29 de novembro de 2015
Estamos iniciando um novo ano
litúrgico. Seu início se dá com o primeiro domingo do Advento. O Advento é um
período de quatro semanas que antecedem e preparam para o Santo Natal.
O significado da palavra é muito
sugestivo. Advento é a atitude, é a decisão de alguém vir para perto de nós. Ou
também, de nós nos achegarmos bem perto de alguém.
Quem é aquele que quer chegar bem perto de nós? Que quer tempo, bastante tempo, para ir
chegando pertinho de nós? E por que quer vir para junto de nós, nas quatro semanas
do advento? Quem é aquele de quem nós queremos nos aproximar mais, para junto
de quem nós desejamos ir, durante o tempo do advento?
Parece-me que se
trata de alguém que muito nos ama, já que ele tem um tempo marcado e longo para
vir. Tenho a sensação que se trata de um personagem muito significativo, pois a
proposta do tempo de aproximação é longa. Quem é que vem para junto de nós?...
Para junto de quem nós queremos ir, no Advento?
O personagem não poderia ser mais maravilhoso: Jesus
ressuscitado. Sim, Jesus vivo, nosso Salvador pessoal, Senhor de nossa vida, nosso
Mestre divino, nosso amigo mais incondicional. É Ele quem quer vir para junto
de nós, no Advento. Mas sei também que nós iremos ao seu encontro, para estarmos
junto dEle.
Este encontro, desejado por ambos, preparado
carinhosamente por nós, esperado ansiosamente por ambos, transformar-se-á em
Natal! Esse encontro fará acontecer o Natal! Trará o Natal para dentro do nosso
coração! Nós seremos Natal!... Jesus vivo
terá chegado e envolvido nossa vida com Seu amor salvador, com Sua palavra de
vida, com Sua presença tão honrosa e transformadora.
O tempo do advento é para isto: para esperar
ansiosamente aquele que vem para perto, para dentro de nós. Nesta espera, nós
nos preparamos em espírito, mente e corpo para o grande encontro com Jesus.
O tempo do Advento é, também, para nós caminharmos ao Seu
encontro, como quem não consegue ficar esperando... Nesta caminhada, queremos preparar
o nosso coração para acolher com muito carinho aquele que vem.
Este encontro entre nós e Jesus, encontro que se chama
Natal, Natal do coração, Natal de verdade, Natal celestial, deixará rastros
maravilhosos de graças e luzes, de sabedoria de vida e de felicidade.
Advento: Jesus vem vindo!. Vamos ao Seu encontro!
28 de novembro de 2015
CORRIGIR OS QUE ERRAM
Uma
obra de misericórdia espiritual, sem dúvida importante, mas delicada e, às
vezes, difícil e espinhosa é corrigir os que erram. Quem nunca errou? Quem está
isento de errar? Quanto menos conseguirmos errar, tanto melhor.
Nem sempre gostamos de ser corrigidos. O orgulho presente em todo
coração humano é a causa de não gostarmos de ser corrigidos, e é, também, a
causa de que os outros não gostem de ser corrigidos por nós. Às vezes, a
omissão diante de uma correção a fazer pode levar alguém a cometer erros graves
que comprometem a sua vida ou a de outros.
Essa correção, que é obra de
misericórdia espiritual, deve sempre ser feita com o objetivo de auxiliar a
pessoa, de tirá-la de um mau caminho, de hábitos errados, de vícios, enfim,
daquilo que a pessoa está fazendo, desejando, pensando ou falando que não seja
bom para ela e, eventualmente, para os demais.
Essa correção sempre deve ser feita
na hora certa, com as palavras corretas, com sentimentos de bem querer, de modo
que a pessoa corrigida percebe o bem que lhe queremos.
Corrigir os que erram, com amor e
com vontade de ajudá-los, é uma excelente obra de bondade e de caridade.
Quantos erros são evitados graças a essas correções. Sendo uma obra de
misericórdia, também essa alcança a promessa de Jesus que disse: “Bem aventurados os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia”. Não nos omitamos de corrigir quando se trata de
ajudar alguma pessoa. Mesmo que seja espinhoso.
