3 de outubro de 2012

SÉTIMO PECADO CAPITAL



A  PREGUIÇA

A Igreja Católica apresenta a preguiça como um dos sete pecados capitais, caracterizado pela pessoa que vive em estado de falta de capricho, de esmero, de empenho, que tem um estado interior de negligência, de desleixo, de morosidade, de lentidão e de moleza, por  causa orgânica ou psíquica, que a leva à inatividade acentuada. A preguiça é uma aversão ao trabalho, frequentemente associada ao ócio, e à vadiagem.  
A preguiça de planejar, de ordenar as idéias, de se preparar e pensar no futuro evidencia uma pessoa que não utiliza metodologias no trabalho. Fazer corpo mole é deixar o trabalho para os outros, e isto pega mal, muito mal, já que a eficiência e competência não podem ser constatadas.
Não adianta ter boas desculpas, disfarçar, porque todos percebem imediatamente qualquer menor sinal de corpo mole, sinal claro do pecado capital, da preguiça. O preguiçoso é desleal para com os colegas. O corpo mole queima a moral do pecador. Como a vida é dura para quem é mole, ele acabará colhendo resultados desastrosos, pois é impossível que consiga se manter em qualquer posto de confiança, tomando como base este tipo de comportamento. A Diligência é o oposto da preguiça, ou seja, em ambiente profissional a preguiça de planejar, de ordenar as idéias, de se preparar e pensar no futuro evidencia um comando que muda constantemente as decisões e os planos para o departamento ou para a equipe.
A crença básica da preguiça é: "não preciso aprender nada, nem quero, já tenho todas as respostas!", levando a um movimento limitador das idéias e ações  no cotidiano, traduzido pelo "deixar para depois". A preguiça é mãe de muitos pecados.
A preguiça pode ser uma aversão ao trabalho ou um aborrecimento natural por um trabalho mal reconhecido ou mal remunerado.É a falta de disposição para realizações, uma lentidão ao tomar decisões ou um tédio pela vida. Para viver bem é preciso ter motivação. Se falta a motivação, se não se tem metas a alcançar ou um objetivo a atingir, nasce o tédio, a falta de auto-confiança invade a pessoa, e ela  repete prá si mesma: não vale a pena!
A preguiça é uma falta de estimulo, uma falta de vontade de agir, de sentir, de pensar. É a inércia que se instala devagar e barra nosso desejo de crescer e aprender.
Na verdade, o preguiçoso tem uma auto-estima baixa, não luta por nada, quer que as coisas lhe venham ás mãos, sem esforço. Assim, adia compromissos, decisões, projetos , odeia mudanças, é conservador , e protela tudo, desde lavar o carro, ou arrumar o guarda-roupa,  até mudar de um emprego mal remunerado para outro mais compensador.
Quando a preguiça afeta a vida espiritual é chamada de acédia. A acédia é um dos principais pecados contra o amor a Deus, é um vício diretamente oposto ao amor de Deus e a alegria santa que resulta d'Ele. Provém da falta de gosto pelos valores espirituais, o desânimo no empenho pela santificação, devido ao esforço que este requer, e a lerdeza e o torpor na vida espiritual. É não encontrar prazer em Deus e considerar as coisas que a Ele se referem como algo triste e sem sabor. É um desgosto pelas coisas espirituais, que leva a executá-las mal, ou omiti-las sob vãos pretextos.
Esta tristeza deprimente, esse desgosto são bem diferentes da aridez espiritual ou da secura dos sentidos que, em provações divinas, é acompanhada de contrição verdadeira por nossos pecados, de temor de ofender a Deus, de um novo desejo de perfeição, de uma necessidade de solidão, de recolhimento, e da oração..
Segundo ensino de São João da Cruz, na aridez espiritual, a secura não vem da frouxidão e tibieza, pois apesar desta secura, tem solicitude interior pelas coisas de Deus, tem desejos de servir a Deus. A parte sensitiva fica muito decaída, frouxa e fraca para operar, pelo pouco gosto que acha. O espírito, contudo, está pronto e forte.
Na acédia, a secura vem da frouxidão, da negligência, não tem solicitude interior pelas coisas de Deus, é desanimada na vontade e no ânimo, tudo se vai em desgosto e estrago do natural. Na secura, uma pessoa sofre porque tem distrações e luta para diminuí-las, mas ao contrário, no estado de preguiça espiritual, a pessoa as acolhe, deixa-se levar por pensamentos usuais.
Existe a preguiça quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo.
A preguiça espiritual deixa conseqüências, como
- Desistência das tarefas religiosas necessárias para a nossa salvação e santificação.  
- As más tendências tendem a aumentar pouco a pouco, manifestando-se por numerosos pecados veniais que nos dispõem a cometer graves faltas.
- A busca de consolações materiais, prazeres inferiores com a finalidade de fugir da tristeza e do desgosto, pela privação da alegria espiritual através da sua própria negligência e preguiça.
- É uma tristeza maligna que oprime a alma. Dela nascem a malícia, o rancor para com o próximo, o desencorajamento, o torpor espiritual, o esquecimento de preceitos e, finalmente, a procura de coisas proibidas que levam à curiosidade, loquacidade, inquietude, instabilidade e agitação infrutífera. Desta forma a pessoa chega a uma cegueira espiritual e a um progressivo enfraquecimento da vontade.

 


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