A CURA DAS CARÊNCIAS AFEETIVAS
O trabalho de amadurecimento no amor e de cura das carências
afetivas é particularmente muito importante. É muito importante exatamente para
que a vida matrimonial possa ser vivida num clima de muito amor afetivo. Essa
cura vai acontecendo à medida que marido e mulher, bem como pais e filhos,
tenham hábitos afetivos, tenham muitas comunicações afetivas. Aliás, essa troca
de amor em família é a melhor forma de curar carências, e de o casal chegar à
maturidade do coração.
Saibam que a cura das carências afetivas só acontece por meio de muito amor
afetivo dado e recebido. Eu diria, essa fome de amor só é curada por meio de
pratos cheios de amor afetivo, comidos todos os dias. Quando um marido oferece
muito amor afetivo para a esposa e para os filhos, e deles também recebe uma
resposta de muito amor, todos eles estão se alimentando afetivamente, e com
isso, as carências afetivas são curadas, e todos amadurecem sempre mais no
amor. É exatamente por esse diálogo de amor, por esse jogo de dar e de receber
amor é que tanto o marido como sua esposa chegam á maturidade do coração.
Se uma esposa trouxe para dentro do casamento imaturidades ou até profundas
carências afetivas, a forma ideal de curar-se está exatamente em dar muito do
seu amor ao marido, aos filhos, aos genros, nora e netos, e ao mesmo tempo, em
se deixar amar por eles.
Estou insistindo neste aspecto de “deixar-se amar” porque, principalmente os
homens, muitas vezes, não se deixam amar afetivamente. Muitos não se deixam
amar afetivamente porque são tão carentes que se sentem mal, ficam sem graça,
quando a esposa ou os filhos querem amá-los afetivamente. Quantas queixas tenho
ouvido de jovens que dizem: "Eu nunca posso dar um abraço ou um beijo em
meu pai. Ele não aceita". Quantas esposas se queixou dizendo: "Quando
eu procuro fazer um carinho no meu marido, ele se afasta, e até fica irritado”.
Esses homens precisam deixar-se amar por suas esposas e seus filhos. Precisam
prestar atenção para essa realidade tão importante de permitir que as pessoas
de suas famílias os amem afetivamente. Que esses maridos permitam que sua
esposas se manifestem até prolongadamente com manifestações afetivas. Precisam
se dar conta que isso é ótimo para eles. Alguém poderia dizer: “Mas eu já
cheguei à maturidade e não necessito de afeto”! Se fosse verdade que essa
pessoa tivesse chegado à maturidade, ela se sentiria muito feliz e gratificada
por poder acolher o amor que alguém quer lhe oferecer. Quando um coração chega
à maturidade do amor, torna-se muito mais sensível, tanto em dar amor, em
gostar de amar, em sentir satisfação de oferecer do seu amor, como também
torna-se muito sensível para acolher o amor que lhe é dado.
Se alguém do sexo masculino percebe que não se sente muito bem quando a esposa
ou os filhos querem abraçá-lo, beijá-lo, deve perguntar-se: “Por que eu me
sinto assim? O que é que está acontecendo comigo”? A resposta mais provável é
que ele tenha muitas carências afetivas, e portanto, precisa curá-las,
deixando-se amar.
Com as mulheres, esse problema é mais fácil de ser solucionado, porque elas,
por própria natureza, são muito mais “coração”. Se uma esposa e mãe tem
dificuldade de se deixar amar, quase sempre não é por imaturidades e carências,
mas muito mais por causa de sofrimentos do desamor recebido, por causa das
feridas dos seus corações, feridas abertas por seu marido ou por seus filhos.
Nas mulheres, as imaturidades e as carências afetivas abrem ainda mais seus
corações para acolher o amor que lhes é oferecido.
Como é importante o jogo do amor afetivo entre marido e mulher! Como é benéfico
esse intercâmbio de amor! Como é saudável o diálogo permanente e constante de
amor afetivo entre o casal! É essa troca de amor, é essa vida afetiva cultivada
inteligentemente que dá sabor, que comunica tempero à vida matrimonial. É o
amor afetivo quem engrossa cada vez mais os laços de amor entre marido e
mulher. Além disso, é essa troca de amor que amadurece as imaturidades e cura
as carências afetivas levando os corações dos esposos à maturidade. Quanto mais
alguém amadurece, quanto mais consegue dar amor, tanto mais se desenvolve sua
capacidade de amar. Quanto maior a capacidade de amar, mais o ser humano se
realiza e se torna feliz.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial