31 de agosto de 2015
Jesus é o Ressuscitado
Palavra de Deus
E, se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e a vossa fé também. Seremos inclusive falsas testemunhas de Deus, porque afirmamos contra Deus que ele ressuscitou Cristo dos mortos, quando de fato não o teria ressuscitado, visto que os mortos não ressuscitam. Pois, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. (1ª Coríntios 15,14-17))
Comentário de João Paulo II
A contemplação do rosto de Cristo não pode ficar na imagem dele crucificado. Ele é o Ressuscitado! Desde sempre o Rosário exprime esta consciência da fé, convidando o crente a ir além da escuridão da Paixão para fixar o olhar na glória de Cristo na Ressurreição e na Ascensão. Ao contemplar o Ressuscitado, o cristão recupera as razões da própria fé e revive a alegria não apenas daqueles aos quais Cristo se manifestou - os Apóstolos, a Madalena, os discípulos de Emaús -, mas também a alegria de Maria, que deveis fazer uma experiência não menos intensa da nova existência do Filho glorificado.
28 de agosto de 2015
Ecce Homo
Palavra de Deus
Ao sair, Jesus dirigiu-se, como de costume, para o monte das Oliveiras, e os discípulos também o seguiram. Ao chegar ali disse: "Orai para não cairdes s em tentação". Afastou-se à distância do arremesso de uma pedra e pôs-se de joelhos e orava, dizendo: "Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua". Apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava. E cheio de angústia orava com mais insistência. Seu suor tornou-se como gotas de sangue caindo por terra. (Lucas 22,39-44)
Comentário de João Paulo II
Ali Cristo se coloca no lugar de todas as tentações da humanidade, e diante de todos os pecados da humanidade, para dizer ao Pai: "Não se faça a minha vontade, mas a tua". Este seu “sim” inverte o "não" dos progenitores no Éden. E quanto esta adesão à vontade do Pai deverá custar-lhe, aparece nos mistérios seguintes, nos quais, a subida ao Calvário, com a flagelação, a coroação com espinhos, a morte na cruz, ele é lançado na abjeção máxima: Ecce Homo!
27 de agosto de 2015
Quem cumpre a vontade de Deus,
esse é meu irmão,
minha irmã e minha mãe'
Palavra de Deus
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galileia, e a mãe de Jesus estava presente. Jesus e os discípulos também foram convidados para esse casamento. Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho". Jesus respondeu: "Mulher, o que temos nós a ver com isso? Ainda não chegou a minha hora". Sua mãe disse aos que estavam servindo: "Fazei tudo o que ele vos disser". (João 2,1-5)
Comentário de João Paulo II
Os Evangelhos se referem apenas a alguma presença ocasional de Maria num momento ou noutro da pregação de Jesus, e nada dizem de uma eventual aparição no Cenáculo no momento da instituição da Eucaristia. Mas a função que desempenha em Caná acompanha, de algum modo, toda a caminhada de Cristo. A revelação, que no Batismo no Jordão é oferecida diretamente pelo Pai e à qual João Batista faz eco, está na sua boca em Caná e se torna o grande aviso materno que ela dirige à Igreja de todos os tempos: "Fazei o que ele vos disser". Esta é uma comunicação que introduz muitas palavras e sinais de Cristo durante a vida pública, constituindo o pano de fundo mariano de todos os mistérios da luz.
26 de agosto de 2015
Os mistérios da luz
Palavra de Deus
Jesus falou-lhes outra vez: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida". Então os fariseus lhe disseram: "Tu dás testemunho de ti mesmo. O teu testemunho não é digno de fé. Jesus respondeu-lhes: "Embora eu dê testemunho de mim mesmo, meu testemunha é válido, porque sei donde vim e para onde vou". (João 8,12-14)
Comentário de João Paulo II
Ao passar da infância e da vida de Nazaré para a vida pública de Jesus, a contemplação nos leva para aqueles mistérios que podem ser chamados, a título especial, "mistérios da luz". Na realidade, é todo o mistério de Cristo que é luz. Ele é "a luz do mundo", Mas esta dimensão surge particularmente nos anos da vida pública. Desejando indicar para a comunidade cristã cinco momentos significativos - mistérios "luminosos" - desta fase da vida de Cristo, acho que eles podem ser oportunamente identificados: 1) no seu Batismo no Jordão, 2) na sua auto-revelação nas bodas de Caná; 3) no anúncio do Reino de Deus com o convite para a conversão; 4) na sua Transfiguração e, enfim, 5) na instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal.
