 
Feliz o coração que suspira por Deus, como a corça anseia e busca as águas correntes! Feliz o coração humano que sente tal anseio profundo pelo Deus vivo! Sim, feliz, pois encontrará os “rios de água viva” onde poderá saciar a sede do seu coração, todos os dias de sua vida. Feliz aquele que sabe “repousar seu coração” no colo amoroso de Deus!
Muito bem impressionado com a sede profunda do povo de Israel que acorria ao templo de Jerusalém para “estar com Deus”, para “ver a glória de Deus” e para “adorar e oferecer sacrifícios” a Deus”, Jesus, em alta voz exclamou: “Quem tem sede venha a mim e beba. E quem crer em mim, do seu interior jorrarão rios de água viva”(Jo 7, 37-39). Na seqüência do texto, o evangelista diz que “Jesus falava do Espírito Santo que haveriam de receber os que cressem nele”. As águas vivas são a Pessoa do Espírito Santo. Dando o Espírito Santo a um coração sedento, Jesus lhe dá o Pai celeste, e se dá a si mesmo. Por meio do Espírito Santo, a quem Jesus denominou de “água viva”, o Deus vivo vem habitar no coração, e por conseqüência natural, o plenifica, satisfaz, gratifica e o torna efetivamente feliz.
A única, verdadeira  e perene fonte da felicidade do coração está na comunhão profunda, cultivada, crescente e definitiva com Deus Pai, com Jesus ressuscitado e com o Espírito Santo.
Seu coração já encontrou a verdadeira fonte da felicidade? Você já sabe onde ela se encontra... Assim  como a corça suspira pelas águas, que seu coração  suspire pela comunhão com Deus. Então você experimentará a felicidade que seu coração tanto anseia.

3 de fevereiro de 2014

FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Amor para com o próximo
            Pelo fruto do amor, o Espírito Santo gera em nós o amor para com o próximo, sem distinção de pessoas. Porque nos revela o Pai, e nos convence de que somos todos “filhos do mesmo Pai”, o Espírito desperta em nós a “caridade” que é o amor ao próximo, porque é filho de Deus. Por este fruto da caridade, amamos com fidelidade e gratuidade aos que nos amam. Amamos com compreensão, compaixão e piedade aos que não nos amam, desejando vivamente a reconciliação, a paz e a fraternidade com eles. Amamos os pecadores, desejando sua conversão e salvação. Amamos os desconhecidos como “irmãos” que precisamos e queremos conhecer. Enfim, amamos a todos, movidos pelo fruto do amor-caridade. Amamos gratuitamente, sem esperar retribuição.
Pelo fruto do amor, passamos a nos amar a nós mesmos com um amor verdadeiro, baseado na realidade e na verdade daquilo que somos. Muitas pessoas não se amam. Não gostam de si. Nutrem auto condenações, remorsos e vergonhas de seus atos. O Espírito vai convencendo de que, apesar de tudo, Deus os ama muito. Leva-os a se aceitarem em sua história, a se perdoarem, a se aceitarem e finalmente a se amarem. Esta é uma obra importante do Espírito.

            É pelo fruto do amor que podemos obedecer com alegria aos ensinamentos de Jesus: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”; “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo”; “Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos tenho amado”; “amai os vossos inimigos”; “Se alguém vos bater na face direita, oferecei-lhe também a esquerda”. Só com a força do fruto do amor é que poderemos realizar essas manifestações de amor.