QUINTO PECADO CAPITAL
A
GULA
A gula é o desejo insaciável por comida e bebida que leva a ingerir uma
quantidade além do necessário. É um vício compulsivo que age toda vez que
alguém está diante de alimentos que podem ser ingeridos naquele momento.
O criador
deu a todos os homens os impulsos naturais de comer e de beber, acrescidos de prazer. O vício existe quando
alguém faz de tal prazer a finalidade de seus atos de comer ou de beber, a
ponto de usar com excesso e com prejuízo para a sua saúde. A gula pode acontecer no comer, no beber, no
abuso do fumo e do uso das drogas.
A gula se manifesta no comer
demais, em só querer alimentos requintados, tratando com desdém dos alimentos comuns e sadios. Quem
cede a tal paixão faz de seu ventre o seu deus.
São Paulo
escreveu aos filipenses: “Porque
há muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado, e agora o digo
chorando, que se portam como inimigos da cruz de Cristo, cujo destino é a
perdição, cujo deus é o ventre, para quem a própria ignomínia é causa de
envaidecimento, e só têm prazer no que é terreno. (Fil. 3, 18-19).
Porque é um ato exagerado de
consumo de bebida alcoólica, e por causa da degradação que inflige ao ser
humano, pela perda do domínio de si mesmo e pelos sérios danos que acarreta
para a família da pessoa ébria, o alcoolismo é um vício pecaminoso.
O abuso do fumo, porque enfraquece
a energia da vontade do fumante e pode afetar-lhe a saúde física, torna-se um
vício pecaminoso.
O uso das drogas, desfigura
profundamente os valores físicos e morais dos seus usuários. O uso de drogas
fortes é uma mutilação, no ponto de vista psíquico. É um atentado contra a
própria vida, além de se tornar um difusor da droga, causando assim uma
injustiça aos outros.
O remédio para a gula é a prática
da virtude cardeal da temperança.
A temperança
é a virtude moral que modera a atração pelos prazeres, e procura o equilíbrio
no uso dos bens criados. Assegura o domínio da vontade sobre os instintos, e
mantém os desejos dentro dos limites da honestidade.
A
pessoa temperante orienta para o bem seus apetites sensíveis, guarda uma santa
discrição e “não se deixa levar pelas paixões do coração” (Eclo, 5,2) Não te
deixes levar pelas paixões e refreia os teus desejos. (Eclo 18, 30)
A temperança
é o freio da nossa alma. A temperança é a virtude pela qual usamos com
moderação dos bens temporais, quer eles sejam comida, bebida, sono, diversão,
sexo, conforto, etc. Ela nos ensina a usar essas coisas na hora certa, no tempo
certo, na quantidade adequada. Ela nos ensina que certos atos são reservados a
certas situações.
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