21 de março de 2010

A SECRETARIA DA MISERICÓRDIA



Jesus veio ao nosso planeta como Salvador. Seu nome, traduzido para a nossa língua, corresponde a Salvador. Por certo, você conhece alguém com esse nome. Aliás, o nome Jesus indica exatamente sua missão salvífica. Quando o arcanjo Gabriel anunciou o seu nascimento, disse: “Por-lhe-ás o nome de Jesus, porque ele vem para salvar o povo de seus pecados” (Mt 1,21).
Nos três anos de sua vida pública, Jesus pôs em execução todo um programa salvador. Anunciou todas as verdades a respeito de Deus, a respeito do sentido e do destino da vida humana, bem como o signi-ficado de todas as coisas terrenas e celestes. Ao mesmo tempo, foi realizando a salvação, convertendo os corações, perdoando os pecadores, curando todo tipo de doenças e enfermidades, expulsando os demônios, ressuscitado mortos, e realizando muitas maravilhas, a fim de que cressem nele. Crendo, o aceitassem como Salvador e aceitassem as verdades por ele ensinadas.
Sabendo que sua passagem terrena seria breve, Jesus providenciou tudo quando seria necessário a fim de que o processo de salvação prosseguisse até o fim dos tempos. Jesus fundou a sua Igreja, e nela dei-xou todos os meios e instrumentos, a fim de que o processo de salvação da humanidade prossiga. Na Igreja encontramos todas as fontes de graças salvíficas bem como todos os meios e instrumentos de salvação. Na Igreja encontramos Deus Pai com seu infinito amor paterno e misericordioso; encontramos Jesus ressusci-tado que, por sua presença viva, continua anunciando e fazendo a salvação acontecer; encontramos o Espíri-to Santo, agente secreto e dinamizador de todas as graças de salvação e de santidade; encontramos Maria, os Anjos e Santos, que nos estimulam com seu exemplo e intercedem por nós. Na Igreja temos a Palavra de Deus, luz que ilumina os corações e os orienta pelos caminhos de Deus; temos os sete Sacramentos, quais sete grandes fontes de graças de salvação e de santidade; temos a hierarquia que torna visível a presença de Jesus e exerce todas as funções para a salvação e santidade do povo de Deus; temos a riqueza da liturgia e de todas as ações e orações litúrgicas; temos os sacramentais e muitas maravilhosas tradições religiosas que, em síntese, são e precisam ser canais de graças de salvação e de santidade para o povo de Deus.
Tudo procede do Deus salvador, e tudo converge para o ser humano que precisa ser salvo. O rela-cionamento entre o Deus vivo e o ser humano é um relacionamento essencialmente salvífico, salvador. Pois todo ser humano precisa de salvação, e quem salva é Deus.

Marcadores:

A SECRETARIA DO PERDÃO


Em face dessas verdades e realidades a que me referi, compreendemos muito mais e melhor a necessidade, a importância e a urgência do sacramento da penitência e reconciliação, mais conhecido como “sacramento da Confissão”. Sacramento este, infelizmente hoje tão desconhecido, desvalorizado, abandonado e até menosprezado. Talvez, não apenas por causa da perda do sentido do pecado, mas também pela perda do sentido da necessidade da salvação pessoal.
Em nossos dias, mesmo no universo dos “católicos praticantes”, o “negócio da salvação eterna”, a preocupação pela salvação eterna, a conquista diária e persistente da vida eterna já não preocupam, não questionam, não angustiam, não são encarados com temor e tremor. As palavras de Jesus: “Que adianta ao ser humano ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?”, já não estremecem os corações, não causam impacto, e não geram um cuidado zeloso e uma preocupação constante. Qual a esposa e mãe que hoje se preocupa deveras, com temor e tremor, pela salvação eterna do marido e dos filhos? Qual o marido e pai que põe como negócio mais importante de sua vida a sua salvação, e a de sua esposa e filhos? Onde encontrar um casal realmente angustiado por ver seus filhos, genros, noras e netos, distantes de Deus, longe da sal-vação, caminhando nas trevas, e vivendo no caminho largo que leva à condenação?
Se todo ser humano precisa ser salvo é porque ele é pecador. Traz na sua natureza as garras do peca-do das origens, e por isso, tropeça e cai nos pecados pessoais e sociais. Todos somos pecadores. Diz a Bíblia: “Se alguém diz não ter pecado é um mentiroso!” Bem, se é um mentiroso, já está pecando por mentira, por máscara de santidade, por fingimento, por falsidade. O perdão dos pecados é uma necessidade premente e permanente. Pois até o justo peca todos os dias.
Conhecendo essa realidade da fraqueza humana e da presença diária do pecado, Jesus, o Salvador, “aquele que veio para perdoar o seu povo dos seus pecados”(Mt 1,21), não poderia ter esquecido, como de fato não esqueceu, de criar uma “secretaria especial” para tratar da conversão dos pecadores, da reconcilia-ção e do perdão dos pecados. Jesus instituiu o sacramento da Confissão.

