31 de julho de 2012

MARIA DA RESSURREIÇÃO



Mais do que os Apóstolos e as Marias, mais dos que os discípulos de Emaús e os quinhentos outros discípulos a quem Jesus apareceu ressuscitado, mais do que todos esses testemunhas oculares do Ressuscitado, Maria, mãe de Jesus, tinha todas as razões para se alegrar com a vitória de seu Filho sobre a morte, na Páscoa da Ressurreição.
Jesus ressuscitado, que apareceu a tantos a fim de que fossem testemunhas de sua vitória, teria aparecido também a sua Mãe? Os Evangelhos não registram. Maria teria sabido da ressurreição de seu Filho, apenas pelo testemunho dos que o viram, com Ele falaram, deram-lhe de comer, e dele receberam alimento, após a ressurreição? É evidente que não!
Embora os evangelhos não relatem, com toda certeza Jesus apareceu em primeiro lugar a sua Mãe. Nem se poderia pensar de forma diversa. Conhecendo o amor, o carinho, a gratidão e até a obediência que Jesus dedicava a sua mãe, com certeza Ele a acordou na madrugada da Páscoa para lhe dizer: “Mãezinha, acabou o luto! Mamãe, terminou a tristeza! Não se sinta mais só! Aqui estou, mamãe! Vivo, ressuscitado, vitorioso! Mãezinha, alegra-te, rejubila, pois teu Filho venceu a morte! Estamos novamente juntos, e para sempre! Ninguém mais poderá nos separar!”
Podemos imaginar a maravilha desse encontro! Podemos vislumbrar o abraço longo, as lágrimas escorrendo sobre os sorrisos felizes da Mãe! O Filho beijando o rosto e enxugando, com seus dedos, as lágrimas quentes e felizes de sua mãezinha!
Podemos intuir a transformação imediata e profunda de todos os sentimentos de Nossa Senhora. Até esse encontro, sentimentos de profunda dor por causa da prisão, da flagelação, da coroação de espinhos, da condenação à morte, da crucificação, morte e sepultamento de Jesus, da soledade e saudade do Filho, seu grande tesouro, morto entre dois malfeitores. Agora, pelo encontro com Jesus ressuscitado, todos aqueles sentimentos se transformam em alegria, exultação, felicidade, paz, certeza de vitória, gozo sem limites e sem fim.
Com toda certeza podemos intuir que Jesus apareceu muitas, muitíssimas vezes a sua Mãe, desde a manhã da ressurreição até a Ascensão. Intuir essas manifestações do Filho ressuscitado à Mãe, é uma lógica do imenso e incomparável amor que existia entre Jesus e Maria. Pensar o contrário é desconhecer o poder, a fidelidade e a coerência do amor que sempre uniu e une esses dois corações.
O próprio Santo Padre João Paulo II, num pronunciamento publico, com um rosto sorridente e convicto mostrado pela TV, como que querendo manifestar as suas convicções pessoais, acenou para essa tese das manifestações de Jesus ressuscitado a sua Mãezinha.





29 de julho de 2012

JESUS, O PÃO DA VIDA - 1ª PARTE

            Nós, seres humanos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, precisamos de duas espécies de alimento: o material e o espiritual. Isto porque nós temos duas espécies de vida: a vida humana que recebemos do nossos pais e a vida divina que recebemos do Pai celeste no dia do nosso Batismo e que vamos viver na glória do Céu. De fato, um dia Jesus disse: “É preciso nascer de novo”. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito e vida (...) Esse novo nascimento ocorre no dia do nosso Batismo. E essa nova vida nós a vivemos por meio de nossa vivência cristã batismal. Ela precisa de um alimento especial, espiritual.
            A vida humana materiais nós a alimentamos várias vezes por dia, pelos alimentos materiais. Nós nos alimentamos para manter essa vida, para conservarmos a saúde, para termos energias para trabalhar, para não ficarmos doentes. Nossa vida humana material depende dessa alimentação. Ela é imprescindível.
            A nossa vida espiritual, sobrenatural, iniciada no  santo Batismo também precisa de alimento espiritual para sobreviver, para crescer, para tornar-se adulta, firme e forte. Por se tratar de uma vida nascida de Deus, sobrenatural, o alimento para ela também deve vir de Deus, de tudo aquilo que Ele nos oferece para sua sustentação e conservação.
            O próprio Deus Trindade é o principal alimento para nossa vida sobrenatural. Jesus estava muito consciente dessa verdade e, por isso, diversas vezes Ele se declarou como tal. Ele declarou: “ Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu,  porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 32-33). Nós sabemos qual é o pão que o Pai nos deu, que desceu dos céus e dá a vida ao mundo: Jesus Cristo. Sim, Ele mesmo nos declara: o 6,35 Jesus replicou: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu sou o pão da vida. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. (Jo 6, 35.38.50). As palavras de Jesus são claríssimas. Mas precisamos entendê-las.
 Continua na postaem seguinte

JESUS, O PÃO DA VIDA - 2ª PARTE


Quando Jesus nos fala em pão da vida, em comer e beber, em fome e sede, precisamos compreender que não se trata de alimento para o corpo, mas sim de alimento espiritual para a nossa alma, para a nossa vida sobrenatural, espiritual, para a nossa vida de fé e vivência cristã.
            Como compreender que Jesus vivo é nosso alimento para nossa vida espiritual?
Primeiro é preciso compreender que nossa vida espiritual recebida no Batismo, é uma vida ligada à vida de Deus. Pelo batismo criou-se um “cordão umbilical” que nos ligou à Trindade e criou um “estado de graça santificante”, do amor de Deus para conosco, e do nosso amor para com Deus. Em outras palavras: pelo batismo nós fomos “transplantados”como “novos braços” no corpo de Cristo Jesus, e é dEle que vem a vida divina, espiritual, para ser vivida a cada dia.
            Essa vida divina em nós, essa graça santificante em nós, se mostra, se manifesta, pode ser vista: na nossa vida de fé no Deus Trindade, pela amizade que mantemos com Deus, pela nossa vida cristã vivida com autenticidade, pelas praticas religiosas, enfim por tudo o que vivemos e fazemos iluminados e movidos por nossa fé cristã.
            Jesus (e com Ele o Pai celeste e o Espírito Santo) alimenta essa nossa vida sobrenatural revelando-nos o grande amor do Pai celeste por nós, e o grande amor e poder do Espírito Santo para conosco. Quanta força espiritual, quanto alimento espiritual vem ao coração daqueles que se sentem muito amados pelo Pai e se sentem batizados no Espírito Santo!
            Jesus alimenta e fortalece nossa vida espiritual por meio da revelação do nosso destino eterno, garantindo-nos que existe uma vida após a morte, que a vida cristã que vivemos é uma conquista da vida gloriosa nos céu, que um dia estaremos junto de Deus no Céu, com Nossa Senhora, os Anjos e Santos, e dizendo-nos que nosso nome já está escrito nos céus, onde uma mansão já está reservada para nós. Quanta força, quanto alimento, quanta coragem  recebem aqueles corações que creem e vivem essa realidade.
            Jesus nos liberta e nos cura, nos alimenta e nos fortalece por todos os seus ensinamentos escritos nos santos Evangelhos. Quanta força, quanto alimento espiritual, quanta coragem, quanta saúde espiritual recebem todos aqueles que leem, meditam, acolhem e procuram viver em suas vidas os ensinamentos, conselhos, mandamentos de Jesus. Lembremos os milhões de mártires e Santos as Igreja: de onde lhes veio tanta força, “tanta saúde” espiritual?
            É dessa forma que compreendemos as palavras de Jesus quando nos diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo (Jo 6,51). E quando Ele diz: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu sou o pão da vida. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer (Jo 6, 38.50).

