31 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

4  CONSOLAR OS TRISTES
Uma obra de misericórdia espiritual que podemos realizar muitas vezes é consolar os tristes. São inúmeras, incontáveis, as causas das tristezas das pessoas. Desde as tristezas mais profundas pela morte de uma mãe, de um pai, de uma esposa, de um marido, de um filho, de um familiar ou amigo, até a tristeza de um adultério, de uma traição no amor de noivo ou namorado, até as ingratidões e decepções que pessoas em quem confiávamos, até todas as inúmeras causas emocionais das depressões.
Esta obra de misericórdia é sempre muito bem recebida pelas pessoas tristes. Mesmo que sejam pessoas desconhecidas. Quem vai consolar deve sempre demonstrar a sua boa vontade, o seu desejo de auxiliar. O triste deve perceber nas nossas palavras o nosso desejo de solidariedade, de compreensão e de caridade. Para consolar, jamais falar de exemplos de desgraças maiores ou piores, de sofrimentos mais agudos. É preciso usar palavras animadoras que possam confortar e consolar. Muitas vezes, em determinadas situação, nem são necessárias palavras. Bastam gestos.
            Se estivermos atentos, encontraremos ao nosso lado muitas pessoas tristes, que tem a alma amargurada, decepcionada, desiludida e deprimida. Como faz bem uma boa palavra nestas ocasiões. Não percamos oportunidades de reanimar aqueles que, perto de nós, trazem um coração entristecido.
Sendo também essa uma obra de misericórdia, ela recebe a recompensa de Jesus que diz: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”.
Por serem muitas as oportunidades de encontrarmos pessoas tristes, façamos este bem àqueles que sofrem em suas tristezas.
Oração                                   
Divino Espírito Santo, alegria de Deus, que comunicais o fruto da alegria aos corações que de Vós se aproximam, dai-me palavras inspiradas pela Vossa sabedoria para que eu possa consolar aqueles corações que carregam a grossa sombra da tristeza e da dor no coração. Ensinai-me a consolar os tristes. Ensinai-me a reerguer os abatidos pelas ingratidões e injustiças sofridas. Que eu aproveite toda ocasião para consolar e reanimar os corações entristecidos.
Amém.


30 de julho de 2013

OBRAS DE MISERICÓRDIA

3 CORRIGIR OS QUE ERRAM
       Uma obra de misericórdia espiritual, sem dúvida importante, mas delicada e, às vezes, difícil e espinhosa é corrigir os que erram. Quem nunca errou? Quem está isento de errar? Quanto menos conseguirmos errar, tanto melhor.
Nem sempre gostamos de ser corrigidos. O orgulho presente em todo coração humano é a causa de não gostarmos de ser corrigidos, e é, também, a causa de que os outros não gostem de ser corrigidos por nós. Às vezes, a omissão diante de uma correção a fazer pode levar alguém a cometer erros graves que comprometem a sua vida ou a de outros.
            Essa correção, que é obra de misericórdia espiritual, deve sempre ser feita com o objetivo de auxiliar a pessoa, de tirá-la de um mau caminho, de hábitos errados, de vícios, enfim, daquilo que a pessoa está fazendo, desejando, pensando ou falando que não seja bom para ela e, eventualmente, para os demais.
            Essa correção sempre deve ser feita na hora certa, com as palavras corretas, com sentimentos de bem querer, de modo que a pessoa corrigida percebe o bem que lhe queremos.
            Corrigir os que erram, com amor e com vontade de ajudá-los, é uma excelente obra de bondade e de caridade. Quantos erros são evitados graças a essas correções. Sendo uma obra de misericórdia, também essa alcança a promessa de Jesus que disse: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Não nos omitamos de corrigir quando se trata de ajudar alguma pessoa. Mesmo que seja espinhoso.
            Oração

            Divino Espírito Santo, que sois a luz iluminadora nas trevas do mundo e nos caminhos obscuros do ser humano, Vós que quereis que todos os seres humanos andem pelos vossos caminhos de luz, de bem, de verdade, de justiça e de amor, dai-me palavras acertadas e cheias de sabedoria para aconselhar àqueles que estão à minha volta, quando precisarem de uma boa palavra para abandonarem o erro, o falso, o injusto, e aquilo que é mau, a fim de que voltem ao bom caminhos, a uma vida mais virtuosa e justa. Ensinai-me a corrigir os que erram. Amém.