O SACRAMENTO DA CONFISSÃO



Ao instituir a “secretaria do perdão”, ou seja, a santa Confissão, Jesus nos estava dando uma fonte extraordinária de graças de salvação. Fonte de que todos necessitamos exatamente por sermos pecadores. Na verdade, o ato de “confessar os pecados” não é “uma coisa” que se faz junto ao sacerdote. Confessar-se não é fazer uma “coisa”. Confessar-se é realizar um “encontro com Aquele que tem poder de perdoar todos os pecados: Jesus”.
A confissão é uma celebração sacramental. O celebrado, o festejado, não é o sacerdote, nem o peca-dor, e menos ainda o pecado. O celebrado é Jesus ressuscitado. Sim, Jesus, que se faz realmente presente, toda vez que um pecador e o confessor se reúnem para celebrar o sacramento da misericórdia de Deus e fazer o perdão acontecer. Não existe confissão a dois: o penitente e o sacerdote. A confissão individual é realizada sempre a três: Jesus, que é o celebrado, o ministro que torna visível Jesus, e que em nome dele perdoa, e o penitente. A confissão é um encontro do penitente com Jesus, encontro este mediado pelo sacer-dote. O penitente se apresenta ao sacerdote, e este o apresenta a Jesus, suplicando que o perdoe, o liberte e o salve. Depois, por vontade de Jesus, o confessor absolve o pecador.
Como sacerdote, não poucas vezes atendi a penitentes que, na hora da confissão, não contaram a mim os seus pecados, mas falaram a viva voz com Jesus, realmente presente, apresentando um a um os seus erros e pecados, pedindo-lhe vivamente o perdão, e suplicando-lhe a libertação e a cura para não mais caírem em pecado. Confissões profundas que se tornaram fonte de muitas graças e bênçãos.
Quando um católico “redescobre” o verdadeiro sentido da Confissão, redescobre uma extraordinária fonte de salvação e de santidade, de saúde psicológica e emocional, de paz e de alegria de viver, de força e de coragem para lutar pela sua salvação.
A certeza de que na Confissão o penitente se encontra com Jesus vivo, e é dele que recebe o perdão, por meio do sacerdote, renova a vivência deste sacramento. Em síntese, o penitente volta àqueles cinco pon-tos de sabedoria para um santo encontro com Jesus, ou seja, para uma santa Confissão: 1º. Um bom exame de consciência, honesto, profundo, abrangente; 2º O arrependimento, isto é, reconhecer a malícia do pecado, reconhecer que ofendeu, decepcionou, entristeceu a Deus, bem como causou prejuízos a si, aos irmãos e à Igreja; 3º O bom propósito, isto é, tomar decisões sábias, inteligentes e corajosas para não mais ofender a Deus, ao próximo e a si mesmo, com os mesmos erros e pecados; 4º. Confessar os pecados, isto é, realizar o encontro com Jesus, pelo ministro, contar-lhe os pecados todos, e receber a absolvição; 5º. Realizar a peni-tência indicada pelo confessor. Você segue esses cinco passos quando se confessa?

JA PENSOU NISSO ?



