26 de setembro de 2012

QUARTO PECADO CAPITAL


PECADO  CAPITAL  DA  IRA
A Ira é um intenso e descontrolado sentimento que se manifesta compulsivamente no psíquico de uma pessoa, o qual passa a dominar a mesma, e que produz diversos sentimentos irados, de acordo com a gravidade daquilo que gerou a ira. A Ira pode se manifestar como raiva, mágoa, ódio, rancor,  ressentimento, tristeza, amargura, depressão momentânea, tudo por ter sido maltratada . Às vezes a ira pode até gerar sentimentos de vingança.  
A ira torna a pessoa furiosa e descontrolada, com o desejo de destruir aquilo que a provocou. A ira não atenta apenas contra os outros, mas pode voltar-se contra si mesmo, contra aquele que deixou o ódio, o ressentimento, a raiva tomar conta de seu coração.
A ira é um movimento das paixões  que deve ser dirigido pela razão e regido pela vontade, para não conduzir ao mal. O ser humano repele instintivamente tudo o que lhe é contrário. É legítimo reagir diante de obstáculos ao bem. Por exemplo, a ira santa quando leva a defender os valores divinos e humanos pisoteados bisonhamente por alguém.  Em exemplo disso foi a atitude de Jesus expulsando os vendilhões do templo.A ira torna-se pecaminosa se ela implicar em desordem a ponto de  desejar fazer vingança, de cometer injustiças, de provocar brigas, de conferir golpes físicos, de levar a proferir insultos, e de chegar a rogar pragas. “Sentir” a ira não é pecado. “Consentir” na ira, deixando-se levar a más atitudes e ações é que gera o pecado.
Como remédio para a ira, recomenda-se o exercício da prudência, de modo que ninguém proceda de acordo com o ímpeto imediato das paixões. 
A ira pode ser, muitas vezes, conseqüência de sofrimentos emocionais ou desamores causados de alguma forma por alguém. Esses desamores “ferem” o coração. Essas “feridas” emocionais geram dores que recebem o nome de: raiva, mágoa, ressentimento, ódio ou até vingança. Essas feridas são muito prejudiciais ao psiquismo humano. O melhor remédio para curar as férias e, portanto, para livrar-nos desses sentimentos dolorosos é o perdão. O perdão cura as feridas. Curadas as feridas, ficaremos livres dos sentimentos de raiva, mágoa, ressentimento, ódio ou até da vingança. A ira pode brotar também de um conflito pessoal interior, e se manifestar contra nós mesmos. Nestes casos,  a ira se manifesta contra nós mesmos sob a forma de raiva de nós, mágoas de nós mesmos, ressentimentos contra nós mesmos, e até formas de auto vinganças. Estes sentimentos provém de erros que a pessoa cometeu e dos quais se acura. Então surgem a auto condenação, a autopunição, a raina de si mesmo, as mágoas de si mesmo e até vinganças feitas contra si mesmo.
Essa forma de ira com seus filhotes é próprio de pessoas mal resolvidas, que têm ira de si mesmas e transferem essa raiva para o mundo ao seu derredor. É a ira dos fracos! Essas pessoas têm pouco ou nenhum controle sobre si mesmas e são mais propensas á outra e pior face da ira, a mais destrutiva: o ódio. O ódio é o sentimento dos fracos. Enquanto a ira é passageira, o ódio é prolongado. Enquanto a ira é barulhenta, o ódio é sutil e silencioso. A  ira brota como um vulcão por alguma contrariedade, desilusão, por noticias de TV, ou acontecimentos fortuitos. Na ira a pessoa explode, mas logo volta á razão. A ira é cálida, o ódio é frio. A vingança é um prato que se come frio, dizem os vingativos. O ódio é um sentimento visceral, enquanto a ira nasce do coração. Quem odeia quer vingança.
O mecanismo da razão tem controle sobre a ira. É só deixar esfriar um pouco a cabeça e as pessoas voltam ao seu normal. O homem consegue controlar sua agressividade através da razão, ou seja, utilizando a racionalização como um mecanismo de defesa, mas quando tomado por uma forte emoção nem sempre esses mecanismos funcionam. A agressividade gerada pela ira demonstra a incapacidade de racionalizar quando se deixa dominar pela emoção, sobrepondo muitas vezes, conteúdos inconscientes, como por exemplo, pode indicar uma incapacidade exagerada de amar aos outros, muitas vezes como resultado do amor que não recebeu na infância, ou da agressividade que recebeu, repetindo assim o mesmo padrão. Nesses casos, é preciso identificar a emoção que foi mobilizada e que não permitiu a atuação do mecanismo de defesa. E se se tratar de “feridas do coração”, é preciso curar-se por meio do perdão repetido 70X7, como disse Jesus. 
A virtude contrária que combate o vício da ira e todas as suas conseqüências é a mansidão. A mansidão é uma energia psicológica e espiritual presente no psiquismo da pessoa que faz com que ela tenha naturalmente um controle espontâneo sobre suas emoções e sentimentos no tratamento com as pessoas e com os acontecimentos, capaz de manter-se tranquila, serena, calma, sem ansiedades ou estresses, relacionando-se e interagindo com serenidade e paz de espírito.
A mansidão do coração faz com que a pessoa  ao se relacionar com os outros não seja agressiva, compulsiva, agitada, estressada, ofendendo, ferindo, agredindo o próximo. Ao mesmo tempo ela tem a capacidade de não se deixar ferir, ofender com facilidade. Imaginemos uma almofada fofa coberta de veludo. Se lhe dermos um soco, ela não nos machuca e nem se ofende. Ela permanece a mesma, fofinha como antes. Assim é o coração manso: não ofende e nem se deixa ofender com facilidade.
            Pensemos num boi manso, num cavalo manso, num cordeiro manso. Podemos lidar com eles com facilidade e sem medo, pois não tem reações agressivas. Assim é a pessoa mansa.
            A mansidão tem muito a ver com bondade e humildade. Porque o coração é bom, trata as pessoas com mansidão, evitando por todos os meios ofender, magoar, ferir, fazer sofrer.
            Para haver um clima interior de mansidão é preciso que esse coração não seja possuído de mágoas, raivas, ódios, vinganças, ressentimentos. Essas emoções feridas geram sempre um comportamento agressivo e impaciente. Portanto, para haver mansidão é preciso que esses sentimentos de desamor sejam eliminados por meio do perdão assumido e repetido muitas vezes. O perdão tem poder de curar as feridas do coração e de eliminar esses sentimentos de desamor.

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