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JESUS, O PÃO DA VIDA - 3ª PARTE

Analisando os nossos católicos poderíamos dividi-los em três grandes grupos. 
1. Os mortos espiritualmente. Aqueles que “nasceram” pelo Batismo, mas sua vida foi “abortada”. Ou porque nunca chegaram a ter fé consciente e vivência católica, ou em alguma fase da vida abandonaram a Igreja, perderam a fé, romperam o “cordão umbilical” com Deus por uma vida de pecados, vivem como se Deus não existisse, ou abandonaram a fé no Deus verdadeiro e passaram a viver em falsas religiões.
2. Os doentes espiritualmente. São aqueles que não foram bem alimentados quando crianças e jovens, ou que eles mesmos não cuidaram de sua alimentação espiritual não participando da vida sacramental da Igreja,  e que por isso tem um fé fraquinha e pouco esclarecida, vivem em parte sua vida cristã, mas há a presença de vícios, de pecados graves, de muita confusão espiritual misturando crenças e práticas religiosas.
3. Os sadios espiritualmente. São aqueles que: ou foram bem alimentados desde crianças, sempre participaram da vida sacramentala na Igreja, cresceram nos conhecimentos de sua fé e de sua Igreja; ou aqueles que, depois de um tempo de “morte espiritual”, se converteram, voltaram ao estado de graça santificante, começaram a se alimentar diariamente com os melhores alimentos espirituais, e vivem uma vida espiritual, sobrenatural, vigorosa, sadia e cheia de frutos de santidade.
            Estes últimos são aqueles a quem Jesus diz: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu sou o pão da vida. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer”. De fato, todo aquele que cultiva um grande amizade com Jesus, não passará fome e sede espiritual, pois o Senhor Jesus o alimenta com os melhores alimentos espiritual. Os católicos que vivem essa amizade com Jesus não sentem fome e sede espirituais. São muito bem alimentados e saciados.
           Para completar, Jesus revela que Santa Comunhão Eucarística, por ser um “encontro profundo com Ele”, é um alimento riquíssimo para essa vida sobrenatural e para vivê-la, depois, na eternidade. Ele revela: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente(Jo. 6.53-58)

            Feliz todo aquele que compreender essas palavras de Jesus e as puser em prática em sua vida de cada dia.


26 de julho de 2012

OS AVÓS DE JESUS

26 de julho


Santos Joaquim e Ana
Pais de Nossa Senhora 

             Na Sagrada Escritura conta-se que a mãe de Samuel, Ana, na aflição da esterilidade que lhe tirava o privilégio da maternidade, dirigiu-se com fervorosa oração ao Senhor e fez promessa de consagrar ao serviço de Deus o futuro filho. Obtida a graça, após ter dado à luz o pequeno Samuel, levou-o a Silo, onde estava guardada a arca da aliança e o confiou ao sacerdote Eli, após tê-lo oferecido ao Senhor. Tomando isso como ponto de partida o Proto-evangelho de Tiago, apócrifo do século segundo, traça a história de Joaquim e Ana, pais da Bem-aventurada Virgem Maria. A piedosa esposa de Joaquim, após longa esterilidade, obteve do Senhor o nascimento de Maria, que aos três anos levou ao Templo, deixando-a ao serviço divino, cumprindo o voto feito.
          O fundamento histórico provável, embora na discordante literatura ap6crifa, é de algum modo revestido de elementos secundários, copiados da história da mãe de Samuel. Faltando no Evangelho qual-quer menção dos pais de Nossa Senhora, não há outra fonte senão os apócrifos, nos quais não é impossível encontrar, entre os predominantes elementos fantásticos, alguma informação autêntica, recolhida por antigas tradições orais. O culto para com os santos pais da Bem-aventurada Virgem é multo antigo, entre os gregos sobretudo. No Oriente venerava-se santa Ana no século VI, e tal devoção estendeu-se lentamente por todo o Ocidente a partir do século X até atingir o seu máximo desenvolvimento no século XV. Em 1584 foi instituída a festividade de santa Ana, enquanto são Joaquim era deixado discretamente de lado, talvez pela própria discordância sobre o seu nome que se revela em outros escritos ap6crlfos, posteriores ao Proto-evangelho de Tiago.
             Além do nome de Joaquim, ao pai da Virgem Santíssima é dado o nome de Cléofas, de Sadoc e de Eu. Os dois santos eram comemorados separadamente: santa Ana a 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. Em 1584 também são Joaquim achou espaço no calendário Iitúrgico, primeiro a 20 de março, para passar ao domingo da oitava da Assunção em 1738, em seguida a 16 de agosto em 1913 e depois reunir-se com a santa esposa no novo calendário Iitúrgico, no dia 26 de julho. Pelos frutos conhecereis a árvore," disse Jesus no Evangelho. Nós conhecemos a flor e o fruto suavlssimo vindo da velha planta: a Virgem Imaculada, isenta do pecado de origem desde o primeiro instante de sua concepção, por um privilégio único, para ser depois o tabernáculo vivo do Deus feito homem. Pela santidade do fruto, Maria, deduzimos a santidade dos pais, Ana e Joaquim.



