30 de setembro de 2013
OS FRUTOS DO
ESPÍRITO SANTO
A
celebração do Santo Natal, por certo, gerou em nós muitas graças divinas para
vivermos ainda mais e melhor a nossa vida cristã. Nosso coração transborda das
graças do Natal!
O
Espírito Santo, que produziu todas as graças do nosso Natal, quer continuar a
fazê-las crescer, a fim de gerar em nós a santidade.
A obra que o Espírito Santo quer fazer
crescer no coração daqueles que têm amizade com Ele, daqueles que lhe são
devotos, é a “produção” dos chamados “Frutos do Espírito Santo”. Os encontramos
citados em Gálatas 5, 22. São: Amor (caridade), alegria, paz, paciência,
bondade, benignidade, fidelidade, mansidão, auto domínio.
A
palavra “fruto” nos ajuda na compreensão. O fruto da laranjeira é a laranja, da
goiabeira é a goiaba, da jaqueira é a jaca. Imaginemos agora uma árvore que
produza nove frutas diferentes... A “árvore” é o Espírito Santo que mora em
nós. Ele, em nós, produz todos os nove frutos.
1. AMOR – Caridade – Ágape
São Paulo escreveu: O Fruto do Espírito
“É”. Ele não escreveu: “Os frutos do Espírito são...”. O Fruto do Espírito é
“amor-caridade”. Parece que São Paulo intencionava dizer que o amor-caridade é
a “árvore” dos outros frutos, e que os demais dependem do primeiro. Se
lembrarmos que o Espírito Santo é o “Amor - Ágape” do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai, e que
Ele procede do amor do Pai e do Filho, pode-se compreender que esse primeiro
fruto se identifica com o próprio “Amor” que é o Espírito Santo. Portanto, o
primeiro fruto é o Amor do Espírito Santo que se faz presente no coração humano
que o recebe, e de fato, resume todos os demais.
O
amor-caridade é o fruto mais importante do Espírito Santo. Ele não
desaparece jamais. Subsiste para além da morte. No céu se vive no amor: "A
fé e a esperança hão de desaparecer, mas o amor jamais desaparecerá" (1
Cor. 13,8).
O amor é
o fundamento da própria vida cristã e o resumo de todos os mandamentos da Lei
de Deus. A palavra grega que expressa o amor de Deus
é “ágape”, traduzida por “caridade”, por se tratar do próprio amor de
Deus presente e atuante no coração humano. Com esse fruto, o coração humano
passa a amar com o próprio amor de Deus, presente nele.
O amor
que o Espírito Santo produz como fruto Seu é, antes de tudo, o amor de Deus
Pai. Ele gera o amor do Pai celeste no coração, de forma experiencial. Ele faz
“experimentar” a beleza e a doçura do amor paterno de Deus Pai. A pessoa passa
a se sentir amada pelo Pai, com provas de amor muito conscientes. O Espírito
clama Aba! É a voz do coração que diz: papai, paizinho, meu pai! Ele cria uma
amizade e um relacionamento muito concretos do coração humano com Deus Pai.
Esse coração cresce na alegria e na necessidade de adorar, louvar, glorificar,
engrandecer e exaltar o Pai Celeste. O Pai passa a ser uma Pessoa muito
presente no dia a dia da pessoa. E esta passa a amar, valorizar, publicar e
defender tudo aquilo que é do seu Pai.
25 de setembro de 2013
MARAVILHA EM MEDJUGORJE
A cerca das 21:20 da noite do dia 23
de setembro de 2013, a estátua da Virgem Maria, que tem cerca de 40 anos e que
se encontra na antiga casa dos pais da vidente Vicka Ivankovic-Mijatovic no
começo da colina das aparições em Medjugorje, começou a brilhar no escuro.
Como um portal de noticias local anunciou, uma multidão de peregrinos e de
moradores de Medjugorje reuniram-se para entrar na sala e ver a imagem.
Brilhando no escuro quando não há luz acesa, uma velha estátua da
Virgem Maria que pertencia à família da vidente Vicka Ivankovic-Mijatovic há 40
anos tornou-se rapidamente o centro das atenções em Medjugorje nesta
segunda-feira, 23 de setembro, à noite.
“Mamma mia, hoje em torno de 21,20 a estátua de Nossa Senhora no quarto de Vicka começou a emanar luz por si só! Como fósforo! As pessoas vieram de todos os lados para ver! Você não pode tirar fotos, o flash não mostra nada, só a olho nu pode ver. Linda! “a Laura Marcazzan Budimir, moradora de Medjugorje relatou pelo Facebook.
“Mamma mia, hoje em torno de 21,20 a estátua de Nossa Senhora no quarto de Vicka começou a emanar luz por si só! Como fósforo! As pessoas vieram de todos os lados para ver! Você não pode tirar fotos, o flash não mostra nada, só a olho nu pode ver. Linda! “a Laura Marcazzan Budimir, moradora de Medjugorje relatou pelo Facebook.
Para
verem por si mesmos, centenas de moradores e peregrinos enfileirados no pátio
de Vicka e na rua, ao subir as escadas para o primeiro andar da casa, em
pequenos grupos.
“Centenas e centenas de peregrinos chegaram, e alguns estão esperando na fila
por duas horas para vê-lo” relatou Medjugorje 1981/06/25.
A guia exclusiva das peregrinações Medjugorje Brasil, Katarina Verbanac,
acaba de nos dar hoje (24/09/2013) a informação de que a estátua de Nossa
Senhora está pulsando !
Vejam o trecho do email enviado para Gabriel Paulno, editor do site www.medjugorjebrasil.com
“AVE MARIA, AVE MARIA; AVE MARIA!!!!!!!!
Deus seja louvado!!!
Meus amados irmãos e amigos, agora me
ligaram de Medjugorje, mais um presente do ceu, mais um abraco da
Gospa. Nossa Senhora deu mais um sinal forte que Ela esta em MEDJUGORJE.
ONTEM DE NOITE A IMAGEM
DA NOSSA SENHORA QUE SE ENCONTRA NA CASA AZUL, COMEÇOU SE ILUMINAR, DANDO
SINAIS DE LUZ, FICA ILUMUINADA, DEPOIS PARA E DEPOIS SE ILUMINA DE
NOVO!!!!!!!!
Maesinha, Jesus, agradeço por
este presente
24 de setembro de 2013
A Temperança
Ou Auto
domínio)
A temperança é a virtude moral
que modera a atração pelos prazeres, e procura o equilíbrio no uso dos bens
criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos, e mantém os desejos
dentro dos limites da honestidade.
