MARIA DA
RESSURREIÇÃO
Rainha dos Céus, alegrai-vos, aleluia! Porque Aquele que merecestes trazer
em vosso seio, aleluia! Ressuscitou, como disse, aleluia!
Mais do que os Apóstolos e as Marias, mais dos que os discípulos de Emaús e os
quinhentos outros discípulos a quem Jesus apareceu ressuscitado, mais do que
todos esses testemunhas oculares do Ressuscitado, Maria, mãe de Jesus, tinha
todas as razões para se alegrar com a vitória de seu Filho sobre a morte, na
Páscoa da Ressurreição.
Jesus ressuscitado, que apareceu a tantos a fim de que fossem testemunhas de
sua vitória, teria aparecido também a sua Mãe? Os Evangelhos não registram.
Maria teria sabido da ressurreição de seu Filho, apenas pelo testemunho dos que
o viram, com Ele falaram, deram-lhe de comer, e dele receberam alimento, após a
ressurreição? É evidente que não!
Embora os evangelhos não relatem, com toda certeza Jesus apareceu em primeiro
lugar a sua Mãe. Nem se poderia pensar de forma diversa. Conhecendo o amor, o
carinho, a gratidão e até a obediência que Jesus dedicava a sua mãe, com
certeza Ele a acordou na madrugada da Páscoa para lhe dizer: “Mãezinha, acabou
o luto! Mamãe, terminou a tristeza! Não se sinta mais só! Aqui estou, mamãe!
Vivo, ressuscitado, vitorioso! Mãezinha, alegra-te, rejubila, pois teu Filho
venceu a morte! Estamos novamente juntos, e para sempre! Ninguém mais poderá
nos separar!”
Podemos imaginar a maravilha desse encontro! Podemos vislumbrar o abraço longo,
as lágrimas escorrendo sobre os sorrisos felizes da Mãe! O Filho beijando o
rosto e enxugando, com seus dedos, as lágrimas quentes e felizes de sua
mãezinha!
Podemos intuir a transformação imediata e profunda de todos os sentimentos de
Nossa Senhora. Até esse encontro, sentimentos de profunda dor por causa da
prisão, da flagelação, da coroação de Espinhos, da condenação à morte, da
crucificação, morte e sepultamento de Jesus, da solenidade e saudade do Filho,
seu grande tesouro, morto entre dois malfeitores. Agora, pelo encontro com
Jesus ressuscitado, todos aqueles sentimentos se transformam em alegria,
exultação, felicidade, paz, certeza de vitória, gozo sem limites e sem fim.
Com toda certeza podemos intuir que Jesus apareceu muitas, muitíssimas vezes a
sua Mãe, desde a manhã da ressurreição até a Ascensão. Intuir essas
manifestações do Filho ressuscitado à Mãe, é uma lógica do imenso e
incomparável amor que existia entre Jesus e Maria. Pensar o contrário é
desconhecer o poder, a fidelidade e a coerência do amor que sempre uniu e une
esses dois corações.
O próprio Santo Padre, num pronunciamento publico recente, com um rosto
sorridente e convicto mostrado pela TV, como que querendo manifestar as suas
convicções pessoais, acenou para essa tese das manifestações de Jesus
ressuscitado a sua Mãezinha.
Na oportunidade da primeira Páscoa do novo século e milênio, queremos
parabenizar e felicitar Maria da Ressurreição pela vitória de seu Filho sobre a
morte e sobre todas as formas de mortes. Mais. Queremos unir-nos a Ela para
anunciar e testemunhar que seu Filho está vivo, está conosco e no meio de nós,
conduzindo-nos, como Bom Pastor; libertando-nos, perdoando-nos e nos curando,
pois é nosso salvador; ensinando-nos sempre mais toda verdade que trouxe do
coração do Pai, pois continua sendo o nosso mestre.
Feliz Páscoa! Felizes ressurreições em sua vida, em sua família e em sua
comunidade!
1 Comentários:
Amém Aleluia é realmente um verdadeiro e belo texto... Feliz Páscoa para o senhor também Padre Alírio! um grande abraço.
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