25 de julho de 2012

25 de julho – São Tiago  


             Tiago (o maior), filho de Zebedeu e de Salomé, irmão mais velho do evangelista João, aparece entre os seguidores de Jesus desde o começo da pregação do Messias. Os dois irmãos estavam na margem do lago de Genesaré, quando Jesus os chamou. A resposta foi pronta e total: "eles abandonando o barco e seu pai, o seguiram." Também neste particular se revela sua indole forte e ardente, pela qual tiveram de Jesus o apelido, entre elogio e reprovação, de "filhos do trovão." Seu comportamento posterior confirma isso, pelo menos em duas ocasiões: a primeira vez diante do comportamento hostil dos samaritanos, que negaram hospitalidade a Jesus e aos seus disdpulos: "Senhor - disseram Tiago e João - devemos invocar o fogo do céu paríl que os devore?" Mais tarde na última viagem a Jerusalém, ambos ousaram fazer aquele presunçoso pedido de sentar-se um à direi¬ta e outro à esquerda do Cristo triunfante.
           Em ambos os casos demonstram não terem entendido as lições de amor e de humildade do Mestre. Todavia são generosos quando se trata de jogar-se à luta. À pergunta de Jesus:" Podeis vós beber o cálice?", Tiago foi o primeiro a responder: "Podemos." Jesus colocou-o contra a parede e Tiago respeitou pontualmente a palavra dada. Após o dia de Pentecostes, no qual tinha vindo não o fogo destruidor do castigo, mas o fogo vivificante do amor, também Tiago como os outros apóstolos foi vitima da perseguição movida pelas autoridades judaicas: foi jogado no cárcere e flagelado, "alegrando-se muito, por ter sido digno de sofrer torturas pelo nome de Jesus" (como se lê nos Atos dos Apóstolos). Houve uma segunda perseguição, da qual foi vitima ilustre o diácono santo Estêvão, e houve uma terceira, mais cruel que as precedentes, desencadeada por Herodes Agripa para agradar aos judeus.
           Este Herodes (mostrando-se digno do nome do tio, o assassino de João Batista, e do avô Herodes, dito o Grande, que tentou matar Jesus logo que nasceu), por um simples cálculo político, durante as festas pascais de 42 "começou a perseguir alguns membros da Igreja, mandou matar à espada Tiago, irmão de João, e, vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro." Segundo uma tradição, não anterior ao século VI, o apóstolo Tiago teria sido o primeiro evangelizador da Espanha. Para revigorar esta tradição, no século IX, o bispo Teodomiro de Iria afirmou ter reencontrado as relfquias do apóstolo e desde aquela época, Iria, que tomou o nome de ComposteIa, tornou-se a meta preferida de todos os peregrinos da Europa.



23 de julho de 2012

CHAMADOS À SANTIDADE

SEGUNDA FEIRA - 23 DE JULHO

Todos os seres humanos são criados à imagem e semelhança de Deus, para viverem uma verdadeira e profunda amizade com Ele, amizade essa cultivada, aprofundada e perenizada por meio de um relacionamento amigável, diário, concreto e profundo. Esse é o sonho de Deus a respeito de toda a humanidade. É preciso dar atenção a duas palavras escritas acima: “amizade” e “relacionamento”.
Amizade. O Deus-Trindade quer ser o maior, o mais importante e o mais significativo amigo do ser humano. Aliás, Ele o é de fato! Nessa amizade, Ele quer estar tão próximo, tão presente e tão comunicativo ao ser humano, a ponto de este sentir-se muito amado e atraído por Ele, e desejoso de viver essa amizade com Deus. A descrição do Paraíso Terrestre é um símbolo daquilo que Deus quer com o ser humano: conviver de tal forma que a pessoa se sinta profundamente feliz pela amizade e comunicação com Deus. A felicidade do Paraíso, na verdade, é a felicidade do coração que encontrou Deus, criou uma amizade com Ele, e com Ele se comunica diariamente. O sonho de Deus é fazer o ser humano realmente feliz. Como não o consegue plenamente, aqui na terra, por causa do pecado, Ele mantém o sonho de lhe dar o Céu. E o que é o Céu, senão a felicidade plena, imperdível, perpétua, causada pela amizade e pela presença definitiva com Deus?
Relacionamento. Uma amizade é criada por um primeiro encontro e relacionamento. Ela cresce, se aprofunda, mantém-se viva e se desenvolve sempre mais, por meio do relacionamento, ou seja, das constantes comunicações de toda sorte entre os amigos. Os amigos gostam de se relacionar. Aliás, precisam. Caso contrário a amizade tende a enfraquecer. Até mesmo entre marido e mulher, é o relacionamento muito bem conduzido que mantém aceso e vivo, agradável e operante, o amor matrimonial. O relacionamento com Deus acontece toda vez que o ser humano realiza algum ato de culto religioso: uma oração escrita, uma oração espontânea, um culto celebrado, uma contemplação, uma meditação da Palavra de Deus, uma celebração de um sacramento, uma Santa Missa participada. Aliás, essa é a forma de culto mais perfeita, completa e rica que existe na fé católica. Portanto, o relacionamento constante e criativo com Deus é imprescindível para que a amizade entre ambos se fortaleça sempre mais, e Deus possa fazer o ser humano ser santo e feliz.

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CHAMADOS Á SANTIDADE

TERÇA FEIRA - 24 DEJULHO
Amizade e Santidade


Por meio da amizade e do relacionamento com o Deus vivo, o ser humano descobre progressivamente quão grande é o amor dEle, quão operante é esse amor, e como sempre esteve presente em sua vida, desde a concepção. Por esta descoberta e constatação, o ser humano se sente amado, motiva-se para amá-lo, sente-se amando a Deus, e neste jogo de amor com Ele, cresce a amizade e se dinamiza o relacionamento.
O ser humano vai descobrindo as belezas de Deus, encanta-se sempre mais com Ele. Descobre e vivencia os atributos, as qualidades e as virtudes divinas. E o coração humano canta com alegria indizível: quão grande és Tu, meu Deus! Quão amoroso! Quão poderoso! Quão misericordioso! Quão surpreendente és Tu, meu Deus!
O coração humano descobre que Deus só quer o seu bem, e o bem mais perfeito. Por isso, descobre progressivamente que a sua palavra bíblica, seus mandamentos, seus conselhos, suas orientações, suas chamadas de atenção são todas unicamente para o bem e a felicidade dele. Então o coração humano, cativado por Deus, adere sempre mais a Ele, acolhe e vivencia com seriedade e profundidade crescente as orientações divinas, e passa a vivê-las no dia a dia de sua vida. Vive-as com amor e por amor. Vive-as como o melhor caminho a seguir em sua vida pessoal, familiar, profissional e social. Este coração passa a amoldar-se voluntaria e empenhativamente aos ensinamentos divinos. E Deus, com sua presença e suas graças, auxilia-o a conseguir amoldar-se a eles. Assim vai se formado o Santo...

