4 de fevereiro de 2015

Décimo Mandamento:
 ”Não cobiçar os bens alheios”.

Não cobiçar as coisas alheias (Ex 20,17)

Também este mandamento tem como suporte a regra do amor. Quem ama o próximo como a um irmão, não quererá apropriar-se dos seus bens: eis a mística deste mandamento. Porque o coração humano é desejoso de possuir e de se apropriar desordenada e até injustamente dos bens materiais, o Pai celeste exorta seus filhos a que tenham cuidado e saibam vencer a tentação da cobiça, do desejo desordenado de se apropriar dos bens alheios. Jesus disse: “Onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”(Mt 6,21).
Dentro do coração humano existe a tentação do possuir os bens materiais. É uma tentação tão forte que é capaz de dominar a vontade das pessoas, que passam a ser escravas dessa tendência, e capazes de usar todos os expedientes para se apropriar dos bens alheios. Não é uma tentação ausente nos ricos. Pelo contrário, aqueles que possuem muitos bens, querem tê-los sempre mais.
Este mandamento denuncia: a ambição desregrada de bens materiais, a inveja por causa dos bens alheios, o apego desordenado a posses materiais, as negociatas e jogadas de toda espécie para enriquecer-se ou possuir desonestamente.
       Este mandamento proíbe a ambição desregrada, nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. A inveja é a tristeza sentida diante do bem de outrem, e o desejo imoderado de dele se apropriar é um vício capital. O batizado combate a inveja pela benevolência, a humildade e abandono nas mãos da Providencia divina. Os fiéis de Cristo "crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências" (Gl 5,24); são conduzidos pelo Espírito e seguem seus desejos. O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. "Bem-aventurados os pobres de coração ".Eis o verdadeiro desejo do homem: "Quero ver a Deus". A sede de Deus é saciada pela água da Vida Eterna.

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