29 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

2       ENSINAR OS IGNORANTES

O termo “ignorante” significa, aqui, a pessoa que tem falta de conhecimento. Em se tratando da obra de misericórdia, a ignorância se refere principalmente ao desconhecimento daquilo que a pessoa precisaria saber para viver bem, para fazer o bem, para se relacionar bem com Deus, com a família e com todas as pessoas.
Por falta de conhecimento das verdades de fé e de religião, alguém não se relaciona, não respeita, não cultua a Deus, e até pode ofendê-lo pelas ações contra os mandamentos divinos. Levar alguém a conhecer a Deus, a sentir-se amado por Ele, a amá-Lo, a adorá-lo e cultuá-lo é uma obra de valor inestimável. O conhecimento mais importante para uma pessoa humana é conhecer, amar, se deixar amar, cultuar e servir a Deus por uma vida santa.
Muitas vezes, as crises de casais e de famílias se originam pela falta de conhecimentos sérios e sadios a respeito dos comportamentos que devem orientar os cônjuges na sua vida matrimonial. Ensiná-los, orientá-los, aconselhá-los é ajudá-los a viverem melhor a vida conjugal, familiar, bem como a serem mais felizes.
Cabe também dentro do sentido dessa obra de misericórdia espiritual, ensinar alguém gratuitamente a exercer uma profissão, a fim de que o ensinado possa trabalhar e ganhar o pão com “o suor de seu rosto”.
Por ser obra de misericórdia, realizada com esse espírito de caridade, também esta recebe a promessa de Jesus: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Alcançar misericórdia de Deus é uma recompensa preciosa. Animemo-nos a ensinar algo a alguma pessoa ignorante.

Oração:
Divino Espírito Santo, Deus de infinita sabedoria, iluminai-me com o Dom da Sabedoria para que eu saiba ensinar o caminho do amor a Deus, à família e ao próximo, àqueles que por ignorância acabam agindo mal e vivendo mal.
Dai-me a coragem e a alegria de saber ensinar aquelas pessoas que, por falta de uma formação melhor, ignoram a Deus, ignoram seus mandamentos e ensinamentos, como também àqueles que por ignorância não vivem bem sua vida matrimonial, familiar e social. Ensinai-me a ensinar. Amém.



27 de julho de 2013


AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

1  DAR BONS CONSELHOS

Todos nós vivemos a nossa vida em meio a este mundo, e participando da sociedade que vive em nosso ambiente de vida. Encontramos sempre muitas pessoas de bem, que vivem bem, que fazem o bem, que contribuem para o bem da sociedade e das comunidades. Infelizmente encontramos, também, pessoas que vivem mal e fazem o mal aos seus semelhantes. As vezes o mal é “justificado” como se fosse um bem, e enganadas, as pessoas acabam realizando o mal como se fosse um bem
Muitas vezes, muitas pessoas, se encontram diante de uma encruzilhada e não sabem para onde ir, como pensar, o que fazer. Precisam de alguém com sabedoria para ajudá-las a encontrar o caminho correto.
Aqui entra esta obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos. Dar bons conselhos é ajudar as pessoas a escolherem o bem, o verdadeiro e o justo, a pensarem corretamente para se decidirem por caminhos bons, a agirem de forma correta e boa.
Bons conselhos podem ser dados ao cônjuge, aos filhos, aos pais, aos familiares, aos namorados, aos amigos, a pessoas que se sentem desorientados em situações difíceis de suas vidas, enfim, a qualquer pessoa que esteja necessitada de optar pelo verdadeiro, pelo justo, pelo bom.
É enorme o bem que podemos fazer por meio desta obra de caridade: dar bons conselhos. Mas às vezes é preciso ter coragem de fazê-lo. Mais. Às vezes é obrigação fazê-lo.
Sendo o aconselhar uma obra de misericórdia, ela tem a seu favor a promessa de Jesus: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor, pode ser uma animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia espiritual.

Oração:
Divino Espírito Santo, conselheiro e mestre de nossas vidas, doador do Dom do Conselho, eu Vos peço que em meu caminhar sempre me ilumineis e me favoreçais a fim de que eu saiba escolher o que é bom, justo, correto e verdadeiro. Dai-me o Dom do Conselho para que eu saiba aconselhar as pessoas necessitadas de orientações em suas encruzilhadas. Que eu não omita dizer palavras de bem que possam ajudar as pessoas em suas escolhas para o bem. Amém.




26 de julho de 2013


AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

7.      ENTERRAR OS MORTOS
Esta obra de misericórdia consiste em favorecer e participar do sepultamento dos mortos. Em se tratando do sepultamento de pessoas da família, de pessoas amigas ou conhecidas, costumamos participar de sepultamentos, como que por uma obrigação de verdadeiro amor. Por si só essa participação já é uma obra de misericórdia. Melhor ainda quando imprimimos à essa ação, um sentido cristão, com espírito eivado de convicção na vida eterna.
Alguém poderá realizar esta obra de misericórdia, de modo mais perfeito, indo participar de um sepultamento de quem é desconhecido, também para confortar os aflitos pela perda do ente querido. É sempre um tempo de sofrimentos a morte de um ente querido. Mesmo sendo desconhecido, essa presença que se manifeste por declarações de pêsames, por palavras de conforto, sempre faz muito bem aos enlutados. 
Esta atitude de participar do enterro é uma obra de misericórdia, E para esses, Jesus disse: “Bem aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor, pode ser uma animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia.
Oração:
             Senhor Jesus, aceitastes passar pela experiência pessoal da morte. Em vida, estivestes junto de Lázaro, morto há quatro dias, estivestes na casa de ... onde Tabita estava morta, e encontrastes o Filho da viúva de Naím que estava sendo levado ao cemitério, e Vós ressuscitastes aos três.  Vossa ação ilumina o nosso coração sobre a vida que existe após a morte. Dai-me, Senhor, um coração solidário para com aqueles que sofrem com a morte de entes queridos. Que eu saiba confortá-los com as verdades de nossa fé. Amém.