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CHAMADOS À SANTIDADE

QUARTA  FEIRA - 25 DE JULHO
A Santidade

Santo é todo aquele que mantém uma profunda amizade com Deus, alimentada por constantes relacionamentos de amor, cuja vida é vivida profundamente conforme os ensinamentos divinos, tanto na vida pessoal, como matrimonial, familiar, profissional, eclesial e social.
Por ser vivida segundo os ensinamentos divinos, a vida do santo afasta-se sempre mais de todo pecado, sente horror a ele pois ofende o Deus amado, quebra a amizade com Ele e faz desaparecer a paz interior gerada pela presença divina. O santo trabalha sem cansaços para purificar sempre mais seu coração de todo pecado, para torná-lo sempre mais sensível ao amor de Deus. Ao mesmo tempo, o santo se empenha com o mesmo afinco para embelezar seu coração com as virtudes teológicas, cristãs e humanas.
Enquanto o santo se empenha por erradicar todo pecado e revestir-se das virtudes, Deus, pela ação do Espírito Santo, o auxilia poderosamente nessas duas tarefas, e mais do que isto, desenvolve nele os sete dons infusos (Is 11.2), desabrocha nele os nove frutos de santidade (Gl 5,22) e lhe concede os carismas para realizar suas obras em favor dos irmãos.
A santidade deveria ser um estado de vida normal a todo batizado na Trindade, ou seja, a todo aquele que é mergulhado pelo sacramento do Batismo no amor criador do Pai, no amor salvador de Jesus Cristo, e no amor santificador do Espírito Santo. Viver em “estado de graça divina”, isto é, viver numa natural amizade com a Trindade, deveria ser comum e natural a todo batizado. Tenho usado o verbo no tempo “condicional”: deveria... pois infelizmente grande parte dos batizados não vive em santidade, não vive em estado de graça divina. Volto a dizer: viver em estado de graça deveria ser normal, comum, a todo batizado.
São Paulo, em suas cartas dirigidas às comunidades cristãs, chama muitíssimas vezes os cristãos batizados de “santos”. Basta conferir...



16 de julho de 2012

AS INDULGÊNCIAS ESPIRITUAIS

TERÇA FEIRA - 17 DE JULHO
I n d u l g ê n c i a s      E s p i r i t u a i s
            Os ensinamentos da Igreja Católica a respeito das indulgências não são muito conhecidos por parte dos fiéis católicos. O tema das indulgências também não é muito utilizado como pregação para o ensinamento dos fiéis na Igreja. Por isso o desconhecimento é generalizado. Por ser um assunto um tanto difícil de ser explicado e compreendido, os católicos acabam não conhecendo essa fonte de graças divinas, e por isso, não se apropriam para si das indulgências e nem as alcançam para os seus fiéis falecidos.
            Para compreender a doutrina das indulgências é preciso compreender a malícia do pecado. “Todo pecado é uma  ofensa ao Deus justo e Santo”(João Paulo II). Seja o pecado cometido diretamente contra Deus, seja o pecado cometido contra o próximo que é filho de Deus, seja o pecado cometido contra si mesmo ou contra a natureza criada por Deus.
            Além de ser uma ofensa ao Deus-Trindade, que é amor, todo pecado deixa consequências, sequelas, raízes, marcas espirituais, e/ou psíquicas, e/ou emocionais, e ás vezes, até físicas em quem o comete. É fácil de se comprovar.
            Quanto ao pecado, que sempre ofende a Deus e causa prejuízo ao pecador, pode ser “pecado grave, mortal” ou um pecado “leve, venial). O pecado grave se  chama “mortal” porque “mata, interrompe” o estado de amizade com Deus. Rompe o relacionamento com Deus. Rompe, 1º porque a matéria, o assunto do pecado é uma coisa muito grande, muito importante, muito grave. 2º porque a pessoa sabe que aquele ato é pecado mortal, grave. 3º porque o pratica livre e voluntariamente. Neste caso, com essas três condições, o pecador rompe radicalmente seu relacionamento com Deus, perde o estado de graça santificante e incorre nas “penas eternas”, nas penalidades eternas. Se a pessoa morrer em estado de pecado mortal será condenado à pena eterna no inferno (Prisão perpétua... no inferno). Quando o pecador comete pecados mortais, mas se arrepende, se decide a não mais cometê-los, e se confessa arrependido, recebe o perdão do pecado e a “pena eterna” é suspensa, é perdoada. Mas permanecem as sequelas do pecado, e por causa delas, permanecem as “penas temporais” que precisam ser remediadas, purificadas, perdoadas.
            O pecado venial ou leve ocorre quando o ato pecaminoso é de pouca monta, o assunto é matéria leve. Quem comete este tipo de pecado, ofende a Deus, mas não interrompe sua amizade com Ele. No entanto incorre em “penas temporais” (prisão temporária...no Purgatório)  Ao se arrepender dos pecados leves e ao realizar algum ato penitencial para pedir perdão a Deus, de maneira especial pela Confissão, recebe o perdão, a absolvição da “culpa”, mas podem permanecer sequelas, marcas, raízes, e por isso fica sujeito a penas temporais.

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AS INDULGÊNCIAS ESPIRITUAIS - 2ª PARTE

QUARTA FEIRA - DIA 18 DE JULHO
As sequelas dos pecados

            Todo pecado, além de ofender ao Deus justo e santo, deixa marcas, sequelas, raízes ou problemas no pecador. Exemplos: Alguém fez um pequeno furto. Cometeu um pecado venial. Mas o sucesso no furto deixa na pessoa uma tendência psicológica a repetir o furto. Ao repetir outros furtos, sua tendência tende a crescer e pode levar a pessoa a se tornar um ladrão. Eis aí a sequela, a tendência viciosa que merece penas temporais. Um homem adulterou por uma primeira vez. Pecado grave. Ocorre, porém, que seu adultério deixou marcas fortes de uma experiência sexual adulterina. Esta experiência o levará a cometer outros adultérios. Pode até viciar-se. Pensemos que após vários adultérios, se tenha arrependido, tenha pedido muito perdão a Deus e se confessado. Recebeu o perdão das “penas eternas”, mas permanece nele a tendência a volar ao adultério. Essa sequela, essa força do pecado merece penas temporais (alguns dias de cadeia...no Purgatório). Elas precisam ser removidas. Outro exemplo. Um jovem iniciou um namoro de frequentes relações com a namorada. Pecado de fornicação, grave, que lhe causam “penas eternas”. Essas relações vão deixar nele sequelas de inclinação para tal pecado. Se ele terminar o namoro com ela, e iniciar outro namoro, irá sentir uma forte necessidade de manter relações com a nova namorada. Mas se se arrepender e se confessar contritamente, recebe o perdão dos pecados, mas as sequelas, a força psicológica do pecado permanece nele. Ele merece penas temporais por causa das sequelas dos seus pecados. Alguns outros breves exemplos: Alguém começa a mentir, mente muitas vezes, vicia-se na mentira. Esse pecado deixa marcas, sequelas psicológicas que o levam a mentir. Por isso ele merece “penas temporais”. Alguém começa a beber, a exagerar na bebida até se viciar. O pecado da bebida deixa nele o vício. Ele merece “penas temporais”. Se o vício o leva a prejudicar gravemente sua saúde, pode incorrer em  pecado grave que lhe acarreta “penas eternas”.
            Resumindo: “As penas eternas” devidas por pecados mortais só são tiradas, perdoadas, por um arrependimento perfeito de amor a Deus seguido por uma Santa Confissão. “As penas temporais” devidas: 1º por pecados veniais não perdoados, 2º por pecados veniais perdoados mas que deixaram sequelas, 3º por pecados mortais perdoados mas que deixaram sequelas, todas essas “penas temporais” são remidas, canceladas, perdoadas: a) ou por confissões bem feitas motivadas por amor a Deus. b) ou por atos penitenciais muito bem realizados no amor a Deus. c) ou por obras de caridade realizadas com a finalidade de “cancelar” suas penas temporais. d) ou por atos de ascese como: jejuns, esmolas generosas, sacrifícios espirituais, participações na Santa Missa, orações mais prolongadas, tudo feito com a intenção explicita de receber a “purificação” das penas temporais. e) Ou pelas INDULGÊNCIAS alcançadas.

