31 de julho de 2014
Bem-aventurados os
aflitos
porque serão consolados (v.4).
Qual é a
aflição que recebe o consolo, e por isso torna a pessoa bem aventurada, feliz?
– É a aflição que nasce da pequenez e da pobreza interior do ser humano. Quando
uma pessoa entra na realidade de sua vida pessoal, pode tomar conhecimento de
suas qualidades, virtudes, dons naturais e espirituais, o que lhe causa
alegrias e satisfações. Mas também pode tomar conhecimento de suas fraquezas,
defeitos, problemas, vícios e pecados. Esta constatação lhe traz preocupações e
aflições. É sobre estas aflições reconhecidas que a pessoa recebe as
consolações da presença de Deus e da graça divina. Deus os consola.
Muitos estão
aflitos porque querem amar a Deus e encontram dificuldades. Estes são
consolados porque Deus se aproxima deles e os faz experimentar o seu amor, o
qual torna a pessoa feliz. Deus pode preencher plenamente o coração humano,
consolando-o e tornando-o feliz, be-aventurado.
Outros estão
aflitos porque caem com facilidade em pecado. Lamentam suas quedas, desejam
sair delas, mas recaem sempre de novo por causa de sua fraqueza interior. Estes
são consolados pela graça divina que lhes traz a fortaleza para superar a
fraqueza e o perdão dos seus pecados. Com isto são consolados e se tornam
felizes, bem-aventurados.
Outros estão
aflitos diante da morte iminente. A realidade da aproximação da morte lhes causa
medos e muitas aflições. Estes são consolados pela palavra de Deus que lhes
garante uma vida futura, e isto lhes traz consolo e os faz felizes e
bem-aventurados.
Outros estão
aflitos diante das grandes dúvidas existenciais: de onde vim? Quem sou eu? Para
onde vou? Seus espíritos buscam respostas, as quais não são respondidas pelos
conhecimentos humanos. Muitos tem grandes aflições diante dessas questões
existenciais. Estes são consolados por Deus, que pela Palavra Bíblica lhes dá
uma resposta plena e se tornam felizes.
Muitos outros
estão aflitos por muitas outras tribulações que a vida familiar, o trabalho, a
prática da religião apresentam. Deus os consola por meio de sua graça, ou por
meio de suas mediações humanas,
sacramentais ou espirituais.
Todos os que
se acham em aflições mas estão perto de Deus e buscam nele seu consolo, são
efetivamente consolados, e essa consolação gera neles paz de espírito e até
bem-aventuraça
São Paulo nos
diz: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que
nos consola em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que
nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em
qualquer angústia! Se, pois, somos atribulados, é para nossa consolação e
salvação. Se somos consolados, é para vossa consolação,, a qual se efetua em
vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos. (2Cor
1,3-6)
30 de julho de 2014
AS BEM-AVENTURANÇAS
Um dos textos mais ricos do
Evangelho de São Mateus é o das bem-aventuranças. Por ele, Jesus traça o perfil
do ser humano ideal para o Novo Reino de Deus, a fim de que ele encontre a
verdadeira felicidade, a verdadeira bem-aventurança do coração, que tanto
almeja.
O Evangelho de São Mateus apresenta o tema do Sermão da
Montanha, e nele as Bem-Aventuranças. O Sermão da Montanha é um texto muito
conhecido dos católicos e dos cristãos (Mt. Caps 5.6.7.) É o Projeto do Novo
Reino que entra em questão. Mateus apresenta no seu Evangelho o Sermão da
Montanha baseado em 5 discursos de Jesus. Mateus deseja mostrar Jesus como o
novo Moisés, que na montanha promulga a nova lei, as bem- aventuranças.
O primeiro discurso trata das oito Bem-Aventuranças . Faremos um comentário sobre cada Bem-Aventurança
apresentada pelo nosso evangelista Mateus. É bom ter presente que a primeira
bem-aventurança está em sintonia com a oitava, porque uma abre e a outra praticamente
fecha o tema. As outras – da segunda à sétima – são uma explicação dessas duas.
Bem-aventurado é sinônimo de feliz, e bem-aventurança é
sinônimo de felicidade. Bem-aventurada é aquela pessoa que goza da verdadeira
felicidade por crer em Deus, relacionar-se com Ele, adorá-Lo, glorificá-Lo,
confiar nEle e viver segundo os seus mandamentos. É uma felicidade parecida com
aquela vivida junto de Deus nos céus. Todos os que estão no Céu são bem-aventurados,
porque gozam da felicidade perfeita e imperdível.
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o Reino
dos Céus (v.3).
Pobre de espírito é toda pessoa desapegada, desprendida
dos bens materiais, que tem uma hierarquia correta de valores, segundo o
Evangelho de Jesus, usando dos bens materiais apenas como meios necessários
para uma sobrevivência digna, bem como para realizar obras de caridade. Existem
ricos de bens que são pobres de espírito, porque são desapegados. Existem
pobres de bens materiais que são ricos porque são gananciosos, invejosos dos
bens alheios e apegados ao nada que possuem.
Frequentemente tentou-se atenuar a força dessa expressão,
como se os pobres em espírito fossem pessoas “humildes”, independentemente de
sua condição social. A palavra pobre recorda os ‘anawim’ do Antigo Testamento e
da época de Jesus: são os que depositaram sua confiança em Deus, enquanto
última instância, porque a sociedade lhes negava justiça.
“O pobre é a pessoa
honrada, piedosa, espiritualizada, justa, praticante da justiça, ajustada
diante de Deus, aberta a Deus e por isso feliz”. O reino do céu é deles porque,
vivendo assim, eles possuem a Deus, o qual preenche todos os anseios de
felicidade do coração humano.
Mas, por outro
lado, o mundo diz: "felizes os que têm dinheiro e sabem usá-lo para
comprar influências, comodidade, poder, segurança e bem-estar". Onde está
a verdadeira felicidade? Quem é, realmente, feliz? Jesus afirma que felizes,
bem-aventurados são aqueles que são pobres de espírito, porque seus corações
repousam em Deus, que é capaz de preencher todo desejo de felicidade do coração
humano..
Na verdade, todo ser humano tem, em sua natureza, uma
tendência a se apropriar de bens materiais, a possuir sempre mais, a buscar os
bens, custe o que custar, usando até de meios ilícitos para possuí-los. Esta é
uma das três grandes tentações encravadas no coração do ser humano: a tentação
de se apropriar dos bens materiais. As outras duas são: a tentação do poder e a
tentação do prazer.
Conhecedor dessas tentações, o demônio tentou Jesus por
esses três lados. Jesus saiu vencedor, e sua vitória é também daqueles que nele
crêem e seguem sua palavra e sua Igreja.
No mundo atual, em todos os países, desde os mais ricos
até os mais empobrecidos, a luta pela posse de bens tem gerado uma política
toda voltada para os interesses pessoais, e os interesses de grupos que
praticam uma forma de política que privilegia os corruptos, corruptores e
corrompidos.
Porque não são os bens materiais que podem satisfazer
planamente o coração humano, os possuidores de muitos bens materiais tentam
preencher o seu vazio interior buscando sempre mais possuir.
Jesus, que conhece o coração humano, e que sabe o que pode
preenchê-lo, vem com sua sabedoria e afirma: “Felizes os pobres em espírito, os
pobres de coração porque deles é o reino dos céus”. Por seu desapego dos bens
materiais, os pobres em espírito colocam os anseios de seus coração em Deus,
para o qual foram criados, e o qual pode preencher plenamente todo anseio de
felicidade.
29 de julho de 2014
AMOR AFETIVO:
UM TESOURO
Uma das mais belas realidades vividas por você, jovem, é sua
vida afetiva. Todo jovem sente dentro de si a presença e a força de sua
afetividade. Afetividade em ebulição. Em erupção. Querendo expandir-se e sair
por todos os poros. Ao mesmo tempo, há uma fome e sede de afeto, quase
insaciáveis.
Na verdade, afetividade é amor. É o amor afetivo. É o amor que quer expandir-se
sob mil formas e expressões afetivas. Confunde-se, às vezes, com as paixões. Ou
mistura-se com elas. Mas a afetividade é sempre amor. E o amor é o ingrediente
mais presente, mais necessário e mais importante para a sua vida de jovem. Por
isso mesmo é importante que você conheça, assuma e conduza com inteligência e
sabedoria sua vida afetiva.
O amor afetivo não deve ser entendido apenas como inclinação amorosa para
pessoas de outro sexo. O amor afetivo é uma forma maravilhosa de amar, com
expressões de afeto, aos pais, aos irmãos, aos familiares, aos amigos e a toda
as pessoas que entram em seu círculo de amizades.