25 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

6. VISITAR OS PRESOS

Esta obra de misericórdia consiste em visitar os aprisionados em cadeias e prisões, com a finalidade de levar-lhes conforto, ânimo, coragem, bons conselhos e momentos de bem estar. Pode-se aproveitar essas visitas para evangelizá-los a respeito do amor que Jesus tem para com eles, do valor que eles tem como pessoas, e de um futuro melhor, após a pena. Pode-se aproveitar para levar-lhes boas leituras, principalmente um livro do Novo Testamento.
Nem sempre é fácil ou cômodo realizar essa obra de misericórdia. Mas há pessoas que possuem um dom para isto e fazem muito bem aos presos.
Também esta é uma importante obra de misericórdia que, por certo, para quem a faz, alcança a misericórdia divina. Também esta obra merece as palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu estava preso e vós me visitastes.  Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que tu estavas preso e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração.
Senhor Jesus,  Vós provastes os sofrimento da prisão e das torturas que Vos foram impostas, na ocasião de Vossa Paixão e Condenação. São tantos, Senhor, os presos que se encontram em nossas prisões, quase sempre superlotadas, vivendo uma vida muitas vezes tão desumana e sofrida. Admiro, Senhor, aquelas pessoas que vão às prisões para visitar os presos e levar-lhes algum conforto e animação.
Concedei-me, Senhor, que alguma vez eu experimente a gratificação de visitar os presos. E abençoai aqueles pessoas que possuem esse dom e realizam essa obra de misericórdia. Amém.



24 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

5. ASSISTIR AOS ENFERMOS
    Esta obra de misericórdia consiste em dar todo o atendimento que seja necessário a algum enfermo. seja ele pessoa da própria família, seja de alguma família conhecida ou até uma pessoa desconhecida.
        Esta assistência se refere desde os atendimentos essenciais como vestuário, alimentação, bebida, medicação, ou internação em hospital, bem como visitas caritativas para dar ânimo e conforto material ou psicológico e espiritual ao enfermo.
        Em se tratando de familiares enfermos, os próprios laços de sangue levam as pessoas a cuidar da melhor forma possível os seus enfermos. Este cuidado faz parte da justiça, do amor familiar e da obrigação humana. Nestes casos, para que esta assistência seja reconhecida como obra de misericórdia é necessário que o coração se revista de um espírito de caridade que, aliás, torna ainda mais cuidadosa toda a atenção para com o enfermo.
          Pratica esta obra de misericórdia também quem se propõe a fazer visitas a pessoas enfermos que estão em suas casas ou em hospitais. Encontramos pessoas que realizam essas visitas com a finalidade de animar, encorajar, confortar pessoas enfermos.
Este cuidado caridoso ao enfermo também merece a recompensa da misericórdia divina, bem como a aprovação das palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu era enfermo e vós me visitastes.  Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que tu estavas enfermo e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
 Oração:
 Senhor Jesus, vivo, ressuscitado, concedei-me pelo Espírito Santo um coração sensível diante das doenças e enfermidades dos irmãos. Vós visitastes e curastes a tantos. Aliás, continuais a visitar e a curar a muitos também em nossos dias. Diante da doença e enfermidade dos irmãos, que eu me sinta compungido e solidário, procurando visitar, socorrer e encorajar aqueles enfermos que estão mais abandonados e necessitados. Nem sempre é cômodo realizar essa obra, mas com a graça do Espírito Santo, poderei praticar essa obra de misericórdia. Amém.


22 de julho de 2013

PAPA FRANCISCO


AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

    DAR POUSADA 
AOS PEREGRINOS.
Esta obra de misericórdia consiste em dar pousada para peregrinos, para viandantes, que não tem como e onde se abrigar para passar as suas noites. Nos tempos antigos esta era uma necessidade para não poucas pessoas, principalmente quando a migração das pessoas ocorria para encontrar lugar de se estabelecer e de encontrar trabalho. Hoje, esta obra de acolher pessoas peregrinas na própria casa é algo mais difícil, a não ser nas vilas do interior, onde a simplicidade das pessoas favorece esta acolhida.
Uma forma de praticar essa obra é encaminhar tais viandantes para albergues mantidos pela Igreja, ou por associações da sociedade civil ou por organizações governamentais. De todo modo, se aparecer uma oportunidade de acomodar algum peregrino, e alguém o fizer com espírito de caridade, estará praticando essa obra de misericórdia, e com isso estará alcançando misericórdia e, ao mesmo tempo, estará dentro do alcance das palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu era peregrino e vós me acolhestes.  Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que tu eras peregrino e nós de acolhemos? ... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)

Oração
            Senhor Jesus, nos três anos que vivestes em nosso meio fisicamente, muitas vezes fostes peregrino e necessitastes de que alguém Vos acolhesse. Lembro Lázaro, Marta e Maria, de Betânea, que Vos acolheram não poucas vezes. Aliás, Vós os gratificastes com a ressurreição de Lázaro. Dai-me, Senhor, um coração compassivo, para que quando surgir a necessidade de hospedar alguém, que eu não mantenha alheio e acomodado, mas faça o que estiver ao meu alcance para que o peregrino, o viandante, tenha onde passar a noite.
           






