31 de julho de 2013
4 CONSOLAR OS TRISTES
Uma
obra de misericórdia espiritual que podemos realizar muitas vezes é consolar os
tristes. São inúmeras, incontáveis, as causas das tristezas das pessoas. Desde
as tristezas mais profundas pela morte de uma mãe, de um pai, de uma esposa, de
um marido, de um filho, de um familiar ou amigo, até a tristeza de um
adultério, de uma traição no amor de noivo ou namorado, até as ingratidões e
decepções que pessoas em quem confiávamos, até todas as inúmeras causas emocionais
das depressões.
Esta
obra de misericórdia é sempre muito bem recebida pelas pessoas tristes. Mesmo
que sejam pessoas desconhecidas. Quem vai consolar deve sempre demonstrar a sua
boa vontade, o seu desejo de auxiliar. O triste deve perceber nas nossas
palavras o nosso desejo de solidariedade, de compreensão e de caridade. Para
consolar, jamais falar de exemplos de desgraças maiores ou piores, de
sofrimentos mais agudos. É preciso usar palavras animadoras que possam
confortar e consolar. Muitas vezes, em determinadas situação, nem são
necessárias palavras. Bastam gestos.
Se estivermos atentos, encontraremos
ao nosso lado muitas pessoas tristes, que tem a alma amargurada, decepcionada,
desiludida e deprimida. Como faz bem uma boa palavra nestas ocasiões. Não
percamos oportunidades de reanimar aqueles que, perto de nós, trazem um coração
entristecido.
Sendo
também essa uma obra de misericórdia, ela recebe a recompensa de Jesus que diz:
“Bem aventurados os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia”.
Por
serem muitas as oportunidades de encontrarmos pessoas tristes, façamos este bem
àqueles que sofrem em suas tristezas.
Oração
Divino
Espírito Santo, alegria de Deus, que comunicais o fruto da alegria aos corações
que de Vós se aproximam, dai-me palavras inspiradas pela Vossa sabedoria para
que eu possa consolar aqueles corações que carregam a grossa sombra da tristeza
e da dor no coração. Ensinai-me a consolar os tristes. Ensinai-me a reerguer os
abatidos pelas ingratidões e injustiças sofridas. Que eu aproveite toda ocasião
para consolar e reanimar os corações entristecidos.
Amém.
30 de julho de 2013
OBRAS DE MISERICÓRDIA
3 CORRIGIR OS QUE ERRAM
Uma
obra de misericórdia espiritual, sem dúvida importante, mas delicada e, às
vezes, difícil e espinhosa é corrigir os que erram. Quem nunca errou? Quem está
isento de errar? Quanto menos conseguirmos errar, tanto melhor.
Nem sempre gostamos de ser corrigidos. O orgulho presente em todo
coração humano é a causa de não gostarmos de ser corrigidos, e é, também, a
causa de que os outros não gostem de ser corrigidos por nós. Às vezes, a
omissão diante de uma correção a fazer pode levar alguém a cometer erros graves
que comprometem a sua vida ou a de outros.
Essa correção, que é obra de
misericórdia espiritual, deve sempre ser feita com o objetivo de auxiliar a
pessoa, de tirá-la de um mau caminho, de hábitos errados, de vícios, enfim,
daquilo que a pessoa está fazendo, desejando, pensando ou falando que não seja
bom para ela e, eventualmente, para os demais.
Essa correção sempre deve ser feita
na hora certa, com as palavras corretas, com sentimentos de bem querer, de modo
que a pessoa corrigida percebe o bem que lhe queremos.
Corrigir os que erram, com amor e
com vontade de ajudá-los, é uma excelente obra de bondade e de caridade.
Quantos erros são evitados graças a essas correções. Sendo uma obra de
misericórdia, também essa alcança a promessa de Jesus que disse: “Bem aventurados os misericordiosos porque
alcançarão misericórdia”. Não nos omitamos de corrigir quando se trata de
ajudar alguma pessoa. Mesmo que seja espinhoso.
Oração
Divino Espírito Santo, que sois a
luz iluminadora nas trevas do mundo e nos caminhos obscuros do ser humano, Vós
que quereis que todos os seres humanos andem pelos vossos caminhos de luz, de
bem, de verdade, de justiça e de amor, dai-me palavras acertadas e cheias de
sabedoria para aconselhar àqueles que estão à minha volta, quando precisarem de
uma boa palavra para abandonarem o erro, o falso, o injusto, e aquilo que é mau,
a fim de que voltem ao bom caminhos, a uma vida mais virtuosa e justa. Ensinai-me
a corrigir os que erram. Amém.
29 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
2 ENSINAR OS IGNORANTES
O
termo “ignorante” significa, aqui, a pessoa que tem falta de conhecimento. Em
se tratando da obra de misericórdia, a ignorância se refere principalmente ao
desconhecimento daquilo que a pessoa precisaria saber para viver bem, para
fazer o bem, para se relacionar bem com Deus, com a família e com todas as
pessoas.
Por
falta de conhecimento das verdades de fé e de religião, alguém não se
relaciona, não respeita, não cultua a Deus, e até pode ofendê-lo pelas ações
contra os mandamentos divinos. Levar alguém a conhecer a Deus, a sentir-se
amado por Ele, a amá-Lo, a adorá-lo e cultuá-lo é uma obra de valor
inestimável. O conhecimento mais importante para uma pessoa humana é conhecer,
amar, se deixar amar, cultuar e servir a Deus por uma vida santa.