A vida afetiva é sempre um processo. Processo que deveria iniciar-se na
concepção do ser humano, ocorrida por um ato conjugal de profundo amor dos
pais. Processo que deve continuar na infância, meninice, adolescência,
penetrando na juventude. Processo que ocorre quando se recebe muito amor dos
pais, dos familiares, dos professores, da igreja, da sociedade. À medida que a
pessoa recebe amor, seu coração afetivo cresce, desenvolve-se, amadurece. Se
não recebe amor afetivo abundante, a pessoa acumula carências afetivas. Estas
sempre deixam conseqüências negativas, criam problemas e sofrimentos para o
jovem.
Com certeza você entendeu como é importante receber amor afetivo. Recebê-lo de
seus pais, dos familiares, dos amigos, da comunidade onde vive, do namorado ou
namorada. Aliás, também é importante dar afeto. Dar amor afetivo a todos os que
podem recebê-lo legitimamente. E retribuir aos que tomam a iniciativa de lhe
oferecer o seu afeto deles.
O lugar ideal, diário e permanente de você receber e dar amor afetivo é sua
família. Por causa dos laços de sangue que unem as pessoas na família, criam-se
naturalmente tanto a necessidade como a oportunidade de você poder expandir seu
afeto e, ao mesmo atempo, acolher aquele que lhe é dado. Esse jogo de dar e receber
afeto dentro do lar é uma riqueza inestimável para seu coração jovem. Recebendo
muito afeto você amadurece sempre mais e equilibra sua afetividade. Ao mesmo
tempo, vai aprendendo a amar afetivamente.
Amar e ser amado afetivamente é uma fonte de muita satisfação e realização
pessoal que vai formando uma personalidade movida a amor. Só o amor faz você
feliz!
28 de julho de 2014
VOCAÇÃO:
CHAMADO DIVINO
Quando se fala em “vocação” pensa-se, quase sempre, no chamado feito por Jesus
a um ser humano para que assuma o sacerdócio ou a vida religiosa consagrada,
masculina ou feminina. Verdade é que o enfoque que se dá atualmente às vocações
está mudando lentamente esse quadro. Fala-se claramente em vocação para o
sacerdócio, para a vida consagrada, para o matrimônio, para uma consagração
leiga, para um celibato leigo etc. A realidade das múltiplas vocações eclesiais
está sendo melhor definida, e melhor compreendida pelo povo de Deus.
Sacerdócio e vida consagrada
Todo católico que vive sua fé e caminha na Igreja, conhece os sacerdotes e
compreende sua vocação, seu chamado divino para esse ministério. Conhece a
vocação das religiosas consagradas, também chamadas de freiras ou irmãs. Talvez
entenda pouco a respeito das diversas congregações, mas tem conhecimento da
realidade dessas vocações.
Existe também a vocação à vida religiosa consagrada masculina. São homens
chamados por Jesus para se consagrarem a Deus e servirem a seu povo, mas fora
do sacerdócio. Esses se consagram ou numa congregação, ou num instituto
religioso como, por exemplo, os Irmãos Maristas, os Irmãos Lassalistas, os
Irmãos do Sagrado Coração de Jesus e outros.
Outros homens, chamados por Jesus para essa forma de vida consagrada, se
consagram a Deus em ordens, congregações ou institutos, onde a maioria é de
sacerdotes.
Nessas há sacerdotes e há consagrados não sacerdotes. Duas classes? Não. Duas
vocações diferentes dentro de uma mesma ordem, congregação ou instituto.
Há ainda outras vocações destinadas a diferentes formas de consagração a Deus,
diferente da feita em ordens, congregações e institutos de vida consagrada. São
as vocações para uma consagração a Deus em
institutos seculares, em associações de vida apostólica, ou mesmo, para uma
consagração individual leiga.
As novidades do Espírito
Em nossos dias, principalmente a partir da presença e da ação renovadora da
Renovação Carismática, bem como de outras “espiritualidades”, estão surgindo
muitas novas comunidades de vida, nas quais os vocacionados por Jesus, fazem
algum tipo de consagração, para servir aos irmãos, na Igreja, dentro do carisma
específico de cada comunidade. A novidade do Espírito Santo, neste campo, é a
diversidade de pessoas chamadas para a mesma comunidade: solteiros e casados,
homens e mulheres, famílias inteiras. É tão surpreendente essa realidade, que
esse tipo novo de comunidade ou instituição ainda não é contemplado no Código
de Direito Canônico. No entanto, a realidade é de tal forma exuberante e
incontestável, na Igreja dos nossos tempos, que a Santa Sé a está estudando com
atenção e interesse, a fim de poder abrir-lhe espaço no Código e conceder-lhe
legitimidade canônica.
24 de julho de 2014
JOVENS:
ÓTIMOS MISSIONÁRIOS
O termo “missão” vem da língua latina, do verbo míttere, que
se traduz por enviar. Missão é um envio. Missionário é um enviado. Missionário
é um enviado por Jesus, através da Igreja, para anunciar a verdade anunciada
por Ele. Como, porém, a verdade é essencialmente uma “pessoa”, a pessoa de
Jesus, ser missionário é, antes e acima de tudo, anunciar Jesus ressuscitado,
Salvador e Senhor. Este anúncio, aliás, se chama, hoje, evangelização. Ser
missionário é ser evangelizador. E ser evangelizador é anunciar Jesus de tal
forma que ele aconteça na coração das pessoas. Ou seja, que Jesus se transforme
num acontecimento maravilhoso na vida das pessoas.
Perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que é evangelizar. Ela respondeu:
“Evangelizar é ter Jesus no coração, e levar Jesus ao coração dos irmãos. Eis a
“missão” do “missionário”: primeiro, ter Jesus no coração, e depois, levar
Jesus ao coração dos irmãos. Foi o que fez Maria na visita a Isabel: porque
tinha Jesus no coração (estava grávida!) levou Jesus ao coração de João
Batista, Isabel e Zacarias.
Maria era jovem! Talvez uns dezoito anos. Ninguém foi missionária e
evangelizadora como ela! Aliás, continua sendo. Ninguém sabe “fazer Jesus
entrar no coração das pessoas como ela!
João evangelista também era jovem quando foi chamado e enviado em missão por
Jesus! Que missionário! Que evangelizador! Também ele continua sua missão até
hoje!
Em nossos dias, vemos a Igreja do Brasil florir com a presença de um número
sempre maior de jovens que, tendo tido um encontro pessoal profundo com Jesus
vivo, por ele se apaixonam de tal forma que se lançam como missionários
evangelizadores a levar o mesmo Jesus ao coração de outros jovens. E para
consegui-lo, usam de todos os meios legítimos, ao seu alcance. Ei-los na
televisão, nos shows evangelizadores, gravando CDs de músicas religiosas,
promovendo acampamentos evangelizadores para jovens, evangelizando corpo a
corpo, promovendo e pregando retiros espirituais para seus colegas jovens. Com
sua experiência profunda de Jesus vivo, com sua coragem de falar a verdade sem
rodeios, com sua coragem de testemunhar sua conversão, com sua autenticidade de
enfrentar e fazer desafios, eis os jovens, hoje, constituindo-se numa força
missionária de grande poder e de resultados surpreendentes e admiráveis na
Igreja.
23 de julho de 2014
CUIDADO! -
ELES MENTEM !
Alguém foi
chamado de “mentiroso, e pai da mentira”. Se é pai da mentira, gera mentirosos.
Todos os que são gerados por ele são mentirosos. Ele é o “inimigo do jovem”,
aliás, de todos os seres humanos. Os que são mentidos, enganados, ludibriados
por ele, e o seguem, são como filhos, discípulos, e tornam-se mentirosos como
ele. Ele é o demônio... Foi Jesus quem o disse, não eu! Seus discípulos são
todos os que propagam a mentira, o erro, o mal, a imoralidade, a inverdade. São
os que glorificam, exaltam, defendem e propagam os vícios, as aberrações
sexuais, a desonestidade, o aborto, o adultério, o homossexualismo, o
lesbianismo, o sexo livre na juventude, a corrupção, o divórcio e tantos outros
erros e pecados.
O pai da mentira e seus filhos, com meios poderosos, com argumentos sutis, com
ares de donos da verdade, com arrogância poderosa para sufocar quem queira
desmenti-los, dominam os meios de comunicação, a sociedade e a opinião pública.
Trabalham com tanto ardor e sofisticação, que suas mentiras convencem
multidões. Alienam a razão. As pessoas perdem o senso crítico e simplesmente
engolem tudo, como se fosse verdadeiro, correto, normal, bom, justo, necessário
para ser feliz, para realizar-se, para vencer na vida. Mentem! Mentem
descaradamente! Desavergonhadamente! Inescrupulosamente!