Impressiona-me muito uma realidade! Na justiça humana, quando uma pessoa comete um delito, e se comprova deveras que o delito aconteceu, quer mais ou menos grave, ela é julgada e “sempre condenada”, de acordo com a lei, não importando se a pessoa se arrepende ou não. Na justiça divina, ocorre o contrário. Sempre que o pecador reconhece o erro e se arrepende, por mais grave que seja o erro, ele é “sempre perdoado”! Sempre! Todas as vezes! Que maravilha divina! A confissão é sempre a hora do perdão! Jamais da condenação! A sentença é sempre positiva. E sempre a mesma: “Eu te perdôo!... Vai, e não peques mais!... Por que carregar culpas, erros, pecados, que poderiam nos condenar para a vida eterna, se podemos ser perdoados com tanta facilidade, e sempre? Por que não procurar sempre o perdão de Jesus na Confissão?
Já pensou também nisto? - A confissão é “remédio... e vitamina”. Remédio para curar o pecado, as fraquezas humanas, as tendências viciosas, as conseqüências dos pecados, enfim, os males espirituais, psicológicos e emocionais, ligados aos pecados. Vitamina para fortalecer a graça santificante que puxa, induz para a santidade; para fortificar a vida cristã de cada dia, a pratica das virtudes, a realização das boas obras. Aliás, é por esta segunda razão que muitos Santos do passado e do presente celebravam a confissão toda semana, ou até mais vezes por semana. Ouvi um sacerdote dizer que o Papa se confessa mais vezes por se-mana. Com certeza não é por causa de pecados, mas para buscar graças divinas. Será que muitas forças do Papa não procedem dos encontros que faz com Jesus vivo, na Confissão? Estes Santos são expertos: buscam na confissão as vitaminas, as forças para vencer as dificuldades e para crescer na santidade. São mesmo bem expertos! Deveríamos também nós ficarmos assim expertos!
Já pensou também nisto? – A Confissão não é um momento de tristeza, de fossa, de depressão, de medo. Ela é um momento de reconciliação, de paz, de alegria, de esperança e de trasbordamento de vida. Por quê? Porque acontece o perdão total, a reconciliação com Deus, consigo e com os irmãos. Porque não somos condenados, mas perdoados. Deveríamos sair da confissão pulando de alegria, sorrindo e cantando, exatamente porque fomos perdoados. Não condenados.
Já pensou em fazer uma maravilhosa confissão em preparação para a festa do natalício de Jesus? Uma confissão que seja um profundo encontro pessoal com Jesus?

Marcadores:

16 de março de 2010

A CRUZ: FONTE DE SALVAÇÃO


O imperador romano Constantino, filho de Santa Helena, converteu-se ao cristianismo e favoreceu decisivamente a liberdade dos cristãos, e a difusão da Igreja por toda parte, no império romano. Constantino mandou construir duas basílicas em Jerusalém: uma sobre o Calvário e outra sobre o Santo Sepulcro. Elas foram dedicadas e consagradas no dia 13 de setembro de 335. A partir de então, no dia seguinte, 14 de setembro, reunia-se o povo em solenidade para mostrar o que havia restado da Santa Cruz de Jesus, ensinando e exortando os cristãos sobre o significado da cruz. Desse costume louvável surgiu a festa da Santa Cruz, celebrada nesse dia 14 de setembro. A essa data acrescentou-se a lembrança da vitória do imperador Heráclio sobre os persas, em 630, dos quais o imperador arrebatou e recuperou as relíquias da Santa Cruz, então levadas de volta solenemente para Jerusalém. Desde esse acontecimento, celebramos na mesma data a festa do triunfo da cruz de Jesus Cristo.

Marcadores:

A CRUZ - NOSSA IDENTIDADE



A cruz é o sinal que identifica os cristãos. Este sinal de identidade surgiu do fato histórico e místico da morte de Jesus Cristo, pregado numa cruz. O plano divino de Deus Pai para a salvação da humanidade devia passar pela encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. A paixão e morte de Jesus, na cruz, foi o preço exigido por Deus Pai para a salvação da humanida-de. A entrega livre e voluntária que Jesus fez de si mesmo à vontade salvífica do Pai, abraçando e carregando a cruz, deixando-se crucificar, sofrendo todos os horrores de uma crucificação e morrendo na cruz, resultou na salvação da humanidade, bem como em todas as graças e bênçãos já alcançadas, e em todas as que ainda irão acontecer na humanidade. A paixão, a morte e a res-surreição de Jesus são a fonte de todas as graças e bênçãos que já aconteceram desde a criação do mundo, e que continuarão a acontecer até o fim dos tempos.
No tempo de Jesus, a cruz era a forma de pena de morte que o direito romano aplicava aos grandes criminosos condenados à morte. Assim como em nossos tempos, onde ainda existe a pena de morte e ela é a aplicada por meio da cadeira elétrica, ou de uma injeção letal, ou por enforca-mento, ou por fuzilamento etc. assim, a lei romana determinava a pena de “crucificação” aos condenados à morte. Esta lei foi aplicada a Jesus, por ter sido condenado à morte. Jesus foi cruci-ficado. A cruz, portanto, era instrumento de condenação, de castigo máximo, de morte.
Com a crucificação e morte de Jesus, a cruz recebeu um “novo” significado. Um signifi-cado, aliás, exatamente oposto. Antes da morte de Jesus, a cruz era símbolo de condenação, de sofrimento e de morte. Agora, após a crucificação e morte de Jesus, a cruz é símbolo de salvação, de vida, de bênção, de libertação, de cura e de santificação. Antes era maldição. Agora é salvação.

