24 de setembro de 2010

O D O M D A P I E D A D E


O pecado original rompeu o nosso relacionamento com Deus, nos des+ligou de Deus. Perdemos a consciência de paternidade divina e todo relacionamento de filhos para com o Pai. Com isto, e por isto, surgiu toda dificuldade de relacionamento com os irmãos-seres humanos. O pecado original nos deixou uma sensação de orfandade, de solidão e de isolamento.
Se é verdade que somos seres sociais, precisamos, por isto, de comunicação com Deus e com os homens. Se é verdade que a caridade cristã é comunhão com Deus e com os semelhantes, também é verdade que temos muitas dificuldades no relacionamento com Deus e com os homens.
Aquela amizade-amor profundo que levaria a um relacionamento primoroso com Deus e com os irmãos foi abalada pelo pecado das origens. E quanto empenho precisamos fazer para conseguirmos re-criar uma real amizade com Deus e com os semelhantes.
Mas o Espírito Santo vem em nosso socorro, vem reconstruir o que o pecado destruiu. Vem nos dar, pelo dom de Piedade, uma nova capacidade interior, um novo interesse e uma renovada satisfação para re-criar, com Deus e com os irmãos, novos laços profundos de amor, de amizade e de relacionamento.
O dom da piedade não é:
- sinônimo de compaixão, pena, dó, sofrimento solidário com os sofredores.
- Também não é só uma facilidade de orar.
A Piedade é aquela consciência, é aquela certeza interior, é aquele espírito interior feliz de que Deus é Pai, um ótimo Pai, meu Pai, nosso Pai, Pai de todos. E por ser Pai de todos, vibramos com a realidade de que somos todos irmãos. E porque Deus é um ótimo Pai que nos ama com amor divino, e porque somos todos irmãos, passamos a perceber e a experimentar no coração a presença do um amor experiencial a Deus e aos irmãos.
O Espírito Santo nos dá o dom de Piedade como um “modo divino” para o relacionamento com Deus e com os irmãos, tornando este relacionamento profundo e perfeito, tornando-o um amor comunicante.
Em primeiro lugar, o dom da Piedade restabelece, com perfeição, nossas relações com Deus. Recebemos um espírito de adoção, pelo qual clamamos Abba, que significa Pai, paizinho. Por este dom, o Espírito Santo nos afirma e nos convence que Deus é Pai, e nos faz chegar à experiência pessoal do amor paternal de Deus.
Pelo dom da Piedade o Espírito Santo nos reconstrói, e devolve aos nossos corações aquele afeto filial para com o Pai. E ao sentirmo-nos filhos, vivenciamos o amor, no relacionamento com Ele.
Possuindo o dom da Piedade não olhamos tanto para os benefícios recebidos do Pai, não há um “amor de interesse”. Olhamos, sim, só com amor gratuito e sem interesses. Nós o olhamos como Ele é, para aquilo que Ele é, e o amamos gratuitamente.
O exercício deste dom nos leva a cuidar e a proclamar Sua honra, Sua glória, Seu amor, e nos induz a oferecer-lhe tudo o que somos e temos, com alegria e confiança.
Em segundo lugar, pelo dom da Piedade, O Espírito Santo nos leva, como por consequência, a sentirmos um interesse particular, singular e generoso para com todos os irmãos. Porque Deus é “nosso” Pai, sentimo-nos todos irmãos. A fraternidade começa aqui!