Cuidado! Muito cuidado! Você é um alvo muito visado por eles: pelo pai da
mentira e por seus discípulos e parceiros. Eles mentem. Cuidado! Eles
apresentam o produto mentiroso de uma forma tão bela, tão convincente e com
tantos argumentos, que chegam a seduzir. E seu produto é atraente, convidativo
e sedutor, pois gera muito prazer, satisfação, exaltação, sensação de sucesso e
de vitórias, de liberdade e de importância. Mas tudo é um péssimo veneno com
gosto de chocolate. No primeiro momento, nos primeiros tempos, tudo é uma maravilha.
Depois vêm as consequências. Consequências de todo tipo. Consequências
destruidoras.
Quando vêm as consequências, eles olham para a vítima e riem; e a criticam; e a
julgam; e a condenam; e dizem que é irresponsável, marginal, degenerada; e
exigem que seja presa, metida na cadeia, porque é bandido. Cuidado! Eles
seduzem, criam e exploram as vítimas, para depois condená-las.
Eles mentem! Suas vidas são mentirosas! Suas propostas de vida são
rigorosamente mentirosas, pois geram a infelicidade, a destruição de
adolescentes e jovens, de casais e de famílias. Suas mentiras destroem vidas no
aborto, traumatizam crianças e adolescentes pela separação dos casais, geram
jovens revoltados, inseguros, desequilibrados. Seus produtos destroem a saúde,
o equilíbrio pessoal, a moralidade, o bom senso, o respeito para com o outro, a
palavra dada, o compromisso assumido, o juramento feito e assinado.
Causados tantos males, eles nem tomam conhecimento, pois sua conta bancária
está alta, sua fama vai longe, sua vaidade chega às nuvens, sua arrogância por
terem conseguido seus objetivos é um rolo compressor que massacra quem queira
se opor, sua consciência de dominação destrói impiedosamente qualquer proposta
alternativa.
Cuidado! Eles mentem para você! Mentem sempre, sem parar! Mentem para
conquistar você, para seduzi-lo e explorá-lo. Cuidado! Tenha muito senso
crítico. Analise muito bem o produto que oferecem. Analise o que aconteceu com
os que já foram aliciados, seduzidos e envenenados por eles. Pelos resultados, você
pode saber com toda certeza que eles vendem veneno com sabor de chocolate.
Onde buscar a verdade? Em Jesus! Ele é a verdade! Ele ensina a verdade! Porque
Ele ama você, sua verdade gera vida, saúde, realização e felicidade. Siga
Jesus, e você vencerá o “pai da mentira” e todos os seus associados.
22 de julho de 2014
RECEBER AMOR,
PARA APRENDER A AMAR
Fazendo uma comparação teórica, em números, poderíamos dizer
que, ao ser concebida e gerada, bem como até aos dois ou três anos, a criança
tem 100% de necessidade de receber amor e 0% de dar amor. Aos seis, sete, oito anos,
a criança tem 90% de necessidade de receber amor, e apenas 10% de necessidade
de corresponder ao amor recebido. À altura dos catorze, quinze anos, o
adolescente tem 70% de necessidade de receber amor, mas já possui 30% de
necessidade de corresponder ao amor recebido. Poderíamos dizer que, lá pelos
22, 25 anos de idade, se o jovem recebeu muito amor, poderá ter chegado aos 50%
de necessidade de receber e 50% de necessidade de dar amor. Aqui está a linha
divisória entre a imaturidade e a maturidade do coração. É a passagem para a
maior necessidade de dar amor, do que de recebê-lo. Quando a pessoa humana
passa a sentir mais necessidade de amar do que de ser amada, ela chegou a
entrar na maturidade afetiva. Maturidade esta que deve prosseguir pela vida afora,
até chegar, talvez, a ter 90% de necessidade de dar amor, e apenas 10% de
necessidade de recebê-lo.
É preciso esclarecer que a maturidade do coração não chega naturalmente com a
idade. Ela acontece pela quantidade de amor recebido e oferecido ao longo da
vida. Existem pessoas que nunca chegam à maturidade do amor, mesmo que cheguem
aos 90 anos. Não amadurecem, porque não receberam bastante amor, nem na
infância, nem na meninice, nem na adolescência, nem na juventude e nem no
matrimônio.
Usando uma comparação, eu diria que a maturidade do coração se assemelha à
alimentação do corpo. Por exemplo. Se uma criança é mal alimentada desde os
primeiros meses, e a má alimentação prossegue nos primeiros anos, na
adolescência e na juventude, ela se torna uma pessoa mal nutrida e raquítica.
No amor pode ocorrer exatamente o mesmo processo. Quando uma criança não recebe
tanto amor quanto deveria receber, e a falta de amor se prolongar pela vida
afora, a pessoa fica raquítica no coração. Pode ficar imatura, e pior ainda,
pode se tornar uma pessoa portadora de profundas carências afetivas.
Reafirmo que é por esse jogo de amor, por esse diálogo de amor que consiste em
dar e receber amor dos pais, dos irmãos, na família, na comunidade, que o
coração amadurece, que a pessoa chega à maturidade, e passa a sentir a
realização do seu coração.
21 de julho de 2014
CRIADOS PELO AMOR
PARA O AMOR
Fomos criados para o amor. O objetivo deste escrito é fundamentar a vivência matrimonial e a vida familiar
sobre os alicerces sólidos do amor. É o amor quem dá sentido, fundamento,
realização e gratificação à vida matrimonial. A atmosfera do amor deve envolver
toda a vida familiar. O oxigênio do amor precisa ser respirado por todos os
membros de uma família. Mas, ao mesmo tempo, todos devem transbordar e
transpirar amor, se quiserem ser felizes, realizados, sadios e belos, na
família.
Busco na Palavra de Deus, na Bíblia sagrada, a inspiração para esta reflexão.
Diz o texto do Gênesis: "Então Deus disse: façamos o homem à nossa imagem
e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus,
sobre os animais domésticos e sobre toda a terra. Deus criou o homem à sua
imagem. Criou-o à imagem de Deus. Criou o homem e a mulher. Deus os abençoou e
lhes disse: frutificar, multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,
26-28).
Este breve texto, por três vezes declara que o ser humano foi criado à “imagem
e semelhança” de Deus. Retomando o texto: “Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança”... “E Deus criou o homem à sua imagem”... “Criou-o à imagem de
Deus... Criou o homem a mulher”.
Precisamos nos perguntar de imediato: “O que é ser imagem de Deus?” “Quando é
que somos imagem e semelhança de Deus”? É importante que procuremos penetrar
nessas palavras e desejemos compreender a riqueza dessa afirmação divina. Sim,
é importante penetrá-la e compreendê-la, a fim de que se possa avaliar e
abranger o profundo sentido existencial dessa verdade para nossas vidas.
Para sabermos o que é ser “imagem e semelhança” de Deus, precisamos nos
perguntar: “O que Deus é”? Se nós soubermos responder corretamente à pergunta
“O que Deus é”, saberemos também o que significa “ser imagem e semelhança” de
Deus.
O próprio Espírito Santo inspirou o evangelista São João a escrever em sua
primeira carta que “Deus é amor!” Ora, se Deus é amor, imagem e semelhança de
Deus só pode ser alguém que “seja amor”. Se nós fomos criados à imagem e
semelhança de Deus, que é amor, fomos criados para “sermos amor”. Atenção! Não
apenas para “termos” amor. Não diz a Bíblia que Deus “tem” amor. Diz que Deus
“é” amor.
20 de julho de 2014
O ESPÍRITO
SANTO
E A
ESPIRITUALIDADE
A vida
cristã se alimenta, cresce, amadurece e se perpetua necessariamente por meio da
espiritualidade cristã. Todos os atos religiosos: a santa Missa, a santa
Comunhão, a celebração dos Sacramentos, todas as formas de oração pessoal ou
comunitária, enfim, toda prática religiosa, encontra seu sentido pleno, sua
graça, importância, beleza e necessidade, na espiritualidade. Sem
espiritualidade, as práticas religiosas são vazias, sem graça e sem fruto, sem
significado e sem importância.
Dessa realidade nasce e se torna evidente a necessidade da pessoa do Espírito
Santo. Ele é o autor, a fonte jorrante, o alimentador e o condutor da
espiritualidade cristã. Aliás, o temo “espiritualidade” veio exatamente do nome
do Espírito Santo.
A garantia de adquirir, desabrochar, amadurecer e viver uma autêntica
espiritualidade cristã, bem como uma frutuosa vida cristã, é criar e cultivar
uma profunda amizade com a pessoa do Espírito Santo.
O primeiro passo deve ser o conhecimento da pessoa divina do Espírito Santo, de
suas formas espirituais de operar, de sua obra a realizar nos corações.