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AS INFILGÊNCIAS ESPIRITUAIS

QUINTA FEIRA - 19 DE JULHO

AS  INDULGÊNCIAS
            Penso que agora fica mais fácil compreender as indulgências. A indulgência é um “indulto”, um “perdão” recebido de Deus, por meio da Igreja, um perdão das “penas temporais” devidas por causa dos pecados veniais ou das sequelas dos pecados mortais perdoados. Para compreender melhor, lembremos o “indulto de Natal” dado aos presos de bom comportamento. Por causa da Festa do Natal, presos que estariam quase no fim de sua pena, por causas do seu bom comportamento recebem o perdão do tempo    que ainda faltaria a cumprir, e são libertados. Isto é “indulto – indulgência – espiritual”.
            “Indulgência, portanto, é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto, em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. (Catecismo da Igreja Católica, n.1471)
            Vejamos essa explicação do Catecismo: 1º Indulgência é a remissão, é o perdão, é o indulto das penas temporais devidas pelos pecados perdoados, 2º que o católico, batizado, não excomungado, pode receber, 3º por meio da ação da Igreja, que é a “comunicadora” da redenção, e como tal, por sua autoridade concedida por Jesus, distribui e aplica as indulgências, 4º usando o tesouro espiritual acumulado por Jesus com sua morte e ressurreição, e pelas dezenas de milhares de Santa Missas celebradas a cada dia, bem como pelos méritos dos Santos que estão nos céus e os que se encontram ainda na terra.
            Utilizando um comparação bem humana, podemos dizer: Pela morte redentora de Jesus e pela santidade dos Santos, bem como também por toda ação espiritual da Igreja, “criou-se” um grande tesouro espiritual cheio de “vales espirituais”. A Igreja foi encarregada de administrar esse tesouro divino e de poder tirar esses “vales” para “pagar” o indulto das “penas temporais” devidas pelos fiéis, por causa de seus pecados. Portanto as indulgências são “os vales espirituais”, que um católico retira do tesouro da Igreja para “pagar” o perdão das “penas temporais” devidas por ele.  A igreja, como administradora, ensina o que fazer para “se poder retirar os vales espirituais” a fim de “pagar” o indulto, o perdão, a purificação dos pecados veniais não perdoados e das penas temporais por causa das sequelas dos pecados.
            As indulgências (os vales...) podem ser adquiridas em próprio favor. Há indulgências que podem ser também aplicadas às santa Almas do Purgatório.
            Condições para receber uma Indulgência plenária (uma vez ao dia): 1º  Confessar-se e rejeitar todo pecado. (Ou estar em estado de graça, consciente) 2º  Participar da Missa e Comungar com o desejo de receber a Indulgência (uma Missa e Comunhão para cada indulgência). 3º- Rezar pelo Papa ao menos: um Pai Nosso, Ave Maria e Glória. 4º Realizar uma destas atividades: a)  Via Sacra na igreja diante dos quadros, b) - Rezar o Terço em família diante de um oratório, c)  Realizar uma adoração a Jesus sacramentado por meia hora, d)  Fazer uma leitura meditada da Sagrada Escritura por meia hora.
Aprender a lucrar as indulgências é uma bênção maravilhosa


            Aprender a lucrar indulgências é uma bênção.

11 de julho de 2012

O CORPO MÍSTICO DE CRISTO - 1ª PARTE

Quinta Feira - dia 12 de julho
O Corpo Místico de Cristo
            A verdade da fé católica a respeito do Corpo Místico de Cristo é pouco ensinada aos fiéis, e por isso, pouco conhecida. O prezado leitor, por certo, nunca ouviu uma bela pregação sobre essa verdade, numa missa dominical, ou em outra celebração católica. Nossa revista pretende levar ao conhecimento dos seus leitores essa verdade.
            O Corpo Místico é a Igreja viva, formada por todos os batizados: quer os que ainda vivem pelos caminhos da vida terrena, a quem chamamos de “Igreja Militante”, quer os que se encontram no purgatório, a quem denominamos de “Igreja Padecente”, quer os que já se encontram na glória dos Céus, que formam a “Igreja Triunfante”.
            Essa Igreja viva é o Corpo Místico, cuja cabeça é Jesus Cristo.  Numa comparação com o corpo humano, dizemos: Jesus Cristo é a cabeça, e nós, Igreja viva, somos o seu corpo, formado por muitos membros.