Marcadores:

O PODER DA CRUZ DE JESUS



É preciso compreender de imediato que o poder salvífico da cruz não está simplesmente no fato de ela ser uma cruz. Sua força de vida e salvação, de bênção e santidade, não está nas duas traves encaixadas em forma de cruz. O que lhe dá o novo significado é o fato de Jesus, filho de Deus, tê-la abraçado livremente, carregado com paciência e de ter sacrificado sua vida, entre-gando-se à morte de cruz. Quem dá o novo sentido à cruz é Jesus crucificado e ressuscitado. Desvinculada da pessoa de Jesus, a cruz não tem o menor significado, e nenhum poder.
A presença deste sinal em inúmeros lugares: no cimo das torres das igrejas, dentro das catedrais, santuários, igrejas, capelas, oratórios, tumbas de cemitério, bem como em nossas casas, dentro dos carros, pendurada em nosso pescoço etc. bem demonstra a “força do simbolismo” da cruz redentora de Jesus. Ao olharmos para as cruzes, recordamos Jesus crucificado, o qual é a razão de nossa salvação, libertação, bênção e santificação. Quer com o corpo de Jesus pendurado, quer sem ele, a cruz fala muito alto e forte. Ela proclama que possuímos um Salvador. Ela revela que fomos salvos graças à crucificação de Jesus. Ela conclama, grita e insiste para que nós nos apropriemos da salvação realizada por Jesus na cruz. Ela convida a que aceitemos Jesus Cristo, creiamos nele, vivamos em sua Igreja, busquemos a salvação em seus sacramentos e em todos os outros canais de graças e bênçãos existentes na Igreja.
Traçamos muitas vezes o sinal da cruz sobre nós mesmos, exatamente com a finalidade de atrair sobre nós a salvação de Jesus, a proteção do seu poder, as bênçãos de que temos necessida-de, bem como para afastar de nós o inimigo de nossa salvação, com suas tentações e seduções.

Marcadores:

DE JESUS EMANA O PODER DA CRUZ



O crucifixo pendurado ao pescoço não é um amuleto, com força mágica para afastar o mal e atrair o bem. Trazer o crucifixo ao pescoço deve significar uma profissão de fé em Jesus vivo, que pelos méritos de sua morte na cruz e por seu amor pessoal para conosco, quer salvar-nos, quer nos libertar dos males e tentações, enfim deseja nos abençoar. A cruz precisa ser com-preendida como um “canal” condutor de graça. O canal é apenas um instrumento para conduzir aquilo que se deseja: a água, por exemplo. A Cruz redentora de Jesus é o “grande canal” que não apenas nos lembra a salvação adquirida pela morte de Jesus, mas é, na sua essência, o grande canal das graças e bênçãos que nos foram conquistadas por Jesus, com sua morte de cruz. Graças e bênçãos que, aliás, recebemos pelos sacramentos, por todas as formas de ações litúrgicas, pela Palavra de Deus, bem como por todas as formas de culto divino, quer eclesial e público, quer pri-vado.
Se, antes da crucificação de Jesus, a cruz era sinal de condenação, de sofrimento e de mor-te, agora, exatamente por causa da morte de Jesus em seus braços, ela se tornou sinal e instru-mento de salvação, de vida, de santificação e de glória. Antes, condenação. Agora, salvação. Antes, morte. Agora, vida. Antes, vergonha. Agora, glória, exaltação, honra e poder. Tudo pelo amor e pelos méritos de Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador e Senhor nosso.