Precisamos dizê-lo: o Espírito Santo ainda é o “Deus desconhecido e o amor não
amado”, na quase totalidade dos católicos. Por isso, as conseqüências são muito
tristes: mais de noventa por cento dos católicos não vivem vida cristã, e não
praticam com convicção sua religião. Não possuem a mínima espiritualidade.
Para conhecer o Espírito Santo é preciso estudá-lo, quer no Catecismo da Igreja
Católica, quer em livros que tratam de sua pessoa e obra, quer fazendo algum
curso específico. Fazer esse estudo, não apenas para ter um conhecimento
racional, mas para aprender a admirá-lo, a encantar-se por Ele, a amá-lo e a
criar uma verdadeira amizade com Ele.
Eis o segredo para que o Espírito realize sua obra no coração: criar e cultivar
uma profunda amizade com Ele. A amizade é cultivada pela convivência feliz,
pela comunicação freqüente, por gestos concretos de amor e atenção.
A fim de que essa amizade ocorra, é preciso ter o Espírito Santo como “uma
pessoa viva”. Ele não pode ser apenas “uma idéia religiosa”, “algo abstrato e
incomunicável”. É necessário que Ele se torne progressivamente uma pessoa viva,
divina, maravilhosa, amante e amável. Tão concreta como Jesus e como Deus Pai.
Ou, se estes ainda forem “abstratos”, o Espírito Santo precisa tornar-se tão
vivo, concreto e comunicável como Nossa Senhora ou como o Santo de sua devoção,
mas observando a diferença de que estes são “pessoas humanas” glorificadas, Ele,
porém, é pessoa divina, gloriosa.
A amizade com o Espírito Santo amadurece à medida que alguém se comunica com
Ele pelas melhores formas de oração, aprendidas, desenvolvidas e utilizadas. Ao
leitor interessado em criar uma amizade com Ele e desejoso de crescer em sua
capacidade de comunicação, indico o livrinho “Vinte Conversas sobre o Espírito
Santo”. Por Ele, o leitor “conhece, cria amizade e aprende a comunicar-se com
essa pessoa maravilhosa”, o divino Espírito Santo.
18 de julho de 2014
O AMOR É A ESSÊNCIA DA VIDA
O amor é a essência da vida.
Quanto maior o amor, mais vida, mais vitalidade, mais realização e mais
felicidade.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Ora, Deus é amor (1Jo 4,8.16). Se
Deus é amor e nós fomos criados à sua imagem e semelhança, então fomos criados
“para sermos amor”. Não apenas para “termos” amor, mas para “sermos” amor.
Personificações do amor.
Essa é uma verdade existencial da maior significação e importância para o ser
humano, para sua realização e felicidade. Essa verdade diz que se a pessoa
humana chega a “ser amor adulto”, que se chega a se realizar no amor, ela se
realiza na vida, ela encontra a felicidade pessoal. Mas se o ser humano não se
realiza no amor, se não chega a “ser amor adulto”, também não se realizará e
não será feliz. O que realiza e faz o coração sentir-se feliz é o amor.
O segredo da verdadeira realização humana está na vivência de um amor
consciente, adulto, cultivado, oblativo para o outro e acolhedor do amor do
outro, em relação a si próprio (amar-se plenamente!) em relação à família de
origem e àquela constituída por matrimônio, em relação ao próximo e em relação
a Deus. Aquele que chega a viver esse amor de forma amadurecida e adulta
encontra a verdadeira realização pessoal. Mesmo que no caminho de sua vida
encontre barreiras, dificuldades e problemas de toda sorte, ele se realiza e
vive a felicidade do coração.
O amor é a essência do coração humano. O coração se sente realizado e feliz
quando ama e se sente amado.
A faculdade humana mais importante é a do amor. Desenvolver essa faculdade é
criar as melhores condições para ser realizado e feliz.
Nas universidades, a faculdade mais importante não foi criada: um curso de
quatro anos para ensinar a sabedoria divina do amor. Se muitos frequentassem
uma faculdade especializada no amor, eles se tornariam pessoas muito realizadas
e felizes.
O amor é a essência do coração humano e a fonte da felicidade.
17 de julho de 2014
VOCAÇÃO
O termo ‘vocação’ vem da língua latina, e se traduz por ‘chamado’. Esse termo é usado em diversos sentidos, pois seu significado se abre como as muitas e diferentes palhetas de um belo leque.
Em seu significado mais específico, evangélico e eclesial, vocação é o chamado que Jesus ressuscitado faz a determinadas pessoas, propondo-lhes algum “estilo diferente de vida’ e/ou alguma ‘missão’ a ser realizada. Foi o que ocorreu com os doze Apóstolos. Foi o que aconteceu com milhões de homens e mulheres, nestes 2.000 anos, desde a ressurreição de Jesus até os nossos dias. Estes todos, chamados por Jesus, disseram um “Eis-me aqui, envia-me, Senhor!”, e se tornaram padres, bispos e papas. E as mulheres tornaram-se religiosas consagradas em ordens, congregações, institutos ou comunidades de consagradas.
Uma vocação universal
Em sentido muito amplo e abrangente, pode-se falar em ‘vocação à vida’, pois
todo ser humano é chamado por Deus a existir para sempre, isto é, para uma
rápida peregrinação por este planeta, e depois a viver a vida eterna.
Junto com o chamado à vida, existe a vocação ao ‘cristianismo’. Todos os seres
humanos são criados pelo Pai celeste a fim de se tornarem ‘filhos de Deus’ pelo
conhecimento e aceitação de Jesus e pelo recebimento do Espírito Santo, no
santo Batismo. Mesmo que muitos, muitíssimos não cheguem a sê-lo, a vontade do
Pai é esta: ‘que todos cheguem ao conhecimento da Verdade, que é Jesus, se
tornem filhos de Deus e se salvem’. Estas vocações à vida e à filiação divina
são universais. Isto é, são para todos os seres humanos.
Vocacionados a servir
Em nossos dias, na Igreja, toma-se cada vez mais consciência de um chamado para
uma diversidade cada vez maior de ministérios, pastorais e serviços a serem
prestados nas comunidades católicas. Este chamado pode ser para o exercício dos
ministérios leigos como: do Batismo, do Matrimônio, da Eucaristia, da Esperança
etc. Outros se sentem chamados aos diversos trabalhos de evangelização querigmática
ou de catequeses. Outros, para as mais diversas pastorais. À medida que os
leigos estão assumindo seu lugar específico na Igreja e a hierarquia abandona o
habitual clericalismo e abre espaço para eles, estes ministérios, pastorais e
serviços passam a ser dinamizados por pessoas mais conscientes, mais bem
preparadas e, principalmente, por pessoas que assumem “não por serem ‘chamadas’
pelo padre”, ou “porque têm vontade de fazer alguma coisa”, mas porque
descobriram em seu coração o chamado de Jesus. Portanto, assumem a sua missão
‘por vocação’, por causa do chamado do Mestre.
15 de julho de 2014
Nossa Senhora do
Carmo
Muitos nomes, muitos títulos, muitas
imagens e quadros diferentes, muitas medalhas e muitas devoções para uma só
mulher: Maria de Nazaré, a Virgem Mãe de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre.
Nossa Senhora Aparecida, Nossa
Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa
Senhora do Carmo, Rainha da Paz, Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Glória,
Nossa Senhora da medalha milagrosa, e centenas de outros títulos e nomes dados
à Virgem Maria, filha predileta do Pai, mãe carinhosa do Filho, esposa mística e
fecunda do Espírito Santo, mãe da Igreja, nossa dileta mãe celeste, e rainha de
nossos corações.
Trazemos, ao caro leitor,
considerações e louvores à Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo.
O monte Carmelo
O termo ‘Carmo’ originou-se do nome de um pequeno
monte situado ao norte de Israel, chamado monte Carmelo. Este monte aparece na
Bíblia, no A.T., de modo particular ligado ao profeta Elias, que ali habitou
por algum tempo e onde desempenhou sua missão profética.
No século XII, um homem da Calábria,
de nome Bertoldo, retirou-se com alguns companheiros para esse monte, onde se
estabeleceu e consolidou na vida monástica um grupo de monges. Eles cultivavam e difundiam uma especial devoção a
Nossa Senhora. Por habitarem ali, os monges receberam o nome de ‘Carmelitas”, e
a Virgem Maria passou a receber ali o título de Nossa Senhora do monte Carmelo,
ou Nossa Senhora do Carmo.
Em 1209, uma regra monástica muito
rigorosa a ser vivida por esses monges carmelitas foi aprovada por Dom Alberto,
patriarca de Jerusalém,. Mais tarde, essa regra de vida foi aprovada pelo Papa
Honório III. Eis ali a origem das ordens dos e das carmelitas.