Oração
Divino Espírito Santo, que sois a
luz iluminadora nas trevas do mundo e nos caminhos obscuros do ser humano, Vós
que quereis que todos os seres humanos andem pelos vossos caminhos de luz, de
bem, de verdade, de justiça e de amor, dai-me palavras acertadas e cheias de
sabedoria para aconselhar àqueles que estão à minha volta, quando precisarem de
uma boa palavra para abandonarem o erro, o falso, o injusto, e aquilo que é mau,
a fim de que voltem ao bom caminhos, a uma vida mais virtuosa e justa. Ensinai-me
a corrigir os que erram. Amém.
27 de novembro de 2015
INSTRUIR OS IGNORANTES
O termo “ignorante” significa, aqui, a pessoa que tem falta de conhecimento. Em se tratando da obra de misericórdia, a ignorância se refere principalmente ao desconhecimento daquilo que a pessoa precisaria saber para viver bem, para fazer o bem, para se relacionar bem com Deus, com a família e com todas as pessoas.
Por falta de conhecimento das verdades de fé e de religião, alguém não se relaciona, não respeita, não cultua a Deus, e até pode ofendê-lo pelas ações contra os mandamentos divinos. Levar alguém a conhecer a Deus, a sentir-se amado por Ele, a amá-Lo, a adorá-lo e cultuá-lo é uma obra de valor inestimável. O conhecimento mais importante para uma pessoa humana é conhecer, amar, se deixar amar, cultuar e servir a Deus por uma vida santa.
Muitas vezes, as crises de casais e de famílias se originam pela falta de conhecimentos sérios e sadios a respeito dos comportamentos que devem orientar os cônjuges na sua vida matrimonial. Ensiná-los, orientá-los, aconselhá-los é ajudá-los a viverem melhor a vida conjugal, familiar, bem como a serem mais felizes.
Cabe também dentro do sentido dessa obra de misericórdia espiritual, ensinar alguém gratuitamente a exercer uma profissão, a fim de que o ensinado possa trabalhar e ganhar o pão com “o suor de seu rosto”.
Por ser obra de misericórdia, realizada com esse espírito de caridade, também esta recebe a promessa de Jesus: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Alcançar misericórdia de Deus é uma recompensa preciosa. Animemo-nos a ensinar algo a alguma pessoa ignorante.
Oração:
Divino Espírito Santo, Deus de infinita sabedoria, iluminai-me com o Dom da Sabedoria para que eu saiba ensinar o caminho do amor a Deus, à família e ao próximo, àqueles que por ignorância acabam agindo mal e vivendo mal.
Dai-me a coragem e a alegria de saber ensinar aquelas pessoas que, por falta de uma formação melhor, ignoram a Deus, ignoram seus mandamentos e ensinamentos, como também àqueles que por ignorância não vivem bem sua vida matrimonial, familiar e social. Ensinai-me a ensinar. Amém.
26 de novembro de 2015
DAR BONS CONSELHOS
Todos
nós vivemos a nossa vida em meio a este mundo, e participando da sociedade que
vive em nosso ambiente de vida. Encontramos sempre muitas pessoas de bem, que
vivem bem, que fazem o bem, que contribuem para o bem da sociedade e das
comunidades. Infelizmente encontramos, também, pessoas que vivem mal e fazem o
mal aos seus semelhantes. As vezes o mal é “justificado” como se fosse um bem,
e enganadas, as pessoas acabam realizando o mal como se fosse um bem
Muitas
vezes, muitas pessoas, se encontram diante de uma encruzilhada e não sabem para
onde ir, como pensar, o que fazer. Precisam de alguém com sabedoria para
ajudá-las a encontrar o caminho correto.
Aqui
entra esta obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos. Dar bons
conselhos é ajudar as pessoas a escolherem o bem, o verdadeiro e o justo, a
pensarem corretamente para se decidirem por caminhos bons, a agirem de forma
correta e boa.
Bons
conselhos podem ser dados ao cônjuge, aos filhos, aos pais, aos familiares, aos
namorados, aos amigos, a pessoas que se sentem desorientados em situações
difíceis de suas vidas, enfim, a qualquer pessoa que esteja necessitada de
optar pelo verdadeiro, pelo justo, pelo bom.
É enorme
o bem que podemos fazer por meio desta obra de caridade: dar bons conselhos.
Mas às vezes é preciso ter coragem de fazê-lo. Mais. Às vezes é obrigação
fazê-lo.