A
pessoa temperante orienta para o bem seus apetites sensíveis, guarda uma santa
discrição e “não se deixa levar pelas paixões do coração” (Eclo, 5,2) Não te
deixes levar pelas paixões e refreia os teus desejos. (Eclo 18, 30)
Ela é o
freio da nossa alma. A temperança é a virtude pela qual usamos com moderação
dos bens temporais, quer eles sejam comida, bebida, sono, diversão, sexo,
conforto, etc. Ela nos ensina a usar essas coisas na hora certa, no tempo
certo, na quantidade adequada. Ela nos ensina que certos atos são reservados a
certas situações.
A Temperança
nos ajudará a vencer os maus pensamentos e maus desejos, ajudará um casal a
nunca trair o sacramento do matrimônio pelo adultério, etc. Todos esses maus
pensamentos e maus desejos e ocasiões de pecado devem ser combatidos imediatamente,
sem perda de tempo, com muita coragem e força, para que não se tornem pecados
mortais. Na verdade, todas as quatro
virtudes cardeais se unem no combate da alma para praticar os Mandamentos de
Deus.
A temperança
é o auto-controle, o auto-domínio, a renúncia, a moderação. A temperança ordena
afetos, domestica os instintos, sublima as paixões, organiza a sexualidade,
modera os impulsos e apetites. Abre o caminho para a continência, a castidade,
a sobriedade, o desapego. É próprio da temperança o cuidado conosco mesmos, com
os outros e com a natureza. A temperança não permite que sejamos escravos, mas
livres e libertadores, e nos encaminha para o cumprimento dos deveres e para a
maturidade humana. Sem renúncia não há maturidade. Grande fruto da renúncia é a
alegria e a paz.
Essa
temperança é uma virtude humana, que pode existir na vida de uma pessoa sem fé
e sem Deus.
Mas existe o
“fruto do Espírito” que também se chama temperança ou auto domínio. Esta
temperança é produzida no coração da pessoa que cultiva sua fé e mantém um bom
relacionamento com o divino Espírito Santo.
É graça de Deus. É o Espírito agindo no coração.
23 de setembro de 2013
A Fortaleza
A
fortaleza é a virtude cardeal ou moral que dá segurança nas dificuldades,
firmeza e constância na busca do bem. Ela firma a resolução de resistir às
tentações e superar os obstáculos na vida moral. A virtude da fortaleza torna capaz de vencer
o medo, inclusive da morte, de superar as provações e as perseguições. É capaz
de dispor alguém a aceitar até a renúncia e o sacrifício de sua vida para
defender uma causa justa. “Minha força e o meu canto é o Senhor” (Sl 118, 14).
“No mundo tereis muitas tribulações, mas tende coragem, eu venci o mundo” (Jo
16, 33)
A
fortaleza é a virtude que dá à nossa vontade a energia necessária para vencer
os obstáculos que nos atrapalham na prática do bem. Devemos resistir, quer dizer, permanecer
firmes na fé, apesar dos ataques dos nossos inimigos e das nossas fraquezas
pessoais. Ter fortaleza é manifestar espírito de iniciativa, alegria na
realização do dever de estado, perseverança no combate contra nossas paixões: o
orgulho, o egoísmo, a raiva, a sensualidade, etc. Praticando os atos da virtude
de fortaleza, conseguiremos, com a graça de Deus, vencer as tentações, fugir
dos pecados e das ocasiões de pecado que nos chamam com tanta força para o mal.
A fortaleza faz-nos
fortes no bem, na fé, no amor. Leva-nos a perseverar nas coisas difíceis e
árduas, a resistir à mediocridade, a evitar rotina e omissões. Pela fortaleza
vencemos a apatia, a acomodação e abraçamos os desafios.. É a virtude dos
profetas, dos heróis, dos mártires e dos pobres. A fortaleza dos mártires e a
ousadia dos apóstolos, como também a força dos pequenos e dos fracos é um sinal
do dom da fortaleza na vida humana e na história da Igreja. Hoje a fortaleza
nos leva a enfrentar a depressão, o stress, o câncer, a AIDS, os golpes da
vida. Grandes são os conflitos humanos, porém maior é a força para superá-los.
A vida é luta renhida, dizia nosso poeta, e a fé é um combate espiritual.
“Coragem, Eu venci o mundo!” (Jo 16,33).
Esta
fortaleza é uma virtude humana, conquistada pela educação da vontade que,
repetindo atos de decisão, forma o hábito de praticar os atos bons com decisão.
Uma pessoa sem fé em Deus pode ter até em alto grau essa fortaleza. (Os
militares... Os desportistas...)
Existe,
porém, o dom infuso da fortaleza. Essa fortaleza é dada em gérmen pelo Espírito
Santo no santo Batismo. Neste caso, a graça do Espírito Santo vai inspirando e
movendo o coração a agir com prontidão. A repetição dessa obediência ao
Espírito Santo desenvolve o dom da fortaleza. Essa fortaleza é muito superior à
virtude humana.
21 de setembro de 2013
A Justiça
A
justiça é a virtude que consiste na vontade constante e firme de dar ao outro (
a Deus e ao próximo) o que lhe é devido. “Suum cuique”, isto é, a cada um o que
lhe pertence.
A justiça
para com Deus se chama “virtude da religião”. A justiça para com os homens
dispõe a respeitar os direitos de cada um, e a estabelecer nas relações humanas
que promove a equidade em prol da pessoas e da comunidade. O homem justo
distingue-se pela correção habitual de seus pensamentos e pela retidão de sua
conduta para com o próximo.
Deus
entregou a terra a Adão para que ele e seus filhos a plantassem e tirassem dela
o seu sustento. O homem usou e usa as coisas da natureza para comer, para
vestir, para fabricar objetos necessários à sua vida. Como filhos de Deus e
tendo recebido a terra como herança, os homens podem possuir suas coisas, sua
terra, sua casa, seus objetos, que lhe são necessários para viver e para
alimentar sua família. É fácil compreender que nem sempre haverá um acordo
entre os homens sobre a possessão desses bens materiais.
Para
ajudá-los a viver em paz e a possuir com boa medida o que lhes é necessário,
Deus nos deu a virtude de justiça, pela qual nós queremos, com nossa boa
vontade, dar aos outros o que lhes é devido, protegendo também o que nos
pertence e, sobretudo, dar a Deus o que Ele nos pede, no seu amor por nós:
amor, dedicação, louvor, etc.