Muitas
vezes, as crises de casais e de famílias se originam pela falta de
conhecimentos sérios e sadios a respeito dos comportamentos que devem orientar
os cônjuges na sua vida matrimonial. Ensiná-los, orientá-los, aconselhá-los é
ajudá-los a viverem melhor a vida conjugal, familiar, bem como a serem mais
felizes.
Cabe
também dentro do sentido dessa obra de misericórdia espiritual, ensinar alguém
gratuitamente a exercer uma profissão, a fim de que o ensinado possa trabalhar
e ganhar o pão com “o suor de seu rosto”.
Por
ser obra de misericórdia, realizada com esse espírito de caridade, também esta
recebe a promessa de Jesus: “Bem
aventurados os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”. Alcançar
misericórdia de Deus é uma recompensa preciosa. Animemo-nos a ensinar algo a
alguma pessoa ignorante.
Oração:
Divino
Espírito Santo, Deus de infinita sabedoria, iluminai-me com o Dom da Sabedoria
para que eu saiba ensinar o caminho do amor a Deus, à família e ao próximo,
àqueles que por ignorância acabam agindo mal e vivendo mal.
Dai-me
a coragem e a alegria de saber ensinar aquelas pessoas que, por falta de uma
formação melhor, ignoram a Deus, ignoram seus mandamentos e ensinamentos, como
também àqueles que por ignorância não vivem bem sua vida matrimonial, familiar
e social. Ensinai-me a ensinar. Amém.
27 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
1 DAR BONS CONSELHOS
Todos
nós vivemos a nossa vida em meio a este mundo, e participando da sociedade que
vive em nosso ambiente de vida. Encontramos sempre muitas pessoas de bem, que
vivem bem, que fazem o bem, que contribuem para o bem da sociedade e das
comunidades. Infelizmente encontramos, também, pessoas que vivem mal e fazem o
mal aos seus semelhantes. As vezes o mal é “justificado” como se fosse um bem,
e enganadas, as pessoas acabam realizando o mal como se fosse um bem
Muitas
vezes, muitas pessoas, se encontram diante de uma encruzilhada e não sabem para
onde ir, como pensar, o que fazer. Precisam de alguém com sabedoria para
ajudá-las a encontrar o caminho correto.
Aqui
entra esta obra de misericórdia espiritual: dar bons conselhos. Dar bons
conselhos é ajudar as pessoas a escolherem o bem, o verdadeiro e o justo, a
pensarem corretamente para se decidirem por caminhos bons, a agirem de forma
correta e boa.
Bons
conselhos podem ser dados ao cônjuge, aos filhos, aos pais, aos familiares, aos
namorados, aos amigos, a pessoas que se sentem desorientados em situações
difíceis de suas vidas, enfim, a qualquer pessoa que esteja necessitada de
optar pelo verdadeiro, pelo justo, pelo bom.
É
enorme o bem que podemos fazer por meio desta obra de caridade: dar bons
conselhos. Mas às vezes é preciso ter coragem de fazê-lo. Mais. Às vezes é
obrigação fazê-lo.
Sendo
o aconselhar uma obra de misericórdia, ela tem a seu favor a promessa de Jesus:
“Bem aventurados os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor, pode ser uma
animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia espiritual.
Oração:
Divino
Espírito Santo, conselheiro e mestre de nossas vidas, doador do Dom do
Conselho, eu Vos peço que em meu caminhar sempre me ilumineis e me favoreçais a
fim de que eu saiba escolher o que é bom, justo, correto e verdadeiro. Dai-me o
Dom do Conselho para que eu saiba aconselhar as pessoas necessitadas de
orientações em suas encruzilhadas. Que eu não omita dizer palavras de bem que
possam ajudar as pessoas em suas escolhas para o bem. Amém.
26 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
7.
ENTERRAR OS MORTOS
Esta obra de misericórdia consiste em favorecer e participar do
sepultamento dos mortos. Em se tratando do sepultamento de pessoas da família,
de pessoas amigas ou conhecidas, costumamos participar de sepultamentos, como
que por uma obrigação de verdadeiro amor. Por si só essa participação já é uma
obra de misericórdia. Melhor ainda quando imprimimos à essa ação, um sentido
cristão, com espírito eivado de convicção na vida eterna.
Alguém poderá realizar esta obra de misericórdia, de modo mais perfeito,
indo participar de um sepultamento de quem é desconhecido, também para
confortar os aflitos pela perda do ente querido. É sempre um tempo de
sofrimentos a morte de um ente querido. Mesmo sendo desconhecido, essa presença
que se manifeste por declarações de pêsames, por palavras de conforto, sempre
faz muito bem aos enlutados.
Esta atitude de participar do enterro é uma obra de misericórdia, E para
esses, Jesus disse: “Bem aventurados os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia” Essa promessa do Senhor,
pode ser uma animação para que pratiquemos também essa obra de misericórdia.
Oração:
Senhor Jesus, aceitastes passar
pela experiência pessoal da morte. Em vida, estivestes junto de Lázaro, morto
há quatro dias, estivestes na casa de ... onde Tabita estava morta, e
encontrastes o Filho da viúva de Naím que estava sendo levado ao cemitério, e
Vós ressuscitastes aos três. Vossa ação
ilumina o nosso coração sobre a vida que existe após a morte. Dai-me, Senhor,
um coração solidário para com aqueles que sofrem com a morte de entes queridos.