Sendo
o aconselhar uma obra de misericórdia, ela tem a seu favor a promessa de Jesus:
“Bem aventurados os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor, pode ser uma
animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia espiritual.
Oração:
Divino
Espírito Santo, conselheiro e mestre de nossas vidas, doador do Dom do
Conselho, eu Vos peço que em meu caminhar sempre me ilumineis e me favoreçais a
fim de que eu saiba escolher o que é bom, justo, correto e verdadeiro. Dai-me o
Dom do Conselho para que eu saiba aconselhar as pessoas necessitadas de
orientações em suas encruzilhadas. Que eu não omita dizer palavras de bem que
possam ajudar as pessoas em suas escolhas para o bem. Amém.
22 de novembro de 2015
ENTERRAR OS MORTOS
Esta obra de misericórdia consiste em favorecer e participar do
sepultamento dos mortos. Em se tratando do sepultamento de pessoas da família,
de pessoas amigas ou conhecidas, costumamos participar de sepultamentos, como
que por uma obrigação de verdadeiro amor. Por si só essa participação já é uma
obra de misericórdia. Melhor ainda quando imprimimos à essa ação, um sentido
cristão, com espírito eivado de convicção na vida eterna.
Alguém poderá realizar esta obra de misericórdia, de modo mais perfeito,
indo participar de um sepultamento de quem é desconhecido, também para
confortar os aflitos pela perda do ente querido. É sempre um tempo de sofrimentos
a morte de um ente querido. Mesmo sendo desconhecido, essa presença que se
manifeste por declarações de pêsames, por palavras de conforto, sempre faz
muito bem aos enlutados.
Esta atitude de participar do enterro é uma obra de misericórdia, E para
esses, Jesus disse: “Bem aventurados os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor,
pode ser uma animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia.
Oração:
Senhor Jesus, aceitastes passar
pela experiência pessoal da morte. Em vida, estivestes junto de Lázaro, morto
há quatro dias, estivestes na casa de ... onde Tabita estava morta, e
encontrastes o Filho da viúva de Naím que estava sendo levado ao cemitério, e
Vós ressuscitastes aos três. Vossa ação
ilumina o nosso coração sobre a vida que existe após a morte. Dai-me, Senhor,
um coração solidário para com aqueles que sofrem com a morte de entes queridos.
Que eu saiba confortá-los com as verdades de nossa fé. Amém.
17 de novembro de 2015
VISITAR OS PRESOS
Esta obra de misericórdia consiste em visitar os aprisionados em cadeias e prisões, com a finalidade de levar-lhes conforto, ânimo, coragem, bons conselhos e momentos de bem estar. Pode-se aproveitar essas visitas para evangelizá-los a respeito do amor que Jesus tem para com eles, do valor que eles tem como pessoas, e de um futuro melhor, após a pena. Pode-se aproveitar para levar-lhes boas leituras, principalmente um livro do Novo Testamento.
Nem sempre é fácil ou cômodo realizar essa obra de misericórdia. Mas há pessoas que possuem um dom para isto e fazem muito bem aos presos.
Também esta é uma importante obra de misericórdia que, por certo, para quem a faz, alcança a misericórdia divina. Também esta obra merece as palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu estava preso e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que tu estavas preso e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração.
Senhor Jesus, Vós provastes os sofrimento da prisão e das torturas que Vos foram impostas, na ocasião de Vossa Paixão e Condenação. São tantos, Senhor, os presos que se encontram em nossas prisões, quase sempre superlotadas, vivendo uma vida muitas vezes tão desumana e sofrida. Admiro, Senhor, aquelas pessoas que vão às prisões para visitar os presos e levar-lhes algum conforto e animação.
Concedei-me, Senhor, que alguma vez eu experimente a gratificação de visitar os presos. E abençoai aqueles pessoas que possuem esse dom e realizam essa obra de misericórdia. Amém.
13 de novembro de 2015
ASSISTIR AOS ENFERMOS
Esta obra de misericórdia consiste
em dar todo o atendimento que seja necessário a algum enfermo. seja ele pessoa da
própria família, seja de alguma família conhecida ou até uma pessoa desconhecida.