 
Corpo Místico
            A palavra “corpo” é usada comumente para designar o nosso corpo humano, material, mas também em outros sentidos que, aliás, nos auxiliam a compreender o Corpo Místico, formado de “cabeça e membros”. Dizemos: “corpo de bombeiros”, para designar um grupo de militares que prestam serviços específicos à comunidade. Nesse grupo há um chefe – um cabeça – que comanda, e há os que trabalham sob suas ordens. Falamos também em “corpo médico” do hospital, que é o conjunto de médicos que juntos trabalham no hospital; “corpo de professores”, para designar o conjunto de professores de um colégio.
 É nesse sentido mais existencial que compreendemos o Corpo Místico. Jesus ressuscitado é “O” cabeça, e todos os batizamos formamos o seu grupo, o seu corpo vivo, seus comandados, seus seguidores, seus discípulos.
            A palavra “místico” revela que essa verdade do Corpo de Cristo é um mistério de ordem espiritual, sobrenatural. Só a compreendemos à luz da fé e da revelação divina.
São Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, e fazendo uma comparação com o corpo humano, escreveu: “Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou livres; e todos fomos impregnados do mesmo Espírito. Assim o corpo não se consiste em um só membro, mas em muitos. (1Cor 12,12-14)

O CORPO MÍSTICO DE CRISTO - 2ª PARTE

Sexta feira - dia 13
A (O) Cabeça do Corpo
            A (O) cabeça desse corpo é Jesus Cristo ressuscitado e glorioso. Foi Ele quem chamou os seus primeiros seguidores, formando um “corpo de discípulos” e um “corpo de Apóstolos”. Depois, em Pentecostes, fundou a sua Igreja que reúne todos os batizados.
            É pelo santo Batismo que um ser humano começa a fazer parte do Corpo Místico, que é a Igreja viva. Pelo Batismo fomos enxertados, transplantados no Corpo Místico. A partir desse “transplante” começamos a receber a vida sobrenatural, que nos foi conquistada pelo cabeça, e que nos foi dada por meio do Espírito Santo.
            Jesus – O cabeça - continua a dirigir o seu Corpo Místico, a Igreja, quer agindo pessoalmente em favor de um membro, de um grupo ou de todo o corpo; quer por meio do Espírito Santo; quer por meio de sua Palavra e dos seus sacramentos; quer por meio da hierarquia da Igreja, ou de outras mediações humanas ou materiais.
            Ao voltar para os Céus, Jesus nomeou São Pedro e seus sucessores, os papas, para serem Sua presença visível. O Papa é o “vicárius Christi”, o vigário de Cristo, o substituto imediato, aquele que age em nome e no lugar de Jesus Cristo.

Continua nas duas próximas postagens

O CORPO MÍSTICO DE CRISTO - 3 PARTE

SÁBADO - DIA 14 DE JULHO
Os membros do Corpo Místico

            Os membros do Corpo Místico são todos os batizados que se encontram no Céu, no Purgatório ou na terra.
            Os membros do Corpo Místico que estão no Céu e no Purgatório já possuem a glória eterna garantida. Os membros que estão a caminho sobre a face da terra, podemos classifica-los em três grupos: os sadios, os enfermos e os mortos espiritualmente.
1. Os sadios são aqueles batizados que vivem em estado de graça santificante permanente, fortemente ligados a Deus por essa graça, e portanto, conseguindo viver habitualmente sem cometer pecados mortais, graves. Esses, procuram aperfeiçoar-se progressivamente, buscando a santidade da vida cristã.
2. Os enfermos são aqueles batizados que em sua vida cristã cambaleiam entre o estado de graça e o estado de pecados graves. Vivem tempos em graça e amizade com Deus, conseguindo evitar os pecados graves, e vivem outros momentos de fraqueza, entregues a pecados mortais. Esses precisam de uma conversão mais corajosa e profunda, erradicando os pecados mortais com suas raízes, causas e ocasiões.
3. Os membros mortos são os batizados que vivem em estado permanente de pecados mortais. Muitos desses, foram batizados, fizeram a primeira comunhão e foram crismados, mais por tradição do que por convicção religiosa. Nunca, porém, assumiram uma vida cristã com suas verdades de fé, com sua moral e com suas práticas religiosas. Outros, viveram anos de vida cristã, mas por alguma razão, abandonaram-na,  e passaram a viver contrariamente à fé, à moral e às práticas religiosas católicas. Infelizmente muitos desses membros mortos passaram a praticar religiões não cristãs.
            Esses membros mortos continuam ligados ao Corpo Místico, mas não tem vida sobrenatural. A vida que receberam no Batismo, morreu, atingida por pecados mortais. São como um galho seco ainda ligado ao tronco de uma árvore.


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O CORPO MÍSTICO DE CRISTO - 4 PARTE

A inter-comunicação
            Como no corpo humano há uma “seiva de vida” que circula por todos os seus membros, mantendo-os vivos, assim também, no Corpo Místico, circula a “seiva da vida divina”, recebida no Batismo, para mantê-lo sadio. Assim como no corpo humano podem surgir doenças que afetam algum membro, tornando-o doente, podendo até causar a morte, assim também, no Corpo Místico, podem surgir doenças espirituais – os pecados, principalmente os mortais – que tornam esse batizado “enfermo” espiritualmente, podendo causar-lhe a “morte de sua vida sobrenatural”.
              No Corpo Místico, membros que estão no Céu favorecem os que estão no purgatório e os que estão na terra, intercedendo por eles, junto a Deus, de quem procedem todas as graças de toda espécie. Os membros que estão no purgatório favorecem os que estão na terra, intercedendo por eles junto a Deus. E os que estão na terra favorecem a si mesmos por uma vida cristã vivida em estado de graça, e bebendo das graças divinas pela fé, pelos sacramentos, pela vida de oração, pela Palavra de Deus, e outras tantas fontes espirituais. E ao mesmo tempo, favorecem aqueles que estão no Purgatório, pelas diversas formas de sufrágios, principalmente pela oferta do Santo Sacrifício da Missa por eles.
            É da(o) “Cabeça”, Jesus Cristo morto e ressuscitado, que jorra toda a vitalidade do Corpo Místico. Todas as graças divinas, para a humanidade toda, foram adquiridas por Jesus Cristo, mediante sua Paixão, Morte e Ressurreição.

7 de julho de 2012

O PRECIOSO SANGUE DE JESUS

JULHO - MÊS DO PRECIOSO SANGUE DE JESUS

DIA 08 DE JULHO DE 2012 - DOMIMGO
       
            Inicio minha reflexão reproduzindo as próprias declarações de Jesus, extraídas da belíssima pregação que fez na sinagoga de Cafarnaum, escrita no capítulo sexto do evangelho de São João (Cf. Jo 6, 14-69) “Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. (Jo 6,53-56)
            É importante destacar algumas afirmações de Jesus para descobrir o significado daquilo que Jesus “quis dizer”, e para perceber a gravidade de suas palavras.
1. Se não beberdes o meu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Portanto, para se ter uma vida cristã autêntica, remida, salva, santificada e divinizada é preciso “beber o sangue de Jesus”.
2. Quem bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Nesta declaração, Jesus não poderia ter sido mais claro e determinante: beber o sangue garante a vida eterna e a ressurreição para a glória celeste.
3. Meu sangue é verdadeiramente uma bebida. Trata-se de uma bebida mística, espiritual, que hidrata e sacia a sede da “vida cristã sobrenatural”, presente em nós.
4. Quem bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Beber do sangue de Jesus garante a permanência em seu amor, em sua salvação, em suas palavras, em sua amizade, em suas bênçãos.
            Essas declarações de Jesus demonstram toda a importância, a necessidade e a seriedade de realizar a Santa Comunhão com o Seu Sangue precioso.