Que eu saiba confortá-los com as verdades de nossa fé. Amém.
25 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
6. VISITAR OS PRESOS
Esta
obra de misericórdia consiste em visitar os aprisionados em cadeias e prisões,
com a finalidade de levar-lhes conforto, ânimo, coragem, bons conselhos e
momentos de bem estar. Pode-se aproveitar essas visitas para evangelizá-los a
respeito do amor que Jesus tem para com eles, do valor que eles tem como
pessoas, e de um futuro melhor, após a pena. Pode-se aproveitar para levar-lhes
boas leituras, principalmente um livro do Novo Testamento.
Nem
sempre é fácil ou cômodo realizar essa obra de misericórdia. Mas há pessoas que
possuem um dom para isto e fazem muito bem aos presos.
Também
esta é uma importante obra de misericórdia que, por certo, para quem a faz, alcança
a misericórdia divina. Também esta obra merece as palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque eu estava preso e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que tu estavas preso e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade
eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração.
Senhor Jesus, Vós provastes os
sofrimento da prisão e das torturas que Vos foram impostas, na ocasião de Vossa
Paixão e Condenação. São tantos, Senhor, os presos que se encontram em nossas
prisões, quase sempre superlotadas, vivendo uma vida muitas vezes tão desumana
e sofrida. Admiro, Senhor, aquelas pessoas que vão às prisões para visitar os
presos e levar-lhes algum conforto e animação.
Concedei-me, Senhor, que alguma vez eu experimente a gratificação de
visitar os presos. E abençoai aqueles pessoas que possuem esse dom e realizam
essa obra de misericórdia. Amém.
24 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
5. ASSISTIR AOS ENFERMOS
Esta obra de misericórdia consiste
em dar todo o atendimento que seja necessário a algum enfermo. seja ele pessoa da
própria família, seja de alguma família conhecida ou até uma pessoa desconhecida.
Esta assistência se refere desde os
atendimentos essenciais como vestuário, alimentação, bebida, medicação, ou internação
em hospital, bem como visitas caritativas para dar ânimo e conforto material ou
psicológico e espiritual ao enfermo.
Em se tratando de familiares
enfermos, os próprios laços de sangue levam as pessoas a cuidar da melhor forma
possível os seus enfermos. Este cuidado faz parte da justiça, do amor familiar
e da obrigação humana. Nestes casos, para que esta assistência seja reconhecida
como obra de misericórdia é necessário que o coração se revista de um espírito
de caridade que, aliás, torna ainda mais cuidadosa toda a atenção para com o
enfermo.
Pratica esta obra de misericórdia
também quem se propõe a fazer visitas a pessoas enfermos que estão em suas
casas ou em hospitais. Encontramos pessoas que realizam essas visitas com a
finalidade de animar, encorajar, confortar pessoas enfermos.
Este cuidado caridoso ao enfermo também merece a recompensa da
misericórdia divina, bem como a aprovação das palavras de Jesus que diz: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque eu era enfermo e vós me visitastes. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que tu estavas enfermo e nós te visitamos? ... Responderá o Rei: - Em verdade
eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e SS)
Oração:
Senhor Jesus, vivo,
ressuscitado, concedei-me pelo Espírito Santo um coração sensível diante das
doenças e enfermidades dos irmãos. Vós visitastes e curastes a tantos. Aliás,
continuais a visitar e a curar a muitos também em nossos dias. Diante da doença
e enfermidade dos irmãos, que eu me sinta compungido e solidário, procurando
visitar, socorrer e encorajar aqueles enfermos que estão mais abandonados e
necessitados. Nem sempre é cômodo realizar essa obra, mas com a graça do
Espírito Santo, poderei praticar essa obra de misericórdia. Amém.
22 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
DAR POUSADA
AOS PEREGRINOS.
Esta obra de misericórdia consiste em dar pousada para peregrinos, para
viandantes, que não tem como e onde se abrigar para passar as suas noites. Nos
tempos antigos esta era uma necessidade para não poucas pessoas, principalmente
quando a migração das pessoas ocorria para encontrar lugar de se estabelecer e de
encontrar trabalho. Hoje, esta obra de acolher pessoas peregrinas na própria
casa é algo mais difícil, a não ser nas vilas do interior, onde a simplicidade
das pessoas favorece esta acolhida.
Uma forma de praticar
essa obra é encaminhar tais viandantes para albergues mantidos pela Igreja, ou
por associações da sociedade civil ou por organizações governamentais. De todo
modo, se aparecer uma oportunidade de acomodar algum peregrino, e alguém o
fizer com espírito de caridade, estará praticando essa obra de misericórdia, e
com isso estará alcançando misericórdia e, ao mesmo tempo, estará dentro do
alcance das palavras de Jesus que diz: “O
Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque eu era peregrino
e vós me acolhestes. Perguntar-lhe-ão os
justos: - Senhor, quando foi que tu eras peregrino e nós de acolhemos? ...