Esta assistência se refere desde os
atendimentos essenciais como vestuário, alimentação, bebida, medicação, ou
internação em hospital, bem como visitas caritativas para dar ânimo e conforto
material ou psicológico e espiritual ao enfermo.
Em se tratando de familiares
enfermos, os próprios laços de sangue levam as pessoas a cuidar da melhor forma
possível os seus enfermos. Este cuidado faz parte da justiça, do amor familiar
e da obrigação humana. Nestes casos, para que esta assistência seja reconhecida
como obra de misericórdia é necessário que o coração se revista de um espírito
de caridade que, aliás, torna ainda mais cuidadosa toda a atenção para com o
enfermo.
Pratica esta obra de misericórdia
também quem se propõe a fazer visitas a pessoas enfermos que estão em suas
casas ou em hospitais. Encontramos pessoas que realizam essas visitas com a
finalidade de animar, encorajar, confortar pessoas enfermos.
Este cuidado caridoso ao enfermo também merece a recompensa da
misericórdia divina, bem como a aprovação das palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque eu era enfermo e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que tu estavas enfermo e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em
verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração:
Senhor Jesus, vivo,
ressuscitado, concedei-me pelo Espírito Santo um coração sensível diante das
doenças e enfermidades dos irmãos. Vós visitastes e curastes a tantos. Aliás,
continuais a visitar e a curar a muitos também em nossos dias. Diante da doença
e enfermidade dos irmãos, que eu me sinta compungido e solidário, procurando
visitar, socorrer e encorajar aqueles enfermos que estão mais abandonados e
necessitados. Nem sempre é cômodo realizar essa obra, mas com a graça do
Espírito Santo, poderei praticar essa obra de misericórdia. Amém.
12 de novembro de 2015
DAR POUSADA AOS PEREGRINOS.
DAR POUSADA AOS PEREGRINOS
Esta obra de misericórdia consiste em dar pousada para peregrinos, para
viandantes, que não tem como e onde se abrigar para passar as suas noites. Nos
tempos antigos esta era uma necessidade para não poucas pessoas, principalmente
quando a migração das pessoas ocorria para encontrar lugar de se estabelecer e de
encontrar trabalho. Hoje, esta obra de acolher pessoas peregrinas na própria
casa é algo mais difícil, a não ser nas vilas do interior, onde a simplicidade
das pessoas favorece esta acolhida.
Uma forma de praticar
essa obra é encaminhar tais viandantes para albergues mantidos pela Igreja, ou
por associações da sociedade civil ou por organizações governamentais. De todo
modo, se aparecer uma oportunidade de acomodar algum peregrino, e alguém o
fizer com espírito de caridade, estará praticando essa obra de misericórdia, e
com isso estará alcançando misericórdia e, ao mesmo tempo, estará dentro do
alcance das palavras de Jesus que diz: “O
Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu era peregrino
e vós me acolhestes. Perguntar-lhe-ão os
justos: - Senhor, quando foi que tu eras peregrino e nós de acolhemos? ...
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto
a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25,
34 e SS)
Oração
Senhor Jesus, nos três anos que
vivestes em nosso meio fisicamente, muitas vezes fostes peregrino e
necessitastes de que alguém Vos acolhesse. Lembro Lázaro, Marta e Maria, de
Betânia, que Vos acolheram não poucas vezes. Aliás, Vós os gratificastes com a
ressurreição de Lázaro. Dai-me, Senhor, um coração compassivo, para que quando
surgir a necessidade de hospedar alguém, que eu não mantenha alheio e
acomodado, mas faça o que estiver ao meu alcance para que o peregrino, o
viandante, tenha onde passar a noite.
11 de novembro de 2015
VESTIR OS NUS
VESTIR
OS NUS
Andar vestido confortável e
dignamente também é uma necessidade de todo ser humano, quer quando alguém se
encontra em seu lar, e mais ainda quando precisa estar em sociedade. Um
vestuário digno de um ser humano faz parte até para que haja um bem estar psicológico.
Esta obra de misericórdia pode ser realizada pela oferta de roupas que
sejam úteis a uma família pobre e necessitada dessa ajuda. Oferta essa, levada
diretamente para uma determinada família, ou entregue a uma obra de caridade
que oferece essa assistência. Quase sempre podemos doar roupas que já foram usadas, mas estão em bom estado e podem ser bem aproveitadas.