Vamos
ilustrar o que dissemos com alguns exemplos:
Quando
tomamos emprestado um objeto, a virtude da justiça nos leva a querer devolvê-lo
no tempo estipulado, pois sabemos que a pessoa que nos emprestou pode ficar
prejudicada se não recebê-lo de volta. Quando compramos um objeto, é justo que
paguemos o seu valor. Quando assinamos
um contrato com alguém, devemos cumpri-lo (como o matrimônio é um contrato
passado diante de Deus, a virtude da justiça nos impede de querer nos separar,
pois no contrato do matrimônio aceitamos viver para sempre com a pessoa com
quem casamos.
Porém,
não basta que os homens tenham entre si esse relacionamento de justiça. A vida
na sociedade é muito complicada e foi preciso se organizar um governo que
ajudasse os homens a viverem juntos numa mesma cidade, num mesmo país. Por isso, a virtude da justiça vai também
atuar no relacionamento dos homens com o governo, quer ele seja um prefeito, um
guarda de trânsito, o presidente ou um rei. Os homens devem obedecer às leis
estabelecidas pelas autoridades, enquanto que a autoridade deve atuar de forma
igual para com todos, ajudando os bons e castigando os maus.
A justiça regula
nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade humana, respeita os
direitos humanos. É da justiça que brota a paz. Sem a justiça, nem o amor é
possível. É a virtude da vida comunitária e social que se rege pelo respeito à
igualdade da dignidade das pessoas. Da justiça vem a gratidão, a religião, a
veracidade. Não se pode construir o castelo da caridade sobre as ruínas da
justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é
querer o bem do outro. A justiça é imortal (Sab 1,15). Esta virtude trata de
nossos direitos e nossos deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à
sociedade.
17 de setembro de 2013
As virtudes cardeais
ou morais
Quatro
virtudes tem um papel central, em torno das quais se agrupam as demais. Recebem
o nome de virtudes cardeais. O nome vem do latim “cardo”, que se traduz por
gonzo, dobradiça, porque em torno delas se movem todas as demais virtudes
humanas.
São
elas: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.
A Prudência
A
prudência é a virtude que ilumina a razão para discernir com segurança, aquilo
que é bom, justo, digno, favorável, verdadeiro, e que torna pronta a vontade
para buscar decididamente esse bem, e realizá-lo com firmeza e satisfação.
A
prudência leva a distinguir com segurança entre o bem e o mal, o bom e o mau, o
justo e o injusto, o certo e o errado, o que faz bem e o que prejudica. E ao
mesmo tempo imprime um impulso de praticar o que é bom, justo, certo.
“
A prudência é a regra certa da ação” escreve Santo Tomás.
A
prudência não se confunde com o medo de agir, nem com timidez pessoal, nem com
duplicidade ou dissimulação.
É
a prudência que guia o juízo (julgamento) da consciência. E o homem prudente
decide e ordena sua conduta seguindo esse juízo. Graças a esta virtude,
aplicamos sem medo os princípios morais aos casos particulares e superamos as
dúvidas sobre o bem a praticar e o mal a evitar. (CIC 1806)
Prudência
é a virtude que nos ajuda a escolher. Não se trata de escolher coisas fúteis e
bobas. A Prudência nos ajuda a escolher os meios adequados para realizar o bem
e vencer o mal. É uma escolha muito importante e que a qualquer momento
precisamos fazer.
Vou
estudar ou vou brincar? Depende da hora! Se for hora de estudar, vamos estudar,
se for hora de brincar, vamos brincar. É a prudência que nos ajuda a
compreender essas coisas. Ela aproveita a hora propícia, o lugar acertado onde
devemos estar e nos impede de tomar decisões precipitadas. O lema dela é: fazer o que é certo, na hora certa, no
lugar certo. A Prudência, iluminada pela nossa fé e ajudada pela graça
santificante, nos leva a escolher os atos bons que são o caminho da nossa
salvação.
É sobre esta
Prudência que Jesus fala no Evangelho: «Eis
que vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como a
serpente e simples como as pombas.» (S. Mat 10,16)
Prudência é
o reto agir, o bom senso, o equilíbrio. Cuida do lado prático da vida, da ação
correta e busca os meios para agir bem. Prudência é o mesmo que sabedoria,
previdência, precaução. O prudente é previdente e providente. É pessoa que
abandona as preocupações e abraça as soluções. Deixa as ilusões e opta pelas
decisões. Rejeita as omissões e se empenha nas ocupações. O lema dos prudentes
é: “Ocupação sim, preocupação não.” A prudência coloca sua atenção na
preparação dos fatos e eventos e nunca na precipitação nem no amadorismo ou
improvisação. Ciência sem prudência é um perigo.
16 de setembro de 2013
AS VIRTUDES HUMANAS
E CRISTÃS
A palavra
“virtude” vem do latim, “virtus”, que significa uma força interior que procede
do psiquismo humano e que lhe possibilita realizar com mais facilidade, coragem
e fortaleza, os atos bons que deseja realizar.
O termo
“virtus”, por sua vez, vem de “vir” que significa varão, varonil. e sugere
força, vigor; E “tus”, que sugere incenso, incensado, cultuado. Portanto,
“virtus” é o cultivo voluntário de uma força interior para realizar o bem.
Virtude,
pois, é um vigor, uma força presente no psiquismo humano que facilita e
possibilita realizar coisas boas, o bem, com maior prontidão, facilidade e
êxito.
Virtude
é um habito bom. Hábito é uma força interior que leva a realizar os “atos” que
deram origem ao “hábito”. É pela repetição voluntaria dos ”atos bons” que se
cria o “hábito bom”.
O
contrário da virtude é o vício. Este é uma força interior que leva o ser humano
a praticar atos maus. Foi pela repetição dos atos maus que se criou o vício.
“Com
todas as forças sensíveis e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem,
persegue-o e o escolhe na prática” (CIC = Catecismo da Igreja Católica - 1803)
As virtudes humanas
As
virtudes humanas são forças interiores que geram atitudes firmes, disposições
estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade, que regulam nossos
atos, pondo em ordem nossas paixões e guiando-as segundo a razão e a fé.
Possibilitam, assim, facilidade, domínio e alegria para levar uma vida
moralmente boa. Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem.
