30 de novembro de 2013
A GUlRLANDA
OU
COROA
DO ADVENTO
A guirlanda é um
símbolo natalino, usado nas quatro semanas que antecedem o Natal. São as quatro
semanas de preparação para o Natal de Jesus.
A coroa do
advento é feita de ramos verdes. Se possível, de ramos verdes naturais. A cor
verde simboliza a esperança. Os ramos verdes simbolizam e exprimem a esperança
e a expectativa da vinda de Jesus, no Natal. Simbolizam, também, toda nossa
grande esperança de, um dia, podermos chegar à salvação definitiva, junto de
Deus, no céu.
Os ramos
verdes da guirlanda, ou coroa, são entrelaçados com fitas vermelhas. O vermelho
é a cor do coração e do amor. As fitas vermelhas simbolizam o amor de Deus para
conosco, o amor de Deus que envolve nossas vidas. Simbolizam o amor de Deus que
se manifestou no envio de Jesus para ser o nosso Salvador. Significam, ainda,
nossa resposta ao amor a Deus. Resposta que se expressa, de forma mais forte,
na aceitação mais consciente e profunda de Jesus, por ocasião do Natal.
Na guirlanda são
colocadas quatro velas. Elas representam as quatro semanas de espera e preparação
para a vinda de Jesus. Por isso, cada domingo – e durante os dias daquela
semana - se acende uma vela. Isto é: no
primeiro domingo e durante a semana acende-se a 1ª. vela. No segundo domingo e
durante a semana acendem-se a 1ª. e a 2ª. No terceiro domingo e durante a semana, a Ia., a 2ª. e a 3ª. velas. E no último domingo - e
durante a semana – as quatro velas. Dessa forma, após quatro semanas, as quatro
velas estarão acesas, como sinal de que Jesus, a grande luz que brilhou nas
trevas, está próximo.
Em nossas
casas, as velas podem ficar acesas durante as orações familiares, ou durante
algum tempo, enquanto as pessoas estão em casa, por exemplo, almoçando ou
jantando.
A guirlanda, ou coroa, pode ser colocada nas
igrejas ou capelas, em nossas salas, ou nas portas das casas. Ela tem por
finalidade nos lembrar, a cada dia, a cada momento, que o Natal de Jesus está chegando,
e que devemos nos preparar para sua festa, e sua nova vinda.
Nosso Advento
Estamos iniciando um novo ano litúrgico. Seu início se dá com o primeiro domingo do Advento. O Advento é um período de quatro semanas que antecedem e preparam para o Santo Natal.
Advento é uma palavra que vem do verbo latino: advenire, que se traduz por “vir para perto, chegar bem junto de”. Na linguagem cristã católica, advento é o tempo que precede a grande festa do Natal. São as quatro semanas preparatórias para o natalício de Jesus Cristo.
O significado da palavra é muito sugestivo. Advento é a atitude, é a decisão de alguém vir para perto de nós. Ou também, de nós achegarmo-nos bem perto de alguém.
Quem é aquele que quer chegar bem perto de nós? Que quer tempo, bastante tempo, para ir chegando pertinho de nós? E por que quer vir para junto de nós, nas quatro semanas do advento? Quem é aquele de quem nós queremos nos aproximar mais, para junto de quem nós desejamos ir, durante o tempo do advento?
Parece-me que se trata de alguém que muito nos ama, já que ele tem um tempo marcado e longo para vir. Tenho a sensação que se trata de um personagem muito significativo, pois a proposta do tempo de aproximação é longa. Quem é que vem para junto de nós?... Para junto de quem nós queremos ir, no Advento?
O personagem não poderia ser mais maravilhoso: Jesus ressuscitado. Sim, Jesus vivo, nosso Salvador pessoal, Senhor de nossa vida, nosso Mestre divino, nosso amigo mais incondicional. É Ele quem quer vir para junto de nós, no Advento. Mas sei também que nós iremos ao seu encontro, para estarmos junto dEle.
Este encontro, desejado por ambos, preparado carinhosamente por nós, esperado ansiosamente por ambos, transformar-se-á em Natal! Esse encontro fará acontecer o Natal! Trará o Natal para dentro do nosso coração! Nós seremos Natal!... Jesus vivo terá chegado e envolvido nossa vida com Seu amor salvador, com Sua palavra de vida, com Sua presença tão honrosa e transformadora.
O tempo do advento é para isto: para esperar ansiosamente aquele que vem para perto, para dentro de nós. Nesta espera, nós nos preparamos em espírito, mente e corpo para o grande encontro com Jesus.
O tempo do Advento é, também, para nós caminharmos ao Seu encontro, como quem não consegue ficar esperando... Nesta caminhada, queremos preparar o nosso coração para acolher com muito carinho aquele que vem.
Este encontro entre nós e Jesus, encontro que se chama Natal, Natal do coração, Natal de verdade, Natal celestial, deixará rastros maravilhosos de graças e luzes, de sabedoria de vida e de felicidade.
Advento: Jesus vem vindo!. Vamos ao Seu encontro!
CREIO
NA RESSURREIÇÃO
DA CARNE
Em nossa
profissão de fé católica, nós proclamamos que cremos firmemente na
“ressurreição da carne”. O termo “carne” significa “corpo humano”, o nosso
corpo mortal. Essa verdade de fé diz que, depois de nossa morte, quando nossa
alma tiver deixado o nosso corpo mortal e tiver voltado para Deus, o nosso
corpo haverá de ressuscitar, para que ele também participe da glória eterna.
A
verdade sobre a ressurreição dos corpos foi sendo revelada, desde o Antigo
Testamento. O povo da antiga aliança depositava sua fé e sua esperança na
ressurreição dos mortos. Em Macabeus encontramos viva essa esperança. “O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma
vida eterna, a nós que morremos por sua lei (2Mc 7,9) É desejável passar pela
mão dos homens, tendo da parte de Deus a esperança de ser um dia ressuscitado
por Ele” (2Mc 7,14)
Os
fariseus, a seita religiosa que existia antes de Jesus e no tempo de Jesus,
professava firmemente a crença na ressurreição dos mortos.
