5 de setembro de 2012

VIRTUDE DA GENEROSIDADE  
                    CONTINUAÇÃO
Um dos mecanismos que a sociedade sempre teve para educar para a generosidade foram as religiões. Como sempre foram preocupadas com a moral, as crenças em um poder superior costumam estimular as virtudes como a generosidade, a solidariedade, a compaixão. "Ninguém nasce generoso". "É preciso aprender". No cristianismo, por exemplo, costumam-se contar as histórias de Cristo como inspiração para os fiéis. Uma das mais conhecidas é a do milagre da multiplicação de pães e peixes. "O que Cristo fez foi juntar o pouquinho que cada um tinha, e realizar o milagre de repartir entre todos". Exercitar todos os dias as virtudes como a generosidade é uma forma de combater os vícios, como o egoísmo.
Em uma sociedade que pede apenas que você receba, nunca doe, a generosidade é um treino. O primeiro passo para a generosidade é saber se somos individualmente capazes de oferecer. O desafio é estar atento às necessidades da vida em comum, não só às nossas. Para poder ajudar o outro, o primeiro passo é enxergá-lo, ouvi-lo, perceber suas necessidades. Uma vez que percebemos a necessidade do outro, é hora de partir para a ação. Porque ser generoso é, antes de tudo, uma escolha.
Há uma distinção a ser feita entre a generosidade e a justiça: "É certo que a justiça e a generosidade têm ambas a ver com as nossas relações com os outros, mas a generosidade é mais subjetiva, mais singular, mais afetiva, mais espontânea, ao passo que a justiça, mesmo aplicada, conserva algo de objetivo, de mais universal, de mais intelectual ou mais refletido".
A generosidade é uma virtude porque procura finalidades retas, isto é, dar às pessoas certas, nas quantidades adequadas, no momento certo e da forma correta.
Há algumas condições inerentes aos ato generoso. Não depende da quantidade que se dá, mas das possibilidades do doador. O que se dá tem de provir de fontes corretas. Dá-se apenas porque se gosta de dar, sem quaisquer outras finalidades ou razões. O generoso é o que dá de acordo com as suas posses e em função de finalidades retas. O generoso é mais pronto a dar benefícios do que a receber.

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