O escapulário
Simão Stock levava uma vida de
eremita já há vinte anos. Ao conhecer o rigor da regra e a espiritualidade
carmelita, entrou nessa ordem, e avantajou-se entre os irmãos, chegando a ser
eleito superior geral, em 1245.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela
salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência
que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe
apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e
dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de
privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo.
Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
O nome ‘escapulário’ foi dado àquele
hábito religioso da ordem do Carmo pela própria Virgem Santa. Esse nome aliás,
é tirado da palavra latina ‘scápula’, que se traduz por ‘ombro’. De fato, o hábito
religioso é sustentado pelos ombros e desce para cobrir todo o corpo. Donde o nome
escapulário.
Essa veste deve simbolizar, sempre,
uma profunda devoção e confiança em Nossa Senhora por parte da pessoa que o usa.
Assim como o escapulário original – o hábito - envolve todo o corpo da pessoa,
assim a proteção e a intercessão de Maria envolvem todo o ser do devoto.
De acordo com as palavras de Nossa
Senhora a Simão Stock, lidas acima, o escapulário se restringia à ordem
carmelita. Com o correr de muitos anos, tanto o escapulário como peça de roupa
e objeto, como também as exigências espirituais para poder usá-lo, foram se
alterando. No início era um hábito completo de monge. Depois passou a ser uma
longa estola, larga como os ombros da pessoa, que caia para frente e para trás,
da altura da pessoa, e usada sobre o hábito religioso. Em nossos dias se
restringe a duas medalhas feitas de pano ou de metais, uma do Coração de Jesus
e outra de Nossa Senhora do Carmo, unidas por duas cordas ou correntes que
permitem que o Coração de Jesus fique sobre o peito da pessoa, e Nossa Senhora
sobre as costas. Aliás, até há escapulários feitos por uma única medalha, tendo
o Coração de Jesus de um lado e Nossa Senhora do Carmo no verso. Essas mudanças
não alteram substancialmente o escapulário. Elas se adaptaram aos tempos e aos
costumes dos povos.
Quanto às condições de uso do
escapulário, houve uma transição profunda. De inicio, segundo as palavras de
Nossa Senhora: “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem”, se destinada à ordem
dos carmelitas. Depois estendeu-se a uma espécie de “Irmandade Carmelitana”, à
qual passavam a pertencer os que solicitassem ingresso, assumissem uma devoção
especial a Maria, manifesta por determinados atos de piedade, recebessem o
escapulário das mãos de um bispo ou sacerdote que havia recebido autorização para
impô-lo, e tivessem seu nome oficialmente inscrito na irmandade, recebendo até,
algumas vezes, um diploma de ‘Irmão Associado’. Depois foi estendido a todos os
que, por devoção a Nossa Senhora do Carmo, e desejosos de viver sob sua proteção,
adquiram um escapulário, a ser abençoado por qualquer sacerdote, e usado como
um sacramental, sempre como forma de cultivar uma particular devoção a Maria,
para dela receber graças especiais.
Dois privilágios
Simão Stock pedia a Nossa Senhora
manifestações de graças especiais para todos os Carmelitas, tanto para a
perseverança e salvação eterna, quanto para a santificação dos membros da ordem.
Maria atendeu. “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de
privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo.
Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno".
Primeiro privilégio: libertação da
condenação do inferno. O escapulário é “penhor
(que significa: garantia) de privilégio” alcançado
por Nossa Senhora do Carmo, e estendido, agora, a todos os que lhe são devotos
e portam o escapulário. A estes, a Virgem Mãe garante que estarão livres do
castigo do inferno.
Segundo privilégio: libertação do purgatório
no primeiro sábado após a morte do devoto.
Este
privilégio, baseado no sufrágio dos fiéis falecidos, garante que Nossa Senhora,
com sua força de intercessão junto à Trindade santa, e pelo méritos de seu
Filho, retirará do sofrimento do purgatório e levará para o céu já no primeiro
sábado após a morte, o seu devoto que porta o escapulário em vida.
Significado espiritual do
escapulário
É de suprema importância compreender
o significado espiritual do escapulário. Não pode ser visto ou usado como um
amuleto que produza efeitos mágicos. Nosso Deus não é um mago. Nem Nossa
Senhora do Carmo é uma pitonisa. Simão Stock é um exemplo para os devotos de
nossa senhora do Carmo.
O essencial dessa espiritualidade
do escapulário é uma profunda, esclarecida e perseverante devoção a nossa
Senhora, mãe de Jesus. A devoção à Virgem Mãe do Carmelo deve estar fundamentada
: 1º sobre uma fé consciente e profunda na pessoa de Jesus Cristo; 2º sobre uma
aceitação feliz e agradecida dos ensinamentos do Divino Mestre; 3º sobre o
viver uma vida cristã autêntica e com empenho de perfeição sempre maior; 4º
sobre uma participação ativa na comunidade da Igreja; 5º sobre um cultivo
constante do amor a Maria, por meio de atos de piedade mariana; e 6º sobre um
amor generoso para com todos os irmãos de caminhada.
O escapulário usado com piedade é
um meio de manter constantemente uma lembrança carinhosa de nossa Senhora, quer
sob o título de Nossa Senhora do Carmo, ou sob outro título apreciado pelo
devoto. Essa lembrança constante provocada pelo escapulário deve elevar, muitas
vezes, o coração do devoto até a Virgem Maria, que está no Céu, quer
homenageando-a com gestos de amor, com orações de louvor e gratidão, com preces
fervorosas, ou com clamores de filhos necessitados de socorro.
Essa amizade com Nossa Senhora,
cultivada carinhosa e criativamente por um devoto, crescerá progressivamente e
conduzirá esse filho mariano a querer viver uma vida cristã sempre mais exemplar.
Aliás, é esta a maior alegria que podemos dar a nossa Senhora: vivermos como apaixonados
discípulos de Jesus Cristo. O discípulo de Jesus põe Deus em primeiro lugar, em
sua vida, e põe o próximo como o irmão amado, para amá-lo como Jesus nos ama.
Eis aí o resumo da Bíblia: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
Jesus nos ama. Essa vida de amor a Deus e ao próximo é o que mais agrada a Maria,
mãe de Jesus.
Os atos de culto a Nossa Senhora
do Carmo, lembrados pelo amor a Maria e pelo escapulário são todos aqueles
oferecidos ou aprovados pela Igreja e pela devoção mariana. O santo rosário, o
oficio de Nossa Senhora, a ladainha da Virgem Maria, todas as orações marianas
aprovadas pela autoridade da Igreja, as orações espontâneas criadas pelo amor
fervoroso do coração amante da Mãe celeste, jaculatórias marianas.
A freqüência e participação
fervorosas na Santa Missa e Santa Comunhão, a Confissão freqüente, os atos de
ascese cristã como: o jejum, as abstinências, as mortificações dos sentidos, as
penitências, as piedosas peregrinações em busca da graça divina, tudo isso é
muito agradável e desejado por Nossa Senhora do Carmo.
O que vale não é simplesmente
portar um escapulário, mas sim viver uma espiritualidade cristã e mariana, inspirada
nele.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por
nós!
14 de julho de 2014
MARIA EVANGELIZADORA
Na
visita a Isabel, Maria foi evangelizadora no sentido mais completo e estrito do
termo. Maria levou Jesus e o fez acontecer na vida de João Batista e de seus
pais Isabel e Zacarias. Porque Maria levou Jesus, houve grandes maravilhas
naquela família. Eis a evangelização: fazer Jesus acontecer!
Maria
sempre teve consciência lúcida a respeito da necessidade do ser humano conhecer
Jesus, aceitá-lo como Deus, Salvador e Senhor, e fazer-se discípulo fiel do mestre.
Em
Caná da Galileia, no milagre da transformação da água em vinho, o
acontecimento mais importante não foi o de terem tido muito vinho para beber. O
mais importante foi o fato de, vendo o milagre pedido por Maria, "os
discípulos acreditaram nele". Maria fez "Jesus acontecer na vida dos
discípulos", pois haviam sido chamados apenas há três dias, e não
tinham ainda muita certeza de quem era aquele galileu. No milagre, Jesus
aconteceu na vida dos discípulos. Foram evangelizados. Creram nele, e o
seguiram com maior segurança pessoal.
Evangelizar
é fazer Jesus acontecer na vida das pessoas para que "creiam nele, o
aceitem e o sigam como a um mestre". Quando Jesus acontece, tudo o demais
virá por acréscimo.
Sem
evangelização verdadeira não há verdadeiro cristianismo, nem verdadeiro
catolicismo, nem Igreja viva. Pois, sem Jesus vivo, Salvador e Senhor, como
haveria cristianismo?
Maria
é, na verdade, a estrela humana maior da evangelização. Ela gerou Jesus no
corpo e no coração, para dá-lo à humanidade e, em particular, a cada um de seus
filhos adotados sob a cruz redentora de Jesus.