No
Novo Testamento essa verdade aflora a cada momento, de forma particular nas
cartas de São Paulo. A fé na ressurreição se baseia na fé em Deus, que não é “o
Deus dos mortos, mas dos vivos.(Mc 12,27) Jesus liga a verdade da ressurreição
à sua própria vida: “Eu sou a ressurreição e a vida”(Jo 11,25) É Jesus mesmo quem
no último dia há de ressuscitar os que tiverem crido nele, e tiverem comido o
seu corpo e bebido do seu sangue.(Jo 6, 54) A esperança crista da ressurreição
está toda marcada pelos encontros com Cristo ressuscitado. Ressuscitaremos como
Ele, com Ele e por Ele.
Que
é ressuscitar? Na morte que é separação da alma e do corpo, o corpo do ser
humano cai na corrupção, ao passo que a alma vai ao encontro com Deus, ficando
na espera de ser novamente unida ao seu corpo glorificado. Deus, na sua
onipotência restituirá definitivamente a
vida incorruptível aos nossos corpos, unindo-as às nossas almas, pela virtude
da ressurreição de Jesus.(CIC 997)
De
que maneira? Jesus ressuscitou com seu próprio corpo: “Vede minhas mãos e os
meus pés: sou Eu!( Lc 24,39) Mas Ele não voltou a uma vida terrestre. Da mesma
forma, nEle, todos ressuscitarão com o mesmo corpo que tem agora, porém este
corpo será transfigurado em corpo de glória.(1Cor 15,44) Este “como” ultrapassa a nossa imaginação e o
nosso entendimento, sendo acessível somente pela fé.
Quando
ocorrerá essa ressurreição? No “último dia”(Jo 6, 39-40... no fim do mundo”(LG
48) Quando será esse “último dia”... esse fim do mundo? Definitivamente não o
sabemos. “Quando o Senhor, ao sinal dado,
à voz do Arcanjo e ao som da trombeta divina descer do céu, então os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro. (1Tes 4,16)
“Se
o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, (O Espírito
do Pai...) aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos (o Pai...) dará vida
também aos vossos corpos mortais, mediante o Espírito que habita em vós. (Rm
8,11)
Na
ressurreição de Lázaro, ocorreu entre Marta e Jesus, este diálogo: Marta disse a Jesus: Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não
teria morrido! Mas sei também, agora,
que tudo o que pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão
ressurgirá. Respondeu-lhe Marta: Sei que há de ressurgir na ressurreição no
último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em
mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim,
jamais morrerá. Crês nisto?
(Jo 11, 21-26)
A
nossa esperança de ressurreição repousa em Jesus ressuscitado.
29 de novembro de 2013
CREIO
DA REMISSÃO
DOS PECADOS
Em nossa profissão de fé católica,
nós declaramos que cremos na “remissão dos pecados”. Isto é, declaramos que nós
sabemos e cremos que os pecados podem ser perdoados por Deus.
O perdão dos pecados é uma
necessidade premente e absolutamente necessária porque todos somos pecadores,
uns mais outros menos. Diz São João que se alguém diz não ter pecado é um
mentiroso. “Se dizemos que
não temos pecado enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. (1 Jo, 1,8)
Deus Pai enviou seu Filho Jesus ao
mundo, como Salvador, exatamente para alcançarmos a possibilidade do perdão dos
pecados, para sermos salvos e santificados. O próprio nome “Jesus” significa
“salvador”. Ele se torna Salvador à medida que nos perdoa dos nossos pecados.
São João nos confirma essa verdade
quando nos diz: Se
reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os
pecados e para nos purificar de toda iniqüidade. Ele é a expiação pelos nossos
pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Filhinhos, eu vos escrevo, porque vossos pecados vos foram perdoados pelo Seu
nome. Se, porém, andamos na luz como Ele mesmo está na luz, temos comunhão
recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos
purifica de todo pecado (1Jo 1,9. 2,2. 2,12.1,7)
Percebemos nesta passagem 1º como
Deus quer perdoar os nossos pecados, 2º como Jesus, por sua morte e
ressurreição nos alcançou a possibilidade do perdão, 3º se reconhecemos nossos
pecados e pedirmos perdão, seremos perdoados.
Nossos pecados podem ser perdoados
pelo sacramento da Confissão. Jesus instituiu esse sacramento no Domingo da
Páscoa, quando, aparecendo aos Apóstolos, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes
os pecados, eles lhes serão perdoados”. (Jo 20,23)
Pela Confissão podem ser perdoados
todos os pecados. Os pecados mortais devem ser obrigatoriamente levados à
confissão sacramental. Como os pecados mortais, graves, ofendem gravemente a
Deus e rompem o estado de graça, é necessária a Confissão tanto para uma
reconciliação com Deus, bem como para uma reconciliação com o povo de Deus, a
Igreja.
Os pecados veniais podem ser
perdoados pela Confissão, mas também de outras maneiras como: 1º por um ato
penitencial bem feito no início da Santa Missa. 2º por uma santa Comunhão muito
bem realizada e piedosa, na qual manifestamos ao Senhor nosso pesar por nossos
pecados cometidos. 3º por um ato penitencial piedoso, realizado em oração
pessoal 4º pela piedosa e contrita participação de uma confissão comunitária.
5º por boas obras de caridade realizadas com a finalidade de receber o perdão
dos pecados veniais.
O perdão de Deus é uma necessidade
para toda a nossa vida terrena. A fraqueza humana nos acompanha como uma sombra,
e nos leva sempre a cometer novos pecados. A virtude da humildade nos deve
também acompanhar sempre, a fim de reconhecermos os nossos pecados, pedirmos
perdão, a fim de sermos perdoados. Até no purgatório há a necessidade do perdão
divino, a fim de que os pecados levados, e as penas devidas pelos pecados sejam
perdoadas.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado
do mundo, tende piedade de nós!.