10 de março de 2010

Fontes de graças



Para decidirmo-nos a realizar uma caminhada quaresmal com “mortes e ressurreições”, e mais ainda, para conseguirmos realizá-las, necessitamos muito da graça divina, do auxílio divino. “O espírito está pronto, mas a carne é fraca”, disse Jesus, a nosso respeito. Ou como escreveu Paulo: “Muitas vezes faço o mal que eu não quero, e não consigo fazer o bem que eu quero”.
Na quaresma, de forma especial, Deus tem “suas mãos cheias de bênçãos estendidas para nós” oferecendo-nos seu auxílio, para conseguirmos realizar as mortes e as ressurreições de que precisamos e desejamos. Basta que realizemos a nossa parte nesses processos de mortes e ressurreições.
Uma fonte jorrante de graças é a meditação e a contemplação da paixão, morte e ressurreição de Jesus, nosso Salvador. A quaresma e, principalmente, a semana santa nos chamam a olhar para Jesus sofredor, morto e ressuscitado, e a perguntarmo-nos: por que tão grande e terrível sofrimento?... “Por que” e “para que” a paixão e morte de Jesus?...
Jesus foi capaz de abraçar sua paixão e morte de cruz “porque” somos pecadores, e sem a salvação conquistada por Ele estaríamos todos condenados. Mais. Jesus aceitou sua paixão e morte “para que” possamos ser perdoados de nossos pecados, reconciliados com Deus e admitidos à salvação eter-na.
Jesus sofreu por nós e para nós! Então, nesta quaresma, precisamos nos perguntar: se Jesus foi capaz de sofrer sua paixão e morte pela minha salvação, o que é que eu estou fazendo em minha vida para me apropriar dessa redenção e para alcançar a minha salvação eterna? Estou levando suficiente-mente a sério o processo de minha salvação eterna? E se eu viesse a me perder?... Essa reflexão levada à profundidade e a sério poderá levar-nos a grandes transformações em nossa vida cristã vivida cada dia.

O PAI CELESTE CHAMA !





Para aqueles católicos que abandonaram sua fé, sua Igreja, sua vida de oração, sua vida cristã, o Deus misericordioso e preocupado com a salvação desses seus filhos que o abandonaram, tem um chamado todo especial: “Converte-te ao Senhor, abandona os teus pecados! Volta para o Senhor! (Cf. Eclo 17,21-23) Diz mais: “Volta ao Senhor teu Deus, porque foi teu pecado que te fez cair. Volta ao teu Senhor” (Cf Os 14,1-2) E diz ainda: “Desde o tempo de vossos pais vos apartastes de meus mandamentos, e não os guardastes. Voltai a mim e eu me voltarei para vós”. (Mal 2,7) Sim, Deus se preocupa muito com aqueles que dEle se afastaram, e por isso vivem no pecado, correndo o risco de perde-rem-se para a vida eterna. Essa perda seria a pior desgraça que poderia ocorrer na vida de alguém: perder o céu e ser condenado à separação eterna de Deus e dos Santos.
Quais são os motivos pelos quais o nosso Deus nos chama com tanta insistência, com tanta misericórdia e com tanta bondade para que nós nos voltemos a Ele de todo coração? É porque Ele nos ama com amor divino e eterno. É porque Ele sabe que se nós vivermos no seu amor e no amor ao próximo, estaremos vivendo no melhor caminho para nosso verdadeiro bem, realização e felicidade. Vivermos numa profunda amizade com Deus nos dá a sabedoria que procede se seus ensinamentos, os quais são todos para o nosso maior bem, durante esta vida, e como garantia de uma futura vida eterna feliz. O chamado de Deus à conversão e às ressurreições, na verdade, é um chamado a sermos santos. Viver em santidade na vida cristã de cada dia é a graça máxima que um batizado pode ter.