As virtude
morais são adquiridas humanamente. (sem a graça... ou com ela...) São os frutos
e os germens de atos moralmente bons. (CIC 1804)
São
virtudes humanas: o amor natural, a bondade, a solidariedade, a generosidade, a
compaixão, a fidelidade, a nobreza, a justiça, a honradez. a pureza da
sexualidade, a humildade, etc. Elas são
humanas e podem existir em alguém que não tenha fé, nem religião. Mas essas
mesmas virtudes humanas podem ser “cristianizadas” e se tornarem virtudes
cristãs.
Adquire-se
uma virtude mediante algumas ações decisivas:
1. Pelo conhecimento da mesma,
pela admiração por ela, pelo desejo de possuí-la.
2. Pela decisão da vontade de
realizar os atos próprios dessa virtude, toda vez que houver oportunidade. A repetição
do ato gera o hábito.
3. Repetir sempre de novo os
mesmos atos até tornar-se um hábito.
4. Criado o
habito bom da virtude em questão, reforçá-lo sempre de novo com os atos
repetidos com satisfação e alegria. As virtudes humanas precisam ser
adquiridas. Porque nascemos com o pecado original, e por causa de suas
consequências, não trazemos as virtudes na nossa natureza. Pelo contrário.
Trazemos, sim, as tendências para o mal. Trazemos tendências ao orgulho, ao egoísmo,
à mentira, à falsidade, ao materialismo, à conservar mágoas e
ressentimentos, etc.
A
raiz primeira das virtudes humanas pode estar já no útero materno. O modo de
viver e o comportamento da mãe, durante a gestação, já pode transmitir ao bebê
os inícios das virtudes humanas. E o desabrochamento das mesmas se dá na forma
de comportamento dos pais, e principalmente da educação que a criança recebe na
família, na escola.
11 de setembro de 2013
A VIRTUDE DA MISERICÓRDIA
Uma virtude é uma força que vem do espírito e do psiquismo
de uma pessoa, que a leva a praticar com facilidade os atos próprios dessa
virtude. Por exemplo: quem possui a virtude da mansidão, pela energia que vem
de dentro da pessoa mansa a leva a praticar os atos de mansidão. Dessa mesma
forma, a virtude da misericórdia é uma força interior que leva a pessoa a
praticar os atos de misericórdia. Toda virtude é um hábito bom. Esse hábito
surge pela repetição dos atos dessa virtude. Esse hábito produz os atos da
virtude. Por sua vez, a repetição dos atos solidifica sempre mais o hábito ou
virtude da mansidão.
Misericórdia é uma palavra composta por “miséria e
coração”. É olhar para a miséria do outro, do próximo, de uma pessoa, com o
coração, ou seja, com amor. A misericórdia segue cinco passos. 1º Conhecer a
miséria do outro. 2º Aceitar que tenha caído na miséria. 3º Compreender – ter
compreensão – pela miséria da pessoa. 4º Perdoar a miséria 5º. Tirar a pessoa da miséria. O objetivo
final é sempre tirar a pessoa de sua miséria.
Quais são as misérias? Todos os pecados, todos os vícios,
todos os problemas que afetam a vida da família, das pessoas, de uma comunidade
são as misérias de que alguém é portador. Os vícios do alcoolismo, da droga, da
prostituição, do adultério, da fornicação, da mentira, da corrupção, do ódio,
da vingança, dos ressentimentos, da gula, da ira, da inveja, da preguiça etc.
Para tirar alguma pessoa de sua miséria é preciso seguir
os cinco passos citados acima, e perseverar no empenho de conseguir o objetivo
desejado.
Jesus insiste na virtude da misericórdia: “Eu quero a
misericórdia e não o sacrifício” (Mt 9,13). “Sede misericordiosos como vosso
Pai dos Céus é misericordioso”. Então aqueles que têm o espírito de Jesus
misericordioso terão a mesma atitude de Deus que é o amor, atitude de perdão, de
compaixão, de compreensão, de ajuda, de partilha, de solidariedade. Como
recompensa pelas ações misericordiosas,
as pessoas serão felizes porque alcançarão a misericórdia. Na verdade
todos temos necessidade da misericórdia de Deus, pois todos temos algumas
misérias.
A
virtude da misericórdia nasce da virtude teologal da caridade-amor. Aquele que
é animado pelo amor, sente compaixão por ver alguém nas suas misérias e sente o
desejo de libertá-lo das mesmas. É então que a virtude da misericórdia se
manifesta, e esse coração se empenha para salvar alguém de suas misérias.
Jesus
incluiu entre as oito bem aventuranças a misericórdia, Aquele que é
misericordioso é bem aventurado porque alcança a misericórdia divina nas suas
misérias. Para ser misericordioso é preciso possuir a virtude da misericórdia.
É ela que induz a realizar os atos de misericórdia.
Como é bela
a virtude da misericórdia! Como é belo o coração misericordioso! Este coração
jamais faz crítica negativas, pejorativas, em relação a alguém que tem as suas
misérias. Ele não acusa ninguém por causa de suas misérias. Ele não julga e nem
condena as pessoas por causa de suas misérias. Ele sabe ser benigno, sabe
explicar e minimizar as misérias alheias. Até mesmo porque ele sabe que também
tem suas lutas contra as suas misérias, não acusa, não julga, não condena
aqueles que carregam suas misérias humanas. Procura, sim, restaurá-lo e
salvá-lo,
Podemos
pedir ao Espírito Santo que nos conceda as graças para podermos criar a virtude
da misericórdia, a fim de praticarmos essa virtude, sermos misericordiosos e
alcançarmos a misericórdia divina.
10 de setembro de 2013
VIRTUDE DA BENIGNIDADE
O nome “benignidade” vem de “bem”, “benigno”. A
benignidade é uma virtude e um fruto do Espírito que também nasce do
amor-caridade. Quando a pessoa ama a alguém, quanto maior for esse amor, maior
será o bem que deseja e quer para o amado.
Precisamos fazer uma distinção entre bondade e
benignidade. A bondade nasce do amor e realiza ações boas de toda espécie para
o amado. A benignidade nasce do amor, e faz o bem ao amado, compreendendo suas
fraquezas, minimizando seus erros, perdoando com generosidade, não guardando
mágoas por causa de suas fragilidade. A pessoa benigna procura “minimizar” o grau e a culpa dos erros, das fraquezas,
dos pecados, das misérias das pessoas. A pessoa que tem esse fruto, sempre
procura “minorar”, “minimizar”, “desculpar” e “absolver” aqueles que erram de
qualquer modo. A benignidade está associada à ideia de misericórdia, de
amabilidade, de brandura e de compaixão.