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto
a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25,
34 e SS)
Oração
Senhor Jesus, nos três anos que
vivestes em nosso meio fisicamente, muitas vezes fostes peregrino e
necessitastes de que alguém Vos acolhesse. Lembro Lázaro, Marta e Maria, de
Betânea, que Vos acolheram não poucas vezes. Aliás, Vós os gratificastes com a
ressurreição de Lázaro. Dai-me, Senhor, um coração compassivo, para que quando
surgir a necessidade de hospedar alguém, que eu não mantenha alheio e
acomodado, mas faça o que estiver ao meu alcance para que o peregrino, o
viandante, tenha onde passar a noite.
20 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
3
VESTIR
OS NÚS
Andar vestido confortável e
dignamente também é uma necessidade de todo ser humano, quer quando alguém se
encontra em seu lar, e mais ainda quando precisa estar em sociedade. Um
vestuário digno de um ser humano faz parte até para que haja um bem estar psicológico.
Esta obra de misericórdia pode ser realizada pela oferta de roupas que
sejam úteis a uma família pobre e necessitada dessa ajuda. Oferta essa, levada
diretamente para uma determinada família, ou entregue a uma obra de caridade
que oferece essa assistência. Quase sempre podemos doar roupas que já foram usadas, mas estão em bom estado e podem ser bem aproveitadas.
No armário de muitas famílias há uma quantidade de roupas guardadas que já não
são utilizadas. Muitas vezes a roupas que estão sobrando em nosso armário são
aquelas que falta para muitos pobres.
Evidentemente que, uma pessoa que quer realizar essa obra de “vestir os
nus”, pode ocasionalmente adquirir roupas novas em uma loja popular, quando há
promoções, ou adquiri-las num brechó, e destiná-las a uma determinada família.
Se um coração generoso se despertar para essa possibilidade e empenhar uma parcela de seu dinheiro para
essa obra de misericórdia, entrará no grupo daquelas pessoas a quem Jesus lhes
diz: “O Rei dirá aos que estão à direita:
- Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde
a criação do mundo, porque estava nu e me vestistes... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos nu e te vestimos?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro:
todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a
mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor Jesus, diante da
necessidade de roupas por que passam muitas pessoas e muitas famílias, dai-me a
sensibilidade de coração a fim de que eu saiba fazer alguma coisa para vestir
as pessoas carentes, cujos corpos são templos do Espírito Santo e merecem ser
vestidos com dignidade. Diante das roupas em excesso no meu armário, as quais
já não são usadas, dai-me coragem e generosidade para doá-las. Até mesmo que eu
tome iniciativas de, por vezes, adquirir roupas novas ou semi-novas, para
doá-las a famílias necessitadas. A vossa promessa que li há pouco, seja um
estímulo para que eu pratique essa boa obra.
19 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
2.
DAR DE BEBER
A QUEM TEM SEDE
A sede é um grito do organismo físico necessitado de líquido. A falta
desse líquido pode se tornar uma necessidade premente, em dado momento mais
intensa do que a fome. A falta de líquido tortura o corpo e constrange o
psíquico. Como a fome, a necessidade de líquido é uma urgência diária e
premente.
Esta obra de misericórdia pode ser praticada de forma imediata, quando
alguém solicita um copo de água. Ou pode ser também praticada de forma mais
generosa, doando água, por exemplo, a uma família pobre que não possui água
encanada, e que não pode comprar água de boa qualidade para consumo. Alguém
poderia doar um galão de 20 litros por semana para uma família pobre. Para
evitar algum trabalho a mais, poderia autorizar um vendedor de água a fornecer
um galão por semana a uma determinada família, pagando-se oportunamente o
custo.
Melhor ainda quando alguém pode agir socialmente conseguindo água
encanada para uma determinada rua de favela, ou de bairro desprovido da mesma.
Também aqui valem
as palavras do próprio Jesus que se identificou com os sedentos, quando disse: “O Rei dirá aos que estão à direita: -
Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a
criação do mundo, porque tive sede e me destes de beber... Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos com sede e te demos de beber?,... Responderá o Rei: - Em
verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e
ss)
Oração:
Senhor Jesus, sensibilizai meu coração diante dos irmãos que sofrem pela
falta de água para o consumo diário necessário. Se sofrer de fome é uma
tortura, sofrimento igual, às vezes maior, é não possuir água para um momento
de sede, ou para o uso doméstico diário. Senhor, percebo que posso fazer algo
para levar água às pessoas e às famílias que carecem desse elemento tão vital e
importante. Ainda mais que Vós considerais como dada a Vós a água que damos a
quem dela necessite. Amém.
18 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
1.
DAR DE COMER
A QUEM TEM FOME
A fome é um sofrimento que oprime
uma pessoa, tanto no seu físico como no seu psíquico. Costuma-se dizer que “a
fome não espera pelo depois”. O alimento é uma necessidade diária. A fome é uma
manifestação igualmente diária. Passar fome por um dia já é um sofrimento.
Passar fome todos os dias é uma tortura física e psicológica que abate
profundamente o faminto. Pior é que há muitos milhões de pessoas que sofrem de
fome a vida toda. Muitos morrem de fome.
Essa obra de misericórdia pode ser facilmente praticada, pois os pobres
e famintos estão por toda parte. Satisfazer de imediato a um pedinte de comida
já é uma obra de caridade generosa e meritória. Providenciar alimento duradouro
para uma família pobre, por meio de oferta mais abundante, por meio de cesta básica,
é obra maior. Trabalhar numa obra social paroquial, ou numa associação
beneficente, que atende às necessidades imediatas dos pobres, e organiza uma
estrutura de assistência duradoura, é outra forma de praticar esta obra, desde
que haja o espírito de misericórdia e caridade.
