A VIRTUDE DA BONDADE
A bondade é a virtude daquele que só
‘pensa’ o bem, ‘deseja’ o bem, ‘fala’ o bem, ‘faz’ o bem e ‘vive’ o bem. Essa
bondade é uma força interior, na personalidade, que induz a pessoa a sempre
‘pensar’ o bem, ‘desejar’ o bem, ‘falar’ o bem, ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o
bem.
Bondoso
é todo aquele que sempre e só faz o bem, e faz aquilo que é bom. A bondade é
o modo como tratamos as outras pessoas, querendo-lhes sempre todo o
bem.
A bondade
faz o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que só faz o bem é porque
tem um bom coração.
A bondade não é um dom congênito.
Não nascemos com esta virtude. Ela é adquirida, 1º ou por uma educação onde as
pessoas eram realmente boas e deram exemplos constantes de bondade por palavras
e atos; 2º ou é adquirida por influência de uma vida religiosa vivida sobre os
alicerces do amor a Deus e ao próximo; 3º ou é adquirida por uma decisão de uma
pessoa que se propõe a ser boa, e procura realizar ‘atos de bondade’, os repete
frequentemente, até tornar a bondade uma virtude, isto é, uma força interior
que leva espontaneamente a realizar os atos de bondade.
Se quisermos crescer na
bondade, então temos de adotar “exercícios de benevolência”, buscar
oportunidades concretas de demonstrar bondade. Além destes esforços, percebemos
que mesmo as nossas melhores intenções falharão se nos basearmos apenas na
nossa própria força. O crescimento em virtude precisa de abertura constante à
ajuda de Deus.
A
virtude da bondade é filha natural do amor-caridade. Aquele que se sente muito
amado por Deus e pelos irmãos, e os ama deveras, sempre será uma pessoa
bondosa. Será bondosa, porque experimenta pessoalmente a bondade de Deus em sua
vida a ponto de poder exclamar: ”Como
Deus é bom para mim”! “Como Deus é bom para todos”! “Quanto bem Ele me faz”!
“Quanto bem Ele nos faz”! Por essa experiência da bondade de Deus, seu
coração se abre para querer ser um pouco como Deus é para ela. Esse desejo de
ser bom é satisfeito pela ação do Espírito Santo que “infunde” um pouco da
bondade de Deus no coração humano. Este cresce em sua capacidade de ser bom e
de fazer sempre e só o bem, porque é o Espírito Santo que está produzindo o
fruto da bondade neste coração.
A bondade é uma qualidade pessoal que
permite que um indivíduo seja sensível às necessidades dos outros e que
trabalhe pessoalmente para atender a essas necessidades. É mais do que apenas
ser simpático e agradável.
Se nossa bondade for real será reflexo
de Deus. Só Deus é bom. Podemos por nossa bondade refletir a bondade de Deus. A
pessoa realmente boa nos ajuda a sermos bons, sinceros, trabalhadores,
pacientes, a ter mais fé, a ter mais virtudes, a estar mais presentes nas
dificuldades do próximo.
Qualquer investigação da bondade
leva-nos logo a descobrir que, mais do que uma simples emoção, ou uma ação
espontânea, ou um conceito abstrato ou uma ideia filosófica, a bondade é uma
virtude. A virtude (em latim virtus, «força de caráter») é uma qualidade
do intelecto e do caráter que permite e faz com que uma pessoa viva uma vida
digna e eticamente boa, e a ‘pensar’ o bem, a ‘desejar’ o bem, a
‘falar’ o bem, a ‘fazer’ o bem e a ‘viver’ o bem.
Quem
possui a virtude da bondade naturalmente transborda por suas palavras, por seus
atos, por sua vida, a bondade de seu coração. Ele não é apenas bom para com
aqueles que são bons ou que lhe demonstram sua bondade. É bom para todos. Faz o
bem a todos, mesmo àqueles que lhe fazem
mal. Aliás, Jesus ensinou isso quando disse em Mateus 5,44 “Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos
odeiam, orai pelos que vos perseguem e caluniam”.
A virtude da bondade é reconhecida pela sua gratuidade. A
pessoa bondosa faz sempre e só o bem, gratuitamente, sem buscar ou esperar
recompensas. A bondade gera uma necessidade deveras interessante no coração da
pessoa: a necessidade de fazer o bem. Há uma inclinação interior ao bem. Isto é
obra do Espírito Santo.
Lemos
em Lucas 6, 33 as palavras de Jesus que nos mostram essa gratuidade: “E se fazeis o bem aos que vos fazem o bem,
que recompensa mereceis? Pois o mesmo fazem também os pecadores”. E em Lucas 6,35 “Pelo contrário, amai os vossos inimigos,
fazei o bem e emprestai, sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa
e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom também para com os ingratos e
maus”.
A
pessoa boa nos faz olhar para cima, para coisas mais nobres e boas. Nos ajuda a
sair do nosso olhar egoísta, nos ajuda a sermos pessoas melhores. A pessoa
boa tem virtudes reais e por isso eleva o nível das pessoas à sua volta com um
modo de ser mais humano. A pessoa
boa perdoa. Ela minimiza as dificuldades do convívio devidos às diferenças de
caráter, oferece um entendimento misericordioso perdoando rapidamente os modos
de ser desagradáveis e os defeitos dos demais. A pessoa boa faz acreditar
na verdade, leva os demais para Deus. Nela existe uma harmonia de pensamento e
de ação. Há uma harmonia entre o interior e o exterior. É uma pessoa de uma
peça só. A pessoa boa tem as suas fraquezas, mas não é dominada por elas,
e mantém o esforço permanente de melhorar e combater seus defeitos. A pessoa boa tem sempre o coração aberto para
os demais, para os diferentes modos de ser, para as diferentes expressões
culturais, para continuar aprendendo. A pessoa boa ama a todos mesmo sem
ter razões especiais para isto. A todos deseja o bem. É muito bom ser bom!
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EXcelente
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