O contrário da benignidade é a facilidade de denunciar, de
julgar e de condenar com rigor exagerado aqueles que cometem algum erro. São
aqueles que de “um mosquito fazem um camelo”. São os exagerados diante dos
erros alheios. Uma pequena falta é considerada por eles como se fosse um grande
crime. Por detrás desses exageros sempre está o orgulho que aprecia humilhar,
criticar, condenar, sobrepor-se.
A pessoa que tem
benignidade faz o contrário. Movida pelo amor e pela compreensão, pela
misericórdia e pela bondade, sempre procura desculpar, explicar, minimizar e
absolver o erro e o culpado. Deus é um “Juiz Benigno”. Na liturgia nós pedimos
a Deus que seja um juiz benigno para conosco, diante dos nossos erros e
pecados. A sua misericórdia supera o juízo, nos diz a escritura.
Na base da benignidade humana está a humildade. Porque a
humildade se baseia sobre a verdade das pessoas, das ações, das fraquezas e dos
pecados, a pessoa humilde tem a necessidade de ser benigna para com o próximo. O
Orgulho é o oposto da benignidade. Os que tem temperamento colérico, se não
receberam o fruto da benignidade, pecam muito contra essa virtude, por causa do
orgulho que sempre está embutido no temperamento colérico.
Uma
das virtudes que abençoa muito o nosso relacionamento com as pessoas é a
“benignidade”, que é o comportamento de uma pessoa que está voltada apenas para
fazer o bem e querer apenas o bem de todos. E este bem querer se manifesta de
modo especial na compreensão das fragilidades das pessoas e, por isso, na
facilidade de desculpar, minimizar e perdoar.
Benignidade
é a qualidade de ser afetuoso, bondoso, serviçal, generoso, dócil e doce. É
tratar bem as pessoas, sempre! É um estado de espírito, um estilo de vida, um
sentimento íntimo bondoso, em especial para compreender e perdoar os erros das
pessoas, minimizando sua culpabilidade.
A
pessoa com esse sentimento da benignidade tem o desejo e o prazer em fazer o
bem aos outros e o faz sempre com alegria no coração. O resultado é a
felicidade multiplicada em seus relacionamentos sociais. “Não te desamparem a benignidade e a
fidelidade: ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E
acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens.” (Pv.3, 3-4)
A benignidade é a irradiação da
mansidão, uma perfeita compreensão das necessidades alheias, de suas fraquezas
humanas, de suas limitações pessoais, agindo com misericórdia. É uma atitude
inspirada por Deus que nos leva a procurar o bem do nosso próximo, reerguendo-o
de suas fraquezas e necessidades morais.
A
benignidade é uma irmã gêmea da misericórdia. A palavra misericórdia vem de
‘miséria’ e ‘coração’. A misericórdia é o amor de um coração que se debruça
sobre a miséria de alguém, a fim de tirá-lo de sua miséria, de recuperá-lo de
seus pecados, vícios e fraquezas. A benignidade é o amor que leva a
misericórdia a compreender, aceitar, acolher e perdoar a pessoa que está na
miséria, não acusando-a, não julgando-a, não condenando-a, mas procurando
retirá-la do seu estado de miséria.
A
benignidade é uma das marcas da sabedoria que vem de Deus: estimula o amor,
promove a paz, engrandece o nome de Jesus, confronta o egoísmo, vence o ódio,
une as pessoas e socorre os carentes (Tiago 3:17-18). A Bíblia ensina que uma
pessoa benigna deve evitar brigas, refletir a tolerância de Jesus e exercitar a
paciência no Senhor (II Timóteo 2:24-25).
A pessoa que
possui a virtude da benignidade é afável e gentil para com seus semelhantes,
não se mostrando inflexível e amargo, julgador, acusador e condenador. Deus é a
fonte dessa qualidade, e Cristo o melhor exemplo. Ele foi uma pessoa
imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. E o seu amor o fazia
mostrar-se plenamente benigno. Foi como ele agiu com a adúltera que iria ser
apedrejada. Com sua benignidade Ele a perdoou, e com sua misericórdia a tirou
do adultério: “Vai, e não tornes a pecar”.
Essa virtude torna o fiel benigno, desejoso do bem a todos,
principalmente para os seus inimigos.
9 de setembro de 2013
VIRTUDE DA
GENEROSIDADE
A
generosidade é a virtude do dom, ou seja, do dar, do doar gratuitamente a
alguém, aquilo que lhe falta e lhe seja necessário. É o gesto de lhe oferecer o que não é dele,
mas que passa a ser dele, quando foi feita a doação.
Todos temos
algo para dar. Pode ser dinheiro ou bens materiais. Esta é, aliás, a associação mais comum que fazemos quando
pensamos em generosidade. Mas esse objeto da doação também pode ser um
conhecimento, coisas que nós sabemos e que podemos partilhar para ajudar os
outros. Essa doação pode ser um abraço, uma palavra de conforto, um carinho.
Afinal, a generosidade é, antes de mais nada, uma inclinação do espírito para
fazer o bem, por amor gratuito.
Generosidade
é a virtude que a pessoa tem, quando acrescenta algo ao
próximo. Generosidade se aplica também quando a pessoa que dá algo a alguém tem
o suficiente para dividir ou não. Não se limita apenas em bens materiais.
Generosos são tanto as pessoas que se sentem bem em dividir um tesouro com mais
pessoas porque isso lhes fará bem, quanto aquelas que dividem um tempo
agradável para outros, sem a necessidade de receber algo em troca.
A generosidade é um vocábulo que vem do latim generósitas,
que significa bondade, boa qualidade. A generosidade é uma virtude que diz
respeito à posse de bens e, sobretudo, no dar parte deles a quem precisa e na
quantidade apropriada, tendo em conta a propriedade da pessoa que dá, e as
necessidades de quem recebe.
A
generosidade é uma virtude da dádiva. Distingue-se da justiça pelo fato de não
se limitar a dar ao outro aquilo que é dele ou lhe pertence, mas sim aquilo
que, sendo nosso, faz falta ao outro. A generosidade depende mais do coração e
do temperamento.
É bom fazer
uma distinção entre altruísmo e generosidade. Segundo o filósofo e educador
Mario Sergio Cortella, as duas virtudes são boas, mas diferentes. Agir
esperando alguma espécie de retribuição seria altruísmo, representado no lema
"faça aos outros o que queres que façam contigo". A generosidade
seria a prática da doação desinteressada, feita mesmo quando se sabe que não
haverá recompensa, cujo mote é "faça o bem porque é bom fazer". Na
prática, a pessoa generosa não fica se gabando porque doou dinheiro para uma
entidade beneficente. Mas não é pecado se sentir bem depois de uma boa ação.
