28 de agosto de 2014

VIRTUDE DA FIDELIDADE

O nome “fidelidade” tem ligação com fé. Do latim, “fídes” e “fidélitas”, que se traduzem por “fé” e “fidelidade”. Também essa virtude é “descendente” do amor-caridade. Quando um coração se sente muito amado pelo Deus-Trindade e pelos irmãos, e corresponde a esse amor decididamente, ele se torna rigorosamente fiel para com eles. Porque tem compromissos de amor com Eles, não quer decepcionar e nem ofender, não cumprindo todos os compromissos assumidos com Eles, e por isso, naturalmente se torna fiel.
        A Fidelidade é uma virtude que o Espírito Santo molda em nosso coração de cristãos, que nos faz fiéis em todos os compromissos, nas promessas e nos deveres para com Deus, para com o próximo e para conosco mesmos. Esta virtude nos leva a sermos fiéis ao Senhor, ao próximo e a nós mesmos.
      A fidelidade nos leva a sermos honestos e fiéis nos dízimos, nas ofertas, na observância do domingo; nos deveres matrimoniais, familiares e sociais; nos relacionamentos com os amigos e associados; no pagamento das dívidas; no dar ao próximo aquilo que lhe pertence.
      A fidelidade nos torna fiéis conosco mesmos, não nos vendendo por preço algum, não abrindo mão dos valores espirituais, familiares, morais, sociais e comunitários. “Os que permanecerem fiéis até a morte receberão a Coroa da Vida”.
            Somos fiéis quando mantemos a palavra dada. Também somos considerados fiéis se cumprimos com nossas obrigações e compromissos – na hora em que devem ser cumpridos - apesar das eventuais dificuldades. 
       Somos fiéis quando mantemos os compromissos de toda a vida estabelecidos com Deus, com o conjugue, com os amigos e com aqueles que dependem de nós, como clientes, empregados, e outros.  
 A virtude da fidelidade se conquista  com sua prática cotidiana, no cumprimento fiel do pequeno dever de cada dia, como levantar cedo todos os dias, fazer a ginástica nos dias determinados, cumprir com os deveres de casa, quer profissionais  quer familiares, sem adiamentos. 
 Pelo exercício da fidelidade nas pequenas coisas cotidianas acabamos desenvolvendo a virtude da fidelidade nas coisas que custam mais. Quem já não experimentou a boa sensação de que uma atividade que inicialmente nos custava, aos poucos, à medida que a cumprimos fielmente, ela vai se tornando cada vez mais fácil, a ponto de nos admirarmos que isso pudesse nos custar tanto?
Os sentimentos e os estados de ânimo do homem são mutáveis, e sobre eles não se pode construir uma vida de fidelidade. A virtude da fidelidade é conquistada pela prática  de obras reais de amor, o qual apesar dos sacrifícios, adquire a firmeza do amor verdadeiro. Sem amor, aparecem logo as infidelidades nos compromissos assumidos.  
A fidelidade nos compromissos por toda uma vida é possível por meio da fidelidade nas  pequenas coisas, e por recomeçar toda vez que saímos um pouco do caminho. 
É porque se crê na importância de um determinado valor, como por exemplo o valor da família, do matrimônio, da amizade, que a fidelidade adquire o seu valor ativo. Através da fidelidade transcendemos nossas limitações. A fidelidade é uma vitória sobre as dificuldades internas e externas, é também uma perenização do que vale a pena no tempo. 
A função da fidelidade é exatamente aperfeiçoar a pessoa no tempo vivido. Se acreditamos que alguma coisa é um grande valor, também cremos que este valor é durável, é eterno. Isso é fidelidade. Percebemos a eternidade do valor que escolhemos.
Não podemos ser fiéis ao ideal de família, mudando de esposa quando nos convém, nem podemos nos dizer defensores da família, se estamos vivendo situações contrárias, como, por exemplo, ser amante de um homem casado. Por isso a fidelidade não pode ser coisa de momento ou apenas de discurso, mas é uma prática duradoura e deve ser tão profunda a ponto de mover o nosso modo de ser.  
A virtude da fidelidade é construída na vida cotidiana pela repetição de pequenos atos de fidelidade. Se nos deixarmos levar pelos caprichos, pelas inconstâncias, ou pelas pequenas infidelidades, inviabilizamos um projeto pessoal, não só porque as circunstâncias variáveis do instante acabam por nos escravizar, como também porque o tempo não volta para refazermos nossa reputação de outra forma. 
Somos fiéis quando mantemos a palavra dada. Se cumprimos com nossas obrigações e compromissos, apesar das eventuais dificuldades, então temos a virtude da fidelidade. Somos fiéis quando mantemos os compromissos assumidos, aqueles estabelecidos por Deus, aqueles referentes ao nosso cônjuge, os de amizade, e todos aqueles compromissos referentes à nossa vida profissional, como compromissos de qualidade para com os clientes, de honestidade e justiça para com os empregados, etc. A fidelidade é uma virtude que dá muita dignidade à nossa pessoa e à nossa vida em sociedade.  
Quando aderimos a uma causa nobre e lutamos por ela, é ela que nutre a nossa fidelidade. Por isso, o amor verdadeiro, grande, não pode ser dedicado a ninharias, porque logo desistimos. Onde o amor é pequeno, a fidelidade é curta, o tempo se torna longo, e os sacrifícios, mesmo pequenos, se tornam insuportáveis. É preciso estar unido a Deus, que é o próprio amor, fonte de todo bem, para mantermos a fidelidade. 
Se formos infiéis nos pormenores da vida, certamente seremos infiéis nas grandes coisas. Quem é fiel nas pequenas coisas, o será também nas grandes. (Jesus Cristo). 



1 Comentários:

Anonymous yanese disse...

Excelente

29 de agosto de 2014 às 09:46  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial