9 de fevereiro de 2015

A CURA DAS CARÊNCIAS AFEETIVAS
O trabalho de amadurecimento no amor e de cura das carências afetivas é particularmente muito importante. É muito importante exatamente para que a vida matrimonial possa ser vivida num clima de muito amor afetivo. Essa cura vai acontecendo à medida que marido e mulher, bem como pais e filhos, tenham hábitos afetivos, tenham muitas comunicações afetivas. Aliás, essa troca de amor em família é a melhor forma de curar carências, e de o casal chegar à maturidade do coração.
Saibam que a cura das carências afetivas só acontece por meio de muito amor afetivo dado e recebido. Eu diria, essa fome de amor só é curada por meio de pratos cheios de amor afetivo, comidos todos os dias. Quando um marido oferece muito amor afetivo para a esposa e para os filhos, e deles também recebe uma resposta de muito amor, todos eles estão se alimentando afetivamente, e com isso, as carências afetivas são curadas, e todos amadurecem sempre mais no amor. É exatamente por esse diálogo de amor, por esse jogo de dar e de receber amor é que tanto o marido como sua esposa chegam á maturidade do coração.
Se uma esposa trouxe para dentro do casamento imaturidades ou até profundas carências afetivas, a forma ideal de curar-se está exatamente em dar muito do seu amor ao marido, aos filhos, aos genros, nora e netos, e ao mesmo tempo, em se deixar amar por eles.
Estou insistindo neste aspecto de “deixar-se amar” porque, principalmente os homens, muitas vezes, não se deixam amar afetivamente. Muitos não se deixam amar afetivamente porque são tão carentes que se sentem mal, ficam sem graça, quando a esposa ou os filhos querem amá-los afetivamente. Quantas queixas tenho ouvido de jovens que dizem: "Eu nunca posso dar um abraço ou um beijo em meu pai. Ele não aceita". Quantas esposas se queixou dizendo: "Quando eu procuro fazer um carinho no meu marido, ele se afasta, e até fica irritado”. Esses homens precisam deixar-se amar por suas esposas e seus filhos. Precisam prestar atenção para essa realidade tão importante de permitir que as pessoas de suas famílias os amem afetivamente. Que esses maridos permitam que sua esposas se manifestem até prolongadamente com manifestações afetivas. Precisam se dar conta que isso é ótimo para eles. Alguém poderia dizer: “Mas eu já cheguei à maturidade e não necessito de afeto”! Se fosse verdade que essa pessoa tivesse chegado à maturidade, ela se sentiria muito feliz e gratificada por poder acolher o amor que alguém quer lhe oferecer. Quando um coração chega à maturidade do amor, torna-se muito mais sensível, tanto em dar amor, em gostar de amar, em sentir satisfação de oferecer do seu amor, como também torna-se muito sensível para acolher o amor que lhe é dado.
Se alguém do sexo masculino percebe que não se sente muito bem quando a esposa ou os filhos querem abraçá-lo, beijá-lo, deve perguntar-se: “Por que eu me sinto assim? O que é que está acontecendo comigo”? A resposta mais provável é que ele tenha muitas carências afetivas, e portanto, precisa curá-las, deixando-se amar.
Com as mulheres, esse problema é mais fácil de ser solucionado, porque elas, por própria natureza, são muito mais “coração”. Se uma esposa e mãe tem dificuldade de se deixar amar, quase sempre não é por imaturidades e carências, mas muito mais por causa de sofrimentos do desamor recebido, por causa das feridas dos seus corações, feridas abertas por seu marido ou por seus filhos. Nas mulheres, as imaturidades e as carências afetivas abrem ainda mais seus corações para acolher o amor que lhes é oferecido.
Como é importante o jogo do amor afetivo entre marido e mulher! Como é benéfico esse intercâmbio de amor! Como é saudável o diálogo permanente e constante de amor afetivo entre o casal! É essa troca de amor, é essa vida afetiva cultivada inteligentemente que dá sabor, que comunica tempero à vida matrimonial. É o amor afetivo quem engrossa cada vez mais os laços de amor entre marido e mulher. Além disso, é essa troca de amor que amadurece as imaturidades e cura as carências afetivas levando os corações dos esposos à maturidade. Quanto mais alguém amadurece, quanto mais consegue dar amor, tanto mais se desenvolve sua capacidade de amar. Quanto maior a capacidade de amar, mais o ser humano se realiza e se torna feliz.



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