Se a
generosidade se tornou artigo raro, um pouco da culpa é da sociedade atual,
calcada em valores como o egoísmo e o individualismo. "Pensamos muito em
nosso próprio umbigo e pouco no dos outros", diz Mario Sergio Cortella.
Para ele, isso é ainda mais forte nas classes mais altas. "Na favela, se
desaba um barraco, a vizinha acolhe os filhos da que perdeu a casa, dizendo
'onde comem dez comem 15'. Na classe média, às vezes, as pessoas nem sabem o
que fazer com os pais idosos". Isso acontece porque, nas favelas, ainda
impera o espírito de cooperação que guiou nossos antepassados na época das
cavernas. Nas favelas, sem a ajuda do vizinho, não se sobrevive. Um dos
mecanismos que a sociedade sempre teve para educar para a generosidade foram as
religiões. Como sempre foram preocupadas com a moral, as crenças em um poder
superior costumam estimular as virtudes como a generosidade, a solidariedade, a
compaixão. "Ninguém nasce generoso". "É preciso aprender".
No cristianismo, por exemplo, costumam-se contar as histórias de Cristo como
inspiração para os fiéis. Uma das mais conhecidas é a do milagre da multiplicação
de pães e peixes. "O que Cristo fez foi juntar o pouquinho que cada um
tinha, e realizar o milagre de repartir entre todos". Exercitar todos os
dias as virtudes como a generosidade é uma forma de combater os vícios, como o
egoísmo.
Em uma
sociedade que pede apenas que você receba, nunca doe, a generosidade é um
treino. O primeiro passo para a generosidade é saber se somos individualmente
capazes de oferecer. O desafio é estar atento às necessidades da vida em comum,
não só às nossas. Para poder ajudar o outro, o primeiro passo é enxergá-lo,
ouvi-lo, perceber suas necessidades. Uma vez que percebemos a necessidade do
outro, é hora de partir para a ação. Porque ser generoso é, antes de tudo, uma
escolha.
Há uma distinção a ser feita entre a
generosidade e a justiça: "É certo que a justiça e a generosidade têm
ambas a ver com as nossas relações com os outros, mas a generosidade é mais
subjetiva, mais singular, mais afetiva, mais espontânea, ao passo que a
justiça, mesmo aplicada, conserva algo de objetivo, de mais universal, de mais
intelectual ou mais refletido".
A
generosidade é uma virtude porque procura finalidades retas, isto é, dar às
pessoas certas, nas quantidades adequadas, no momento certo e da forma correta.
Há
algumas condições inerentes aos ato generoso. Não depende da quantidade que se
dá, mas das possibilidades do doador. O que se dá tem de provir de fontes
corretas. Dá-se apenas porque se gosta de dar, sem quaisquer outras finalidades
ou razões. O generoso é o que dá de acordo com as suas posses e em função de
finalidades retas. O generoso é mais pronto a dar benefícios do que a receber.
A maneira pessoal de viver a Generosidade
1. Me esforço por reconhecer as
necessidades reais dos demais.
2. Reconheço meus próprios talentos (capacidades, qualidades, conhecimentos) e os coloco a serviço dos demais.
3. Reconheço o que valem minhas próprias posses, meu tempo, meu esforço, etc.
4. Realizo ações buscando o autêntico bem dos demais com bastante freqüência.
5. Realizo as seguintes ações com bastante freqüência: emprestar coisas próprias, dar algo meu, estar disponível, escutar aos demais, exigir dos demais razoavelmente.
6. Permito aos demais realizar ações em meu favor.
7. Perdôo.
8.Faço esforços para superar o cansaço, a doença, a preguiça como fim de atender aos demais
9. Atuo a favor dos demais buscando seu bem mais que a própria satisfação e sem pensar no que posso pedir em troca.
10. Esforço-me em atender às pessoas que mais necessitam de minha atenção.
11. Ajudo aos meninos/meninas a concretizar suas preocupações para ajudar aos demais.
12. Busco e ofereço oportunidades para que os alunos/filhos possam decidir livremente se estão dispostos a realizar ações em favor dos demais.
13. Ajudo-os a descobrir as necessidades reais dos demais.
14. Ajudo- os a distinguir entre o que são caprichos dos demais e o que são necessidades reais.
15. Ajudo- os a reconhecer o valor de suas próprias posses, de seu tempo etc.
16. Ajudo- os a reconhecer quais são os motivos que realmente têm quando atuam em favor dos demais.
17. Ajudo os jovens não apenas a dar, mas também a receber.
18. Consigo que os jovens realizem ações em favor dos demais por motivos elevados.
19. Busco maneiras de conseguir que os alunos/filhos superem a comodidade, a preguiça e a inércia com o fim de centrar sua atenção nos demais.
20. Falo com os meninos/meninas para que aprendam a relacionar a generosidade com o amor e especialmente com o amor a Deus e com o amor de Deus.
2. Reconheço meus próprios talentos (capacidades, qualidades, conhecimentos) e os coloco a serviço dos demais.
3. Reconheço o que valem minhas próprias posses, meu tempo, meu esforço, etc.
4. Realizo ações buscando o autêntico bem dos demais com bastante freqüência.
5. Realizo as seguintes ações com bastante freqüência: emprestar coisas próprias, dar algo meu, estar disponível, escutar aos demais, exigir dos demais razoavelmente.
6. Permito aos demais realizar ações em meu favor.
7. Perdôo.
8.Faço esforços para superar o cansaço, a doença, a preguiça como fim de atender aos demais
9. Atuo a favor dos demais buscando seu bem mais que a própria satisfação e sem pensar no que posso pedir em troca.
10. Esforço-me em atender às pessoas que mais necessitam de minha atenção.
11. Ajudo aos meninos/meninas a concretizar suas preocupações para ajudar aos demais.
12. Busco e ofereço oportunidades para que os alunos/filhos possam decidir livremente se estão dispostos a realizar ações em favor dos demais.
13. Ajudo-os a descobrir as necessidades reais dos demais.
14. Ajudo- os a distinguir entre o que são caprichos dos demais e o que são necessidades reais.
15. Ajudo- os a reconhecer o valor de suas próprias posses, de seu tempo etc.
16. Ajudo- os a reconhecer quais são os motivos que realmente têm quando atuam em favor dos demais.
17. Ajudo os jovens não apenas a dar, mas também a receber.
18. Consigo que os jovens realizem ações em favor dos demais por motivos elevados.
19. Busco maneiras de conseguir que os alunos/filhos superem a comodidade, a preguiça e a inércia com o fim de centrar sua atenção nos demais.