23 de setembro de 2010

D O M D A F O R T A L E Z A


O Pecado original atingiu nossa vontade e lhe tirou a decisão e a força, a perseverança e a coragem de buscar sempre e só o bem. Ficamos enfraquecidos, desencorajados, indecisos e desanimados.
O Espírito de Deus vem em nosso socorros para restaurar-nos no íntimo do nosso ser, por meio do dom de Fortaleza.
Em nossa vida cotidiana, todas as coisas nos parecem difíceis, complicadas, desagradáveis. Encontramos muitos obstáculos. Nossas fraquezas dificultam nosso progresso. No cumprimento do dever, precisamos fazer tanto esforço. Outras vezes sucumbimos com tanta facilidade diante dos problemas. Vivemos cercados de perigos por todos os lados que provocam nossas quedas. Percebemos tantas tentações que surgem do exterior. Percebemos nossas fraquezas internas. Por tudo isso o Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza e nos dá a força, a fortaleza de que necessitamos. Aliás, Ele é a força...
Pelo dom da Fortaleza, o Espírito Santo nos move de maneira tal que podemos superar todas as dificuldades, fugir de todos os perigos e ter no coração a força divina para superar e vencer as nossas fraqueza. Tudo posso naquele que me conforta...
O dom da Fortaleza não é apenas uma força que nos é dada pelo Espírito Santo, força essa que se manifesta independente dEle. A Fortaleza é o próprio Espírito Santo que, como pessoa, se torna a nossa força. Ele, dentro de nós, passa a ser e a se manifestar como nossa força. Ele é a força em nós. Ele é o poderoso, o forte em nós. Nós nos tornamos fortes nEle.
Esta força se manifesta de diversos modos. Por exemplo: no combate ao mal, ao pecado, à Injustiça. Nos somos atacados pelo mal, por dentro e por fora. Só com a força do alto poderemos vencer todas estas tentações, seduções, mentiras, apelos e insinuações do maligno e do mal presente no mundo. Com a Fortaleza do Espírito Santo, comunicada e desenvolvida, venceremos. Com a força do Espírito Santo colocada a nosso favor, venceremos. A coragem dos mártires, a perseveram a dos Santos fundadores, a valentia dos mártires vivos do nosso tempo são consequência do dom da Fortaleza.
Outro exemplo. A Fortaleza nos ajuda a realizar o bem. Muitas vezes percebamos o bem que deveríamos ou gostaríamos de fazer, mas fraquejamos, nos omitimos, nos desculpamos, fazemos fugas. O Espírito Santo nos quer dar a fortaleza para realizar o bem, com coragem, alegria e realização pessoal.
O dom de Fortaleza tem como medida a própria força de Deus, que é infinita, onipotente. Pela fortaleza o Espírito Santo nos Impele a tudo aquilo que é verdadeiro e bom, com uma decisão e coragem que não são nossas, mas sim que vêm da força de Deus. O Espírito Santo nos reveste da força de Deus.
Graus de Fortaleza:
1. O Espírito Santo nos fortalece, antes de tudo, naquilo que é necessário para a nossa vida cristã diária. Nos fortalece para a perseverança em nossa vida espiritual e sacramental, e em tudo o que seja fundamental para a conversão e santidade.
2. O Espírito Santo nos fortalece, em segundo lugar, para realizar aquilo que seja útil e conveniente, quer na nossa vida cristã diária, no nosso dever a cumprir, no nosso apostolado, na nossa vida familiar, social e no trabalho.
3. O Espírito Santo nos fortalece em todos os nossos atos mais comuns, no serviço de Deus e dos irmãos, na caminha da vida cristã diária, em qualquer circunstância.



17 de setembro de 2010

D O M D O C O N S E L H O


Pelo dom natural da “prudência” a nossa inteligência tem uma forma de agir perfeitamente prática. Quando queremos realizar qualquer ação examinamos com cuidado a conveniência, a oportunidade, as circunstâncias etc. É a prudência humana. Mas por melhor que ela seja, é imperfeita.
Por causa do pecado original, muitas vezes ficamos desnorteados, desorientados e confusos, inseguros e indecisos, quando precisamos escolher os cominhos a seguir em nossa vida de cada dia. Confundimos, tantas vezes, o mal com o bem. O errado com o correto. O falso com o verdadeiro. Quantas vezes escolhemos o mal como se fosse um bem. E nossos tempos é tão grande a desorientação nas pessoas que chegam a condenar o bem e a glorificar o mal. São leis que aprovam o crime, o pecado e a injustiça.
O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza para reconstruir-nos por dentro e devolver-nos a segurança interior, a certeza daquilo que é correto.
Nossa vida de cada dia é tão complicada, às vezes tão cheia de incertezas, de dúvidas e de indecisões que precisamos de socorro do alto. O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza e nos dá o dom do Conselho. Por ele, o próprio Espírito de Deus se torna o nosso companheiro de caminhada e de peregrinação, indicando-nos os caminhos corretos da verdade a do bem.
O Espírito Santo que mora nos nossos corações, como um guia, como um cicerone nos conduz com segurança em meio aos caminhos tortuosos e complicados de vida, em busca da perfeição cristã, fazendo-nos ver com clareza a verdade, o bem, o correto, e nos impulsiona a buscar, a viver e a praticar sempre aquilo que é correto e bom.
O dom do Conselho é a inspiração e a moção que recebemos do Espírito Santo para realizarmos todos as coisas de nossa vida cristã e religiosa, com maior perfeição. Por Exemplo: Na vivência dos sacramentos talvez estejamos desleixados ou até pensando que de nada servem. O Espírito Santo então nos inspira e move a realizarmos uma renovação sacramental, através de estudos e reflexões, até redescobrirmos o seu sentido, a sua importância, a sua necessidade, e assim voltarmos à sua vivência frutuosa.
Outros exemplos. Na vivência do amor cristão talvez estejamos barrados por ressentimentos, raivas e ódios. Então o Espírito Santo
nos “aconselha” a usarmos o perdão, a reconciliação, pois isso é bom para nós. Poderia ocorrer de estarmos vivendo amizades perigosas, perniciosas. Então o Espírito Santo nos “aconselha” a rompermos com tais amizades.
Pelo dom do Conselho o Espírito Santo torna-se o “nosso diretor espiritual permanente”, o nosso conselheiro íntimo, que nos acompanha e aconselha a cada momento nas nossas incertezas. Porque Ele conhece exatamente todas as coisas, porque Ele sabe o que é correto e melhor, nos aconselha e move a realizarmos cada vez mais aquilo que é melhor para nós e para os irmãos.
Os benefícios deste dom. Pelo auxílio do Espírito Santo através deste dom, conseguimos fazer com rapidez e segurança tudo aquilo que seja vontade de Deus a nosso respeito, nas coisas necessárias de nossa vida cristã. O Espírito Santo nos ajuda a conhecer de modo rápido e seguro a vontade de Deus, e nos move a executá-la com alegria e felicidade, no tocante ao necessário para a nossa vida cristã. Por esse dom o Espírito Santo nos esclarece e move a rompermos com todo pecado grave, bem como com as seduções do mundo.

15 de setembro de 2010

D O M D A C I Ê N C I A


Por causa do pecado original a nossa inteligência foi obscurecida. Como consequência nós nos tornamos superficiais e não mais tão capazes de penetrar no segredo, no íntimo de todas as coisas criadas, para encontrar nelas as maravilhosas capacidades e perfeições de Deus.
O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza para reconstruir-nos por dentro, dando-nos o dom da ciência, ou melhor, comunicando-nos a sua ciência, ou seja, comunicando-nos a sua capacidade de penetração para encontrar o segredo íntimo das criaturas, e nelas as perfeições do criador.
O nome deste dom: “ciência”, vem da língua latina, do verbo “scire” que se traduz por “saber, conhecer”.
Existe uma “ciência humana” que estuda e penetra no universo, analisa em profundidade todos os fenômenos, segredos e leis da natureza criada. Ela faz descobertos sempre mais maravilhosas, em todos os campos das ciências, como sabemos.
Existe, também, o dom infuso da ciência. É diferente da “ciência humana”. E' um dom dado pelo Espírito Sento, o qual nos leva a fazer descobertas maravilhosas nas coisas criadas, e por elas, a descobrir as perfeições de Deus. Possuindo o Espírito Sento, Ele nos comuna e nos contagia com esse dom. E pelo dom, nos move e guia para que possamos conhecer um pouco como Ele conhece os segredos profundos de todas as coisas, para, através das criaturas, chegarmos a conhecer, admirar, e louvar ao Criador.
O dom de ciência nos faz compreender divinamente, isto é, um pouco como Deus compreende as suas criaturas, e por meio delas, nós possamos a elevar-nos a Deus.
O dom de ciência não é discursivo, não é um trabalho de nossa mente. Os conhecimentos nos chegam como que por uma intuição dada pelo Espírito Santo, e por essa intuição, percebemos o vínculo íntimo que une todas os criaturas entre si, e suas ligações com Deus.
Pelo dom da ciência percebe-se que todas os criaturas são reflexos de Deus, reflexos da bondade divina, escadas luminosas para subir até o Criador.
Vistas com os olhos do Espírito Santo todas as criaturas nos mostram duas fazes:
1ª. A vaidade das coisas criadas: tudo é passageiro, efêmero e enganoso. Por causa disso não nos detemos nelas, e nem nos apegamos a elas. As criaturas são vãs, passageiras, não podem nos satisfazer plenamente, nem nos podem dar a felicidade completa. As criaturas, vistas em si mesmas, seduzem, mas depois decepcionam. Pois são passageiras. O dom de ciência revela de modo seguro, intuitivo e convicto a vaidade das coisas criadas.
2ª. O vestígio divino que existe em cada criatura de Deus. Por isto não paramos nelas, mas passamos por elas e chegamos a Deus. O dom de ciência nos mostra que as criaturas são obras do amor de Deus, e revestindo-as de luz, elas possam nos “falar e mostrar” Deus. O dom de ciência nos revela que as criaturas são reflexos de Deus, são como cristais pelos quais vemos a maravilha de Deus. Este dom, pois, nos dá a visão profunda para vermos no fundo da criatura, as maravilhas do Criador.
Algumas graças decorrentes desse dom são: 1. O desapego e o desprendimento perfeito das coisas criadas. 2. O gozo da perfeita liberdade do coração em relação às criaturas. 3. A alegria perfeita do desapego do espírito em relação às criaturas 4. A graça de contemplar o Criador nas criaturas. 5. A graça da adoração e do louvor ao Criador por causa das criaturas.