28 de novembro de 2013
CREIO NA
COMUNHÃO
DOS SANTOS
Em
nossa profissão de fé católica nós declaramos que cremos na “Comunhão dos
Santos”. Que é esta Comunhão dos Santos? Evidentemente não se trata aqui de
“comunhão eucarística”. O termo comunhão significa, aqui, comunicação de graças
espirituais entre todos os batizados em nome da Trindade.
A
Comunhão dos Santos é a comunicação espiritual que acontece entre todos os
membros da Igreja. É a própria Igreja, enquanto contemplada em todos os seus
membros, e na comunicação espiritual entre todos.
“Uma vez que
todos os que crêem em Cristo, formam um só corpo (espiritual) os bens de uns
são comunicados aos outros". É assim que cremos que existe uma comunicação de
bens (espirituais) na Igreja. O membro mais importante é Jesus Cristo, que é a
cabeça desse corpo. Assim, a riqueza de Cristo é comunicada a todos os que são
batizados e vivem unidos pela graça a Ele. Essa comunicação das riquezas de
Jesus é realizada por meio dos Sacramentos da Igreja. Como a Igreja é governada
por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu se tornam
necessariamente um fundo comum. (CIC n.947)
Como
num corpo humano, onde há uma cabeça e muitos membros e todos os membros
participam igualmente da vida do corpo, e quando um sofre, todo o corpo padece,
e quando um membro é beneficiado, o corpo todo é beneficiado, assim é com o
Corpo de Cristo, pela comunhão dos Santo.
Em
primeiro lugar, a Comunhão dos Santos se refere à participação de todos os
batizados nas riquezas espirituais da Igreja: da mesma fé na Trindade, dos
sacramentos, e em especial da Eucaristia; da Palavra de Deus, das riquezas
espirituais da liturgia e dos sacramentais.
Em
segundo lugar, a Comunhão dos Santos se refere à comunicação espiritual que
existe entre os membros da Igreja que estão militando na terra, com os membros
que se encontram na purificação do purgatório, e com os Santos que se encontram
nos céus. Essa comunicação se refere
aos bens espirituais, às graças vividas por cada um dos membros da Igreja.
A
Igreja militante somos nós que militamos, caminhados, ainda neste mundo. Nós
podemos e devemos viver nossa vida de fé, de esperança de caridade e de culto
para sermos remidos dos nossos pecados, para realizarmos boas obras e vivermos
uma vida cristã santa. De nossa parte, podemos auxiliar e socorrer os nossos
irmãos que se encontram no purgatório, para lhes alcançar o perdão e a
purificação de que necessitam para entrarem no céu.
A
Igreja padecente são os que se encontram nos sofrimentos do purgatório. Eles
podem receber ajuda espiritual para serem purificados e para entrarem nos céus:
1º pela intercessão dos Santos que estão com Deus, no céu, e 2º pela nossa
intercessão, nossas orações, e boas obras realizadas em favor deles,
A
Igreja triunfante são todos os Santos que se encontram nos céus. Eles podem
socorrer as almas do purgatório e podem também interceder por nós, que ainda
militamos nesta terra.
A
Comunhão dos Santos é, pois, toda essa comunicação de bens espirituais que
ocorre entre a Igreja militante, a Igreja padecente e a Igreja triunfante.
Porque somos todos membros dessa única família de Deus, que é a Igreja. Deus
Providente dispôs que nós possamos nos entre-ajudar, para que todos, um dia,
estejamos unidos na casa do Pai, nos Céus.
27 de novembro de 2013
CREIO NA SANTA
IGREJA CATÓLICA
Em nossa profissão de fé católica nós
proclamamos que cremos na “Santa Igreja Católica”. Cremos nela por ter sido
instituída por Jesus Cristo, para continuar a Sua obra de salvação da
humanidade.
Podemos dizer que a Igreja foi
concebida no “coração” do Pai eterno, quando Ele se decidiu salvar a humanidade
por meio de Seu Filho, enviando-O como Salvador. Jesus veio, se encarnou no
seio da Virgem, anunciou a Boa Nova da Salvação, entregou-se até a morte de
cruz para resgatar a humanidade e reconciliá-la com Deus.
Ao chamar os 12 Apóstolos, ao
evangelizá-los, bem como ao evangelizar muitos discípulos, Jesus lançou as
raízes de Sua Igreja, estabeleceu os seus “fundamentos humanos”: os Apóstolos.
Terminada a Sua missão, Jesus derramou copiosamente o Espírito Santo em
Pentecostes, inaugurando e santificando a sua Igreja.
A missão de Jesus foi a de salvar a
humanidade e reconduzi-la para Deus. Jesus estabeleceu a Sua Igreja como a
“continuadora de sua missão” no mundo. Para que ela pudesse realizar essa
continuação, Jesus lhe deixou todos os meios necessários. Primeiro, a Sua
própria presença ressuscitada na Eucaristia, nos sacramentos, nos Evangelhos,
na comunidade reunida. Jesus lhe deixou o Pai eterno, com todas as suas
providências divinas. Deixou-lhe o Espírito Santo, como a fonte da vida
sobrenatural, o poder de ação da Igreja, o Seu Santificador.
Nós cremos que Jesus enriqueceu a
Sua Igreja com a hierarquia, responsabilizada de continuar a Sua obra, através
dos séculos, na humanidade. Enriqueceu-a com os sete sacramentos, fontes de
graças de salvação e santificação para sempre. Enriqueceu-a com toda a
pregação, com as ações e os seus milagres,
por meio dos Santos Evangelhos, inspirados pelo Espírito Santo, para que
pudessem ser luz e verdade para orientação dos corações nos caminhos de
salvação e santidade.
Nós professamos que esta Igreja
fundada por Jesus é una, santa, católica e apostólica. 1º Ela é una porque
Jesus é seu único fundador, porque ela é o único caminho normal estabelecido
por Deus para a Salvação. 2º Ela é santa porque Jesus é santo e porque ela é
animada pelo Espírito Santo, e sua missão é levar à santidade todos os seus
membros. Embora seus filhos sejam santos e pecadores, por ela, os pecadores são
chamados à conversão e à santidade. 3º Ela é católica, no sentido de ser
universal, destinada a toda a humanidade, pois Deus quer salvar a tosos. 4º Ela
é Apostólica, porque Jesus a inaugurou estabelecendo-a sobre os 12 Apóstolos, e
a confiou aos sucessores dos Apóstolos. Mais. A Igreja é sempre instruída sobre
a doutrina revelada, transmitida pelos Apóstolos.
Nossa Igreja é constituída por três
fases de vida. 1º Ela é “militante”, constituída por todos os seus membros
terrenos, que militam a caminho da vida eterna. 2º Ela é “padecente”,
constituída por todos os membros que se encontram no purgatório. 3º Ela é
“triunfante” constituída por todos os seus membros que já alcançaram a
glorificação celeste. Todos esses que se encontram nas três fases constituem a
Igreja de Jesus Cristo.
Nós cremos na Igreja Católica.
Cremos que ela é a Igreja de Jesus Cristo. Cremos que Jesus a estabeleceu como
o Seu caminho para a nossa salvação. Cremos que, vivendo sob as suas
orientações, nós vivemos o estilo de vida que Deus quer de nós. E vivendo esse
estilo de vida cristã ensinado por Jesus e transmitido pela Igreja, nós
alcançaremos a salvação eterna, que é o grande propósito e o grande sonho de
Deus Pai eterno.
25 de novembro de 2013
CREIO
NO ESPÍRITO SANTO
Em nossa profissão de fé católica
nos declaramos que “cremos no Espírito Santo”. E porque cremos nEle, cremos,
sabemos e experimentamos a sua presença em nossa Igreja, em nossas comunidades
católicas e, de modo particular em nossas vidas cristãs.
Sim, cremos que o Espírito Santo
existe. Cremos e professamos que Ele é Deus, que é a terceira Pessoa da
Santíssima Trindade. Cremos que Ele é Deus como o Pai e como o Filho Jesus.
Cremos e sabemos que Ele “procede” do amor do Pai e do Filho. Cremos que Ele “procede
da troca do amor do Pai pelo Filho e do amor do Filho pelo Pai. Ele é o Amor em
Deus.
A Pessoa do Espírito Santo nos foi
revelada por Jesus, em suas pregações e promessas. O nome da Pessoa do Espírito
Santo aparece 5 vezes em Mateus, 4 vezes em Marcos, 14 vezes em Lucas e 3 vezes
em João.
No mistério da encarnação, o Arcanjo
Gabriel afirmou tanto para Maria como para José, que a concepção do Menino
seria obra do Espírito Santo. No Batismo de Jesus, o Espírito desceu em forma
de pomba. Após a ressurreição, Jesus apareceu, soprou sobre os Apóstolos e
disse: “Recebei o Espírito Santo. "A quem perdoardes o pecados, eles lhes serão
perdoados”. Quando enviou definitivamente os Apóstolos em missão, Jesus disse:
“Ide e anunciai o Evangelho da toda criatura, e batizai em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo”.
Em Pentecostes, o Espírito Santo
desceu em forma de chamas de fogo sobre os Apóstolos e Discípulos, fundando a
Igreja de Jesus. E desde então, o Espírito Santo sempre assistiu a hierarquia
da Igreja, atuando muitas vezes de forma admirável, e sempre suscitando na
Igreja novas iniciativas para a purificação, conversão, santificação dos
participantes da Igreja.
Mas infelizmente o Espírito Santo
ainda é muito desconhecido por parte dos católicos. Ele é o Deus desconhecido e
o Amor não amado”. Isto se deve ao fato de que na Igreja não há uma boa
catequese sobre Ele, não há devoções enraizadas e sérias sobre Sua Pessoa, não
são feitas pregações freqüentes sobre Ele.
Mas Ele tem uma obra magnífica a
realizar no coração dos batizados. Pelo Santo Batismo Ele veio morar no coração
dos batizados a fim de realizar essa obra.
Antes de tudo, o Espírito Santo
revela ao nosso coração que Deus é Pai, é nosso Pai, o qual nos ama com a filhos
bem amados. O Espírito clama dentro de nós: Aba, Aba, isto é: Pai, paizinho. É
por graça do Espírito Santo que podemos nos sentir filhos de Deus e
experimentar o Seu amor. Se pedirmos, o Espírito Santo nos concede a graça
importante do amor do Pai eterno.
Em segundo lugar, o Espírito Santo
nos revela Jesus, como Filho de Deus, como nosso Salvador, Senhor e Mestre. É
Ele que nos dá a graça de crermos firmemente em Jesus, de O aceitarmos, de O
amarmos, e de vivermos no Seu amor.
Ao mesmo tempo, o Espírito Santo
quer se manifestar em nossas vidas, iluminando nossos caminhos de fé e
religião, ensinando-nos a fazer escolhas acertadas no caminho de nossas vidas,
conduzindo-nos pelos caminhos de Jesus, até a salvação, a santificação e a
posse da vida eterna.
O Espírito Santo nos revela a
riqueza da nossa devoção para com a Virgem Maria e os Santos. Ele nos dá em
gérmen os sete dons infusos, produz em nossas vidas os nove frutos e nos dá os
carismas para a nossa missão na Igreja, e nos revela a grandeza dos sete
sacramentos.
O segredo de o Espírito Santo
realizar toda sua obra em nós está em conhecermos Sua Pessoa, criarmos uma
amizade e um relacionamento com Ele, cultivados por orações frequentes.
23 de novembro de 2013
DE
ONDE HÁ DE VIR
A JULGAR
OS VIVOS E OS MORTOS
Em nossa profissão de fé católica
nós afirmamos que cremos que Jesus, o Cristo, o Senhor, está nos céus, de onde
há de vir a julgar os vivos e os mortos. Cremos numa segunda vinda de Jesus,
desta vez para fazer justiça, dando aos bons a recompensa da felicidade eterna,
e aos maus, a condenação.
A primeira vinda de Jesus ocorreu
quando ele se encarnou no seio da Virgem Maria, nasceu e viveu para nos revelar
toda a verdade a respeito de Deus e de nossa vida e nosso destino eterno.
Quando ocorrerá a segunda vinda
gloriosa de Jesus não sabemos. Perguntado, Jesus afirmou que “nem o Filho, nem
os Anjos o sabem. Apenas o Pai celeste é que tem conhecimento desse dia
“glorioso para muitos” e “pavoroso para outros”.
Pela doutrina católica nós sabemos
que o julgamento de cada pessoa acontece imediatamente após a morte. Cada
pessoa se apresenta diante de Deus para “prestar contas” de sua vida, da forma
como viveu seus dias terrenos, do bem ou do mal que praticou.
Logo
após o julgamento, a pessoa irá para o seu destino, que pode ser: 1º o Céu,
para aqueles que morreram em plena paz com Deus, com a sua vida totalmente
limpa de todo pecado venial e de todas as seqüelas dos pecados perdoados. 2º o
Purgatório, para aqueles que morreram na graça de Deus, mas suas vidas ainda
estão manchadas por pecados veniais ou seqüelas de pecados já perdoados. No
purgatório, essas pessoas se purificam de tais impurezas para, em seguida,
entrarem na glória dos Céus. É certo que todos os que se encontram no
purgatório estão salvos e todos irão para o Céu. 3º o inferno, para aqueles que
morrem afastados de Deus, em estado de pecados graves, cujas vidas foram
reprovadas por causa dos males praticados. Portanto, o julgamento pessoal
ocorre imediatamente após a morte, e cada qual irá para o seu destino final.
A segunda vinda gloriosa de Jesus
não será para julgar a cada pessoa em particular. Será uma “grande assembléia”
para manifestar a justiça e a misericórdia divinas.
Toda
a humanidade, quer os que estiverem vivos, quer todos os falecidos, todos se
reunirão diante de Deus Pai criador, de Jesus Salvador e do Espírito Santo
santificador para que todos tenham conhecimento de tudo o que o Deus Trindade
realizou para o bem de cada pessoa humana, tudo o que Deus realizou para a
salvação de cada um, todas as chances que Deus ofereceu a cada um para poder se
salvar. Cada pessoa terá a visão de reconhecer todas as oportunidades que Deus
lhe concedeu, em vida, para conhecer o bem, para viver bem, para superar o mal,
para se redimir de seus pecados, ou então para reconhecer que nunca quis
conhecer a Deus, nunca obedeceu aos seus mandamentos e ensinamentos, e viveu
uma vida reprovável.
Aqueles
que forem “aprovados”, reconhecerão maravilhosa mente quão grande foi o amor, a
bondade, a misericórdia e a justiça divina para com eles, e que se salvaram por
causa dessa misericórdia divina. Estes, num grande coro, proclamarão a glória
do Deus salvador.
Aqueles
que forem “reprovados”, reconhecerão que Deus lhes deu todas as chances para se
salvarem, mas por própria culpa e irresponsabilidade viveram uma má vida, e foi
por isso que foram condenados.
Todos
reconhecerão e proclamarão que Deus foi justo para com os que foram condenados,
e foi misericordioso para com os que se salvaram.
22 de novembro de 2013
ESTÁ
SENTADO
À DIREITA DE DEUS PAI
TODO PODEROSO
Quando professamos nossa fé católica,
nós declaramos que cremos que Jesus, o Cristo, o Senhor, após voltar para o
Céu, assentou-se à direita de Deus Pai todo poderoso.
Evidentemente, é preciso compreender
que se usa uma linguagem humana, material, para fazer compreender realidades
sobrenaturais, celestiais. “Jesus sentado...” Deve-se compreender que Jesus,
com seu corpo ressuscitado, glorificado, está na Trindade, junto de Deus, pois
Ele é Deus e é uma das três Pessoas da Trindade.
Jesus
“sentado à direita...” À direita, entre nós, é o lugar de honra, onde fica a segunda
pessoa mais importante. Ao dizer que Jesus está à direita, quer-se entender
que, por causa de Sua paixão, morte,
ressurreição e ascensão, o Pai lhe deu o direito sobre a humanidade
resgatada por Ele, e por isso Jesus é a Pessoa mais importante, junto com o Pai
eterno, com o direito de julgar a humanidade, de dar a recompensa ou de
decretar a condenação.
São Mateus, no seu Evangelho, nos
traz um texto em que Jesus mesmo fala de seu “trono glorioso” de onde julgará a
humanidade. Diz o texto: “Quando o Filho do Homem ( Jesus
Glorioso) voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu
trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos
outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua
direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai,
tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive
sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes;
estava na prisão e viestes a mim. Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando
foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de
beber? Quando foi que te vimos peregrino
e te acolhemos, nu e te vestimos? Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão
e te fomos visitar? Responderá o Rei: -
Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus
irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. Voltar-se-á em seguida para os da sua
esquerda e lhes dirá: - Retirai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno
destinado ao demônio e aos seus anjos.
Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de
beber; era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na
prisão e não me visitastes. Também estes lhe perguntarão: - Senhor, quando foi
que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te
socorremos? E ele responderá: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que
deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de
fazer. (Mt 25, 31-45)
Diz o texto que o Filho do Homem,
que é Jesus glorioso, no fim dos tempos “sentar-se-á” no Seu trono glorioso e
dará a recompensa ou a condenação, segundo as obras praticadas ou omitidas.
Portanto, o próprio Jesus “materializa” a sua linguagem para que nós possamos
compreender com mais facilidade aquelas realidades sobrenaturais de nossa fé.
O mesmo texto citado acima nos
confirma que Jesus, o Cristo, o Senhor, o Salvador, por causa de sua Paixão,
morte e ressurreição, recebeu o direito de julgar toda a humanidade. Foi o Pai
quem lhe deu “todo poder” sobre a humanidade.
21 de novembro de 2013
SUBIU AOS
CÉUS
Em nossa profissão de fé católica
nós declaramos que cremos que Jesus, quarenta dias depois de sua ressurreição, Ele
subiu aos Céus.
Nos Atos
dos Apóstolos (Isto é, nas Atas das ações dos Apóstolos Pedro e Paulo) nós encontramos o texto bíblico que
nos fala da Ascensão de Jesus aos Céus. Diz Lucas: Em minha
primeira narração, ó Teófilo, contei toda a seqüência das ações e dos
ensinamentos de Jesus, desde o princípio
até o dia em que, depois de ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos Apóstolos
que escolhera, foi arrebatado ao céu. E
a eles se manifestou vivo depois de sua Paixão, com muitas provas,
aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas do Reino de Deus.
Dizendo isso elevou-se (da terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus
olhos.. Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o
céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes
disseram: Homens da Galiléia, por que
ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o
céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu. (Atos 1,1-3. 9-12)
O Filho de Deus Pai havia “descido”
dos Céus, se encarnado no seio da Virgem, vivido 30 anos no escondimento,
durante três anos anunciou o Reino de Deus, entregou-se à morte de cruz para a
salvação da humanidade, ressuscitou, apareceu durante quarenta dias aos
Apóstolos, e agora voltou para lá, de onde tinha vindo. Veio do Céu e voltou
para o Céu. Veio de junto da Trindade e voltou para junto da Trindade. Ele é
“uma” das três Pessoas da Trindade.
O relato acima, de Atos, fala que
Jesus “se elevou da terra”, que os Apóstolos “vendo afastar-se para o Céu”, nos
daria a entender que o Céu fica no alto, além das nuvens. Se assim ocorreu, foi
para que os Apóstolos se convencessem de que agora Jesus não estava mais com
Eles, como esteve antes e depois de sua ressurreição.
O Céu, sim, está “no alto”, “acima”
de nosso mundo material. O Céu, para onde foi Jesus, onde se encontra a Santíssima
Trindade, onde se encontram os Anjos e todos os Santos, não é um lugar
material, mas um lugar sobrenatural, espiritual. Lugar espiritual que não ocupa
espaço material. Céu é onde se encontra o Deus Trindade. E a presença junto do
Deus Trindade cria o “Céu do Coração”, isto é, a felicidade completa, perfeita,
plena, imperdível.
A presença e a posse imperdível de
Deus é que gera a felicidade para a qual fomos criados e salvos pela Paixão,
Morte e Ressurreição de Jesus.
Fomos criados para o Céu. A vontade
do Pai é de dar-nos o Céu. Sua vontade chegou ao ponto de nos enviar Jesus, O
Salvador, para nos indicar o caminho do Céu, para nos resgatar daquilo que nos
afasta do Céu, para nos salvar dos males que desviam do Céu, para nos levar
para o Céu.
Disse Jesus: “Não se perturbe o vosso coração. Vós
credes em Deus? Crede também em mim!”. Na casa de meu Pai tem muitas moradas. E
quanto eu tiver ido e tiver preparado o lugar, voltarei para tomar-vos comigo,
a fim de que lá onde estou, estejais também Vós, E Vós sabeis o caminho...”(Jo 14, 1-5)
Fomos criados para o Céu. Fomos
resgatados para irmos para o Céu. Precisamos querer o Céu. Viver em função do
Céu.
20 de novembro de 2013
RESSUSCITOU
AO TERCEIRO DIA
Em nossa profissão de fé católica
nós afirmamos que cremos que Jesus, o Cristo, o Senhor, “ressuscitou ao
terceiro dia”. Os quatro Evangelhos falam da ressurreição de Jesus e de suas
aparições aos Apóstolos durante quarenta dias.
A ressurreição de Jesus é uma
luminosa verdade que nos confirma em todas as outras verdades: 1ª. Se Jesus
ressuscitou é porque há uma outra vida, depois da morte. Se não houvesse, Jesus
não poderia ter ressuscitado. 2ª A ressurreição de Jesus é uma vitória sobre a
morte, que nos garante a possibilidade de nossa futura ressurreição. 3ª Jesus
foi o primeiro a ressuscitar. Nós, que cremos nele, também ressuscitaremos,
para que o nosso corpo também participe da glória eterna.
O Pai eterno não podia deixar o Seu
Filho ficar prisioneiro da morte. Porque Jesus havia vencido todo pecado por
sua morte de cruz, era preciso que Ele vencesse a morte pela ressurreição.
A ressurreição de Jesus é a marca da
autenticidade de Jesus. O Pai O ressuscitou para nos dar a garantia absoluta de
que Jesus era verdadeiramente o Seu filho, o Salvador, o Messias.
Ele
havia afirmado várias vezes que iria morrer, mas que iria ressuscitar. Ora,
essa afirmação era realmente incrível, inimaginável. E Ele cumpriu a palavra.
Ele, portanto, falou a verdade, pois ressuscitou. Se Ele falou essa verdade e a
confirmou, então nós podemos crer nEle. E se podemos crer nEle quanto a essa
verdade, podemos ter a certeza de que Ele também falou a verdade a respeito de
todas as outras verdades reveladas.
São Paulo vem nos garantir essa
verdade da ressurreição quando diz: “Ora, se se prega
que Jesus ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns de vós que não há
ressurreição de mortos? Se não há ressurreição dos mortos, nem Cristo
ressuscitou. Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a
vossa fé. Além disso, seríamos convencidos de ser falsas testemunhas de Deus,
por termos dado testemunho contra Deus, afirmando que ele ressuscitou a Cristo,
ao qual não ressuscitou (se os mortos não ressuscitam). 1 Cor 12-15)
Não apenas sabemos e cremos que
Jesus ressuscitou, mas nós comprovamos e experienciamos sua presença entre nós,
pelos milagres, graças e bênçãos que recebemos dEle, que continuam a ser
realizadas por Ele em nossa comunidades de fé e de culto.