Se as donas de casa de classe média e rica descobrissem essa bênção, e
quando fossem fazer a compra da semana ou do mês se lembrassem de adquirir uma
parte a mais para “alimentar” os famintos que estão ao seu alcance, ou para
encaminhar tais alimentos para uma entidade que presta essas assistência,
quantas bênçãos receberiam para suas vidas e suas famílias.
Não se pode esquecer
o que Jesus falou sobre isso. Ele disse que, no fim do mundo, acontecerá
que “O
Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do
Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me
destes de comer... ; Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te
vimos com fome e te demos de comer?,... Responderá o Rei: - Em verdade eu vos
declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes.(Mt 25, 34 e ss)
Oração:
Senhor
Jesus, dai-me um coração sensível e generoso para com os irmãos que passam
fome, que sofrem por causa da fome. Como é doloroso e deprimente estar com
fome, e não ter o que comer, e não ter a quem recorrer para receber algum
alimento que possa sedar a fome. Diante dessa realidade tão dolorosa, dai-me um
coração generoso para que, mais do que até agora, eu me decida a realizar essa
obra de misericórdia. Tanto mais que considerais como dado a Vós o alimento que
damos aos famintos. Amém.
17 de julho de 2013
AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
OBRAS DE
MISEIRCÓRDIA
Introdução
As obras de misericórdia são ações
concretas realizadas em favor dos irmãos necessitados, feitas com espírito de
caridade e de bondade. Tais obras nascem de um coração generoso, impulsionado
pelo desejo de fazer aquela boa obra de forma gratuita e humilde.
O destinatário dessas obras é
qualquer pessoa que tenha aquela necessidade particular, à qual podemos
socorrer de alguma forma. Não importa quem seja a pessoa. Importa que ela seja
necessitada e que nós estejamos atentos para socorrer com um espírito de
caridade.
O mérito espiritual dessas obras
está no espírito de caridade generoso e gratuito. Podemos aplicar aqui as
palavras de Jesus, quando se refere à esmola: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua
mão direita”. Portanto, essas 14 obras de misericórdia devem ser realizadas
com plena gratuidade, sem buscar qualquer recompensa, elogio ou aplauso.
São chamadas “obras de misericórdia”
porque elas devem nascer de um coração revestido de um espírito misericordioso.
A palavra misericórdia nasce de “miséria e coração”. A misericórdia é o
espírito e a atitude de um coração que se debruça sobre a miséria alheia, com a
finalidade de tirá-lo da mesma. Por miséria podemos entender toda necessidade
de libertação, de ajuda, de cura, de salvação, na qual está envolvida uma
pessoa. Principalmente todo pecado.
A recompensa para quem age com misericórdia, para quem pratica essas obras
de misericórdia é determinada pelo próprio Jesus, quando afirmou: “Felizes os
misericordiosos porque alcançarão misericórdia”(Mt 5, 7) O que de mais precioso
se poderia receber como recompensa, do que alcançar misericórdia divina em
nossa condição de pecadores? Precisamos durante a vida toda da misericórdia
divina, pois pela vida toda incidimos em pecados.
Porque são obras de misericórdia, e
porque quem as pratica alcança misericórdia, podemos afirmar que por meio delas
podemos alcançar: 1. o perdão de nossos pecados veniais, 2. podemos alcançar o
perdão das penas temporais devidas pelos nossos pecados, penas essas que
deveríamos pagar no purgatório, 3. podemos aplicar essas obras em sufrágio das
almas do purgatório.
As obras de misericórdia são
divididas em “corporais” e “espirituais”. São corporais aquelas que se destinam
a necessidades corporais, e são espirituais aquelas que se destinam à alma, ao
espírito das pessoas.
SETE
OBRAS DE MISERICÓIRDIA CORPORAIS
1 Dar de comer a quem tem fome 2
Dar de beber a quem tem sede 3 Vestir os
nus 4 Dar pousada aos peregrinos 5 Assistir aos enfermos 6 Visitar os presos 7. Enterrar os mortos.
SETE
OBRAS DE MISERICÓRDIA ESPIRITUAIS
.1 Dar bons conselhos 2 Ensinar os ignorantes 3 Corrigir os que
erram 4 Consolar os tristes 5 Perdoar as injurias 6. Sofrer com paciência as fraquezas do
próximo 7 Rogar a Deus pelos
vivos e mortos.
16 de julho de 2013
NOSSA SENHORA DO CARMO
Nossa Senhora do
Carmo
Muitos nomes, muitos títulos, muitas
imagens e quadros diferentes, muitas medalhas e muitas devoções para uma só
mulher: Maria de Nazaré, a Virgem Mãe de Jesus Cristo, nosso Salvador e Mestre.
Nossa Senhora Aparecida, Nossa
Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa
Senhora do Carmo, Rainha da Paz, Imaculada Conceição, Nossa Senhora da Glória,
Nossa Senhora da medalha milagrosa, e centenas de outros títulos e nomes dados
à Virgem Maria, filha predileta do Pai, mãe carinhosa do Filho, esposa mística e
fecunda do Espírito Santo, mãe da Igreja, nossa dileta mãe celeste, e rainha de
nossos corações.
Trazemos, ao caro leitor,
considerações e louvores à Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora do Carmo.