10 de setembro de 2010

O D O M D O E N T E N D I M E N T O


O pecado original obscureceu nossa mente, principalmente quanto à penetração e compreensão mais profunda das verdades e realidades espirituais. Sabemos, por experiência pessoal, quanto precisamos estudar, refletir e meditar sobre as verdades, a fim de podermos compreendê-las, e assim mesmo ficamos muito na superfície. As esquecemos com facilidade, e se conseguimos aprofundá-las, voltamos à tona, com muita facilidade.
O Espírito Santo vem em socorro de nossa fraqueza, vem nos reconstruir por dentro por meio do dom do Entendimento, para que, com Seu auxílio, possamos penetrar nas verdades reveladas e conhecê-Ias, em parte, como Ele as conhece.
Dom do Entendimento (ou Inteligência). Esse nome vem do latim: in+téndere, que significa “tender para dentro”... “querer penetrar para dentro”. (inteligência vem do latim: intus+legere, que significa, ler por dentro, na profundidade.
O dom do Entendimento é a comunicação que o Espírito Santo nos faz de Sua capacidade de penetrar e conhecer “a fundo”, pela qual, “entendemos e penetramos” nas verdades sobrenaturais, conhecendo-as a fundo, no íntimo e no profundo.
Dom do Entendimento é a capacidade dada pelo Espírito Santo à nossa mente para penetrar, compreender e saborear a Deus, os seus atributos pessoais, suas qualidades e virtudes.
Pelo Entendimento conseguimos penetrar profundamente nas verdades da fé olhando-as e saboreando-as por dentro, no profundo.
Quando estamos unidos a Deus, pelo Espírito Santo que é amor e nos comunica o amor, passamos a penetrar nas verdades por uma capacidade que nos é comunicada e transmitida pelo próprio Espírito Santo
Porque estamos unidos a Deus, por uma ação provocada pelo Espírito Santo numa união de amor, o “vemos e conhecemos” por uma doce experiência pessoal. Conhecemos a Deus, não apenas com a “cabeça”, mas sim com o “coração". De fato só se conhece bem, quando se conhece com o coração. Porque estamos unidos a Deus, em amor, o Espírito Santo nos move para penetrarmos nas profundezas dAquele a quem estamos unidos, e a conhecermos suas realidades e verdades.
O dom do Entendimento faz distinguir o verdadeiro, do falso; o divino, do mundano; o correto, do errado, o bem, do mal; o bom, do mau.
O Espírito Santo, por este dom, nos faz penetrar no intimo das verdades sobrenaturais e nos comunica um conhecimento “vivo, íntimo e experiencial” das coisas espirituais. Faz-nos descobrir o “oculto” nas verdades reveladas. Faz-nos chegar ao “mistério”, isto é: a conhecermos tudo aquilo que pode ser conhecido, e tudo aquilo que precisamos conhecer, no oculto das verdades de nossa fé..
Por exemplo:
Na Eucaristia: nos faz descobrir cada vez mais a “presença real...
Na Bíblia, nos faz encontrar a verdade da Palavra de Deus...
Nas figuras e parábolas nos faz compreender as realidades e as verdades:
- Que o sacrifício de Abraão pré-figura o Sacrifício de Jesus na cruz.
- Que Moisés pré-fígura o grande Pastor do Povo: Jesus Cristo.
- Que a serpente de bronze pré-fígura o Cristo crucificado.
- Na parábola do fermento na farinha compreende-se a vida em graça
que se desenvolve e toma conta da pessoa.
- Na parábola de ovelha perdida entendemos que se trata do pecador
buscado pelo Bom Pastor. Etc.
O dom do Entendimento mostra o invisível no visível; mostra o Criador nas criaturas; mostra Jesus Cristo no sinal do pão.
O Espírito Santo é o doador do dom do Entendimento. Precisamos pedi-lo com insistência.