Jesus ressuscitado continua conosco
presente na Eucaristia, quer na Santa Missa e na Comunhão, quer no sacrário.
Ele se põe “no meio de nós” quando nos reunimos em seu nome. Ele se faz
presente pela proclamação do Evangelho. E nós o encontramos também presente na
vida dos que nEle crêem e com Ele convivem.
Um encontro muito pessoal com Jesus
ressuscitado é um ponto de partida excelente para se viver uma verdadeira vida
cristã. Após esse encontro pessoal, nasce uma admiração crescente por Sua
Pessoa, por Suas verdades reveladas, por Sua Igreja. Por essa admiração
crescente, por meio dos contatos pessoais com Ele, se fundamenta uma amizade,
um relacionamento cada vez mais profundo com Ele, e com isso se solidifica
sempre mais a vida cristã e a certeza da salvação.
Viver “com O“ ressuscitado, viver
“como O” ressuscitado e viver “como” ressuscitados: eis a vida cristã.
18 de novembro de 2013
DESCEU
À MANSÃO
DOS MORTOS
Em nossa profissão de fé católica
nós declaramos que cremos que Jesus, o Cristo, o Senhor, após a sua morte de
cruz “desceu à mansão dos mortos". O que é essa “mansão dos mortos”?
Em primeiro lugar, por este artigo
de fé, nós professamos que, de fato, Jesus morreu, experimentou a passagem pela
morte, fez a sua experiência de morrer, como todos os mortais.
Para onde teria ido a alma de Jesus,
nesse tempo, entre a sua morte e a sua ressurreição? Baseados nas Escrituras
sagradas, sabemos que Jesus “desceu” à mansão dos mortos, à região dos que
morreram, desde Adão e Eva, até o dia da morte de Jesus. Na verdade, as almas
dos falecidos são espirituais e, por isso, não ocupam espaços. Como somos
humanos e restritos à matéria, usamos comparações materiais para “localizar” as
almas dos falecidos, como: mansão dos mortos, região dos mortos, os infernos
(não o inferno!), o Sheol, o Hades. Aliás, Jesus, ao falar do céu Ele disse: “
Na casa de meu Pai existem muitas moradas... muitas mansões” (Cf Jo 14, 2-3)
Sabemos que todos os falecidos,
desde Adão até a morte de Jesus, não tinham ainda ido para a glória dos céus ou
para o inferno. Todas essas almas estavam à espera do Salvador. Após morrer,
Jesus foi para “onde” todas as almas estavam, a fim de se apresentar e anunciar
o Evangelho da salvação, a fim de que todos os que o aceitassem e nele cressem,
fossem resgatados e salvos, para entrarem com Ele na glória dos céus.
São
Pedro, em sua primeira carta nos diz: “Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados - o Justo pelos
injustos - para nos conduzir a Deus. Padeceu a morte em sua carne, mas foi
vivificado quanto ao espírito. É neste
mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos no cárcere,
àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes” (!Pd 3,
18-19)
É interessante notar que Pedro fala
de que Jesus foi “pregar” aos que estavam no “cárcere”. Portanto, todos os que
morreram antes de Jesus, tiveram a chance de conhecer Jesus, de ouvir a sua
pregação, de aceitá-lo ou negá-lo. E de acordo com essa escolha receber a
salvação ou a condenação.
Ensina-nos o Catecismo da Igreja
Católica: “Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos, e com sua alma
esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá foi como Salvador,
proclamando a Boa Nova aos espíritos que ali estavam aprisionados” (CICnº
632).
São Pedro confirma o que está no
catecismo: “Pois
para isto foi o Evangelho pregado também aos mortos; para que, embora sejam
condenados em sua humanidade de carne, vivam segundo Deus quanto ao espírito”.
(1 Pe 4,6 )
João, no
Apocalipse, põe nos lábios de Jesus esta afirmação: "Pois
estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves
da morte e da região dos mortos". (Ap 1,18) Jesus tem as chaves da morte, isto é,
por sua ressurreição Ele venceu a morte, vitória esta para si mesmo e para
todos aqueles que nEle crêem. E Ele tem também a chave da região dos mortos.
Após ir para junto dos mortos para “pregar” a salvação, Jesus levou consigo
todos os que nEle creram e o aceitaram como Salvador pessoal.
“São
precisamente estas almas santas que esperavam o seu libertador no seio de
Abraão, que Jesus libertou ao descer aos infernos. Jesus não desceu aos
infernos para ali libertar os condenados, nem para destruir o inferno, mas para
libertar os justos que o haviam precedido”. (CIC nº 633)
Cristo desceu, portanto, às
“profundezas da morte” a fim de que “os
mortos ouçam a voz do filho do homem, e os que a ouvirem, vivam”(Jo 5,25).
É preciso ainda dizer que todos
aqueles que morreram a partir da ressurreição de Jesus, já foram ou vão
diretamente para o céu, se morreram em paz com Deus e em plana graça
santificante; já foram ou vão para o purgatório, a fim de purificar suas almas
de pecados leves ou seqüelas de pecados perdoados; já foram ou irão para o inferno se foram
reprovados e condenados por sua má vida.
16 de novembro de 2013
FOI
CRUCIFICADO,
MORTO E SEPULTADO
Em nossa profissão de fé católica
proclamamos que Jesus, o Cristo, o Senhor, foi crucificado, morreu e foi
sepultado.
A pena para aqueles que eram
condenados à morte, no império romano era a crucificação. Portanto, Jesus foi
considerado um criminoso tão mau que merecia a pena máxima, a pena de morte, a
morte por crucificação.
Os condenados à crucificação eram
amarrados à cruz. Jesus foi crucificado, pregado com grossos pregos, nas mãos e
nos pés. Como já havia sido flagelado, coroado de espinhos e carregado a cruz,
três horas depois de ser crucificado, Jesus morreu.