No armário de muitas famílias há uma quantidade de roupas guardadas que já não
são utilizadas. Muitas vezes a roupas que estão sobrando em nosso armário são
aquelas que falta para muitos pobres.
Evidentemente que, uma pessoa que quer realizar essa obra de “vestir os
nus”, pode ocasionalmente adquirir roupas novas em uma loja popular, quando há
promoções, ou adquiri-las num brechó, e destiná-las a uma determinada família.
Se um coração generoso se despertar para essa possibilidade e empenhar uma parcela de seu dinheiro para
essa obra de misericórdia, entrará no grupo daquelas pessoas a quem Jesus lhes
diz: “O Rei dirá aos que estão à direita:
- Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde
a criação do mundo, porque estava nu e me vestistes... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos nu e te vestimos?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro:
todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a
mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor Jesus, diante da
necessidade de roupas por que passam muitas pessoas e muitas famílias, dai-me a
sensibilidade de coração a fim de que eu saiba fazer alguma coisa para vestir
as pessoas carentes, cujos corpos são templos do Espírito Santo e merecem ser
vestidos com dignidade. Diante das roupas em excesso no meu armário, as quais
já não são usadas, dai-me coragem e generosidade para doá-las. Até mesmo que eu
tome iniciativas de, por vezes, adquirir roupas novas ou semi-novas, para
doá-las a famílias necessitadas. A vossa promessa que li há pouco, seja um
estímulo para que eu pratique essa boa obra.
8 de novembro de 2015
DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE
DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE
A sede é um grito do organismo físico necessitado de líquido. A falta
desse líquido pode se tornar uma necessidade premente, em dado momento mais
intensa do que a fome. A falta de líquido tortura o corpo e constrange o
psíquico. Como a fome, a necessidade de líquido é uma urgência diária e
premente.
Esta obra de misericórdia pode ser praticada de forma imediata, quando
alguém solicita um copo de água. Ou pode ser também praticada de forma mais
generosa, doando água, por exemplo, a uma família pobre que não possui água
encanada, e que não pode comprar água de boa qualidade para consumo. Alguém
poderia doar um galão de 20 litros por semana para uma família pobre. Para
evitar algum trabalho a mais, poderia autorizar um vendedor de água a fornecer
um galão por semana a uma determinada família, pagando-se oportunamente o
custo.
Melhor ainda quando alguém pode agir socialmente conseguindo água
encanada para uma determinada rua de favela, ou de bairro desprovido da mesma.
Também aqui valem as palavras do
próprio Jesus que se identificou com os sedentos, quando disse: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque tive sede e me destes de beber... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos com sede e te demos de beber?,... Responderá o Rei: - Em
verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e
ss)
Oração:
Senhor Jesus, sensibilizai meu coração diante dos irmãos que sofrem pela
falta de água para o consumo diário necessário. Se sofrer de fome é uma
tortura, sofrimento igual, às vezes maior, é não possuir água para um momento
de sede, ou para o uso doméstico diário. Senhor, percebo que posso fazer algo
para levar água às pessoas e às famílias que carecem desse elemento tão vital e
importante. Ainda mais que Vós considerais como dada a Vós a água que damos a
quem dela necessite. Amém.
6 de novembro de 2015
DAR DE COMER A QUEM TEM FOME
1.
DAR DE COMER A QUEM TEM FOME
A fome é um sofrimento que oprime
uma pessoa, tanto no seu físico como no seu psíquico. Costuma-se dizer que “a
fome não espera pelo depois”. O alimento é uma necessidade diária. A fome é uma
manifestação igualmente diária. Passar fome por um dia já é um sofrimento.
Passar fome todos os dias é uma tortura física e psicológica que abate
profundamente o faminto. Pior é que há muitos milhões de pessoas que sofrem de
fome a vida toda. Muitos morrem de fome.
Essa obra de misericórdia pode ser facilmente praticada, pois os pobres
e famintos estão por toda parte. Satisfazer de imediato a um pedinte de comida
já é uma obra de caridade generosa e meritória. Providenciar alimento duradouro
para uma família pobre, por meio de oferta mais abundante, por meio de cesta básica,
é obra maior. Trabalhar numa obra social paroquial, ou numa associação
beneficente, que atende às necessidades imediatas dos pobres, e organiza uma
estrutura de assistência duradoura, é outra forma de praticar esta obra, desde
que haja o espírito de misericórdia e caridade.