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O PRECIOSO SANGUE DE JESUS

09 DE JULHO DE 2012 - SEGUNDA FEIRA
Beber o Sangue de Jesus?

                Mas como se pode – hoje – beber o sangue de Jesus?
Para os corações católicos que conhecem o dogma da presença real de Jesus na Eucaristia, que nele crêem firmemente com o coração, não há problema de compreender “como e quando” se bebe o Sangue de Jesus. O dogma católico definido no Concílio Ecumênico de Trento diz: “"No santíssimo sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente, o Corpo e o Sangue, em união com a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, o Cristo todo" (Can. 1, DS 1651, FC 745). "O Corpo está presente sob a espécie do pão, e o Sangue sob a espécie do vinho, em virtude das palavras (de Jesus, na ceia), mas o Corpo está sob a espécie do vinho, e o Sangue sob a espécie do pão, e a Alma sob ambas as espécies, em virtude dessa relação e dessa concomitância natural, pela qual, as partes do Cristo Senhor, que 'ressuscitado dos mortos, não morre mais' (Rm 6,9), estão liga­das entre si. Quanto à divindade, ela está presente por causa da sua admirável união hipostática com o Corpo e a Alma" (DS 1640, FC 838).
             Aconselho o leitor a reler, parte por parte, e a procurar compreender toda a dimensão, a clareza e a beleza das verdades declaradas pelo Concílio, no texto acima citado.
Portanto, quando realizamos uma Comunhão Eucarística, ao recebermos a Hóstia Consagrada, estamos acolhendo e comungando Jesus todo: Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Recebemos Jesus todo: vivo, ressuscitado, glorioso, como está no céu. E se a alguém, na Comunhão Eucarística, não lhe fosse dada a Hóstia, mas bebesse do cálice sagrado, estaria comungando igualmente Jesus todo: Corpo, Sangue, alma e divindade, vivo, ressuscitado e glorioso, como está no céu. Já não se pode beber o Sangue, excluindo-se o corpo, a alma e a divindade do Senhor.
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O PRECIOSO SANGUE DE JESUS

DIA 10 DE JULHO DE 2012 - TERÇA FEIRA

            O valor preciosíssimo e divino do Sangue, bem como todo seu poder de lavar o pecado, de libertar das forças malignas espirituais, psicológicas, emocionais, físicas e até diabólicas, vem exatamente da realidade de “ser o Sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor da humanidade”. Se Jesus fosse apenas um ser humano comum – e não Deus – mesmo que tivesse passado por toda a sua paixão e morte de cruz, seu sangue não teria valor como o tem o sangue de Jesus, e não teria poder algum sobre nada e sobre ninguém. Essa verdade precisa ser ressaltada, a fim de podermos valorizá-lo, adorá-lo, cultuá-lo, comungá-lo e invocá-lo de forma correta. “Dar o sangue” é uma expressão que equivale a “dar a vida”, “entregar-se até morrer”. O derramamento do Sangue de Jesus significa a entrega de sua vida, voluntariamente, por amor, até a morte de cruz.
            A verdade de que o valor e o poder do Preciosíssimo Sangue vêm da Pessoa Divina de Jesus precisa ser sempre subentendida em todas as maravilhosas afirmações bíblicas e em todos os mais belos textos escritos sobre o Precioso Sangue.

            Meditemos alguns textos:
Diz-nos São Pedro: “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa maneira pecaminosa de viver, (...) mas pelo precioso sangue de Cristo” (1 Pe 1,18). Explico. Éramos todos escravos do pecado e do maligno. Jesus nos “comprou” para nos dar a liberdade. Mas o preço pago foi altíssimo: dar sua vida até a morte de cruz, com o derramamento de seu sangue.
Aos Efésios, São Paulo declara: “Agora, porém, graças a Jesus Cristo, vós, que antes estáveis longe, vos tornastes presentes, pelo Sangue de Cristo. (Ef 2,13). Explico. A entrega da vida de Jesus, com o conseqüente derramamento de seu sangue, foi a causa da reconciliação entre Deus e cada um de nós. Estávamos “longe, afastados, separados” de Deus. Jesus fez “as pazes” entre nós e Deus, pelo dom de sua vida, até o derramamento de seu Sangue..
Aos Hebreus, Paulo declara: “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus, pelo caminho novo e vivo que nos abriu através do véu, isto é, o caminho de seu próprio corpo”.( Hb 10,19-20) Entendemos que, por termos sido resgatados pelo sangue de Jesus, nos é garantida a grande esperança de entrar na glória eterna.
            Há ainda outros textos nos quais nos é revelado que somos perdoados, somos resgatados e salvos pelo sangue derramado de Jesus: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). “Nesse Filho, pelo seu Sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7). “Quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu como vítima sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para o serviço do Deus vivo?” (Hb 9,14)

Culto litúrgico e devocional do Sangue de Jesus            Por ser a expressão mais eloqüente e tão comovente da entrega que Jesus fez de sua vida pela nossa salvação, passando por todos os passos da cruenta paixão e morte de cruz, o preciosíssimo Sangue de Jesus sempre mereceu e obteve um culto litúrgico, como também um culto devocional popular. São belíssimos os textos da “Santa Missa Votiva do Preciosíssimo Sangue de Cristo”, que encontramos no missal. Aprecio muito celebrá-la, e faço-o não poucas vezes, quando a liturgia me permite uma escolha. Tanto mais que o precioso Sangue sempre está sobre o altar, na Santa Missa.
            Existem muitas orações devocionais, novenas, e até uma belíssima ladainha de adoração e glorificação do precioso Sangue. Para quem desenvolveu sua capacidade pessoal de realizar orações espontâneas de toda espécie, com certeza, inúmeras vezes, tem recorrido e invocado o poder e os méritos do precioso sangue do Salvador.
            Se algum leitor se interessar por obter a “Ladainha do Precioso Sangue”, posso enviá-la por e-mail, e o farei com satisfação.

SEGUE NA ´RÓXIMA POSTAGEM

LADAINHA DO PRECIOSO SANGUE

11 DE JUNHO DE 2012 - QUARTA FEIRA
Ladainha do Preciosíssimo Sangue
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.


Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos.
Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos.
Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.
Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.
Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos.
Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos.
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.
Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos.
Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos.
Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos.
Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos.
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.
Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.
Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.
Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor.


V. Remistes-nos, Senhor com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós um reino para o nosso Deus.
Oremos:
Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja.


Oferecimento
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Sangue preciosíssimo de Jesus Cristo em desconto dos meus pecados, em sufrágio das santas almas do Purgatório e pelas necessidades da Santa Igreja e por todos os doentes.

Súplica a Nossa Senhora
Mãe Dolorosa, peço-vos pelo Vosso sofrimento na morte de Vosso Filho, que ofereçais ao Pai Eterno o precioso Sangue que jorrou das Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo Crucificado pelos pobre Sacerdotes transviados, que se tornaram infiéis a sua sublime vocação, para que quanto antes voltem junto ao Bom Pastor.


4 de julho de 2012

JULHO - MÊS DO PRECIOSO SANGUE DE JESUS

O PRECIOSO SANGUE DE JESUS
O mês de julho foi estabelecido pela Igreja como o mês dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Jesus. Ocasião propícia para continuarmos a nossa reflexão sobre o infinito amor do Coração de Jesus, que derramou até a última conta de Sangue em oblação ao Pai, pelos homens.
"A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o gênero humano, por ocasião da Paixão e Morte de Jesus e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia.
Desde tempos muito remotos, a devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente e floresceu cada vez mais em meio ao clero e aos fiéis, através de solenidades, preces públicas e Ladainha própria, com o fim de pedir a Deus perdão dos pecados, afastar os fiéis dos justos castigos, implorar as bênçãos do céu sobre os frutos da terra, e prover nossas necessidades espirituais e temporais.
O Papa João XXIII, cuja família desde a sua infância foi fiel devota ao Preciosíssimo Sangue, também perpetrou esta santa devoção, tendo logo no início de seu pontificado escrito a Carta Apostólica Inde a Primis, a fim de promover o seu culto, conforme fez menção o Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Angelus Domini, onde frisa o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele sangue, do qual "uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa" . Sejamos, portanto, também devotos propagadores desta extraordinária e salutar prática da piedade cristã". (Fonte: A VIDA SACERDOTAL)

3 de julho de 2012

JESUS, O PÃO DA VIDA ETERNA


DIA 04 - 07 - 2012 - QUARTA FEIRA
        Nós, seres humanos batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, precisamos de duas espécies de alimento: o material e o espiritual. Isto porque nós temos duas espécies de vida: a vida humana que recebemos do nossos pais e a vida divina que recebemos do Pai celeste no dia do nosso Batismo e que vamos viver na glória do Céu. De fato, um dia Jesus disse: “É preciso nascer de novo”. O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito e vida (...) Esse novo nascimento ocorre no dia do nosso Batismo. E essa nova vida nós a vivemos por meio de nossa vivência cristã batismal. Ela precisa de um alimento especial, espiritual.
A vida humana materiais nós a alimentamos várias vezes por dia, pelos alimentos materiais. Nós nos alimentamos para manter essa vida, para conservarmos a saúde, para termos energias para trabalhar, para não ficarmos doentes. Nossa vida humana material depende dessa alimentação. Ela é imprescindível.
A nossa vida espiritual, sobrenatural, iniciada no santo Batismo também precisa de alimento espiritual para sobreviver, para crescer, para tornar-se adulta, firme e forte. Por se tratar de uma vida nascida de Deus, sobrenatural, o alimento para ela também deve vir de Deus, de tudo aquilo que Ele nos oferece para sua sustentação e conservação.
O próprio Deus Trindade é o principal alimento para nossa vida sobrenatural. Jesus estava muito consciente dessa verdade e, por isso, diversas vezes Ele se declarou como tal. Ele declarou: “ Em verdade, em verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro pão do céu, porque o pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo (Jo 6, 32-33). Nós sabemos qual é o pão que o Pai nos deu, que desceu dos céus e dá a vida ao mundo: Jesus Cristo. Sim, Ele mesmo nos declara: o 6,35 Jesus replicou: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu sou o pão da vida. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. (Jo 6, 35.38.50). As palavras de Jesus são claríssimas. Mas precisamos entendê-las.

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JESUS, O PÃO DA VIDA ETERNA

05 - 07 - 2012 - QUINTA FEIRA
Quando Jesus nos fala em pão da vida, em comer e beber, em fome e sede, precisamos compreender que não se trata de alimento para o corpo, mas sim de alimento espiritual para a nossa alma, para a nossa vida sobrenatural, espiritual, para a nossa vida de fé e vivência cristã.
Como compreender que Jesus vivo é nosso alimento para nossa vida espiritual?
Primeiro é preciso compreender que nossa vida espiritual recebida no Batismo, é uma vida ligada à vida de Deus. Pelo batismo criou-se um “cordão umbilical” que nos ligou à Trindade e criou um “estado de graça santificante”, do amor de Deus para conosco, e do nosso amor para com Deus. Em outras palavras: pelo batismo nós fomos “transplantados”como “novos braços” no corpo de Cristo Jesus, e é dEle que vem a vida divina, espiritual, para ser vivida a cada dia.
Essa vida divina em nós, essa graça santificante em nós, se mostra, se manifesta, pode ser vista: na nossa vida de fé no Deus Trindade, pela amizade que mantemos com Deus, pela nossa vida cristã vivida com autenticidade, pelas praticas religiosas, enfim por tudo o que vivemos e fazemos iluminados e movidos por nossa fé cristã.
Jesus (e com Ele o Pai celeste e o Espírito Santo) alimenta essa nossa vida sobrenatural revelando-nos o grande amor do Pai celeste por nós, e o grande amor e poder do Espírito Santo para conosco. Quanta força espiritual, quanto alimento espiritual vem ao coração daqueles que se sentem muito amados pelo Pai e se sentem batizados no Espírito Santo!
Jesus alimenta e fortalece nossa vida espiritual por meio da revelação do nosso destino eterno, garantindo-nos que existe uma vida após a morte, que a vida cristã que vivemos é uma conquista da vida gloriosa nos céu, que um dia estaremos junto de Deus no Céu, com Nossa Senhora, os Anjos e Santos, e dizendo-nos que nosso nome já está escrito nos céus, onde uma mansão já está reservada para nós. Quanta força, quanto alimento, quanta coragem recebem aqueles corações que creem e vivem essa realidade.
Jesus nos liberta e nos cura, nos alimenta e nos fortalece por todos os seus ensinamentos escritos nos santos Evangelhos. Quanta força, quanto alimento espiritual, quanta coragem, quanta saúde espiritual recebem todos aqueles que leem, meditam, acolhem e procuram viver em suas vidas os ensinamentos, conselhos, mandamentos de Jesus. Lembremos os milhões de mártires e Santos as Igreja: de onde lhes veio tanta força, “tanta saúde” espiritual?
É dessa forma que compreendemos as palavras de Jesus quando nos diz: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo (Jo 6,51). E quando Ele diz: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Eu sou o pão da vida. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer (Jo 6, 38.50).

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