A morte de Jesus estava prevista nos
planos de Deus Pai para o perdão e a salvação da humanidade. Era o preço
exigido por Deus Pai para perdoar e salvar a humanidade. Portanto, de um
tremendo mal: a morte de Jesus, nasceu um infinito bem: a salvação de todo
aquele haveria de crer em Jesus crucificado e ressuscitado, a salvação de todos
aqueles que já estão no céu e no purgatório, bem como a salvação de todos os
seres humanos que vivem agora e que viverão no futuro, crerão em Jesus e
viverão de acordo com seus ensinamentos.
As dores de Jesus foram “dores de
parto”: Enquanto Ele sofria, nós estávamos nascendo para a salvação, para uma
vida nova, para a vida eterna. A aparente derrota de Jesus na cruz suscitou a
grande vitória sobre o inimigo, sofre o inferno, sobre a própria morte e sobre
o pecado. Pela fé em Jesus e em seus ensinamentos, nós somos vencedores contra
todas as formas de pecados e de males.
Os méritos da morte de Jesus entram
em nós pela “porta da fé”. Pela fé, cremos que Jesus, que foi crucificado e
morreu, é o Filho de Deus, é Deus como o Pai e como o Espírito Santo, é o nosso
Salvador, é o Senhor de nossa vida, é o mestre divino que nos revelou todos os
segredos de nossa fé. Por causa dessa fé, aceitamos e vivemos os mandamentos e
ensinamentos de Jesus, em nossa vida cristã. Por nossa vida de fé, por nossa
vida cristã, pela vivência dos sacramentos e pela participação na vida da
igreja, nós nos “apropriamos” dos méritos da paixão e morte de Jesus, e com
isso nós vivemos como pessoas salvas, já nesta vida, e após a morte receberemos
a salvação eterna.
Jesus morreu por todos. Mas não
todos se salvam. A salvação pessoal é um
processo personalizado. Cada um precisa crer em Jesus, aceitá-lo como
salvador pessoal, viver de acordo com seus ensinamentos e mandamentos.
Portanto, a salvação pessoal é um processo de uma vida toda, a qual, aliás, se
inicia no Santo Batismo e se prolonga até a eternidade.
Jesus foi sepultado. José de Aritmateia,
Nicodemos e São João, com a permissão de Pôncio Pilatos, retiraram o corpo de
Jesus da cruz, e depois de envolve-lo com aromas e com faixas, como faziam os
judeus, depositaram-no num sepulcro novo, escavado no pé na própria rocha do
calvário, e que era de propriedade de José de Aritmateia.
Graças à morte de Jesus, nós temos a
esperança de sermos sempre de novo perdoados dos nossos pecados, de podermos
viver uma vida cristã verdadeira, e dessa forma sermos aprovados e recebermos a
glória celeste que nos foi conquistada por Jesus.
15 de novembro de 2013
PADECEU SOB
PÔNCIO PILATOS
Em nossa profissão de fé católica
declaramos que Jesus, o Cristo, o Senhor, padeceu uma multiforme seqüência de
sofrimentos no tempo e sob a autoridade do governador Pôncio Pilatos.
Todos esses sofrimentos de Jesus
fizeram parte do projeto de Deus Pai para a redenção e salvação da humanidade.
Precisavam acontecer. Jesus se encarnou também para isto. Fizeram parte de Sua
missão terrena.
Todos os quatro Evangelhos descrevem
com detalhes o itinerário da Paixão e Morte de Jesus. Os sofrimentos do
Salvador se iniciaram no Jardim da Oliveiras, na quinta feira santa, à noite.
Em oração, Jesus anteviu todos os pecados da humanidade de todos os tempos,
pelos quais devia responder diante do Pai, como se Ele fosse o único pecador.
Anteviu todos os sofrimentos a que deveria se submeter a partir desse momento.
Tal visão lhe trouxe uma angústia tão grande, um sofrimento espiritual e
psicológico tão profundos que Jesus chegou a suar sangue. Poderia ter morrido
ali.
Ainda ali no horto, Jesus sofreu a
traição de Judas e a prisão com os maus tratos dos guardas e soldado. Logo
Jesus foi levado à mansão do sumo sacerdote onde foi humilhado e desprezado.
Apresentado a Pilatos e interrogado
por ele, por causa da opressão dos inimigos de Jesus, Ele foi condenado ao
suplício da flagelação. Uma tortura física terrível que deixou Seu corpo cheio
de hematomas profundos, de muitas feridas a sangrar. Sofrimentos que poderiam
levar à morte. Mas não era a hora. Faltavam mais sofrimentos.
Após a flagelação, os soldados
tiveram a terrível idéia da coroação de espinhos, que aliás, foi um deboche
tremendo e uma tortura psicológica destruidora. Porque Jesus havia se declarado
Rei, os soldados montaram uma tragi-comédia: revestiram Jesus com um manto
velho de púrpura (em lugar de um manto real...) fizeram-no
sentar-se num cepo, (em lugar de um trono real...) colocaram-lhe nas mãos uma
vara(em lugar de um cetro real...) e coroaram-no com uma coroa de espinhos,
encravando os espinhos na cabeça. Em seguida debocharam dEle, deram-lhe bofetadas,
cuspiram nEle.
Pressionado pelo inimigos de Jesus,
Pôncio Pilatos acabou condenando-O à morte de cruz. Jesus carregou sua própria
cruz. Foi um martírio terrível sua caminhada até o alto do calvário.
No calvário foi crucificado entre
dois bandidos, também condenados à morte. Eles foram amarrados à cruz. Jesus
foi pregado com grossos pregos, e suspenso na cruz por três horas.
Após três horas, Jesus, o Filho de
Deus Pai, o Salvador da humanidade, entregou o seu Espírito. Doou o que de mais
precisos possuía: a Sua vida, por amor ao Pai e à humanidade.