20 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

3         VESTIR OS NÚS 
Andar  vestido confortável e dignamente também é uma necessidade de todo ser humano, quer quando alguém se encontra em seu lar, e mais ainda quando precisa estar em sociedade. Um vestuário digno de um ser humano faz parte até para que haja um bem estar psicológico.
Esta obra de misericórdia pode ser realizada pela oferta de roupas que sejam úteis a uma família pobre e necessitada dessa ajuda. Oferta essa, levada diretamente para uma determinada família, ou entregue a uma obra de caridade que oferece essa assistência. Quase sempre podemos doar  roupas que já foram usadas,  mas estão em bom estado e podem ser bem aproveitadas. No armário de muitas famílias há uma quantidade de roupas guardadas que já não são utilizadas. Muitas vezes a roupas que estão sobrando em nosso armário são aquelas que falta para muitos pobres.
Evidentemente que, uma pessoa que quer realizar essa obra de “vestir os nus”, pode ocasionalmente adquirir roupas novas em uma loja popular, quando há promoções, ou adquiri-las num brechó, e destiná-las a uma determinada família. Se um coração generoso se despertar para essa possibilidade  e empenhar uma parcela de seu dinheiro para essa obra de misericórdia, entrará no grupo daquelas pessoas a quem Jesus lhes diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque estava nu e me vestistes...  Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos nu e te vestimos?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)

Oração:
            Senhor Jesus, diante da necessidade de roupas por que passam muitas pessoas e muitas famílias, dai-me a sensibilidade de coração a fim de que eu saiba fazer alguma coisa para vestir as pessoas carentes, cujos corpos são templos do Espírito Santo e merecem ser vestidos com dignidade. Diante das roupas em excesso no meu armário, as quais já não são usadas, dai-me coragem e generosidade para doá-las. Até mesmo que eu tome iniciativas de, por vezes, adquirir roupas novas ou semi-novas, para doá-las a famílias necessitadas. A vossa promessa que li há pouco, seja um estímulo para que eu pratique essa boa obra.


19 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

2.      DAR DE BEBER 
A QUEM TEM SEDE

A sede é um grito do organismo físico necessitado de líquido. A falta desse líquido pode se tornar uma necessidade premente, em dado momento mais intensa do que a fome. A falta de líquido tortura o corpo e constrange o psíquico. Como a fome, a necessidade de líquido é uma urgência diária e premente.
Esta obra de misericórdia pode ser praticada de forma imediata, quando alguém solicita um copo de água. Ou pode ser também praticada de forma mais generosa, doando água, por exemplo, a uma família pobre que não possui água encanada, e que não pode comprar água de boa qualidade para consumo. Alguém poderia doar um galão de 20 litros por semana para uma família pobre. Para evitar algum trabalho a mais, poderia autorizar um vendedor de água a fornecer um galão por semana a uma determinada família, pagando-se oportunamente o custo.
Melhor ainda quando alguém pode agir socialmente conseguindo água encanada para uma determinada rua de favela, ou de bairro desprovido da mesma.
Também aqui valem as palavras do próprio Jesus que se identificou com os sedentos, quando disse: “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive sede e me destes de beber...  Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com sede e te demos de beber?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss) 

Oração:
Senhor Jesus, sensibilizai meu coração diante dos irmãos que sofrem pela falta de água para o consumo diário necessário. Se sofrer de fome é uma tortura, sofrimento igual, às vezes maior, é não possuir água para um momento de sede, ou para o uso doméstico diário. Senhor, percebo que posso fazer algo para levar água às pessoas e às famílias que carecem desse elemento tão vital e importante. Ainda mais que Vós considerais como dada a Vós a água que damos a quem dela necessite. Amém.



18 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

1.      DAR DE COMER 
A QUEM TEM FOME
A  fome é um sofrimento que oprime uma pessoa, tanto no seu físico como no seu psíquico. Costuma-se dizer que “a fome não espera pelo depois”. O alimento é uma necessidade diária. A fome é uma manifestação igualmente diária. Passar fome por um dia já é um sofrimento. Passar fome todos os dias é uma tortura física e psicológica que abate profundamente o faminto. Pior é que há muitos milhões de pessoas que sofrem de fome a vida toda. Muitos morrem de fome.
Essa obra de misericórdia pode ser facilmente praticada, pois os pobres e famintos estão por toda parte. Satisfazer de imediato a um pedinte de comida já é uma obra de caridade generosa e meritória. Providenciar alimento duradouro para uma família pobre, por meio de oferta mais abundante, por meio de cesta básica, é obra maior. Trabalhar numa obra social paroquial, ou numa associação beneficente, que atende às necessidades imediatas dos pobres, e organiza uma estrutura de assistência duradoura, é outra forma de praticar esta obra, desde que haja o espírito de misericórdia e caridade.
Se as donas de casa de classe média e rica descobrissem essa bênção, e quando fossem fazer a compra da semana ou do mês se lembrassem de adquirir uma parte a mais para “alimentar” os famintos que estão ao seu alcance, ou para encaminhar tais alimentos para uma entidade que presta essas assistência, quantas bênçãos receberiam para suas vidas e suas famílias.
Não se pode esquecer o que Jesus falou sobre isso. Ele disse que, no fim do mundo, acontecerá que  “O Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer... ; Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss) 