O monte Carmelo
O termo ‘Carmo’ originou-se do nome de um pequeno
monte situado ao norte de Israel, chamado monte Carmelo. Este monte aparece na
Bíblia, no A.T., de modo particular ligado ao profeta Elias, que ali habitou
por algum tempo e onde desempenhou sua missão profética.
No século XII, um homem da Calábria,
de nome Bertoldo, retirou-se com alguns companheiros para esse monte, onde se
estabeleceu e consolidou na vida monástica um grupo de monges. Eles cultivavam e difundiam uma especial devoção a
Nossa Senhora. Por habitarem ali, os monges receberam o nome de ‘Carmelitas”, e
a Virgem Maria passou a receber ali o título de Nossa Senhora do monte Carmelo,
ou Nossa Senhora do Carmo.
Em 1209, uma regra monástica muito
rigorosa a ser vivida por esses monges carmelitas foi aprovada por Dom Alberto,
patriarca de Jerusalém,. Mais tarde, essa regra de vida foi aprovada pelo Papa
Honório III. Eis ali a origem das ordens dos e das carmelitas.
O escapulário
Simão Stock levava uma vida de
eremita já há vinte anos. Ao conhecer o rigor da regra e a espiritualidade
carmelita, entrou nessa ordem, e avantajou-se entre os irmãos, chegando a ser
eleito superior geral, em 1245.
Devotíssimo da Virgem e zeloso pela
salvação e santificação dos seus co-irmãos monges, solicitava com insistência
que Maria lhes alcançasse de Jesus graças especiais. Certo dia, Ela lhe
apareceu, portando em seus braços um hábito religioso, entregando-o e
dizendo-lhe: “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de
privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo.
Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno". O desejo de Sião foi realizado sobremodo.
O nome ‘escapulário’ foi dado àquele
hábito religioso da ordem do Carmo pela própria Virgem Santa. Esse nome aliás,
é tirado da palavra latina ‘scápula’, que se traduz por ‘ombro’. De fato, o hábito
religioso é sustentado pelos ombros e desce para cobrir todo o corpo. Donde o nome
escapulário.
Essa veste deve simbolizar, sempre,
uma profunda devoção e confiança em Nossa Senhora por parte da pessoa que o usa.
Assim como o escapulário original – o hábito - envolve todo o corpo da pessoa,
assim a proteção e a intercessão de Maria envolvem todo o ser do devoto.
De acordo com as palavras de Nossa
Senhora a Simão Stock, lidas acima, o escapulário se restringia à ordem
carmelita. Com o correr de muitos anos, tanto o escapulário como peça de roupa
e objeto, como também as exigências espirituais para poder usá-lo, foram se
alterando. No início era um hábito completo de monge. Depois passou a ser uma
longa estola, larga como os ombros da pessoa, que caia para frente e para trás,
da altura da pessoa, e usada sobre o hábito religioso. Em nossos dias se
restringe a duas medalhas feitas de pano ou de metais, uma do Coração de Jesus
e outra de Nossa Senhora do Carmo, unidas por duas cordas ou correntes que
permitem que o Coração de Jesus fique sobre o peito da pessoa, e Nossa Senhora
sobre as costas. Aliás, até há escapulários feitos por uma única medalha, tendo
o Coração de Jesus de um lado e Nossa Senhora do Carmo no verso. Essas mudanças
não alteram substancialmente o escapulário. Elas se adaptaram aos tempos e aos
costumes dos povos.
Quanto às condições de uso do
escapulário, houve uma transição profunda. De inicio, segundo as palavras de
Nossa Senhora: “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem”, se destinada à ordem
dos carmelitas. Depois estendeu-se a uma espécie de “Irmandade Carmelitana”, à
qual passavam a pertencer os que solicitassem ingresso, assumissem uma devoção
especial a Maria, manifesta por determinados atos de piedade, recebessem o
escapulário das mãos de um bispo ou sacerdote que havia recebido autorização para
impô-lo, e tivessem seu nome oficialmente inscrito na irmandade, recebendo até,
algumas vezes, um diploma de ‘Irmão Associado’. Depois foi estendido a todos os
que, por devoção a Nossa Senhora do Carmo, e desejosos de viver sob sua proteção,
adquiram um escapulário, a ser abençoado por qualquer sacerdote, e usado como
um sacramental, sempre como forma de cultivar uma particular devoção a Maria,
para dela receber graças especiais.
Dois privilágios
Simão Stock pedia a Nossa Senhora
manifestações de graças especiais para todos os Carmelitas, tanto para a
perseverança e salvação eterna, quanto para a santificação dos membros da ordem.
Maria atendeu. “Meu dileto filho, eis o
escapulário, que será o distintivo de minha Ordem. Aceita-o como um penhor de
privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo.
Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do
inferno".
Primeiro privilégio: libertação da
condenação do inferno. O escapulário é “penhor
(que significa: garantia) de privilégio” alcançado
por Nossa Senhora do Carmo, e estendido, agora, a todos os que lhe são devotos
e portam o escapulário. A estes, a Virgem Mãe garante que estarão livres do
castigo do inferno.
Segundo privilégio: libertação do purgatório
no primeiro sábado após a morte do devoto.
Este
privilégio, baseado no sufrágio dos fiéis falecidos, garante que Nossa Senhora,
com sua força de intercessão junto à Trindade santa, e pelo méritos de seu
Filho, retirará do sofrimento do purgatório e levará para o céu já no primeiro
sábado após a morte, o seu devoto que porta o escapulário em vida.