Se as donas de casa de classe média e rica descobrissem essa bênção, e
quando fossem fazer a compra da semana ou do mês se lembrassem de adquirir uma
parte a mais para “alimentar” os famintos que estão ao seu alcance, ou para
encaminhar tais alimentos para uma entidade que presta essas assistências,
quantas bênçãos receberiam para suas vidas e suas famílias.
Não se pode esquecer o que Jesus falou
sobre isso. Ele disse que, no fim do mundo, acontecerá que “O Rei
dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me
destes de comer... ; Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te
vimos com fome e te demos de comer?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos
declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor
Jesus, dai-me um coração sensível e generoso para com os irmãos que passam
fome, que sofrem por causa da fome. Como é doloroso e deprimente estar com
fome, e não ter o que comer, e não ter a quem recorrer para receber algum
alimento que possa sedar a fome. Diante dessa realidade tão dolorosa, dai-me um
coração generoso para que, mais do que até agora, eu me decida a realizar essa
obra de misericórdia. Tanto mais que considerais como dado a Vós o alimento que
damos aos famintos. Amém.
4 de novembro de 2015
OBRAS DE MISERICÓRDIA
OBRAS DE
MISERICÓRDIA
Introdução
As obras de misericórdia são ações
concretas realizadas em favor dos irmãos necessitados, feitas com espírito de
caridade e de bondade. Tais obras nascem de um coração generoso, impulsionado
pelo desejo de fazer aquela boa obra de forma gratuita e humilde.
O destinatário dessas obras é
qualquer pessoa que tenha aquela necessidade particular, à qual podemos
socorrer de alguma forma. Não importa quem seja a pessoa. Importa que ela seja
necessitada e que nós estejamos atentos para socorrer com um espírito de
caridade.
O mérito espiritual dessas obras
está no espírito de caridade generoso e gratuito. Podemos aplicar aqui as
palavras de Jesus, quando se refere à esmola: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua
mão direita”. Portanto, essas 14 obras de misericórdia devem ser realizadas
com plena gratuidade, sem buscar qualquer recompensa, elogio ou aplauso.
São chamadas “obras de misericórdia”
porque elas devem nascer de um coração revestido de um espírito misericordioso.
A palavra misericórdia nasce de “miséria e coração”. A misericórdia é o
espírito e a atitude de um coração que se debruça sobre a miséria alheia, com a
finalidade de tirá-lo da mesma. Por miséria podemos entender toda necessidade
de libertação, de ajuda, de cura, de salvação, na qual está envolvida uma
pessoa. Principalmente todo pecado.
A recompensa para quem age com misericórdia, para quem pratica essas obras
de misericórdia é determinada pelo próprio Jesus, quando afirmou: “Felizes os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt. 5, 7) O que de mais precioso
se poderia receber como recompensa, do que alcançar misericórdia divina em
nossa condição de pecadores? Precisamos durante a vida toda da misericórdia
divina, pois pela vida toda incidimos em pecados.
Porque são obras de misericórdia, e
porque quem as pratica alcança misericórdia, podemos afirmar que por meio delas
podemos alcançar: 1. o perdão de nossos pecados veniais, 2. podemos alcançar o
perdão das penas temporais devidas pelos nossos pecados, penas essas que
deveríamos pagar no purgatório, 3. podemos aplicar essas obras em sufrágio das
almas do purgatório.
As obras de misericórdia são
divididas em “corporais” e “espirituais”. São corporais aquelas que se destinam
a necessidades corporais, e são espirituais aquelas que se destinam à alma, ao
espírito das pessoas.
SETE
OBRAS DE MISERICÓRDIA CORPORAIS
1 Dar de comer a quem tem fome 2
Dar de beber a quem tem sede 3 Vestir os
nus 4 Dar pousada aos peregrinos 5 Assistir aos enfermos 6 Visitar os presos
7. Enterrar os mortos.
SETE
OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS
.1 Dar bons conselhos 2 Ensinar os ignorantes 3 Corrigir os que
erram 4 Consolar os tristes 5 Perdoar as injurias 6. Sofrer com paciência as fraquezas do
próximo 7 Rogar a Deus pelos
vivos e mortos.