Oração:
 Senhor Jesus, dai-me um coração sensível e generoso para com os irmãos que passam fome, que sofrem por causa da fome. Como é doloroso e deprimente estar com fome, e não ter o que comer, e não ter a quem recorrer para receber algum alimento que possa sedar a fome. Diante dessa realidade tão dolorosa, dai-me um coração generoso para que, mais do que até agora, eu me decida a realizar essa obra de misericórdia. Tanto mais que considerais como dado a Vós o alimento que damos aos famintos. Amém.


17 de julho de 2013

AS OBRAS DE MISERICÓRDIA

OBRAS  DE  MISEIRCÓRDIA
Introdução
             As obras de misericórdia são ações concretas realizadas em favor dos irmãos necessitados, feitas com espírito de caridade e de bondade. Tais obras nascem de um coração generoso, impulsionado pelo desejo de fazer aquela boa obra de forma gratuita e humilde.
            O destinatário dessas obras é qualquer pessoa que tenha aquela necessidade particular, à qual podemos socorrer de alguma forma. Não importa quem seja a pessoa. Importa que ela seja necessitada e que nós estejamos atentos para socorrer com um espírito de caridade.
            O mérito espiritual dessas obras está no espírito de caridade generoso e gratuito. Podemos aplicar aqui as palavras de Jesus, quando se refere à esmola: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”. Portanto, essas 14 obras de misericórdia devem ser realizadas com plena gratuidade, sem buscar qualquer recompensa, elogio ou aplauso.
            São chamadas “obras de misericórdia” porque elas devem nascer de um coração revestido de um espírito misericordioso. A palavra misericórdia nasce de “miséria e coração”. A misericórdia é o espírito e a atitude de um coração que se debruça sobre a miséria alheia, com a finalidade de tirá-lo da mesma. Por miséria podemos entender toda necessidade de libertação, de ajuda, de cura, de salvação, na qual está envolvida uma pessoa. Principalmente todo pecado.
            A recompensa para quem age com  misericórdia, para quem pratica essas obras de misericórdia é determinada pelo próprio Jesus, quando afirmou: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt 5, 7) O que de mais precioso se poderia receber como recompensa, do que alcançar misericórdia divina em nossa condição de pecadores? Precisamos durante a vida toda da misericórdia divina, pois pela vida toda incidimos em pecados.
            Porque são obras de misericórdia, e porque quem as pratica alcança misericórdia, podemos afirmar que por meio delas podemos alcançar: 1. o perdão de nossos pecados veniais, 2. podemos alcançar o perdão das penas temporais devidas pelos nossos pecados, penas essas que deveríamos pagar no purgatório, 3. podemos aplicar essas obras em sufrágio das almas do purgatório.
            As obras de misericórdia são divididas em “corporais” e “espirituais”. São corporais aquelas que se destinam a necessidades corporais, e são espirituais aquelas que se destinam à alma, ao espírito das pessoas.

SETE  OBRAS DE MISERICÓIRDIA CORPORAIS
   1 Dar de comer a quem tem fome   2 Dar de beber a quem tem sede  3 Vestir os   nus 4 Dar pousada aos peregrinos 5 Assistir aos enfermos  6 Visitar os presos  7.  Enterrar os mortos.
SETE  OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS

.1 Dar bons conselhos  2 Ensinar os ignorantes 3 Corrigir os que erram  4 Consolar os tristes  5 Perdoar as injurias  6. Sofrer com paciência as fraquezas do próximo  7 Rogar a Deus pelos vivos e mortos.

16 de julho de 2013

NOSSA SENHORA DO CARMO

Nossa Senhora do Carmo
            Muitos nomes, muitos títulos, muitas imagens e quadros diferentes, muitas medalhas e muitas devoções para uma só mulher: Maria de Nazaré, a Virgem Mãe de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre.
           Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora do Carmo, Rainha da Paz, Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora da medalha milagrosa, e centenas de outros títulos e nomes dados à Virgem Maria, filha predileta do Pai, mãe carinhosa do Filho, esposa mística e fecunda do Espírito Santo, mãe da Igreja, nossa dileta mãe celeste, e rainha de nossos corações.
            Trazemos, ao caro leitor, considerações e louvores à Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo.
 O monte Carmelo
            O termo ‘Carmo’ originou-se do nome de um pequeno monte situado ao norte de Israel, chamado monte Carmelo. Este monte aparece na Bíblia, no A.T., de modo particular ligado ao profeta Elias, que ali habitou por algum tempo e onde desempenhou sua missão profética. 
            No século XII, um homem da Calábria, de nome Bertoldo, retirou-se com alguns companheiros para esse monte, onde se estabeleceu e consolidou na vida monástica um grupo de monges. Eles  cultivavam e difundiam uma especial devoção a Nossa Senhora. Por habitarem ali, os monges receberam o nome de ‘Carmelitas”, e a Virgem Maria passou a receber ali o título de Nossa Senhora do monte Carmelo, ou Nossa Senhora do Carmo.
            Em 1209, uma regra monástica muito rigorosa a ser vivida por esses monges carmelitas foi aprovada por Dom Alberto, patriarca de Jerusalém,. Mais tarde, essa regra de vida foi aprovada pelo Papa Honório III. Eis ali a origem das ordens dos e das carmelitas.
 O escapulário
            Simão Stock levava uma vida de eremita já há vinte anos. Ao conhecer o rigor da regra e a espiritualidade carmelita, entrou nessa ordem, e avantajou-se entre os irmãos, chegando a ser eleito superior geral, em 1245.
            Devotíssimo da Virgem e zeloso pela salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
            O nome ‘escapulário’ foi dado àquele hábito religioso da ordem do Carmo pela própria Virgem Santa. Esse nome aliás, é tirado da palavra latina ‘scápula’, que se traduz por ‘ombro’. De fato, o hábito religioso é sustentado pelos ombros e desce para cobrir todo o corpo. Donde o nome escapulário.
            Essa veste deve simbolizar, sempre, uma profunda devoção e confiança em Nossa Senhora por parte da pessoa que o usa. Assim como o escapulário original – o hábito - envolve todo o corpo da pessoa, assim a proteção e a intercessão de Maria envolvem todo o ser do devoto.  
            De acordo com as palavras de Nossa Senhora a Simão Stock, lidas acima, o escapulário se restringia à ordem carmelita. Com o correr de muitos anos, tanto o escapulário como peça de roupa e objeto, como também as exigências espirituais para poder usá-lo, foram se alterando. No início era um hábito completo de monge. Depois passou a ser uma longa estola, larga como os ombros da pessoa, que caia para frente e para trás, da altura da pessoa, e usada sobre o hábito religioso. Em nossos dias se restringe a duas medalhas feitas de pano ou de metais, uma do Coração de Jesus e outra de Nossa Senhora do Carmo, unidas por duas cordas ou correntes que permitem que o Coração de Jesus fique sobre o peito da pessoa, e Nossa Senhora sobre as costas. Aliás, até há escapulários feitos por uma única medalha, tendo o Coração de Jesus de um lado e Nossa Senhora do Carmo no verso. Essas mudanças não alteram substancialmente o escapulário. Elas se adaptaram aos tempos e aos costumes dos povos.
            Quanto às condições de uso do escapulário, houve uma transição profunda. De inicio, segundo as palavras de Nossa Senhora: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem”, se destinada à ordem dos carmelitas. Depois estendeu-se a uma espécie de “Irmandade Carmelitana”, à qual passavam a pertencer os que solicitassem ingresso, assumissem uma devoção especial a Maria, manifesta por determinados atos de piedade, recebessem o escapulário das mãos de um bispo ou sacerdote que havia recebido autorização para impô-lo, e tivessem seu nome oficialmente inscrito na irmandade, recebendo até, algumas vezes, um diploma de ‘Irmão Associado’. Depois foi estendido a todos os que, por devoção a Nossa Senhora do Carmo, e desejosos de viver sob sua proteção, adquiram um escapulário, a ser abençoado por qualquer sacerdote, e usado como um sacramental, sempre como forma de cultivar uma particular devoção a Maria, para dela receber graças especiais.

Dois privilágios
            Simão Stock pedia a Nossa Senhora manifestações de graças especiais para todos os Carmelitas, tanto para a perseverança e salvação eterna, quanto para a santificação dos membros da ordem. Maria atendeu. “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno".
            Primeiro privilégio: libertação da condenação do inferno. O escapulário é “penhor (que significa: garantia) de privilégio” alcançado por Nossa Senhora do Carmo, e estendido, agora, a todos os que lhe são devotos e portam o escapulário. A estes, a Virgem Mãe garante que estarão livres do castigo do inferno.
            Segundo privilégio: libertação do purgatório no primeiro sábado após a morte do devoto.
Este privilégio, baseado no sufrágio dos fiéis falecidos, garante que Nossa Senhora, com sua força de intercessão junto à Trindade santa, e pelo méritos de seu Filho, retirará do sofrimento do purgatório e levará para o céu já no primeiro sábado após a morte, o seu devoto que porta o escapulário em vida.

Significado espiritual do escapulário
            É de suprema importância compreender o significado espiritual do escapulário. Não pode ser visto ou usado como um amuleto que produza efeitos mágicos. Nosso Deus não é um mago. Nem Nossa Senhora do Carmo é uma pitonisa. Simão Stock é um exemplo para os devotos de nossa senhora do Carmo.
O essencial dessa espiritualidade do escapulário é uma profunda, esclarecida e perseverante devoção a nossa Senhora, mãe de Jesus. A devoção à Virgem Mãe do Carmelo deve estar fundamentada : 1º sobre uma fé consciente e profunda na pessoa de Jesus Cristo; 2º sobre uma aceitação feliz e agradecida dos ensinamentos do Divino Mestre; 3º sobre o viver uma vida cristã autêntica e com empenho de perfeição sempre maior; 4º sobre uma participação ativa na comunidade da Igreja; 5º sobre um cultivo constante do amor a Maria, por meio de atos de piedade mariana; e 6º sobre um amor generoso para com todos os irmãos de caminhada.
O escapulário usado com piedade é um meio de manter constantemente uma lembrança carinhosa de nossa Senhora, quer sob o título de Nossa Senhora do Carmo, ou sob outro título apreciado pelo devoto. Essa lembrança constante provocada pelo escapulário deve elevar, muitas vezes, o coração do devoto até a Virgem Maria, que está no Céu, quer homenageando-a com gestos de amor, com orações de louvor e gratidão, com preces fervorosas, ou com clamores de filhos necessitados de socorro.
Essa amizade com Nossa Senhora, cultivada carinhosa e criativamente por um devoto, crescerá progressivamente e conduzirá esse filho mariano a querer viver uma vida cristã sempre mais exemplar. Aliás, é esta a maior alegria que podemos dar a nossa Senhora: vivermos como apaixonados discípulos de Jesus Cristo. O discípulo de Jesus põe Deus em primeiro lugar, em sua vida, e põe o próximo como o irmão amado, para amá-lo como Jesus nos ama. Eis aí o resumo da Bíblia: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Jesus nos ama. Essa vida de amor a Deus e ao próximo é o que mais agrada a Maria, mãe de Jesus.
Os atos de culto a Nossa Senhora do Carmo, lembrados pelo amor a Maria e pelo escapulário são todos aqueles oferecidos ou aprovados pela Igreja e pela devoção mariana. O santo rosário, o oficio de Nossa Senhora, a ladainha da Virgem Maria, todas as orações marianas aprovadas pela autoridade da Igreja, as orações espontâneas criadas pelo amor fervoroso do coração amante da Mãe celeste, jaculatórias marianas.
A freqüência e participação fervorosas na Santa Missa e Santa Comunhão, a Confissão freqüente, os atos de ascese cristã como: o jejum, as abstinências, as mortificações dos sentidos, as penitências, as piedosas peregrinações em busca da graça divina, tudo isso é muito agradável e desejado por Nossa Senhora do Carmo.
O que vale não é simplesmente portar um escapulário, mas sim viver uma espiritualidade cristã e mariana, inspirada nele.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por nós!

15 de julho de 2013

AS VERDADES DA FÉ CATÓLICA

CREIO  NA  VIDA  ETERNA

Em nossa profissão de fé católica nós proclamamos que “cremos na vida eterna”. A notícia e a verdade da vida eterna é a grande novidade que nos foi confirmada e aprofundada por Jesus. Nós não fomos criados para acabar num cemitério ou num crematório. Fomos criados para, depois de um tempo de vida terrena, passarmos para uma outra vida, a vida eterna.
A certeza da vida eterna, que nos foi dada por Jesus, é uma realidade que pode, e deveria envolver toda a nossa vida.
Deus Pai criou o ser humano para fazê-lo participante de sua felicidade eterna. Se não tivesse havido o pecado original de Adão e Eva, nós viveríamos aqui na terra uma alegria e uma felicidade semelhantes ao Céu. Não haveria morte. Seríamos transformados para podermos viver uma vida eterna, junto de Deus.
Por causa do pecado, o Pai nos mandou o seu Filho, Salvador, para nos ensinar o caminho da vida terna feliz, para nos ensinar a viver na terra de forma a conquistarmos a vida eterna feliz. Jesus morreu para nos salvar para a vida eterna e ressuscitou para nos garantir uma futura ressurreição para a vida eterna feliz.
Todo o trabalho realizado pela Igreja de Jesus tem como finalidade conduzir-nos de tal modo em nossa vida de cada dia a ponto de merecermos a vida eterna feliz. Toda nossa vida cristã, toda nossa prática religiosa, tem como finalidade conquistar a vida eterna. Essa conquista é definitivamente muito importante, a ponto de Jesus dizer:”Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma”?(Mt. 16,26) Aqui na terra vivemos pouco tempo. A outra vida será eterna. Isto é, sem fim.
É Preciso lembrar que a vida eterna poderá ser feliz ou infeliz. Depende da forma como vivemos aqui. Se logo após a morte, no julgamento personalizado, formos aprovados por termos vivido uma vida honrada, digna, vivida na fé e na caridade, uma vida santa, receberemos a felicidade eterna no Céu. Se alguém é reprovado por causa de uma má vida, receberá uma a infelicidade eterna.
A vida eterna feliz é conquistada por uma vida de fé no Deus Uno e Trino. Iluminados por essa fé, acolhermos Jesus ressuscitado como Salvador Pessoal, Senhor de nossa vida, nosso Mestre, e acolhermos seus mandamentos, conselhos e ensinamentos, procurando vivê-los no normal de nossa vida, criando, assim, um estilo de vida, um modo de viver, segundo Jesus Cristo.
Todo empenho, todo esforço, toda luta, mas também toda alegria e felicidade de viver uma vida cristã autêntica, tem como finalidade conquistar a vida terna feliz. Como cristãos, vivemos em função da vida eterna. Nossa pátria definitiva é o Céu. É para lá que deve estar voltado o nosso olhar e o nosso coração.
A vida eterna feliz é vivida na presença e na comunhão com Deus. Essa presença e comunhão geram a felicidade plena, definitiva, a que chamamos de Céu. Ali encontraremos o Pai que nos criou, o Filho Jesus que nos salvou e o Espírito Santo que nos santificou. Ali encontraremos e conheceremos pessoalmente a Virgem Mãe de Jesus e nossa. Ali conheceremos todos os Santos e Santas. E teremos a alegria de conhecer pessoalmente aqueles Santos e Santas de quem somos devotos agora.
Na vida eterna, no Céu, encontraremos os nossos familiares que se salvaram: nossos pais, o marido, a esposa, os filhos, nossos avós e todos os familiares salvos. Ali viveremos com eles, não mais com as fraquezas humanas que nos dificultavam viver de forma melhor aqui, mas viveremos em plena harmonia e acolhida, em pleno amor. A vida de amor, ali, será perfeita, com todos.




14 de julho de 2013

AS VERDADES DA FÉ CATÓLICA

CREIO 
NA RESSURREIÇÃO DA  CARNE
Em nossa profissão de fé católica, nós proclamamos que cremos firmemente na “ressurreição da carne”. O termo “carne” significa “corpo humano”, o nosso corpo mortal. Essa verdade de fé diz que, depois de nossa morte, quando nossa alma tiver deixado o nosso corpo mortal e tiver voltado para Deus, o nosso corpo haverá de ressuscitar, para que ele também participe da glória eterna.
            A verdade sobre a ressurreição dos corpos foi sendo revelada, desde o Antigo Testamento. O povo da antiga aliança depositava sua fé e sua esperança na ressurreição dos mortos. Em Macabeus encontramos viva essa esperança. “O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma vida eterna, a nós que morremos por sua lei (2Mc 7,9) É desejável passar pela mão dos homens, tendo da parte de Deus a esperança de ser um dia ressuscitado por Ele” (2Mc 7,14)
            Os fariseus, a seita religiosa que existia antes de Jesus e no tempo de Jesus, professava firmemente a crença na ressurreição dos mortos.
            No Novo Testamento essa verdade aflora a cada momento, de forma particular nas cartas de São Paulo. A fé na ressurreição se baseia na fé em Deus, que não é “o Deus dos mortos, mas dos vivos.(Mc 12,27) Jesus liga a verdade da ressurreição à sua própria vida: “Eu sou a ressurreição e a vida”(Jo 11,25) É Jesus mesmo quem no último dia há de ressuscitar os que tiverem crido nele, e tiverem comido o seu corpo e bebido do seu sangue.(Jo 6, 54) A esperança crista da ressurreição está toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como Ele, com Ele e por Ele.
            Que é ressuscitar? Na morte que é separação da alma e do corpo, o corpo do ser humano cai na corrupção, ao passo que a alma vai ao encontro com Deus, ficando na espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus, na sua onipotência restituirá  definitivamente a vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-as às nossas almas, pela virtude da ressurreição de Jesus.(CIC 997)
            De que maneira? Jesus ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede minhas mãos e os meus pés: sou Eu!( Lc 24,39) Mas Ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma forma, nEle, todos ressuscitarão com o mesmo corpo que tem agora, porém este corpo será transfigurado em corpo de glória.(1Cor 15,44)  Este “como” ultrapassa a nossa imaginação e o nosso entendimento, sendo acessível somente pela fé.
            Quando ocorrerá essa ressurreição? No “último dia”(Jo 6, 39-40... no fim do mundo”(LG 48) Quando será esse “último dia”... esse fim do mundo? Definitivamente não o sabemos. “Quando o Senhor, ao sinal dado, à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina descer do céu, então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. (1Tes 4,16)
            “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, (O Espírito do Pai...) aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos (o Pai...) dará vida também aos vossos corpos mortais, mediante o Espírito que habita em vós. (Rm 8,11)
            Na ressurreição de Lázaro, ocorreu entre Marta e Jesus, este diálogo: Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido!  Mas sei também, agora, que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressurgirá. Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto? (Jo 11, 21-26)

            A nossa esperança de ressurreição repousa em Jesus ressuscitado.