Significado espiritual do
escapulário
É de suprema importância compreender
o significado espiritual do escapulário. Não pode ser visto ou usado como um
amuleto que produza efeitos mágicos. Nosso Deus não é um mago. Nem Nossa
Senhora do Carmo é uma pitonisa. Simão Stock é um exemplo para os devotos de
nossa senhora do Carmo.
O essencial dessa espiritualidade
do escapulário é uma profunda, esclarecida e perseverante devoção a nossa
Senhora, mãe de Jesus. A devoção à Virgem Mãe do Carmelo deve estar fundamentada
: 1º sobre uma fé consciente e profunda na pessoa de Jesus Cristo; 2º sobre uma
aceitação feliz e agradecida dos ensinamentos do Divino Mestre; 3º sobre o
viver uma vida cristã autêntica e com empenho de perfeição sempre maior; 4º
sobre uma participação ativa na comunidade da Igreja; 5º sobre um cultivo
constante do amor a Maria, por meio de atos de piedade mariana; e 6º sobre um
amor generoso para com todos os irmãos de caminhada.
O escapulário usado com piedade é
um meio de manter constantemente uma lembrança carinhosa de nossa Senhora, quer
sob o título de Nossa Senhora do Carmo, ou sob outro título apreciado pelo
devoto. Essa lembrança constante provocada pelo escapulário deve elevar, muitas
vezes, o coração do devoto até a Virgem Maria, que está no Céu, quer
homenageando-a com gestos de amor, com orações de louvor e gratidão, com preces
fervorosas, ou com clamores de filhos necessitados de socorro.
Essa amizade com Nossa Senhora,
cultivada carinhosa e criativamente por um devoto, crescerá progressivamente e
conduzirá esse filho mariano a querer viver uma vida cristã sempre mais exemplar.
Aliás, é esta a maior alegria que podemos dar a nossa Senhora: vivermos como apaixonados
discípulos de Jesus Cristo. O discípulo de Jesus põe Deus em primeiro lugar, em
sua vida, e põe o próximo como o irmão amado, para amá-lo como Jesus nos ama.
Eis aí o resumo da Bíblia: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
Jesus nos ama. Essa vida de amor a Deus e ao próximo é o que mais agrada a Maria,
mãe de Jesus.
Os atos de culto a Nossa Senhora
do Carmo, lembrados pelo amor a Maria e pelo escapulário são todos aqueles
oferecidos ou aprovados pela Igreja e pela devoção mariana. O santo rosário, o
oficio de Nossa Senhora, a ladainha da Virgem Maria, todas as orações marianas
aprovadas pela autoridade da Igreja, as orações espontâneas criadas pelo amor
fervoroso do coração amante da Mãe celeste, jaculatórias marianas.
A freqüência e participação
fervorosas na Santa Missa e Santa Comunhão, a Confissão freqüente, os atos de
ascese cristã como: o jejum, as abstinências, as mortificações dos sentidos, as
penitências, as piedosas peregrinações em busca da graça divina, tudo isso é
muito agradável e desejado por Nossa Senhora do Carmo.
O que vale não é simplesmente
portar um escapulário, mas sim viver uma espiritualidade cristã e mariana, inspirada
nele.
Nossa Senhora do Carmo, Rogai por
nós!
15 de julho de 2013
AS VERDADES DA FÉ CATÓLICA
CREIO NA
VIDA ETERNA
Em
nossa profissão de fé católica nós proclamamos que “cremos na vida eterna”. A
notícia e a verdade da vida eterna é a grande novidade que nos foi confirmada e
aprofundada por Jesus. Nós não fomos criados para acabar num cemitério ou num
crematório. Fomos criados para, depois de um tempo de vida terrena, passarmos
para uma outra vida, a vida eterna.
A
certeza da vida eterna, que nos foi dada por Jesus, é uma realidade que pode, e
deveria envolver toda a nossa vida.
Deus
Pai criou o ser humano para fazê-lo participante de sua felicidade eterna. Se
não tivesse havido o pecado original de Adão e Eva, nós viveríamos aqui na
terra uma alegria e uma felicidade semelhantes ao Céu. Não haveria morte.
Seríamos transformados para podermos viver uma vida eterna, junto de Deus.
Por
causa do pecado, o Pai nos mandou o seu Filho, Salvador, para nos ensinar o
caminho da vida terna feliz, para nos ensinar a viver na terra de forma a
conquistarmos a vida eterna feliz. Jesus morreu para nos salvar para a vida
eterna e ressuscitou para nos garantir uma futura ressurreição para a vida
eterna feliz.
Todo
o trabalho realizado pela Igreja de Jesus tem como finalidade conduzir-nos de
tal modo em nossa vida de cada dia a ponto de merecermos a vida eterna feliz.
Toda nossa vida cristã, toda nossa prática religiosa, tem como finalidade
conquistar a vida eterna. Essa conquista é definitivamente muito importante, a
ponto de Jesus dizer:”Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua
alma”?(Mt. 16,26) Aqui na terra vivemos pouco tempo. A outra vida será eterna.
Isto é, sem fim.