20. Falo com os meninos/meninas para que aprendam a relacionar a generosidade com o amor e especialmente com o amor a Deus e com o amor de Deus.
7 de setembro de 2013
A VIRTUDE DA MANSIDÃO
A virtude da mansidão também é filha
do amor-caridade. Porque a pessoa vive a experiência de sentir-se amada pelo
Deus-Trindade e pelos irmãos, e de sentir-se amando-os com alegria e
felicidade, naturalmente ela se torna uma pessoa mansa.
A mansidão é uma energia psicológica
e espiritual presente no psiquismo da pessoa que faz com que ela tenha
naturalmente um controle espontâneo sobre suas emoções e sentimentos no
tratamento com as pessoas e com os acontecimentos, capaz de manter-se
tranqüila, serena, calma, sem ansiedades ou estresse, relacionando-se e
interagindo com serenidade e paz de espírito.
A mansidão do coração faz com que a pessoa ao se relacionar com os outros não seja
agressiva, compulsiva, agitada, estressada, ofendendo, ferindo, agredindo o
próximo. Ao mesmo tempo ela tem a capacidade de não se deixar ferir, ofender
com facilidade. Imaginemos uma almofada fofa coberta de veludo. Se lhe dermos
um soco, ela não nos machuca e nem se ofende. Ela permanece a mesma, fofinha
como antes. Assim é o coração manso: não ofende e nem se deixa ofender com
facilidade.
Pensemos num boi manso, num cavalo
manso, num cordeiro manso. Podemos lidar com eles com facilidade e sem medo,
pois não tem reações agressivas. Assim é a pessoa mansa.
A mansidão tem muito a ver com
bondade e humildade. Porque o coração é bom, trata as pessoas com mansidão,
evitando por todos os meios de ofender, magoar, ferir, fazer sofrer.
Para haver um clima interior de
mansidão é preciso que esse coração não seja possuído de mágoas, raivas, ódios,
vinganças, ressentimentos. Essas emoções feridas geram sempre um comportamento
agressivo e impaciente. Portanto, para haver mansidão é preciso que esses
sentimentos de desamor sejam eliminados por meio do perdão assumido e repetido
muitas vezes. O perdão tem poder de curar as feridas do coração e de eliminar
esses sentimentos de desamor.
A palavra mansidão transmite o sentido de brandura, de
ternura. Uma pessoa mansa transmite paz e segurança, porque acomodou a agitação
do dia a dia, e porque venceu a ira.
A mansidão não é uma qualidade com a qual se nasce. Para se
possuir essa virtude é preciso: 1º conhecê-la e desejá-la ardentemente; 2º
purificar o coração de todo sentimento de desamor, como foi citado acima; 3º
pedi-la ao Espírito Santo e 4º cultivá-la conscientemente dentro de si. A mansidão está incluída entre os frutos do
Espírito Santo. Por isso se almejamos ser mansos, devemos entender que mansidão
precisa de um cultivo espiritual, que sempre leva à harmonia e não à discórdia.
O que não é mansidão
A mansidão não é morosidade,
não está ligada a ser moroso, a não ter iniciativa, a aceitar tudo do jeito que
está para não se irar. Não é isso. Uma pessoa mansa vive muito mais com
qualidade de vida do que uma pessoa iracunda, agitada, amargurada, porque
administra melhor situações difíceis. Portanto, quando pensamos em alguém
manso, lancemos fora da nossa mente a idéia de que manso é alguém inerte, sem
vida, passivo, que não tem direção, que não está apto para reivindicar os seus
direitos. Mansidão não está ligada a nada disso.
Mansidão também não é timidez.
Não podemos pensar que uma pessoa mansa seja alguém tímida. O manso é
naturalmente uma pessoa calma e tranqüila, mas segura de si e de suas emoções.
Uma pessoa mansa não é alguém frio e calculista, mas sim, alguém que mesmo calada, analisa o que
está acontecendo de errado ao seu redor e consegue reverter o quadro, porque
não age na impulsividade das emoções. Sabe tomar decisões precisas.
Jesus Cristo é nosso maior exemplo de mansidão. Se
seguirmos seus exemplos seremos pessoas mansas para agradar ao Pai e colher
êxito em todas as áreas da nossa vida. Jesus
convidou a todos para virem a Ele, pois Ele é manso e humilde de coração.
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” (Mateus 11:28,29).
Os mansos são
pessoas que sofrem com paciência as perseguições injustas. Nas adversidades os
mansos mantêm o ânimo sereno, humilde e firme, e não se deixam levar pela ira
ou pelo abatimento. A virtude da mansidão é muito necessária para a vida
cristã. Normalmente, as frequentes manifestações externas de irritabilidade
procedem da falta de humildade e de paz interior.
A virtude da mansidão parece fadada ao esquecimento e
desprezo, já que não se vê como se pode coadunar com o homem moderno e
competitivo. É preciso um profundo senso cristão para compreender que a
mansidão não é “a fraqueza de caráter que dissimula, alguém que manifesta
debaixo de um exterior adocicado um profundo ressentimento. A mansidão é uma
virtude interna que reside ao mesmo tempo na vontade e na sensibilidade, para
lá fazer reinar a serenidade e a paz, mas que se manifesta exteriormente, nas
palavras e nos gestos, por maneiras afáveis.
A mansidão, como virtude, não se confunde com a inércia e a
omissão. Faz a pessoa atuar e não ser vingativa, compreendendo os limites dos
outros e cooperando com sua superação, com atitude de quem aceita o outro e
tudo faz para o seu bem. Eis o que diz São Francisco de Sales, mestre e modelo
da mansidão: "A humilde mansidão é a virtude das virtudes que Deus tanto
nos recomendou. É necessário praticá-la sempre e em toda parte".
A mansidão deve ser praticada especialmente com os pobres,
os quais normalmente, por causa da sua pobreza, são tratados asperamente pelos
homens. Deve-se ainda usar da mansidão particularmente com os doentes que se
encontram aflitos e, as mais das vezes, recebem pouco cuidado dos outros.
Devemos exercer a mansidão principalmente com os inimigos. É preciso “vencer o
mal com o bem", isto é, o ódio com o amor, a perseguição com a mansidão.