Maria,
estrela da Evangelização, fazei Jesus acontecer em nossos corações!
13 de julho de 2014
SACERDOTE:
UM DOM
DE JESUS À IGREJA
O sacerdote
é sempre um grande dom, um precioso presente que Jesus dá à comunidade. O Santo
Cura d’Ars escreveu: "Um bom pastor, um pastor segundo o coração de Deus,
é o maior tesouro que o bom Deus pode conceder a uma paróquia, e um dos dons
mais preciosos da misericórdia divina". Ele falava do sacerdócio como se
não conseguisse alcançar plenamente a grandeza do “dom e da tarefa” confiados a
uma criatura humana. Ele exclamava: "Oh como é grande o padre! Se lhe
fosse dado compreender-se a si mesmo, morreria. Deus obedece-lhe, pois ele
pronuncia duas palavras e, à sua voz, Nosso Senhor desce do Céu e encerra-se
numa pequena Hóstia".
Ao explicar aos seus fiéis a importância dos sacramentos, o Cura d’Ars dizia:
"Sem o sacramento da Ordem, o qual gera o sacerdote, não teríamos a
presença do Senhor Jesus. Quem O colocou ali naquele sacrário?... O sacerdote!
- Quem, pelo batismo, acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na
vida?... O sacerdote! - Quem a alimenta, pela Eucaristia, para lhe dar a força
de realizar a sua peregrinação?... O sacerdote! - Quem a há de preparar as
pessoas para comparecerem diante de Deus após a morte, lavando-as pela última
vez no sangue de Jesus Cristo?... O sacerdote, sempre o sacerdote! - E se uma
alma chega a morrer, pelo pecado, quem a ressuscitará, quem lhe restituirá a
graça, a serenidade e a paz?... Ainda o sacerdote. Depois de Deus, o sacerdote
é tudo! Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo, senão no céu".
Nos diz, ainda, o Santo Cura d’Ars: "Se compreendêssemos bem o que um
padre é sobre a terra, morreríamos, não de susto, mas de amor. Sem o padre, a
morte e a paixão de Nosso Senhor não teriam servido para nada. É o padre que
continua a obra da Redenção sobre a terra. Que aproveitaria termos uma casa
cheia de ouro, se não houvesse alguém para nos abrir a porta?... Pois bem: o
padre possui a chave dos tesouros celestes: é ele que abre a porta; é o ecônomo
do bom Deus; o administrador dos seus bens”.
11 de julho de 2014
A CURA DAS CARÊNCIAS AFETIVAS
O trabalho de amadurecimento no amor e de cura das carências
afetivas é particularmente muito importante. É muito importante exatamente para
que a vida matrimonial possa ser vivida num clima de muito amor afetivo. Essa cura
vai acontecendo à medida que marido e mulher, bem como pais e filhos, tenham
hábitos afetivos, tenham muitas comunicações afetivas. Aliás, essa troca de
amor em família é a melhor forma de curar carências, e de o casal chegar à
maturidade do coração.
Saibam que a cura das carências afetivas só acontece por meio de muito amor
afetivo dado e recebido. Eu diria, essa fome de amor só é curada por meio de
pratos cheios de amor afetivo, comidos todos os dias. Quando um marido oferece
muito amor afetivo para a esposa e para os filhos, e deles também recebe uma
resposta de muito amor, todos eles estão se alimentando afetivamente, e com
isso, as carências afetivas são curadas, e todos amadurecem sempre mais no
amor. É exatamente por esse diálogo de amor, por esse jogo de dar e de receber
amor é que tanto o marido como sua esposa chegam á maturidade do coração.
Se uma esposa trouxe para dentro do casamento imaturidades ou até profundas
carências afetivas, a forma ideal de curar-se está exatamente em dar muito do seu
amor ao marido, aos filhos, aos genros, nora e netos, e ao mesmo tempo, em se
deixar amar por eles.
Estou insistindo neste aspecto de “deixar-se amar” porque, principalmente os
homens, muitas vezes, não se deixam amar afetivamente. Muitos não se deixam amar
afetivamente porque são tão carentes que se sentem mal, ficam sem graça, quando
a esposa ou os filhos querem amá-los afetivamente. Quantas queixas tenho ouvido
de jovens que dizem: "Eu nunca posso dar um abraço ou um beijo em meu pai.
Ele não aceita". Quantas esposas se queixou dizendo: "Quando eu
procuro fazer um carinho no meu marido, ele se afasta, e até fica irritado”.
Esses homens precisam deixar-se amar por suas esposas e seus filhos. Precisam
prestar atenção para essa realidade tão importante de permitir que as pessoas
de suas famílias os amem afetivamente. Que esses maridos permitam que sua
esposas se manifestem até prolongadamente com manifestações afetivas. Precisam
se dar conta que isso é ótimo para eles. Alguém poderia dizer: “Mas eu já cheguei
à maturidade e não necessito de afeto”! Se fosse verdade que essa pessoa
tivesse chegado à maturidade, ela se sentiria muito feliz e gratificada por
poder acolher o amor que alguém quer lhe oferecer. Quando um coração chega à
maturidade do amor, torna-se muito mais sensível, tanto em dar amor, em gostar
de amar, em sentir satisfação de oferecer do seu amor, como também torna-se
muito sensível para acolher o amor que lhe é dado.
Se alguém do sexo masculino percebe que não se sente muito bem quando a esposa
ou os filhos querem abraçá-lo, beijá-lo, deve perguntar-se: “Por que eu me
sinto assim? O que é que está acontecendo comigo”? A resposta mais provável é
que ele tenha muitas carências afetivas, e portanto, precisa curá-las,
deixando-se amar.
Com as mulheres, esse problema é mais fácil de ser solucionado, porque elas,
por própria natureza, são muito mais “coração”. Se uma esposa e mãe tem
dificuldade de se deixar amar, quase sempre não é por imaturidades e carências,
mas muito mais por causa de sofrimentos do desamor recebido, por causa das
feridas dos seus corações, feridas abertas por seu marido ou por seus filhos.
Nas mulheres, as imaturidades e as carências afetivas abrem ainda mais seus
corações para acolher o amor que lhes é oferecido.
Como é importante o jogo do amor afetivo entre marido e mulher! Como é benéfico
esse intercâmbio de amor! Como é saudável o diálogo permanente e constante de
amor afetivo entre o casal! É essa troca de amor, é essa vida afetiva cultivada
inteligentemente que dá sabor, que comunica tempero à vida matrimonial. É o
amor afetivo quem engrossa cada vez mais os laços de amor entre marido e
mulher. Além disso, é essa troca de amor que amadurece as imaturidades e cura
as carências afetivas levando os corações dos esposos à maturidade. Quanto mais
alguém amadurece, quanto mais consegue dar amor, tanto mais se desenvolve sua
capacidade de amar. Quanto maior a capacidade de amar, mais o ser humano se
realiza e se torna feliz.
10 de julho de 2014
SE ARREPENDIMENTO MATASSE
Muitas pessoas carregam o pesado fardo do remorso, da
auto-condenação, da raiva ou mágoa de si mesmos, da vergonha por erros
cometidos, por fracassos ou quedas acontecidas. Esses sentimentos de
auto-desamor geram um clima psicológico e emocional muito ruim e prejudicial
para a própria pessoa, bem como dificuldades a todo bom relacionamento, como
também criam problemas à saúde física.
Uma forma simples, mas poderosa e eficaz de curar todos esses sentimentos de
auto-desamor é a prática do auto-perdão. O perdão dado a si mesmo, perdão
generoso, misericordioso e repetido muitas vezes, é capaz de curar profunda e
complemente todos os sentimentos de auto-desamor.
É preciso compreender que perdoar-se não é apenas justificar-se, racionalizar
os erros cometi-dos, pôr panos quentes, ou isentar-se de culpa. Perdoar-se é
reconhecer o erro, reconhecer que agiu de forma equivocada e negativa, que
causou prejuízos a si ou a outras pessoas e, por ter errado, tomar a decisão
consciente de absolver-se, de perdoar-se dos erros cometidos.
Como concretizar essa terapia do auto-perdão? - Você procura um lugar
silencioso, como: seu quarto, a sala da casa, o escritório ou uma igreja.
Concentra-se. Ora por uns instantes e pede a Jesus a força interior de poder
perdoar-se profundamente. Em seguida, fala consigo mesmo, diz seu próprio nome
e perdoa-se detalhadamente de tudo quanto seu coração o acusa. Perdoa-se,
absolve-se dos erros cometidos e de suas consequências. Por exemplo: “Eu,
Joacir, me perdoo de todo coração por ter ofendido tão gravemente minha esposa,
na discussão que tivemos. Eu me perdoo de todo coração. Eu me perdoo por tê-la
agredido com palavras tão duras. Perdoo-me por tê-la entristecido tanto, e
tê-la feito chorar tanto. Eu me perdoo por ter criado aquele clima tão triste e
penoso dentro do lar. Eu errei muito, mas eu me perdoo de todo coração”.
Dessa forma, você vai se absolvendo de tudo aquilo que está sendo causa de seus
sentimentos de autodesamor. Você pode percorrer toda sua vida e perdoar-se dos
possíveis erros cometidos contra seus pais e irmãos, contra o cônjuge e filhos,
contra sua própria pessoa, ou contra outros.
É importantíssimo repetir essa terapia mais vezes. Uma ou duas vezes ao dia,
até sentir-se profundamente perdoado, curado e liberto de todo autodesamor. O
segredo da cura está na “repetição” do auto-perdão. Curar-se de todos os sentimentos de auto-desamor é uma bênção para sua própria
vida.
9 de julho de 2014
BELEZA DA ATRAÇÃO INTERSEXUAL
Você já se perguntou por que sente uma agradável e
interessante atração por pessoas do sexo oposto? Já analisou por que seu
coração presta uma atenção particular à pessoa de outro sexo? Por que você
sente um prazer particular quando está perto de pessoas de sua idade, de outro
sexo? De onde veio essa atração? Para que ela existe?
A resposta poderia ser: é natural, é próprio da natureza humana. É verdade. Mas
por que a natureza age e reage dessa forma? Quem colocou isto na natureza? Para
quê?
O Pai celeste, criador de todas as coisas e do próprio ser humano, quis dar ao
homem e à mulher uma parcela de seu poder criador, ou seja, a capacidade de
gerar vida, de procriar, de multiplicar a espécie humana. Aliás, essa é a obra
mais maravilhosa que o ser humano pode realizar: gerar um filho. Deus quis que
essa geração humana se desse por uma ligação profunda de amor, entre um homem e
uma mulher. Para que esta união se realize, o Pai celeste infundiu
maravilhosamente o interesse pelo sexo oposto, a mútua e agradável atração
entre homem e mulher.
A mútua atração está dentro de um projeto divino maravilhoso. Podemos ver este
projeto da seguinte maneira: 1º Deus Pai criador estabeleceu como procriadores
o homem e a mulher. 2º Para a procriação, o Pai criou os sexos: masculino e
feminino, o homem e a mulher. 3º Para que o homem e a mulher pudessem gerar
vida, o Pai criou a genitalidade: os órgãos genitais masculinos e femininos. 4º
Para que o homem e a mulher procurassem unir-se, formar casal, criar laços de
amor, formar família, o Pai infundiu a mútua atração e o mútuo interesse. 5º
Para que o casal goste de se unir sexual e genitalmente, o Pai infundiu, no uso
dos órgãos genitais, um forte, gratificante e característico prazer.
Nessa comunhão de amor expressa pela união sexual e genital está a fonte da
vida. Que maravilha! Tudo, portanto, em função da procriação. Se não fosse para
a procriação, não haveria homem e mulher, mas um ser humano neutro. Não haveria
órgãos genitais com seu prazer característico. Não haveria mútua atração.
Refletindo com profundidade, analisando muito bem a realidade da atração mútua
entre homem e mulher, percebemos como é grande e importante este dom divino. E
como é sábia a criação do Pai celeste.
À primeira vista poderia parecer que o interesse de homem por mulher, e
vice-versa, seria apenas por causa do interesse sexual e do prazer da
comunicação sexual genital. Uma reflexão e análise, porém, mostram que a
atração mútua vai muito além do simples interesse sexual. Há algo mais
profundo. Penetra no projeto divino e no mistério maravilhoso da procriação.
Como, aliás, foi mostrado acima.
É importante que se tenha muita clareza a respeito dessa realidade
tão viva, tão maravilhosa e tão presente em seu coração. É um tesouro dado por
Deus Pai. Um tesouro que deve ser muito bem conhecido, valorizado e direcionado
por você. Sempre que sentir esta maravilha palpitar em seu coração, lembre-se
da grandeza do plano divino da procriação que existe em você.
8 de julho de 2014
AS CARÊNCIAS AFETIVAS
Que são as carências afetivas?
As carências afetivas são aquele vazio que ficou no coração de uma pessoa por
não ter recebido bastante amor afetivo no decurso de sua vida. É um vazio de
amor. É uma carência de amor. É uma falta de amor. A carência afetiva é como
uma fome. É uma fome de amor. Por exemplo: um jovem tem vinte anos de idade,
mas seu coração pode ter apenas treze anos. Uma jovem pode ter 25 anos, mas seu
coração pode ter apenas 12 ou 15 anos, porque não recebeu bastante amor na
caminhada de sua vida, em família. Porque a pessoa não recebeu bastante amor,
criou-se esse vazio no coração. A este vazio damos o nome de carência afetiva.
As carências afetivas podem gerar uma série de problemas na caminhada da vida
de uma pessoa, como também na vida de um casal.
As carências afetivas podem ser um problema importante no matrimônio. Elas
também podem criar muitos problemas no relacionamento humano familiar.
Encontramos filhos muito rebeldes com o pai e com a mãe. Essa rebeldia pode ser
causada pelas carências afetivas. Eles esperam receber muito amor do pai e da
mãe, mas porque não o recebem, sentem um vazio profundo e, inconscientemente,
reclamam, pedem e exigem o amor esperado, manifestando-se sob forma de queixas,
de desobediências, de rebeliões, de desgosto e de críticas constantes dentro da
família. Seu comportamento tem jeito de vingança contra os pais, exatamente por
não receberem o amor que esperam receber.
Da mesma forma, as carências afetivas também criam muitos problemas no casal. O
marido e a esposa carentes, não casaram “para amar”, mas para “serem amados”.
Seus corações carentes esperam só receber, receber muito amor do cônjuge.
Quando o cônjuge não lhe dá tanto amor quanto o esperado, sem se dar conta,
começa a fazer exigências, reclamações, críticas, chantagens, até por bobagens
e ninharias. As discussões acontecem por qualquer coisa. As cobranças se
sucedem cada dia mais. Com isso, decaem as manifestações afetivas, agravando
ainda mais o problema. Muitíssimos casais jovens entram em crise matrimonial
muito depressa, e tantos chegam a separações, exatamente por causa das
carências afetivas e de suas manifestações.
As carências afetivas de um casal podem ter vindo de sua infância, meninice,
adolescência ou juventude. Ou porque viveram numa família muito numerosa, com
muitos irmãos, onde os pais precisavam trabalhar muito, e por isso não tiveram
tempo de se dedicar ao amor afetivo para com os filhos; ou porque em sua
família não havia o hábito da comunicação afetiva, amorosa, carinhosa; ou
porque, talvez, houve graves problemas de relacionamento entre os pais. Por
essa falta de amor em família, pode ter ocorrido que um marido ou uma esposa,
ou ambos, não tenham recebido bastante amor afetivo, tornaram-se carentes, e
essas carências afetivas acabaram entrando no casamento, criando, depois,
muitos problemas matrimonias e familiares.
É muito importante, portanto, amadurecer o coração no amor, como também, curar
as carências afetivas. Saibam que, tanto o amadurecimento afetivo, como a cura
das carências afetivas, acontecem exatamente na troca, no intercâmbio de amor
afetivo entre marido e mulher, e entre pais e filhos.
7 de julho de 2014
SÓ O AMOR
FAZ A FELICIDADE
Quando afirmo que fomos criados à imagem e semelhança de Deus para sermos amor,
estou revelando uma afirmação filosófica, psicológica e teológica da maior
importância para todo ser humano. Por que? Ora, se nós fomos criados para
sermos amor, só nos realizaremos se nós nos realizarmos no amor. Estou
revelando que se seu marido, sua esposa, seus filhos e familiares foram criados
para serem amor, eles só se realizarão se se realizarem no amor. Todo ser
humano só se realiza verdadeiramente quando se realizar no amor. É no amor que
reside a fonte da plena realização da pessoa humana. Não existe outra
possibilidade de o ser humano realizar-se plenamente, a não ser no e pelo amor.
Analise comigo. Encontramos pessoas que têm uma infinidade de riquezas
materiais, mas que não são felizes, não são realizadas na vida, porque não se
realizaram no amor. As riquezas, por si sós, não satisfazem o coração humano.
Encontramos pessoas de cultura vastíssima, que têm diversos títulos
universitários, mas que não são felizes porque não se realizaram no amor. A
cultura, por si só, não pode gerar a felicidade do coração humano. Existem
pessoas que galgam altos postos de poder, de governo, mas que são irrealizadas
e infelizes porque não se realizam no amor. Existem pessoas que alcançaram
grande renome e fama na sociedade, mas são infelizes, porque não se realizaram
no amor.