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4 de setembro de 2010

ORAÇÃO E MEDITAÇÃO SOBRE OS DONS INFUSOS

1. Orar espontaneamente ao Espírito para solicitar a graça
de poder compreender e receber o crescimento destes dons.
2. Meditar - estudar - sobre o dom, relendo, interiorizando,
descobrindo sua beleza e importância para a vida cristã.
3. Perguntar-se: quando e como já o percebeu em sua vida.
Louvar e agradecer pelas constatações positivas.
4. Se for preciso "realizar o ato penitencial ao Espírito Santo,
pedindo perdão por possíveis faltas contra o dom.
5. Pedir ao Espírito Santo maiores manifestações do dom
e perguntar-se: em que pode colaborar para o crescimento neste dom.

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O DOM DA SABEDORIA


O Pecado original nos desligou de Deus. Este desligamento nos levou à perda do amor de Deus: não nos sentirmos amados...e não amamos a Deus. Com a perda do amor, perdemos o "sabor, o gosto” da amizade com Deus, bem como o sabor de todas as coisas de Deus. Por experiência pessoal, todos, sentimos em nossas vidas a realidade da perda do SABOR das coisas espirituais; e sabemos quanto esforço precisamos fazer, durante uma vida toda, para adquirir esta AFEIÇÃO, este GOSTO pelas coisas de Deus.
O Espírito Santo, que é amor, vem em nosso socorro e com sua ação, quer reconstruir-nos, por dentro, e devolver-nos o que perdemos. Como Amor que é, Ele nos quer RE+UNIR (o pecado des+uniu... )a Deus, em nova amizade e nos dá o dom da sabedoria, isto é, nos devolve o SABOR ESPIRITUAL, o gosto pelas coisas de Deus.
SABEDORIA: o nome SABEDORIA vem do latim.- “sápere”, que significa: sabor, gosto, bom paladar.
O Espírito Santo, que possuímos, nos une profundamente a Deus, recria nova amizade. Por esta união passamos a conhecer e apreciar a Deus e suas realidades, como Ele as conhece e aprecia, como por uma CO-NATURALIDADE, uma união, numa experiência pessoal de amor. Como por um contágio uma transmissão interior direta de coração a coração, o Espírito Santo nos comunica o amor e o sabor.
Pelo dom da SABEDORIA, conhecemos a Deus e a todas os suas realidades, por uma experiência pessoal, comunicada pelo Espírito Sento. Por este dom, Ele nos leva a conhecer a Deus, em sua bondade, mas como bondade experimentada, saboreada pessoalmente.
O dom de SABEDORIA é o dom dado pelo Espírito Sento para saborear, experimentar a Deus, como Ele é bom em si mesmo, e em todas as suas criaturas. Provai e vede como o Senhor é bom!' -
Tendo experimentado a Deus: Pai, Filho e Espírito Sento, passamos a gostar, aprender e amar a tudo o que vem de Deus, a tudo o que pertence a Deus. (Como, quando gostamos de alguém, passamos a gostar e valorizar tudo o que lhe pertence.)
O dom da SABEDORIA nos leva a saborear o amor de Deus, a crescer e experimentar cada vez mais o sabor do seu amor manifesto na criação.
Pelo dom da SABEDORIA passamos a conhecer todas as coisas, por meio de uma intuição dada pelo Espírito Sento; mas este conhecimento produz uma experiência deliciosa, saborosa, comunicada pelo Espírito Santo.
Pelo dom da SABEDORIA, passamos a experimentar e saborear a Deus e a todos os seus gestos; passamos a saborear, a gostar de tudo, COMO Deus gosta e a saboreia. (Vemos com os olhos de Deus e gostamos com o coração de Deus.)
O dom da sabedoria nos induz fortemente a vivermos nossa vida cristã pautada nos ensinamentos divinos, e vivê-la com radicalidade revestida de alegria e gratificação.
Graus: A sabedoria tem quatro graus sucessivos.
1. Grau: Leva-nos a aderir a Deus e aceitar alegre e agradavelmente sua pessoa, sua verdade e tudo o que lhe pertence.
2. Grau: Dá-nos um gosto, um SABOR especial por todas as coisas divinas, coisas pertencentes a Deus. E comunica-nos o desprezo do mundano.
3. Grau: Faz-nos descobrir o sentido, o tesouro do sofrimento, até ao desejo dele.
4. Grau: Faz saborear as delícias do amado Deus, e o coração já não quer outra coisa. (Só Deus basta!)

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