Assim fizeram os santos e por esse meio conseguiram o afeto de seus maiores
inimigos.
Uma pessoa emocionalmente ajustada, amadurecida é também
aquela que aprende a conviver com o inesperado, com as circunstâncias diante
das quais nós não temos nenhum tipo de controle. Por isso mesmo, é que
presenciamos a violência muitas vezes no trânsito, no trabalho, na família. A
falta de mansidão, a falta de domínio próprio, a falta de controle, leva muitas
pessoas a agirem de forma violenta.
A mansidão revela o ser tranqüilo, não-passivo, mas tem
auto-controle. Por isso a Bíblia é muito clara “os mansos herdarão a terra”.
Isso quer dizer, viverão mais e sofrerão menos, terão menos motivos para a
ansiedade, e por conseguinte, serão menos agressivos e menos violentos. Os
mansos aprendem a ver a vida, as coisas, as pessoas com mais praticidade, sob
uma ótica diferente, por isso até a sua maneira de falar passa a ser também
diferente, com brandura e mel, ao invés de violência e fel.
6 de setembro de 2013
A VIRTUDE DA FIDELIDADE
O nome
“fidelidade” tem ligação com fé. Do latim, “fídes” e “fidélitas”, que se traduzem
por fé e fidelidade. Também essa virtude é “descendente” do amor-caridade.
Quando um coração se sente muito amado pelo Deus-Trindade e pelos irmãos, e
corresponde a esse amor decididamente, ele se torna rigorosamente fiel para com
eles. Porque tem compromissos de amor com Eles, não quer decepcionar e nem
ofender, não cumprindo todos os compromissos assumidos com Eles, e por isso,
naturalmente se torna fiel.
A Fidelidade é
uma virtude que o Espírito Santo molda em nosso coração de cristãos,
que nos faz fiéis em todos os compromissos, nas promessas e nos deveres
para com Deus, para com o próximo e para conosco mesmos. Esta virtude nos leva
a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos.
A fidelidade nos
leva a sermos honestos e fiéis nos dízimos, nas ofertas, na observância do
domingo; nos deveres matrimoniais, familiares e sociais; nos relacionamentos
com os amigos e associados; no pagamento das dívidas; no dar ao próximo aquilo
que lhe pertence.
A fidelidade nos
torna fiéis conosco mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão
dos valores espirituais, familiares, morais, sociais e comunitários. “Os que permanecerem fiéis até
a morte receberão a Coroa da Vida”.
Somos
fiéis quando mantemos a palavra dada. Também somos considerados fiéis se
cumprimos com nossas obrigações e compromissos – na hora em que devem ser
cumpridos - apesar das eventuais dificuldades.
Somos
fiéis quando mantemos os compromissos de toda a vida estabelecidos com Deus,
com o conjugue, com os amigos e com aqueles que dependem de nós, como clientes,
empregados, e outros.
A
virtude da fidelidade se conquista com
sua prática cotidiana, no cumprimento fiel do pequeno dever de cada dia, como
levantar cedo todos os dias, fazer a ginástica nos dias determinados, cumprir
com os deveres de casa, quer profissionais quer familiares, sem adiamentos.
Pelo
exercício da fidelidade nas pequenas coisas cotidianas acabamos desenvolvendo a
virtude da fidelidade nas coisas que custam mais. Quem já não experimentou a
boa sensação de que uma atividade que inicialmente nos custava, aos poucos, à
medida que a cumprimos fielmente, ela vai se tornando cada vez mais fácil a
ponto de nos admirarmos que isso pudesse nos custar tanto?
Os
sentimentos e os estados de ânimo do homem são mutáveis, e sobre eles não se
pode construir uma vida de fidelidade. A virtude da fidelidade é conquistada
pela prática de obras reais de amor, o
qual apesar dos sacrifícios, adquire a firmeza do amor verdadeiro. Sem amor,
aparecem logo as infidelidades nos compromissos assumidos.
A
fidelidade nos compromissos por toda uma vida é possível por meio da fidelidade
nas pequenas coisas, e por recomeçar
toda vez que saímos um pouco do caminho.
É
porque se crê na importância de um determinado valor, como por exemplo o valor
da família, do matrimônio, da amizade, que a fidelidade adquire o seu valor
ativo. Através da fidelidade transcendemos nossas limitações. A fidelidade é
uma vitória sobre as dificuldades internas e externas, é uma perenização do que
vale a pena no tempo.
Não
podemos ser fiéis ao ideal de família, mudando de esposa quando nos convém, nem
podemos nos dizer defensores da família, se estamos vivendo situações
contrárias, como, por exemplo, ser amante de um homem casado. Por isso a
fidelidade não pode ser coisa de momento ou apenas de discurso, mas é uma prática
duradoura e dever ser tão profunda a ponto de mover o nosso modo de ser.
A virtude
da fidelidade é construída na vida cotidiana pela repetição de pequenos atos e
fidelidade. Se nos deixarmos levar pelos caprichos, pelas inconstâncias, ou pelas
pequenas infidelidades, inviabilizamos um projeto pessoal, não só porque as
circunstâncias variáveis do instante acabam por nos escravizar, como também porque
o tempo não volta para refazermos nossa reputação de outra forma.
Somos
fiéis quando mantemos a palavra dada. Se cumprimos com nossas obrigações e
compromissos apesar das eventuais dificuldades então temos a virtude da
fidelidade. Somos fiéis quando mantemos os compromissos assumidos, aqueles
estabelecidos por Deus, aqueles referentes ao nosso cônjuge, os de amizade, e
todos aqueles compromissos referentes à nossa vida profissional, como
compromissos de qualidade para com os clientes, de honestidade e justiça para
com os empregados, etc. A fidelidade é uma virtude que dá muita dignidade à
nossa pessoa e à nossa vida em sociedade.
Quando
aderimos a uma causa nobre e lutamos por ela, é ela que nutre a nossa
fidelidade. Por isso, o amor verdadeiro, grande, não pode ser dedicado a
ninharias, porque logo desistimos. Onde o amor é pequeno, a fidelidade é curta,
o tempo se torna longo, e os sacrifícios,, mesmo pequenos, se tornam
insuportáveis. É preciso estar unido a Deus, o próprio amor, fonte de todo bem,
para mantermos a fidelidade.
Se
formos infiéis nos pormenores da vida, certamente seremos infiéis nas grandes
coisas. Quem é fiel nas pequenas coisas, o será também nas grandes. (Jesus
Cristo).