25 de agosto de 2015
Construir
uma comunhão
de pessoas
Palavra de Deus
Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porque é justo. Honra teu pai e tua mãe: é o primeiro mandamento seguido de uma promessa: para que sejas feliz e tenhas vida longa na terra. E vós, pais, não irriteis os vossos filhos, mas criai-os na educação e disciplina do Senhor. (Efésios 6,1-4)
Comentário de João Paulo II
Um momento fundamental para construir uma comunhão das pessoas é constituído pela troca educativa entre pais e filhos, na qual cada um dá e recebe. Mediante o amor, o respeito, a obediência para com os pais, os filhos dão a sua contribuição específica e insubstituível para a edificação de uma família autenticamente humana e cristã. Serão facilitados nisso se os pais exercerem a sua irrenunciável autoridade como um verdadeiro "mistério", ou seja, como um serviço destinado ao bem humano e cristão dos filhos, e, em particular, a fazer com que eles conquistem uma liberdade verdadeiramente responsável; e se os pais mantiverem viva a consciência do "dom" que continuamente recebem dos filhos.
24 de agosto de 2015
A luz do mundo
Palavra de Deus
Jesus estava passando e viu um homem que era cego de nascença. Os discípulos perguntaram-lhe: "Mestre, quem foi que pecou, ele ou seus pais, para ele nascer cego?". Jesus respondeu: "Ninguém pecou, nem ele nem seus pais, mas é para que as obras de Deus se manifestem nele. É preciso trabalhar nas obras de quem me enviou enquanto é dia. Virá a noite, e já ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo ". Ao falar isso, Jesus cuspiu no chão, fez um pouco de lama com a saliva, passou nos olhos do cego e disse: "Vai lavar-te na piscina de Siloé" - que quer dizer enviado. O cego foi, lavou-se e voltou vendo. (João 9,1-7)
Comentário de João Paulo II
Jesus é aquele que, declarado Filho amado do Pai no Batismo no Jordão, anuncia a vinda do Reino, dá testemunho dele por suas obras, e proclama as suas exigências. É nos anos da vida pública que o mistério de Cristo se mostra especialmente como mistério de luz: "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo".
21 de agosto de 2015
Participar da realeza do Senhor
Palavra de Deus
O pecado já não reine em vosso corpo mortal, fazendo-vos obedecer aos seus desejos. Nem ofereçais vossos membros ao pecado como instrumento do mal. Oferecei-vos a Deus como mortos que voltam para a vida e oferecei vossos membros a Deus como instrumentos de justiça. O pecado já os dominará, porque agora não estais sob o regime da lei, e sim sob o regime da graça.
(Romanos 6,12-14)
Comentário de João `Paulo II
Como Cristo exerce o seu poder régio pondo-se a serviço dos homens, assim o cristão acha o sentido autêntico da sua participação na realeza do seu Senhor ao partilhar do seu espírito do comportamento de serviço em relação ao homem. Cristo comunicou esse poder aos discípulos, para que também eles, que estão constituídos na liberdade régia, com a abnegação de si e a vida santa, vençam em si mesmos o reino do pecado, servindo a Cristo também nos outros, e com humildade e paciência conduzam os seus irmãos ao Rei, pois servir a ele é reinar. O Senhor deseja realmente dilatar o seu reino também por meio dos fiéis leigos.
19 de agosto de 2015
A Revelação do Alto
Palavra de Deus
Então Jesus perguntou-lhes: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão respondeu: 'Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo". Jesus respondeu: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas o Pai que está nos céus. E eu te digo: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus". Então proibiu severamente os discípulos a falarem a alguém que ele era o Cristo. (Mateus 16,15-20)
Comentário de João Paulo II
Nas proximidades de Cesareia de Filipe, diante da confissão Pedro, Jesus detalhará a fonte de uma intuição tão límpida de sua identidade: " ... não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas o Pai que está nos céus". É necessária, portanto, a revelaçâo do alto. Mas para acolhê-la é preciso pôr-se à escuta: apenas a experiência do silêncio e da oração oferecem o horizonte adequado no qual pode amadurecer e desenvolver-se o conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente daquele mistério.