QUARESMA - KAIRÓS



Os amores de Deus Pai, de Jesus ressuscitado e do Espírito Santo se manifestam novamente de forma especial, neste tempo quaresmal, chamando-nos à conversão e à santidade, e oferecendo-nos suas graças para que elas aconteçam.
A quaresma é um “kairós”. É um tempo forte de graças divinas, oferecidas por Deus-Trindade a todos os cristãos, e recebidas por aqueles que abrem seus corações e participam consciente e vivamente desse tempo de conversão para a santidade.
Quaresma são os quarenta dias vividos entre a quarta-feira de cinzas e o Domingo de Ramos. Ou os dias contados entre o primeiro domingo da quaresma e a Quinta-Feira Santa.
Todos nós somos chamados a fazer desse tempo um abençoado período de reflexão sobre a qualidade de nossa vida cristã: pessoal, familiar, comunitária, profissional e social, com a finalidade de “mudarmos para melhor” aquilo que não está de acordo com os mandamentos e ensinamentos de Jesus, bem como para “tornarmos” ainda melhores e mais perfeitos aqueles aspectos de nossa vida que já estão conformes aos ideais de uma vida cristã autêntica, e até santa. Portanto, dois pólos: conversão e santificação.

9 de março de 2010

TEMPO DA QUARESMA



A palavra “Quaresma” vem da língua latina e tem sua origem no número “quarenta”.
Em religião, a Quaresma é o período de quarenta dias que vai da quarta-feira de cinzas até o Domingo de Ramos, ou do 1º Domingo até a Quinta-feira santa.
A Quaresma é um tempo forte de espiritualização da vida cristã, realizada por meio de: 1º. mais freqüente e fervorosa oração; 2º. de jejuns e mortificações para corrigir pecados, tendências pecaminosas, maus hábitos e vícios perniciosos; 3º. de boas obras de caridade fraterna; 4º. de mais assídua e piedosa participação nos sacramentos da Confissão e da Eucaristia; 5º. de participação consciente e ativa nas celebrações da comunidade paroquial.
A Quaresma é, também, um tempo forte de espiritualização, conversão, penitência e caridade, em preparação para um tempo ainda maior de espiritualidade que é a Páscoa. Numa palavra: a Quaresma é uma caminhada de preparação para a Páscoa da ressurreição de Jesus.
Na quaresma devemos “sepultar” com Jesus, todos aqueles pecados, maus hábitos de vida, tendências viciosas que nos incomodam, nos levam a ofender a Deus e ao próximo, e que não nos deixam sermos bons como gostaríamos, a fim de ressuscitar com Jesus, para uma vida renovada no amor a Deus, ao próximo e a nós mesmos.

QUARESMA: MORTES E RESSURREIÇÕES

O tempo quaresmal é uma caminhada em direção à Páscoa da Ressurreição de Jesus e de nossas ressurreições pessoais. Podemos sintetizar essa caminhada em duas palavras: mortes e ressurreições.
Mortes.
Fazer morrer, crucificar, eliminar, extinguir em nós tudo aquilo que ainda é pecado, vício, tendências negativas como: orgulhos, egoísmos, invejas, vaidades, ódios, ressentimentos, mágoas, sensualidades, erotismos, materialismos, preguiças espirituais, infidelidades, corrupções etc. O trabalho de conversão consiste exatamente em extirpar, eliminar, “fazer morrer” todo o mal que ainda exista em nós, para vivermos uma vida cristã mais santa e ressuscitada.

Ressurreições.
Avivarmos em nós, e tornarmos mais fortes e dinâmicas em nós, as virtudes, as boas qualidades, os nossos bons propósitos de vida, o crescimento de nosso relacionamento com Deus, a vivência de nossa fé e de nosso culto religioso, uma vida matrimonial e familiar de muito melhor qualidade em amor e em convivência, nosso testemunho cristão na profissão, no trabalho, na comunidade, na sociedade. De fato, o objetivo maior da quaresma é levar-nos a muitas ressurreições.

3 de março de 2010

EUCARISTIA - SABEDORIA DE SANTO AGOSTINHO



“Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nEle.”

“Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”

“ A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia.”

“Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade.”

1 de março de 2010

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

O mês de março é dedicado a São José, esposo da Virgem Maria, pai adotivo de Jesus Cristo, patrono e guardião da Igreja, poderoso intercessor junto à Trindade Santíssima em favor dos pais de família, das casas religiosas que se dedicam a idosos carentes, e à crianças órfãs ou pobres.Eis aqui uma oração para honrar esse Santo, bem como para obter sua poderosa proteção.
São José, meu terno pai,/
ponho-me para sempre
sob a vossa proteção./
Considerai-me como
vosso(a) filho(a),/
preservai-me de todo pecado,/
acolhei-me em vossos braços/
para que me acompanheis
no caminho da virtude,/
e me assistais
na hora morte. / Amém!