É
Preciso lembrar que a vida eterna poderá ser feliz ou infeliz. Depende da forma
como vivemos aqui. Se logo após a morte, no julgamento personalizado, formos
aprovados por termos vivido uma vida honrada, digna, vivida na fé e na
caridade, uma vida santa, receberemos a felicidade eterna no Céu. Se alguém é
reprovado por causa de uma má vida, receberá uma a infelicidade eterna.
A
vida eterna feliz é conquistada por uma vida de fé no Deus Uno e Trino.
Iluminados por essa fé, acolhermos Jesus ressuscitado como Salvador Pessoal, Senhor
de nossa vida, nosso Mestre, e acolhermos seus mandamentos, conselhos e
ensinamentos, procurando vivê-los no normal de nossa vida, criando, assim, um
estilo de vida, um modo de viver, segundo Jesus Cristo.
Todo
empenho, todo esforço, toda luta, mas também toda alegria e felicidade de viver
uma vida cristã autêntica, tem como finalidade conquistar a vida terna feliz.
Como cristãos, vivemos em função da vida eterna. Nossa pátria definitiva é o
Céu. É para lá que deve estar voltado o nosso olhar e o nosso coração.
A
vida eterna feliz é vivida na presença e na comunhão com Deus. Essa presença e
comunhão geram a felicidade plena, definitiva, a que chamamos de Céu. Ali
encontraremos o Pai que nos criou, o Filho Jesus que nos salvou e o Espírito
Santo que nos santificou. Ali encontraremos e conheceremos pessoalmente a
Virgem Mãe de Jesus e nossa. Ali conheceremos todos os Santos e Santas. E
teremos a alegria de conhecer pessoalmente aqueles Santos e Santas de quem
somos devotos agora.
Na
vida eterna, no Céu, encontraremos os nossos familiares que se salvaram: nossos
pais, o marido, a esposa, os filhos, nossos avós e todos os familiares salvos.
Ali viveremos com eles, não mais com as fraquezas humanas que nos dificultavam
viver de forma melhor aqui, mas viveremos em plena harmonia e acolhida, em
pleno amor. A vida de amor, ali, será perfeita, com todos.
14 de julho de 2013
AS VERDADES DA FÉ CATÓLICA
CREIO
NA RESSURREIÇÃO DA CARNE
Em nossa
profissão de fé católica, nós proclamamos que cremos firmemente na
“ressurreição da carne”. O termo “carne” significa “corpo humano”, o nosso
corpo mortal. Essa verdade de fé diz que, depois de nossa morte, quando nossa
alma tiver deixado o nosso corpo mortal e tiver voltado para Deus, o nosso
corpo haverá de ressuscitar, para que ele também participe da glória eterna.
A
verdade sobre a ressurreição dos corpos foi sendo revelada, desde o Antigo
Testamento. O povo da antiga aliança depositava sua fé e sua esperança na
ressurreição dos mortos. Em Macabeus encontramos viva essa esperança. “O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma
vida eterna, a nós que morremos por sua lei (2Mc 7,9) É desejável passar pela
mão dos homens, tendo da parte de Deus a esperança de ser um dia ressuscitado
por Ele” (2Mc 7,14)
Os
fariseus, a seita religiosa que existia antes de Jesus e no tempo de Jesus,
professava firmemente a crença na ressurreição dos mortos.
No
Novo Testamento essa verdade aflora a cada momento, de forma particular nas
cartas de São Paulo. A fé na ressurreição se baseia na fé em Deus, que não é “o
Deus dos mortos, mas dos vivos.(Mc 12,27) Jesus liga a verdade da ressurreição
à sua própria vida: “Eu sou a ressurreição e a vida”(Jo 11,25) É Jesus mesmo quem
no último dia há de ressuscitar os que tiverem crido nele, e tiverem comido o
seu corpo e bebido do seu sangue.(Jo 6, 54) A esperança crista da ressurreição
está toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como
Ele, com Ele e por Ele.
Que
é ressuscitar? Na morte que é separação da alma e do corpo, o corpo do ser
humano cai na corrupção, ao passo que a alma vai ao encontro com Deus, ficando
na espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus, na sua
onipotência restituirá definitivamente a
vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-as às nossas almas, pela virtude
da ressurreição de Jesus.(CIC 997)
De
que maneira? Jesus ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede minhas mãos e os
meus pés: sou Eu!( Lc 24,39) Mas Ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma
forma, nEle, todos ressuscitarão com o mesmo corpo que tem agora, porém este
corpo será transfigurado em corpo de glória.(1Cor 15,44) Este “como” ultrapassa a nossa imaginação e o
nosso entendimento, sendo acessível somente pela fé.
Quando
ocorrerá essa ressurreição? No “último dia”(Jo 6, 39-40... no fim do mundo”(LG
48) Quando será esse “último dia”... esse fim do mundo? Definitivamente não o
sabemos. “Quando o Senhor, ao sinal dado,
à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina descer do céu, então os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro. (1Tes 4,16)
“Se
o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, (O Espírito
do Pai...) aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos (o Pai...) dará vida
também aos vossos corpos mortais, mediante o Espírito que habita em vós. (Rm
8,11)
Na
ressurreição de Lázaro, ocorreu entre Marta e Jesus, este diálogo: Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não
teria morrido! Mas sei também, agora,
que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão
ressurgirá. Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no
último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim,
jamais morrerá. Crês nisto?
(Jo 11, 21-26)
A
nossa esperança de ressurreição repousa em Jesus ressuscitado.