18 de agosto de 2015
O Ramo e a Videira
Palavra de Deus
Naquele tempo Jesus disse: "Eu sou a videira verdadeira e meu é o agricultor. Ele corta todo ramo que em mim não dá fruto, e poda todo aquele que dá fruto, para que produza mais. Vós já estais limpos por causa da palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mim, eu nele, dá muito fruto porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora como o ramo e secará; será ajuntado, jogado no fogo e queimado". (João 15,1-6)
Comentário de João Paulo II
A espiritualidade cristã tem como seu caráter qualificante o compromisso do discípulo de tornar-se sempre mais semelhante ao seu Mestre. A efusão do Espírito no Batismo insere o crente como ramo na videira, que é Cristo, e o constitui membro do seu Corpo místico. A esta unidade inicial, todavia, deve corresponder um caminho de assimilação crescente a ele, que oriente sempre mais o comportamento do discípulo segundo a "lógica" de Cristo. Tende em vós os mesmos sentimentos que Cristo Jesus teve.
17 de agosto de 2015
Rosário,
oração contemplativa
Palavra de Deus
Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar nas sinagogas e nas esquinas das praças para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai, lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará. E nas orações não faleis muitas palavras, como os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por causa das muitas palavras. (Mateus 6,5-7)
Comentário de João Paulo II
O Rosário, exatamente a partir da esperança de Maria, é uma oração tipicamente contemplativa. Privado dessa dimensão, ficaria deturpado, como sublinhava Paulo VI: "Sem contemplação, o Rosário é corpo sem alma, e a sua récita corre o risco tornar-se repetição mecânica de fórmulas. Por sua natureza, a recitação do Rosário exige um ritmo tranquilo e quase uma demora pensativa, que favorecem no orante a meditação dos mistérios da vida do Senhor, vistos através do coração daquela que esteve mais perto do Senhor, e revelaram as suas insondáveis riquezas".
14 de agosto de 2015
"Conservava todas essas coisas,
meditando-as em seu coração"
Palavra de Deus
Assim que os anjos se foram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: "Vamos até Belém, para ver o acontecimento que o Senhor nos deu a conhecer". Foram depressa e encontraram Maria, José e o menino, deitado numa manjedoura. Vendo-o, contaram as coisas que lhes foram ditas sobre o menino. Todos os que ouviam isto se maravilhavam do que lhes diziam os pastores. Maria, contudo, conservava todas essas coisas meditando-as em seu coração. (Lucas 2,15-19)
Comentário de João Paulo II
Maria vive com os olhos em Cristo e tira proveito de toda palavra sua: "Conservava todas essas coisas, meditando-as em seu coração". As lembranças de Jesus, impressas na sua mente, acompanharam-na em todas as circunstâncias, levando-a a percorrer de novo com o pensamento os vários momentos da sua vida ao lado do Filho. Foram essas lembranças que constituíram, em certo sentido, o "Rosário" que ela mesma recitou constantemente nos dias da sua vida terrena. Também agora, entre os cantos de alegria da Jerusalém celeste, os motivos da sua graça e do seu louvor permanecem imutáveis. São eles que inspiram a sua atenção materna para com a Igreja peregrina.
13 de agosto de 2015
O Olhar de Maria
Palavra de Deus
Também José, que era da família e da descendência de Davi, subiu de Nazaré, na Galileia, à cidade de Davi, chamada Belém, para se registrar com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias para o parto, e ela deu à luz o seu Filho primogênito. Envolveu-o em panos e o deitou numa manjedoura, pois não havia lugar na hospedaria. (Lucas 2,4-7)
Comentário de João Paulo II
Quando Maria finalmente dá à luz em Belém, os seus olhos de carne se dirigem ternamente para o rosto do Filho, enquanto envolve em panos e o coloca na manjedoura. A partir daí, o seu olhar, sempre rico de admiração adorante, não se afastará mais dele. Será às vezes um olhar interrogativo, como no episódio do desaparecimento no Templo; será em todo caso um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo de Jesus; outras vezes será um olhar dorido, sobretudo sob a cruz; na manhã de Páscoa, será um olhar radiante, pela alegria da ressurreição, e, enfim, no dia de Pentecostes, será um olhar ardente, pela efusão do Espírito.