Ao contrário, nós encontramos pessoas materialmente carentes, outras de
pouquíssima cultura, outras empregadas a vida toda, outras tantas humildes e
desconhecidas, mas que são felizes, até muito felizes, porque conseguiram
realizar-se no amor.
Deixo claro que os bens materiais, a cultura, a liderança social e até a fama
que podem contribuir para a realização e a felicidade da pessoa humana. Mas por
si sós não são a fonte da verdadeira realização. Exatamente porque o coração
humano não foi criado para a riqueza, nem para a cultura, nem para o poder e
nem para a fama. O coração foi criado para o amor. Só o amor pode satisfazê-lo.
Essa verdade é de grande importância, inclusive, para seus filhos, gêneros,
noras e netos. Se vocês quiserem que seus descendentes sejam pessoas
realizadas, contentes e felizes, devem comunicar-lhes a melhor de todas as
heranças: o amor. É correto e bom que vocês também lhes deixem a herança dos
estudos, se possível, universitários; que os ajudem com heranças de bens
materiais; que os formem para postos de lideranças sociais. Mas saibam com toda
certeza que o que vai realizá-los e fazê-los felizes é o amor. Exatamente
porque o ser humano foi criado para o amor, para ser amor.
6 de julho de 2014
O AMOR DIVINO
QUE SE FEZ HUMANO
O
coração humano é o símbolo do amor. Símbolo do amor declarado, oferecido,
doado, operante. Mostrar um coração, pintado, desenhado, bordado ou pichado é
fazer uma declaração de amor.
O
amor “encarna-se” num coração, numa pessoa, para tornar-se operante: para ter
boca para amar, para ter ouvidos para amar, para ter braços e mãos para amar,
para ter emoções para amar, enfim, para ter corpo, meios, possibilidades de se
manifestar em gestos concretos.
Um
dia, um amor divino, um amor maravilhoso, um amor eterno, o maior amor
existente “encarnou-se” num homem, tomou posse de um coração de carne, e de
todo o corpo regado pelo sangue desse coração. E esse amor assumiu, envolveu,
encharcou e arrebatou a vida, as palavras, as atitudes e todas as obras desse
homem. E o mundo nunca mais foi o mesmo. E todos os dias não é mais o mesmo,
por causa do amor desse homem.
Esse
homem “movido a amor”, tudo fez e tudo faz pelo vigor do seu coração. Ele se
fez gente por amor. Viveu numa família só para amar. Trabalhou sempre por amor.
Conviveu com todos com amor. Teve compaixão pelos doentes e curou a muitos,
sempre por amor, só por amor. Libertou os escravos do demônio e de tantas
escravidões, sempre por amor. Chegou a ressuscitar mortos, só por amor.
Alimentou os famintos de amor, de orientação, de verdade e de fome material,
sempre e só por amor. Combateu os vícios, as maldades, as hipocrisias, as
ganâncias, as explorações e todas as demais expressões do mal, sempre por amor,
só por amor. Defendeu, protegeu, perdoou e promoveu pecadores, adulteras,
ladrões e prostitutas, sempre por amor.
Esse
homem só soube fazer uma coisa: amar! E porque amou, porque amou sem medidas, Porque
amou sem restrições, marcou profunda e indelevelmente a história da humanidade
e a vida sobre a face da terra. Quando um homem se decide a amar, o mundo ao
seu derredor se transforma, e não será mais o mesmo.
Esse homem, porém, não deixou de amar. De repente, movido
por seu coração, decidiu-se ir muito mais longe do que sua terra e pátria, para
fazer lugar das expressões de seu amor, o planeta terra, toda a humanidade. Seu
país já não comportava o seu coração. Seu amor era grande demais para
limitar-se a um povo. E esse homem, sempre e só por amor, entregou-se a um
projeto divino, também projeto de amor, e morreu crucificado. Por amor. Esse
gesto tornou-se expressão máxima do amor de um homem, que marcou para sempre a
face da humanidade.
Porque morreu por amor, morreu para ressuscitar... O amor
era tão grande, que o fez ressuscitar, para poder continuar a amar. Ressuscitou
por amor! Para um amor maior. Ressuscitado, não tem mais limites! Tornou-se
universal! Fez-se cidadão do mundo, habitante de todos os continentes, países,
cidades e aldeias. Agora, onde haja alguém que precise de amor, esse homem ali
se encontra. E seu amor continua tomando todas as expressões concretas
possíveis.
Seu
coração transbordante de amor, presente a cada ser humano em algum lugar da
humanidade, continua a realizar suas obras de amor: ensina, anima, consola,
liberta, cura, orienta, alimenta, abençoa, promove, corrige, alegra, fortalece.
Tudo o que o amor é capaz de fazer, e tudo o que alguém precisa que o amor lhe
faça, esse homem o faz. O faz por amor. Gratuitamente. Incondicionalmente. Pois
Ele só sabe fazer uma coisa: amar! E o amor mudou um pouco seu nome. Esse homem
é conhecido pelo nome de Jesus. Mas, por causa de seu amor, é também reconhecido
universalmente pelo nome de “Coração de Jesus”.
O coração humano é o símbolo do amor. Símbolo do amor declarado, oferecido,
doado, operante. Mostrar um coração, pintado, desenhado, bordado ou pichado é
fazer uma declaração de amor.
O amor “encarna-se” num coração, numa pessoa, para tornar-se operante: para ter
boca para amar, para ter ouvidos para amar, para ter braços e mãos para amar,
para ter emoções para amar, enfim, para ter corpo, meios, possibilidades de se
manifestar em gestos concretos.
Um dia, um amor divino, um amor maravilhoso, um amor eterno, o maior amor
existente “encarnou-se” num homem, tomou posse de um coração de carne, e de
todo o corpo regado pelo sangue desse coração. E esse amor assumiu, envolveu,
encharcou e arrebatou a vida, as palavras, as atitudes e todas as obras desse
homem. E o mundo nunca mais foi o mesmo. E todos os dias não é mais o mesmo,
por causa do amor desse homem.
Esse homem “movido a amor”, tudo fez e tudo faz pelo vigor do seu coração. Ele
se fez gente por amor. Viveu numa família só para amar. Trabalhou sempre por
amor. Conviveu com todos com amor. Teve compaixão pelos doentes e curou a
muitos, sempre por amor, só por amor. Libertou os escravos do demônio e de
tantas escravidões, sempre por amor. Chegou a ressuscitar mortos, só por amor.
Alimentou os famintos de amor, de orientação, de verdade e de fome material,
sempre e só por amor. Combateu os vícios, as maldades, as hipocrisias, as
ganâncias, as explorações e todas as demais expressões do mal, sempre por amor,
só por amor. Defendeu, protegeu, perdoou e promoveu pecadores, adulteras,
ladrões e prostitutas, sempre por amor.
Esse homem só soube fazer uma coisa: amar! E porque amou, porque amou sem
medidas, Porque amou sem restrições, marcou profunda e indelevelmente a
história da humanidade e a vida sobre a face da terra. Quando um homem se
decide a amar, o mundo ao seu derredor se transforma, e não será mais o mesmo.
Esse homem, porém, não deixou de amar. De repente, movido por seu coração,
decidiu-se ir muito mais longe do que sua terra e pátria, para fazer lugar das
expressões de seu amor, o planeta terra, toda a humanidade. Seu país já não
comportava o seu coração. Seu amor era grande demais para limitar-se a um povo.
E esse homem, sempre e só por amor, entregou-se a um projeto divino, também
projeto de amor, e morreu crucificado. Por amor. Esse gesto tornou-se expressão
máxima do amor de um homem, que marcou para sempre a face da humanidade.
Porque morreu por amor, morreu para ressuscitar... O amor era tão grande, que o
fez ressuscitar, para poder continuar a amar. Ressuscitou por amor! Para um
amor maior. Ressuscitado, não tem mais limites! Tornou-se universal! Fez-se
cidadão do mundo, habitante de todos os continentes, países, cidades e aldeias.
Agora, onde haja alguém que precise de amor, esse homem ali se encontra. E seu
amor continua tomando todas as expressões concretas possíveis.
Seu coração transbordante de amor, presente a cada ser humano em algum lugar da
humanidade, continua a realizar suas obras de amor: ensina, anima, consola,
liberta, cura, orienta, alimenta, abençoa, promove, corrige, alegra, fortalece.
Tudo o que o amor é capaz de fazer, e tudo o que alguém precisa que o amor lhe
faça, esse homem o faz. O faz por amor. Gratuitamente. Incondicionalmente. Pois
Ele só sabe fazer uma coisa: amar! E o amor mudou um pouco seu nome. Esse homem
é conhecido pelo nome de Jesus. Mas, por causa de seu amor, é também
reconhecido universalmente pelo nome de “Coração de Jesus”.