12 de agosto de 2015
Maria contempladora de Cristo
Palavra de Deus
Até hoje, quando leem Moisés, um véu lhes cobre o coração. Esse véu só lhes será tirado quando se converterem ao Senhor. O Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor há liberdade. Todos nós, de face descoberta, refletimos a glória do Senhor como um espelho, e somos transformados nesta mesma imagem, sempre mais gloriosa, pela ação do Senhor, que é Espírito. (2Corintios 3,15-18)
Comentário de João Paulo II
Assim se realiza também para nós a palavra de São Paulo: "Refletimos a glória do Senhor como um espelho, e somos transformados nesta mesma imagem, sempre mais gloriosa, pela ação do Senhor, que é Espírito". A contemplação de Cristo tem em Maria o seu modelo insuperável. O rosto de Cristo lhe pertence de modo especial. É no seu seio que foi plasmado, tomando dela também uma semelhança que evoca uma intimidade espiritual certamente ainda maior. Ninguém se dedicou à contemplação da face de Cristo com tanta assiduidade como Maria. Os olhos do seu coração se concentram de algum modo nele já na Anunciação, quando o concebe por obra do Espírito Santo.
11 de agosto de 2015
A Transfiguração,
Ícone da contemplação cristã
Palavra de Deus
Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e foi a sós para um monte alto e afastado. E ali foi transfigurado diante deles. Seu rosto brilhou como o sol e as roupas se tornaram alvas como a neve. E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Então Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui! Se quiseres, levantarei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Ainda falava quando uma nuvem luminosa os cobriu a sua sombra e uma voz, que saía da nuvem, disse: "Este é o meu Filho amado, de quem eu me agrado, ouvi-o!". (Mateus 17,1-5)
Comentário de João Paulo II
A cena evangélica da Transfiguração de Cristo, na qual os três apóstolos Pedro, Tiago e João aparecem como arrebatados pela beleza do Redentor, pode ser tomada como ícone da contemplação cristã. Fitar os olhos no rosto de Cristo, reconhecer o mistério no caminho ordinário e doloroso da sua humanidade, é captar o seu fulgor divino definitivamente manifestado no ressuscitado glorificado à direita do Pai, é a tarefa de todo discípulo de Cristo.
10 de agosto de 2015
O Rosário,
Oração Amada
Palavra de Deus
No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem, prometida em casamento a um homem, chamado José, da casa de Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, o anjo lhe disse: "Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!". Assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou em seu ventre; e Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou em voz alta: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!". (Lucas 1,26-28.41-42)
Comentário de João Paulo II
O Rosário da Virgem Maria, que se desenvolveu gradualmente no segundo milênio por inspiração do Espírito de Deus, é oração amada por numerosos santos e encorajada pelo magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece também neste terceiro milênio, apenas iniciado, uma oração de grande significado, destinada a produzir frutos de santidade. Ela se enquadra bem no caminho espiritual de um Cristianismo que, depois de dois mil anos, não perdeu nada do frescor das origens, e se sente movido pelo Espírito de Deus a "fazer-se ao largo" (duc in altuml), para de novo dizer, ou "gritar" Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como "o caminho, a verdade e a vida", como "meta da história humana, o eixo no qual convergem os ideais da história e da civilização".
9 de agosto de 2015
Igreja é casa
e família para todos
Palavra de Deus
Naquela ocasião, Jesus tomou a palavra e disse: "Eu te louvo, Pai, do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim vós todos, que estais cansados e sobre-carregados, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas. Pois meu jugo é suave e meu peso é leve". (Mateus 11,25-30)
Comentário de João Paulo II
Para aqueles que não têm uma família natural é preciso abrir ainda mais as portas da grande família que é a Igreja, a qual se concretiza, por sua vez, na família diocesana e paroquial, nas comunidades eclesiais de base ou nos movimentos apostólicos. 'Ninguém fica privado da família neste mundo: a Igreja é casa e família para todos, especialmente para aqueles que estão "cansados e sobrecarregados".
7 de agosto de 2015
Cristo é a verdade
Palavra de Deus
Vivendo segundo a verdade e no amor, cresceremos em tudo, achegando-nos àquele que é a cabeça, Cristo, cujo corpo, em sua inteireza, todo coordenado e unido por cada vínculo de ministério que corresponde a força própria de cada membro, cresce e se edifica no amor. Isto, portanto digo e no Senhor testifico. Não andeis mais como andam os demais gentios, na vaidade dos seus pensamentos. (Efésios 4, 15-17)
Comentário de João Paulo II
A Verdade, que é Cristo, se impõe como autoridade universal que sustenta, estimula e faz crescer tanto a teologia como a filosofia. Crer na possibilidade de conhecer uma verdade universalmente válida não é minimamente fonte de intolerância; ao contrário, é condição necessária para um sincero e autêntico diálogo entre as pessoas. Somente sob esta condição é possível superar as divisões e percorrer juntos o caminho rumo à verdade plena, seguindo aquelas veredas que só o Senhor ressuscitado conhece.
6 de agosto de 2015
Participar da realeza do Senhor
Palavra de Deus
O pecado já não reine em vosso corpo mortal, fazendo-vos obedecer aos seus desejos. Nem ofereçais vossos membros ao pecado como instrumento do mal. Oferecei-vos a Deus como mortos que voltam para a vida e oferecei vossos membros a Deus como instrumentos de justiça. O pecado já os dominará, porque agora não estais sob o regime da lei, e sim sob o regime da graça.
(Romanos 6,12-14)
Comentário de João Paulo II
Como Cristo exerce o seu poder régio pondo-se a serviço dos homens, assim o cristão acha o sentido autêntico da sua participação na realeza do seu Senhor ao partilhar do seu espírito do comportamento de serviço em relação ao homem. Cristo comunicou esse poder aos discípulos, para que também eles, que estão constituídos na liberdade régia, com a abnegação de si e a vida santa, vençam em si mesmos o reino do pecado, servindo a Cristo também nos outros, e com humildade e paciência conduzam os seus irmãos ao Rei, pois servir a ele é reinar. O Senhor deseja realmente dilatar o seu reino também por meio dos fiéis leigos.
5 de agosto de 2015
"Onde dois ou três estiverem
reunidos em meu nome,
ali estou eu no meio deles"
Palavra de Deus
Naquele tempo, Jesus disse: "Em verdade vos digo: tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu e tudo quanto desligardes na terra será desligado no céu. Em verdade ainda vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles". (Mateus 18,18-20)
Comentário de João Paulo II
A oração familiar tem as suas características. É uma oração feita em comum, marido e mulher juntos, pais e filhos juntos. A comunhão na oração é, ao mesmo tempo, fruto e exigência daquela comunhão que é dada pelos sacramentos do Batismo e do Matrimônio. Aos membros da família cristã podem ser aplicadas de modo particular as palavras com as quais o Senhor Jesus promete a sua presença: "Em verdade ainda vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles".
4 de agosto de 2015
O Alfa e o Ômega
Palavra de Deus
O anjo acrescentou: "Não guardes em segredo as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo. Quem é injusto continue na sua injustiça, quem é sujo continue com sua sujeira; que o justo pratique ainda a justiça, e que o santo santifique-se ainda mais. Eis que venho em breve, trazendo comigo o salário para retribuir a cada um segundo o seu trabalho. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes para terem parte na árvore da vida e para entrar na cidade pelas portas. Ficarão fora os cães, os feiticeiros, os imorais, os homicidas, os idólatras e todos os que amam e praticam a mentira". (Apocalipse 22,10-15)
Comentário der João Paulo II
"Glória a ti, Cristo Jesus, hoje e sempre tu reinarás." Com este canto, mil e mil vezes repetido, temos neste ano contemplado o Cristo assim como o Apocalipse no-lo apresenta: "o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim". E contemplando Cristo, adoramos também o Pai e o Espírito, a única e indivisa Trindade, mistério inefável no qual tudo tem origem e tudo tem cumprimento.
3 de agosto de 2015
Missão dentro da família
Palavra de Deus
Vós também, mulheres, sede submissas aos vossos maridos. Assim mesmo que alguns não obedeçam à palavra, serão conquistados sem palavra, pela conduta casta e respeitosa de suas mulheres. Seja o vosso adorno o que está no íntimo do coração: a pureza inalterável de um espírito manso e tranquilo. Isto é precioso diante de Deus. Também vós, maridos, sede compreensivos no convívio com vossas mulheres, pois são de natureza mais delicada. Tratai-as com respeito, como co-herdeiras da graça da vida, para que nada impeça vossas orações. (1ª Pedro 3,1-2.4.7)
Comentário de João Paulo II
Uma determinada forma de atividade missionária pode ser desenvolvida já dentro da família. Isto acontece quando algum componente dela não tem a fé ou não a pratica com coerência. Neste caso, os cônjuges devem oferecer-lhe um testemunho vívido da sua fé. Animada pelo espírito missionário já no seu próprio interior, a Igreja doméstica é chamada a ser um sinal luminoso da presença de Cristo e do seu amor também para os "afastados", para as famílias que ainda não creem e para as próprias famílias cristãs que não vivem mais em coerência com a fé recebida.